A Entrevista escrita por cohen


Capítulo 1
Capítulo 1




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O cigarro acesso sendo tragado com voracidade mostrava como Daniel estava ansioso e com medo do que iria fazer, havia recentemente concentrado todos os seus esforços naquele encontro e não iria conseguir descansar até finalmente obter aquilo que tanto queria, mas não sabia, porque não conseguia sair de seu carro para finalmente se encontrar com ele, enquanto isso aspirava cada vez mais nicotina na esperança que esta desse a ele a coragem na qual tanto estava querendo naquele momento.

Depois de terminar seu maço em menos de duas horas conseguiu tomar coragem e sair do seu carro, caminhar pela chuva e chegar à casa abandonada na qual havia marcado com ele. Gostaria de entender se a madrugada e a chuva eram apenas artifícios do destino para deixar o clima cada vez mais tenso.

  Ao entrar na velha casa foi surpreendido por uma voz rouca antes mesmo da antiga porta parar de ranger.

- Pare ai mesmo!

Daniel obedeceu à sinistra voz, aguardando com receio e pavor a próxima instrução.

- Levanta a camisa, e vire-se devagar.

Daniel simplesmente obedeceu à voz sinistra. – Fique calmo, eu não estou armado.

- Eu estou calmo garoto só estou me precavendo. Você não e da policia, ne?

- Claro que não.

- Então relaxe e sente-se.

Daniel caminhou na escuridão da casa até conseguir localizar através da fraca luz da lua uma mesa com uma cadeira a sua frente. Puxou a cadeira e se sentou tentando localizar da onde vinha a voz.

- Então você me procurou tanto, insistiu e aqui estou perto de você disposto a contar tudo o que sei.

- Senhor estou muito agradecido por ter aceitado o meu pedido para a entrevista, mas com todo respeito ficaria muito mais fácil de realizá-la se você se sentasse comigo. E não ficasse longe.

- Mais garoto, eu acabei de dizer que estou... Perto de você. –  Nesse instante Daniel sente as ultimas palavras se transformarem em um sussurro  aterrorizante pronunciado  próximo a sua orelha.

  

Antes que pudesse se levantar ou virar para encarar seu entrevistado, Daniel e surpreendido por uma gravata apertada envolta do pescoço enquanto sente seu peito sendo encostado por um objeto pontudo que refletia o luar na outra mão do homem.

- Sabia que a furtividade sempre foi uma das minhas habilidades preferidas, ela nos confere o poder sobre o elemento surpresa... Espero que já esteja tomando nota da minha entrevista.

Daniel podia sentir ele sorrindo atrás dele, se deleitando do medo na qual ele estava sentindo.

- Não tem como eu começar a entrevista, meu gravador esta no meu bolso.  – Disse Daniel tentando disfarçar seu pânico devido a situação, mas seu coração estava tão acelerado que com certeza o homem podia senti-lo bater através da faca encostada em seu peito.

    

- O que?! Gravador?! – Ele tirou o braço do seu pescoço e começou a tatear a calça jeans de Daniel até encontrar em seu bolso esquerdo um volume correspondente ao gravador.

       

- E o gravador para entrevista.

- Pensei que você estava desarmado.

- E estou e só um gravador! – Daniel já gritava de tamanho receio de ter seu coração perfurado por causa de um simples gravador.

- Existem vários significados para armas e este gravador pode ser mais letal do que esta faca. Sabia? – Ele tirou o gravador do bolso de Daniel e jogou na mesa a sua frente.

- Porque você não me solta e agente começa essa entrevista normalmente, sentados. – Gaguejava Daniel tentando convencê-lo a tirar a faca de seu peito.

- Não prefiro assim, fico mais confortável, não faz parecer que estou em um interrogatório. E acredito que da mais autenticidade ao tema da sua entrevista.

Daniel por um momento gelou, demorara tanto tempo para conseguir contatar aquele homem, suspeito de uma serie de assassinatos hediondos na região, mas que nunca haviam conseguido ligá-lo efetivamente a nenhum dos homicídios. Sendo somente preso por um crime passional que cometeu há uns 20 anos atrás. Sabia que aquele encontro iria mudar sua vida, mas tinha que pelo menos sair vivo, pois não adiantava nada saber tudo sobre ele e morrer sendo mais uma de suas vitimas.

- Ta... Ta tudo... Tudo, bem você se sente melhor assim, faremos a entrevista assim.

