Hp e o Mistério do Diadema de Ravenclaw escrita por AgathaPedotte


Capítulo 8
Capítulo 8 - A carta




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 Depois da noticia que Hermione recebera por acidente ela não era mais a mesma, evitada ir ao salão principal, sendo necessário que Gina a levasse comida no quarto, chegava para as aulas em cima da hora, sempre com os olhos vermelhos e marejados, e passava boa parte do tempo estudando, não que antes não o fizesse, mas agora era muito mais constante.
 -Você conseguiu falar com a Mione? – Rony olhava para o amigo que se sentava ao seu lado no jantar.
 -Não, ela esta me evitando há dias, toda vez que entro para falar com ela, finge que esta dormindo. – Harry estava muito preocupado com a amiga, as notas dela continuavam perfeitas, mas seu estado físico e emocional estava muito abalado fazia cinco dias que ela estava escondida de tudo e de todos, até mesmo Arabella, que estava distanciada da prima por causa de Draco e Daniry, havia notado que a prima estava praticamente desaparecida.
 -Parece que tem sido o mesmo com Gina, ela finge que dorme e assim que Gina sai, ela come o que ela lhe levou e depois volta a enfiar a cara nos livros. – Rony estava muito preocupado com as atitudes de Hermione, mas mesmo assim não deixava de comer como um trasgo com lombrigas.
 Gina sentou-se em frente ao irmão, tendo a avoada Luna ao seu lado, todos estavam preocupados com Hermione, mas apenas Harry e Rony sabiam o motivo real de seu comportamento, mesmo fingindo perante todos não saberem, Luna fazia visitas constantes a torre da Grifinória, sempre tentando reanimar a amiga, ou pelo menos provocá-la falando sobre zonzóbulos e outros bichinhos inventados pela loura, mas nada surtia efeito, Hermione estava muito deprimida.
 -Hermione já esta melhor? Ou continua a agir como um tibetero da Cordoalha? – Luna olhou para Harry e Rony com seus olhos azuis arregalados.
 -Ela ainda esta deprimida... Mas... O que são tibeteros da Cordoalha? – Rony olhou confuso para a cunhada.
 -São animaizinhos que parecem com coelhos, muito tristes, eles quase não comem, sendo assim muito fácil de criá-los, mas se você não lhes der amor e carinho eles morrem em semanas, são muito depressivos. – Luna falava com o costumeiro ar de birutice, gesticulando com as mãos e balançando a cabeça.
 -Hm... Então acho que Hermione é um tibetero da Cordoalha em forma de gente. – Rony falou tentando não rir de Luna que concordava com suas palavras.
 -Vou ver se tem pudim. – Luna levantou-se da mesa e foi até o grande buffet de sobremesas, sendo assim Rony não pode deixar de rir da loura.
 -Rony, não ria da Luna, talvez esses animais sejam reais, afinal, ela é da Corvinal, eles são conhecidos pela Inteligência. – Gina tentava defender a amiga, mas nem assim Rony deixava de rir.
 -Ai Gina, não me culpe você sabe o quanto ela é engraçada, principalmente fazendo todas aquelas caras e bocas. – Rony parou de rir assim que a irmã lhe lançou o olhar mortal, igualzinho ao de sua mãe.
 -Tinha pudim. – Luna sorrio satisfeita para os três.
 -E porque você não pegou? – Harry a olhou confuso, já que a garota dera-se o trabalho de levantar para pegar pudim e voltou sem nada, mesmo tendo umas cinco ou seis qualidades diferentes no buffet.
 -Eu disse que iria ver se tinha pudim, e não que iria pegar, afinal, eu ainda não terminei de jantar. – Luna pegou o garfo e a faca outra vez nas mãos e voltou a comer o purê de batatas que tinha em seu prato.
