Skip Beat - enquanto o Amor Durar escrita por Mirytie
Notas iniciais do capítulo
O capitulo 170 já saiu!!! Yai!!! E está demais
Bem, enjoy ^^
Yumiko entrou na casa de Ren e ficou maravilhada com o que viu, tal como Kyoko tinha ficado ao entrar lá, pela primeira vez.
- Sente-se, por favor. – pediu Ren, sentando-se depois dela – Como posso ajudá-la?
- Com certeza, ainda se lembra quem eu sou. – disse Yumiko, ainda maravilhada com a beleza do homem à sua frente. A filha tinha bons gostos – Tal como também tenho a certeza que não gosta de mim. Bem, eu vou-lhe dar uma oportunidade de se livrar de mim.
- Quer dinheiro, não é? – perguntou Ren surpreendendo Yumiko.
- Vejo que é um homem informado. – comentou Yumiko com um sorriso sedutor.
- Acha que a sua filha não é honesta? – perguntou Ren sorrindo – Parece que não saiu à mãe.
- Bem, se sabe o que quero… - disse Yumiko, perdendo o sorriso - …que tal chegarmos a um acordo amigável?
Ren começou a rir, irritando Yumiko. – Acha mesmo que eu ia pagar-lhe. Porque é que faria isso? Você não fez mais nada, a não ser tornar a infância dela num inferno.
Aquela miúda tinha andado a dar com a língua nos dentes, pensou Yumiko.
- Eu posso tirá-la do mundo do espectáculo. – disse Yumiko, usando o mesmo plano.
- Acredita mesmo que sim? – perguntou Ren – Ela já chegou a um patamar onde, se as pessoas soubessem que foi a senhora que a tirou deste mundo, teria um clube de fãs um pouco chateados atrás de si. – o sorriso de Ren desapareceu e foi substituído por uma aura negra – E acredite que eles ficariam a saber.
Ren dirigiu-se até à porta e abriu-a – Já não é mais bem-vinda aqui, Yumiko. E aviso-a que também não seria uma decisão acertada aproximar-se outra vez da sua filha.
Yumiko levantou-se e foi até à porta, parando à frente de Ren. – Ainda não desisti. Não pense que tenho medo de si.
O sorriso de Ren voltou.
- Eu acho que devia ter.
...
A manhã começou outra vez com um “Temos um problema” para Kyoko, agora de Sawara-san, que lhe pedira para ir até à LME, imediatamente.
E, ao ver Ren à sua espera na entrada, Kyoko percebeu que não tinha sido a única.
Ren tinha-lhe explicado o que tinha acontecido na noite anterior e que a culpa tinha sido toda dele. O medo foi imediatamente substituído por raiva, ao ouvir Ren.
Como é que a sua mãe tinha sido capaz de pedir dinheiro a Ren!?
Ao chegar à LME, foram directamente até à sala do presidente onde Yumiko estava com um lenço de papel nas mãos e a cara molhada pelas lágrimas
- O que é que se passa? – perguntou Kyoko sem nenhuma preocupação na voz.
- Mogami-san, a tua mãe diz que fugiste de casa para vires para Tokio. – explicou Lori com um fato de faraó vestido – Ela diz que nunca te deu consentimento para representares e quer que voltes para casa com ela.
- O quê!? – perguntou Kyoko, surpreendendo-se quando Ren se pôs à sua frente.
- Eu já estava à espera disto. – disse Ren tirando um papel da mala que trazia na mão, entregando-o depois ao presidente.
- Tens a certeza disto, Ren? – perguntou Lori, apesar de não estar muito surpreendido – Sabes o que isto implica?
- Sei. – confirmou Ren – Já tratei das coisas. Só preciso da assinatura dela.
Lori anuiu a cabeça, leu por alto e disse a Kyoko para se aproximar. – Tens que assinar aqui, querida.
Kyoko olhou para o papel onde dizia “Proposta de Guardião de Menor”. – Não percebo. – confessou Kyoko.
- Querida, se concordares, o Ren passa a ser teu guardião legal. – explicou Jelly – E a tua mãe já não terá direitos legais sobre ti.
- Mas… - adicionou Lori – Tu e o teu guardião não podem relações amorosas de qualquer género até fazeres dezoito anos.
Kyoko olhou imediatamente para Ren, mas ele estava a sorrir, como que para lhe dizer que ia ficar tudo bem. Com a mão a tremer, Kyoko assinou e afastou-se com um suspiro, como se tivesse acabado de fazer uma coisa muito cansativa.
Yumiko levantou-se. – Isto não acabou. – disse ela olhando para a filha – Eu sei que ele gosta de ti e há-de fazer alguma coisa que quebre o acordo e, quando isso acontecer, eu vou estar lá.
Dito isto, Yumiko saiu e deixou Kyoko com uma sensação de mal-estar no estômago. Aquele acordo queria dizer que a semana de experiência tinha acabado.
- Porque é que o meu guardião não pode ser o chefe do Darumaya? – perguntou Kyoko, mais triste do que estava à espera de ficar.
- A única razão para não teres de passar semanas em tribunal, é porque ele é O Ren Tsuruga. – respondeu Lori – Só faltam alguns telefonemas para estar completamente resolvido.
Kyoko não quis protestar mais, mas ficou com pena, porque estava a começar a gostar daquela semana. Mais uma vez, a mãe tinha estragado tudo.
- Vamos, Kyoko. – Ren pôs um braço à volta dela e encaminhou até ao seu carro. Agora, era o guardião dela. Talvez aquela fosse a maneira do destino lhe dizer para se afastar – Isto não significa que a semana de experiência tenha que acabar. Basta…
- Tem que acabar. – Kyoko entrou no carro e olhou para Ren, enquanto ele punha o cinto – Mas não tem que acabar hoje. Vamos fazer aquilo que combinamos ontem.