- Gostei de você garoto, pode deixar serei bem generoso com as informações que irei compartilhar com você. Pode começar.

Daniel respirou bem fundo como que se estivesse tentando se acalmar e se esticou vagarosamente e apertou o botão do gravador que estava encima da mesa, dando assim inicio a entrevista.

- Bem... Bem, estamos aqui... com... ele , com ele...-  Daniel se esforçava para encontrar as melhores palavras para o começo dessa inusitada entrevista.

- Nossa mais que porcaria de repórter você é! Parece que nunca vez uma entrevista. Se ta nervoso por acaso? – Interrompeu o homem que logo começou a rir de sua pergunta retórica.

- Pode deixar eu irei te ajudar. Meu nome é Luiz tenho 54 anos, e tenho como hobby assassinar pessoas a sangue frio.

Daniel não acreditava no que estava ouvindo, Luiz praticamente estava assumindo aquilo que todos suspeitavam, e bem na frente dele.

- Que dizer que você realmente matou aquelas pessoas no qual acusavam você, e tudo por um hobby? – Daniel parecia ter esquecido da faca recostada em seu peito.

- Sim, matei e tudo por puro prazer, você não sabe que sensação maravilhosa é.

- E remorso? Você nunca sentiu remorso pelas vitimas, não lhe dói a consciência?

- Remorso? Claro que não e um hobby como pescar e caçar, a única diferença e que o meu envolve seres humanos. Por isso sou vitima de preconceito pela sociedade.

- Preconceito??? – Daniel ainda não acreditava, porque não havia encontrado esse cara antes.

- E preconceito sim, querem me prender pelo meu “esporte” mas não conseguem.- Luiz ria enquanto falava e lembrava de como ludibriava a lei.

- Porque não conseguiram o prender antes?

- Porque obedeço algumas regras bem particulares. Sempre mato quem não conheço e quem mora longe de mim, sempre me preparo antes para não deixar evidências e nada do tipo, e quando me perguntam sempre fingi muito bem o que sinto ou deixo de sentir. Este e o segredo garoto, não ter sentimentos e sim criá-los para os outros como lhe convém.

Daniel estava tão empolgado com o decorrer da entrevista que já não se via como uma vitima em potencial.

- Mas o senhor chegou a ser preso há vinte anos atrás.

- Esse foi o único dia que matei por raiva e não por diversão; minha mulher me traiu aí misturei minha vida pessoal com lazer.

- Como foi a primeira vez que o senhor matou alguém?

- Ah, foi como a primeira vez que fiz sexo estava extremamente nervoso e não sabia exatamente o que iria fazer... Somente sabia que queria experimentar. Até que tomei coragem e experimentei. - O tom da voz rouca de Luiz parecia adquirir um tom nostálgico de uma doce saudade a medida que ele relembrava seu primeiro assassinato.

- Como foi exatamente a sensação? – Daniel a esta altura queria saber tudo sobre Luiz.

- Como foi? ... Foi muito boa, garoto não há nada melhor do que os olhos de surpresa da sua vitima quando sentem uma lâmina perfurar sua carne, e uma expressão que mistura dor e surpresa. A medida que o sangue vai deixando a carne e a alma vai  abandonado o corpo e você vê a expressão de terror na face da vitima, não querendo acreditar que sua vida termina ali, daquele jeito. Isso é que é um orgasmo, deveria experimentar. A propósito matei pela primeira vez nessa casa abandonada, onde estamos.

Um silêncio sombrio parou sobre eles, Daniel deixou a empolgação de lado e voltou lembrar que era refém de um assassino que estava com uma faca apontada para seu coração e estavam em uma casa abandonada onde ele havia cometido o seu primeiro assassinato.

- Sabe, ainda não tive a oportunidade de olhar os seus olhos, o olhar diz muito coisa sobre nós, sobre nossos sentimentos... Nossos medos. - Enquanto Luiz falava Daniel era capaz de sentir a pressão da ponta da faca diminuindo em seu peito, e derrepente se viu desvencilhado do assassino.

- O que você esta fazendo?- Daniel perguntava ainda curioso e sem acreditar o que tinha feito Luiz lhe soltar.

- Irei olhar seus olhos, já lhe contei tanta coisa o mínimo que mereço e ver seus olhos.  - Daniel começava a ver silhueta do homem aparecer no seu campo de visão, logo o homem estava a sua frente, na outra cabeceira da pequena mesa retangular.