 -Bem, voltando a falar da Mione... Ela está ficando muito magra, vocês não notaram ainda? Quando ela levanta pela manhã ela vai ao banheiro e chora muito, e continua chorando até todo mundo sair de lá, eu passei a me levantar antes dela para tentar falar com ela, e só o que eu consigo é um “tenha um bom dia e me deixe em paz.” E de vez em quando durante a tarde um “tenho que estudar para as N.O.M.’S você não deveria estar estudando para qualquer outra porcaria também?”. – Gina falava muito preocupada, em cinco dias já era provável que Hermione havia emagrecido uns três quilos, por se alimentar muito pouco.
 -Teremos de falar com ela, mesmo se ela fingir dormir. – Harry falou convicto e se levantou da mesa.
 -Eu vou com você. – Rony foi se levantando da mesa, até perceber os olhares de Luna e Gina, que diziam explicitamente um não. – Pensando bem, acho que vou ficar, vai você. – Rony voltou a sentar-se.
 -Tudo bem, te vejo mais tarde, tchau Luna, tchau Gina. – Harry que já estava em pé foi em direção a saída do grande salão.
 O garoto caminhou pelos corredores até a torre Grifinória, chegando lá subiu até o quarto das meninas e viu Hermione jogada na cama, era possível escutar os soluços da menina abafados pelo travesseiro.
 -Oi. – Harry deu uma leve batida na porta e falou calmamente, mas Hermione não lhe respondeu. – Eu sei que não esta dormindo, e sei que é difícil passar pelo que esta passando, eu quero que saiba que Rony e eu não contamos porque você esta assim, sei que já é difícil quando só você sabe, quando todos sabem isso parece ter o peso de três, me acredite sei do que falo, quando eu morava com meus tios, eu sofria sozinho pela perda meus pais, eu ficava sempre trancado em casa nas férias, eles não queriam que eu saísse com eles, foram raras as vezes que saí de dentro daquela casa, e quando ia pra escola parecia que a dor de não ter pais se multiplicava, Duda tinha me feito o favor de contar a todos que eu era seu primo órfão, era horrível, mas com o tempo eu fui me acostumando a ser o garotinho órfão e magricela, até vir para Hogwarts, onde não só era lembrado que não tinha pais, como também era “beneficiado” por isso, pois afinal, eu sou o “garoto que sobreviveu.” – Hermione levantou a cabeça e olhou para Harry, seus olhos completamente marejados e vermelhos pareciam lhe fazer uma suplica, e Harry entendeu bem que suplica era, ele aproximou-se da amiga e lhe abraçou, fazendo a garota chorar ainda mais.
 -Obrigado Harry, obrigado por não desistir de mim, obrigado. – Ela falou em um sussurro fraco entre soluços e lágrimas.
 -De nada Hermione, você é minha melhor amiga ao final das contas. – Hermione parou de abraçar o amigo e segurou suas mãos.
 -Você é um ótimo melhor amigo Harry. Obrigado mesmo. - Hermione soltou as mãos do amigo e limpou as lágrimas, ao ver a cara de pena e culpa de Harry ela não pode deixar de rir, mais uma vez o abraçou, rindo fracamente e deixando mais algumas lagrimas escaparem.
  -Você não quer ir tomar café com a gente? Prometo que passo o dia com você hoje. – Harry levantou a mão direita em forma de promessa para a amiga.
 -Não sei não, ainda não me sinto preparada. – Ela olhou desconfiada para o amigo. – Ainda mais se eu ver que ele não está lá. – Hermione referia-se a Draco e Harry entendeu perfeitamente.
 -Mas eu estarei Rony também, Gina, Luna, Neville, Fred e Jorge... Todos os seus amigos Hermione, nós estaremos lá para te dar todo o apoio possível. – Harry pegou as mãos da amiga e a olhou fundo nos olhos.
 -Mas... É que... Não sei, parece que se eu for e não o ver, isso me machucara ainda mais. – Hermione baixou a cabeça ao lembrar-se das palavras ditas por Draco.