E depois podia acabar bem, pensou Kyoko. Depois podia-se despedir da Kyoko que tinha namorado com o Tsuruga Ren
…
Kyoko queria aproveitar aquele dia mas ele parecia estar a acabar mais depressa do que ela podia evitar.
Sentada no muro que separava a praia da estrada, Kyoko observava o pôr-do-sol que normalmente era mágico. Para ela, agora, aquele maravilhoso momento, era extremamente deprimente.
- Não te preocupes. – pediu Ren – Vai tudo correr bem. Eu não vou deixar que a tua mãe te tire aquilo que gostas de fazer.
- Sim. – disse Kyoko, como se estivesse em transe.
A mãe já lhe tinha tirado a sua segunda oportunidade para amar. Se lhe tirasse o mundo da representação, Kyoko não teria mais nada pelo que viver.
Ren levantou-se e estendeu a mão para a ajudar a levantar-se. – Hei, para acabar bem esta fase experimental, porque é que não me beijas? – ele apontou para os lábios – Mesmo aqui.
Kyoko hesitou mas acabou por desistir com um suspiro e um sorriso de aceitação. – Vá lá, inclina-te um pouco e fecha os olhos.
Ren fez o que ela disse e esperou pacientemente até ela pôr as mãos nos seus ombros e esticar-se até estar em bicos de pés
Ela examinou bem a cara dele de perto, queria relembrar cada detalhe, mas depois cedeu, fechou os olhos e juntou os lábios aos dele. De maneira tão doce, que uma lágrima escorreu-lhe pela face.
Kyoko afastou-se e riu-se ao perceber que a sua lágrima tinha molhado a cara dele. – Desculpa, os meus olhos são sensíveis ao sol.
- Não faz mal. – disse Ren limpando a lágrima. Ele pegou no telemóvel e mostrou-lhe a mensagem que tinha acabado de receber – Agora sou, oficialmente, teu guardião.
Forçando um sorriso, Kyoko seguiu Ren até ao carro e continuou o resto do caminho em silêncio.
…
Ela não percebeu muito bem porque é que estava à porta da casa de Tsuruga-san, quando já passavam das nove e meia da noite até ele lhe explicar e, mesmo assim, ela ficou um pouco confusa.
Por isso, perguntou. – O quê!?
- Bem, como teu guardião legal, é meu dever dar hospedagem ao menor ao meu cuidado. – explicou Ren – Por isso, a partir de agora, vais começar a viver aqui.
- Espera…
- Amanhã vamos buscar as tuas coisas ao Darumaya e podes remodelar o quarto de hóspedes como quiseres. – continuou Ren – Afinal, vais estar aqui durante muito tempo.
- Mas…e como é que eu pago? – perguntou Kyoko, inocentemente.
- Acreditas mesmo que tens que pagar alguma coisa? – Ren abriu a porta e deixou espaço para ela passar – És uma menor a meu cuidado.
- Eu cozinho. – disse Kyoko, entrando rapidamente – E também posso arrumar.
- Tenho uma empregada que vem cá todas as semana fazer esse trabalho e na maior parte dos dias eu nem sequer com… - Ren parou, sabendo que, se acabasse a frase, seria o seu fim – Ouve, não precisas de fazer nada.
- Bem, então pode despedir a empregada. – implicou Kyoko – Não me vou sentir bem se ficar aqui sem fazer nada.
- Está bem, está bem. – disse Ren desistindo – Podes cozinhar as minhas refeições quando eu estiver em casa e deixar algumas preparadas quando não poderes estar aqui.
- Certo. – concordou Kyoko mais aliviada.
- Ainda não acabei. – interrompeu Ren, aproximando-se dela devagar – Podes dar-me um beijo de boa-noite para eu dormir bem. – desta vez ele apontou para a bochecha – Mesmo aqui.
- Nem pensar. A partir de agora, você é só meu guardião e senpai, Tsuruga-san. – mas doía-lhe o peito ao dizer aquilo. Mesmo assim, continuou a sorrir – Nada de beijos.
- Tudo bem. – aceitou Ren, virando costas. Tirou a camisa e atirou-a para as costas do sofá – Vou dormir, Kyoko. Amanhã tenho trabalho às nove. – Ren olhou para ela que tinha as faces coradas – Fazes-me o pequeno-almoço?
Os lábios dela tinham secado completamente por isso a única coisa que ela conseguiu fazer foi anuir a cabeça.
- Antes de ir para a entrevista, posso-te dar boleia até à LME. – disse Ren, abrindo a porta do seu quarto – Já sabes onde é o quarto de hospedes. Boa noite.
- Boa noite, Tsuruga-san. – Kyoko fez uma vénia, endireitando-se apenas depois de Ren fechar a porta.
Devagar, ela dirigiu-se ao sofá, pegou na camisa de seda e dobrou-a cuidadosamente. Desta vez, as lágrimas vieram silenciosamente, enquanto Kyoko mantinha o sorriso na cara e a camisa nas mãos.
Quando deu por si, já tinha passado quase uma hora.
Com um suspiro tremido, ela pousou a camisa no mesmo sítio e entrou no quarto sem fazer barulho e ficou ali, a olhar para ele, durante alguns momentos.
Depois aproximou-se, inclinou e, da maneira mais delicada possível, depositou-lhe um beijo na bochecha direita, tal como ele tinha pedido. Mais contente, Kyoko fez-lhe uma festinha no cabelo, sorriu…
E saiu.
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Eu sei que neste capitulo a Kyoko não estava muito "em si" por assim dizer, mas o meu lado romântico tomou conta de mim por isso, sorry ^^' o próximo capitulo vai ser mais justo com a personagem dela.
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