Daniel podia visualizar agora o homem no qual tinha lido e visto tantas vezes aquele rosto em jornais e noticiários locais, mas alguma coisa estava diferente na sua fisionomia não que estivesse com uma aparência diferente, pois ainda se conservava calvo e com seu mesmo cavanhaque, algumas rugas a mais, mas não era essa a diferença e sim em sua expressão, isso! Sua expressão ao invés de fria e vazia como nos jornais, estava feliz, radiante. Seus olhos brilhavam.

Aquele olhar se fixou no olhar de Daniel que ainda estava sentado, por um instante aquele ar de diversão, deu lugar a uma expressão de certo espanto.

Daniel sorria com o quanto da boca.

                                                                ***

Assim que havia sido contatado por um repórter free-lance para dar uma entrevista, Luiz via que poderia se divertir. Sua vida desde que fora solto estava muito pacata e sem emoção, enquanto todos o achavam um assassino e louco e não podiam de fato provar, era uma coisa. Agora, após ser solto por homicídio tudo mudava, todos esperavam que ele fosse cometer algum crime e ele teve que se manter quieto por um bom tempo, mas já não agüentava mais tinha que fazer de novo e o destino o ajudou desta vez com este repórter, resolveu voltar ao inicio, recomeçar, renascer em seu hobby, iria se divertir queria ver o olhar de medo e surpresa com o qual ele sempre se deleitava. Nada melhor do que começar no lugar onde ele de fato iniciou. Na casa isolada nos arredores da cidade.

Mas agora diante daquele garoto, olhando em seus olhos, Luiz não sentia mais o mesmo prazer que estava sentindo quando imobilizou o ingênuo repórter. Havia alguma coisa errada, Luiz se questionava se não era a falta de pratica, mas até sua primeira vez apesar de toda ansiedade não teve aquele momento brochante e logo na parte dos olhos, onde o medo das vitimas lhe dava mais prazer.

Luiz fixou bem o olhar naquele jovem para tentar decifrar de uma vez esse enigma que lhe incomodava e não viu medo, surpresa e nem nada, pelo contrario; Havia ausência completa de sentimentos principalmente daqueles que Luiz tanto gostava quando executava alguém; aquele rapaz, aquele olhar não tinha nada.

- Quantos anos você tem garoto?- Luiz perguntava, pois queria agora saber mais daquele garoto que tinha aquele maldito olhar, mas não conseguia esconder sua surpresa e o garoto sabia disso e pior, parecia que ele se divertia.

- 18 – Respondeu Daniel de maneira precisa.

- 18? Você não e muito jovem pra estar trabalhando nessas entrevistas perigosas? – Luiz queria provocar o garoto para sentir o medo que ele havia demonstrado mais cedo.

- Porque perigosas? – A expressão de Daniel não se alterava.

- Porque contei muitos segredos a você, e agora você precisa se tornar uma parte deste segredo – Luiz falava apertando o cabo da faca em sua mão direita aguardando ansiosamente a reação dos olhos do jovem as suas palavras.

-... Não me mate, por favor, não irei contar nada a ninguém, destrua a fita que esta dentro do gravador assim não terá nenhuma prova do que você me disse, mas não me mate! – Daniel falava rapidamente suplicando por sua vida.

Luiz chegou a relaxar, quando viu a mudança súbita na fisionomia do jovem , agora que tinha saído da indiferença para o medo Luiz tinha certeza que poderia matá-lo que sentiria o prazer que sempre sentiu.

- Ta bom garoto, vou lhe soltar porque gostei de você. – Luiz mentia, pois somente assim poderia esfaqueá-lo e sentir aquela surpresa no rosto agonizante da vitima que ele tanto adorava.

Luiz pegou o gravador que estava em cima da mesa para retirar a fita, queria passar autenticidade a promessa de soltar o repórter. Apertou o botão de ejetar e se viu surpreso novamente. Não havia fita.

Enquanto tentava digerir sua surpresa pela ausência da fita Luiz sentiu seu abdômen ser imprensado entre a mesa e a parede; o jovem tinha aproveitado sua distração com o gravador e em uma explosão de força empurrou a mesa contra Luiz fazendo com que ele fosse encostado na parede e consequentemente esmagado contra esta pela mesa. Luiz sentia dor e estava começando a ficar sem ar, tudo por causa do maldito gravador. Luiz sabia que de alguma forma ele poderia ser uma arma.