 -Hermione, nós vamos te apoiar sempre, e iremos te segurar sempre que cair, somos seus amigos, não uma pessoa que diz ter mudado e quando alguém realmente precisa desaparece pra matar meio mundo, nós sempre estivemos e sempre estaremos aqui pra você. – Harry abraçou a amiga que retribuiu o abraço, em silêncio os dois ficaram assim durante um tempo, Harry beijou o topo da cabeça de Hermione, que tinha o rosto afundado entre suas vestes.
- Ainda não estou em perfeito estado, mas acho que será melhor se eu parar de ficar só. Será que ainda tem café? Estou morta de fome. – Hermione e Harry riram em conjunto, olhando no rosto ainda um pouco triste da amiga, Harry levantou-se e puxou-a pela mão.
 -Estou orgulhoso de você, você esta sendo mais forte do que eu jamais fui. – Harry e Hermione saíram do quarto feminino e desceram as escadas indo em direção a sala comunal da Grifinória.
 Ao chegarem à sala comunal Hermione e Harry ouviram um som de algo batendo na janela, virando-se para ver em que janela era Hermione avistou uma pequena coruja negra.
 -Acho que chegou uma carta para alguém. – Hermione dirigiu-se até a janela e abrindo-a permitiu que a coruja voasse e para sua surpresa a carta era para ela.
 Hermione soltou a carta da perna da coruja e a abrindo começou a ler em voz alta para que o amigo a ouvisse.
 “Cara Hermione.
 Espero que não esteja muito zangada para ler a carta que lhe mando, e se estiver peço para que tenha um pouco paciência ao ler.
 Como já deve ter notado eu não tenho ido à escola, e quero que saiba por quê.
 Estou resolvendo alguns problemas de família, eles fizeram a pior coisa que podiam ter feito e eu estou me arriscando vindo para a Mansão para vingar às mortes que causaram. A quem causaram as mortes não irei te dizer por intermédio de carta, prefiro dizer-lhe pessoalmente, já que se trata de um assunto delicado.
 Sei que pode e vai parecer egoísta, mas acho que o melhor para mim, e para você, seria que ficássemos separados durante o tempo que eu ficar fora, pois o motivo central das mortes foi nós estarmos juntos.
 Espero resolver isso rápido para poder voltar a te beijar e te abraçar, e te apoiar sempre que precisar, eu sinto sua falta.
Com amor,
D. M.”
 Ao terminar de ler a carta Hermione deixou uma lágrima escorrer e manchar as letras, ela levantou a cabeça e abraçou Harry.
 - Esse é o meu pior pesadelo Harry, o pior. – A garota afundou mais uma vez o rosto nas vestes do amigo as molhando ainda mais.
 -Vai ficar tudo bem eu prometo. – Beijando o topo da cabeça da garota Harry a abraçou ainda mais forte.
 -E se não ficar Harry? E se der tudo errado? Ele foi lá se arriscar. A família dele matou a minha, só porque estávamos juntos, se ele for lá. Se ele for... – A garota começou a soluçar e mais lagrimas escorreram por sua face alva.
 -Calma, ele pode não ser inteligente como você, mas se trata de sua própria família, Draco conhece mais do que ninguém os Malfoy, e vai conseguir lidar com eles. – Harry falou tentando reconfortar a amiga arrasada.
-Estou realmente preocupado com ela... – Depois de comer quase todo o Buffet do café da manhã Rony falou exausto para Gina e Luna.
 -Você ainda sente algo por ela não é? – Luna sempre teve um jeito direto de falar as coisas, e nem sempre isso era benéfico.
 -O que? Eu? Nããão, eu sou amigo dela, sou amigo dês de o primeiro ano, não sinto nada além de amor de amigo por ela. – Rony falou com ar de negação, tentando fazer tudo ter sentido, mas a verdade é que ainda sentia uma atração pela garota.
 -Ei olha Hermione esta vindo com Harry. – Gina falou para os amigos chamando-lhes a atenção.
 Nesse momento Rony levantou-se da mesa e foi correndo em direção aos dois e abraçou a amiga, foi uma atitude que nem ele esperava tomar, mas a amiga precisa dele agora, e ele sentia em cada musculatura de seu corpo que teria de apoiá-la e estar com ela sempre.
 -Estaremos sempre aqui pra você Mione, assim como sempre esteve aqui por nós. – Sussurrante Rony deu seu apoio à amiga que o abraçava e deixara um lagrima escapar.
 -Obrigado, mas acho que só poderei agradecer depois que ver se você deixou alguma torrada para mim. – Rindo Hermione e Rony desvencilharam-se e foram até a mesa, aproveitando o embalo da amiga Rony pegou mais duas torradas.
 -Vejo que esta melhor. – Luna sorria para a castanha que agora parecia um pouco mais viva que nos últimos cinco dias.
 -Me sinto um pouco melhor, de certa forma acho que só estava esperando que alguém fosse falar comigo, confrontar o meu mal humor. – Hermione olhou para Harry e sorrio e em seguida colocou sua mão em cima da de Rony e abriu um sorriso ainda maior. – Ele me mandou isso. – Hermione largou a carta no colo de Rony falou disfarçadamente para que ninguém além dele ouvisse.
 Ouviu-se então um som de piar e asas batendo, e mais de cem corujas entraram no salão, trazendo cartas, bilhetes, embrulhos dos mais diversos tamanhos.
 -O correio chegou. – Hermione olhou para as corujas que voavam sem esperança de uma nova carta, ela só não conseguia compreender porque a coruja negra lhe entregara a carta antes do correio.
 A única coisa que veio para os três amigos foi um exemplar do Profeta Diário que Rony tinha a assinatura.
 -Pois bem, vamos ver o que temos de manchetes. – Pegando o jornal Rony passou a ler as manchetes principais, até se assustar com uma em especial. – Oh, essa não. – Os amigos o olharam questionativo, então finalmente ele decidiu ler o que tanto lhe assustou. – “A até então sumida linhagem de puro-sangue Granger fora encontrada morta na manhã de ontem.” – Rony deu uma espiada em Hermione que simplesmente lhe fez um gesto que indicava que continuasse.
“Na manhã de ontem foram encontrados membros da sumida família puro-sangue Granger, mortos em sua secreta moradia, todos parecem terem morrido por intermédio da maldição da morte, alguns ainda com traços da maldição da tortura.
 Não se sabe quem e nem como descobriu e assassinou a família, mas o ministério da magia garante que pode ter sido obra do notório assassino e seguidor de Você-sabe-quem, Sirius Black.
 Depois de encontrados por oficiais trouxas, o Ministério descobriu que ainda há dois membros da família ainda vivos, duas estudantes da escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, ambas em seu quarto ano escolar.”
 -Ao que parece somos eu e Arabella as sobreviventes. – Hermione olhou triste para os amigos, e depois olhou por cima do ombro a prima em estado de choque, a essa altura a escola inteira já sabia que elas eram órfãs.
 Depois do café da manhã eles se dirigiram até a primeira aula, todos os olhos voltados para Hermione e Arabella, depois de todas as aulas da parte da manhã e mais os dois períodos da tarde Harry, Rony e Hermione estavam finalmente livres, Arabella era da Sonserina, e hoje teria aulas durante o resto da tarde, sendo assim  finalmente Rony pode ler a carta de Malfoy.
 -Parece que não foi qualquer um... Foi a própria família dele que fez... Você sabe. – Rony olhou com um olhar significativo para a amiga, que entendeu o que ele quis dizer com “você sabe”.
 -Ao que parece sim, e ao que parece ele vai tentar matá-los. – Hermione suspirou fundo, ela não agüentava toda a preção que estivera sofrendo o dia inteiro, os olhares, as perguntas, e todas as falsas preocupações que viam de estranhos.
 Apesar de Harry sentir muito pela a amiga, ele sentia-se aliviado, pois finalmente dariam uma folga para ele, o ano inteiro, até o momento, ele sofrera de ataques jornalísticos vindos do Profeta Diário, que diziam que tanto ele quanto Dumbledore eram loucos de pedra por acreditarem que Lord Voldemort esta de volta, e o pior de tudo era realmente saber que estava de volta, Harry preferia mil e uma vezes estar louco de pedra.
 -Alguém só pode ter me amaldiçoado, quando tudo esta em perfeita harmonia, o que acontece? A Arabella perfeita Granger vem para Hogwarts, quando estou finalmente tendo algo sério com alguém de que gosto, o que acontece? Ele some durante uma semana e então eu descubro que a minha família esta morta e que ele pretende matar quem fez isso com minha família, quando estou finalmente me acalmando dos fatos o que acontece? Draco me manda uma carta falando que foi a família dele quem fez, e que fez por que nós dois estávamos juntos, quando me acalmo da noticia de saber que Draco vai matar a família dele porque a dele matou a minha, o que acontece? Sai em todos os jornais que a minha família sangue-puro praticamente extinta foi massacrada dentro de casa. E ainda de brinde tenho que aturar mil e um olhares de pena, dor, falsa compaixão e desdém de todos, que maravilha, se já não me bastasse ter um cabelo armado e ser uma sabe-tudo orgulhosa. - Hermione desabafou completamente estressada, triste e irritada, massageando com força as temporas.
 -Calma Mione. – Rony colocou a mão sobre o ombro da amiga que lhe retribui com um olhar massacrador.
 -Não me peça para ficar calma, Ronald Weasley. – Hermione olhou para ele com ainda mais massacre e fogo nos olhos.
 -Tudo bem, não está mais aqui quem falou. – O garoto levantou as mãos em sinal de defesa e fez a típica cara de medo que fez Hermione rir. – Me xinga e ainda ri da minha cara. Garotas!
 -Ei vocês dois, será que não podem ficar cinco minutos sem brigar? – Harry sentou-se ao lado dos amigos com um livro em mãos.
 -Talvez, se essa histérica não insistisse em brigar a cada dois minutos.
 -Cala a boca Ronald. – Era evidente que eles passariam a noite brigando. – Que livro é esse?
 -É para as N.OM.S de DCAT. – Harry ergueu o livro na altura dos olhos da garota que leu o titulo em voz baixa “Artes das trevas e como derrotá-las”.
 -Esse é um livro engraçado para as N.O.M.S ...
 -E por que seria? Têm muitos contra feitiços aqui. – Harry olhou para Hermione mostrando-lhe uma das paginas do livro.
 -Tudo bem, se você diz... – Ela deu de ombros e voltou a escrever em seu pergaminho enquanto Rony simplesmente olhava para a lareira.
-Vocês acham que um dia conseguiremos derrotar você-sabe-quem? – Harry e Hermione olharam surpresos para o amigo até então calado.
 -Não sei quem sabe um dia, quando soubermos para que sirvam as Horcruxes, ou quando descobrirmos a franqueza dele, quem sabe... – Pela primeira vez no dia Hermione tinha sido positiva em relação a alguma coisa.
 -É quem sabe... – Harry distraiu-se pensando no dia em que Voldemort fosse derrotado e acabou esquecendo completamente do livro que tinha em suas mãos.
 Depois de um tempo pensativo Harry voltou a ler o livro sobre artes das trevas sem realmente prestar atenção no que diziam as palavras, ele simplesmente não podia deixar de imaginar como seria a vida depois da queda daquele-que-não-deve-ser-nomeado.
 -Hermione? – A garota que escrevia em seu pergaminho olhou para trás a procura de quem havia lhe chamado.
 -Oi Gina. – A ruiva olhou para a amiga com o olhar de caridade que Hermione conhecia muito bem, esse fez parte dos muitos olhares que recebera durante o dia.
-Agora entendo porque você estava agindo estranha... Há quanto tempo você sabe? – Gina sentou ao lado de Hermione e ficou esperando uma resposta sincera da amiga.
 -Há cinco dias. – Hermione olhou para Gina sentada ao seu lado, com a expressão triste.
 -E o que vai acontecer agora? Sabe... Aonde vocês vão morar, Arabella e você...?
 -Não faço nem idéia, a gente tem só quinze, não somos maiores ainda, não sei o que vão fazer conosco. – Hermione fitou o vazio, imaginando onde estaria Arabella, dês do primeiro período que ela não havia visto a prima.
 Surgindo do nada uma carta materializou-se em frente à Hermione, pegando a carta Hermione olhou o remetente e viu que era de Dumbledore.
 -É uma carta de Dumbledore... Espero que não sejam mais más noticia, porque se forem eu juro que eu explodo.
 Hermione abriu o envelope e tirou o papel amarelado de dentro, ele parecia muito frágil, por tanto ela tomou cuidado para não rasgá-lo.
“Cara Senhorita Granger,
 Peço para que compareça a minha sala assim que terminar de ler a carta que lhe envio.
Sei que tanto você, quanto a sua prima, está passando por um momento difícil, mas é necessário que tenhamos essa conversa, pois como sabem ainda são menores e não podem ser responsáveis por si.
 Atenciosamente, Dumbledore.”
 -Bem, acho que devo ir então, vejo vocês mais, tarde. – Levantando-se da poltrona onde escrevia em seu pergaminho, Hermione saiu do salão comunal para ir à sala do diretor.
 -O que vocês acham que irão fazer com ela e Arabella? Será que vão mandá-las para um orfanato ou coisa do tipo? – Gina parecia preocupada com a amiga.
 -Bem, eu não sei, Hermione vive no mundo trouxa, então provavelmente as autoridades de lá tentaram dar um jeito nela, não sei o que irão fazer, e quanto a Arabella eu não tenho idéia... – Harry ficou imaginando se amiga seria mandada para um orfanato no mundo trouxa, ou que quer que fosse. Levantando-se bruscamente da poltrona, Harry teve uma idéia e foi saindo da sala comunal.
 - Ei, aonde você vai? – Rony olhou confuso para o amigo.
 -Eu tive uma idéia, fiquem ai, vou com Hermione até Dumbledore.
 Harry acenou para os amigos e saiu da sala comunal, depois de correr um pouco ele finalmente avistou Hermione e Arabella.
 -Oi. – Ele sorri para as duas que agora pareciam um tanto confusas.
-Oi... O que você veio fazer? – Hermione perguntou para o amigo que agora caminhava ao seu lado, ainda ofegando um pouco depois de correr.
 -Eu tive uma idéia, confiem em mim, pode não ser das melhores, mas pelo menos livrara vocês de alguns anos no orfanato. – Harry falou olhando para as duas.
 Eles caminharam em silencio até a estatua que levaria a sala do diretor, os corredores já estavam vazios àquela hora, todos deveriam estar em seus respectivos salões comunais, apenas alguns monitores eram vistos caminhando pelos corredores, e todos perguntaram a mesma coisas para os três “onde vocês três estão indo?” e eles respondiam sempre a mesma coisa “à sala de Dumbledore, ele nos chamou.” e mostravam a carta, sendo assim finalmente liberados para saberem o futuro de Arabella e Hermione. 
 Ao chegarem a estatua eles encontraram com a professora Minerva e o professor Snape, provavelmente esperando por elas, já que Hermione era da Grifinória e Arabella da Sonserina, os dois professores chefes ficaram um tanto surpresos em verem Harry junto com as duas.
 -Creio eu que o professor Dumbledore chamou apenas as duas aqui Senhor Potter. – Snape olhava para Harry com o costumeiro ar de repudia.
 -Eu sei que sim professor, mas eu tenho que falar um assunto com Dumbledore, referente a onde Hermione e Arabella ficaram, caso tenham que ser mandadas para um orfanato ou coisa do tipo, e antes que o senhor me pergunte, elas permitiram que eu viesse. – Snape calou-se e continuou a olhar para Harry.
 Sem falar nada a professora Minerva apenas virou-se para estatua e disse a senha “torta de alcaçuz”, e assim a estatua passou a subir revelando uma longa escadaria, por onde, Harry, Hermione, Arabella, Snape e Minerva subiriam dali alguns segundos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, beijos



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