                                                              ***

Daniel jogava todo o peso de seu corpo contra a mesa, fazendo o máximo de força que conseguia, que não era pequena, as horas gastas fazendo supino na academia valeram a pena. Ele podia ver a cara de Luiz expressando bastante dor e respirando com muita dificuldade.

                                                              ***

Luiz tentava em vão empurrar a mesa contra o jovem para poder se libertar mais seus sedentários 54 anos dificultavam a ele obter sucesso, além disso, a inútil força que ele estava desprendendo só o fazia gastar mais ar e logo ele não teria mais nenhum. Então recorreu a sua faca que ainda estava em sua mão direita, usando todo o seu braço em um movimento em forma de arco desferiu o golpe, golpe que já extirpara tantas vidas agora iria salvar a sua.

                                                              ***

Daniel continuava a imprensar Luiz, sabia que ele não conseguiria revidar sua força e logo não iria agüentar. Fazia cada vez mais força, tanta força que chegava a quase a fechar os olhos de tamanho esforço, com seus olhos ainda semi fechados pode ver que o assassino já não tentava mais empurrar a mesa. Quando Daniel abriu os olhos tentando focalizar melhor o fracasso de Luiz, se deparou com a lâmina na mão do assassino vindo rapidamente em sua direção. Daniel não podia fazer nada, apenas fechou seus olhos e esperou o pior.

Daniel pode sentir um vento gélido passar por seu rosto acompanhado de um intimidante som da faca cortando o ar; mas Daniel não sentia dor, aliás, não sentia nada, quando abriu os olhos para poder ver o que de fato havia ocorrido, notou que a mão do assassino fazia com a lâmina o caminho de volta do primeiro golpe, mas desta vez Daniel não fechou os olhos, pode sentir novamente o mesmo som e o mesmo vento, mas agora reparou que devido a comprimento da mesa a faca passava a alguns milímetros dele impedindo que a lâmina rasgasse sua face.

                                                              ***

Quando Luiz pensava que iria retalhar a face do maldito garoto e ver seu sangue jorrando, teve a infeliz surpresa de ver sua faca cortar o vazio, não acreditando no que havia acontecido tentou o segundo golpe mas mais uma vez somente o nada fora atingido. Luiz já não tinha mais fôlego para reagir e começava a ficar tonto devido a impossibilidade de mover seu diafragma adequadamente, estava sem oxigênio, suas mãos começaram a formigar e sua visão queria ficar turva, Luiz não tinha outra opção então soltou sua faca sobre a mesa.

                                                              ***

Daniel podia acompanhar o velho assassino ficando sem forças à medida que ficava sem respirar, logo ele havia soltado sua faca, a sensação de segurança e a queimação muscular que sentia fizeram com que Daniel parasse de exercer força sobre a mesa.

Ao olhar Luiz sobre a mesa sem sentidos, ficou sem saber exatamente o que faria, sabia porque havia marcado o encontro, não ocorrera como ele esperava, mas ainda assim fizera o que havia planejado.

Daniel abaixou e pegou seu gravador que estava no chão após ter empurrado a mesa.

- Que maldito repórter vai fazer uma maldita entrevista, sem poder gravá-la? – Sussurrou Luiz com o pouco ar que estava começando a recuperar.

- Eu não sou repórter. – Disse Daniel friamente.

- Então que droga você é garoto? – Gritou Luiz agora praticamente recuperado, afastando levemente a mesa de seu abdômen ainda dolorido pelo impacto.

- Eu sou apenas um garoto que quero me encontrar. – Falava Daniel enquanto se levantava já com seu velho gravador em mãos.

- Se encontrar? Como assim? – Luiz fingia com habilidade interesse sobre a vida do jovem.

- Descobrir exatamente o que quero da vida, sabe. Por isso menti dizendo que era um repórter, queria te encontrar, queria te conhecer para saber ao certo o que eu quero pra minha vida. – Falava Daniel olhando nos olhos de Luiz.

- Você e gay garoto? Está apaixonado por mim por acaso? – Falava Luiz achando aquilo muito esquisito enquanto discretamente deslizava sua mão até a faca que estava sobre a mesa.

           

- Não, não sou gay. – Respondia Daniel secamente com seu olhar fixo em Luiz.

Derrepente em um movimento rápido Daniel batia com muita força seu gravador, o espatifando contra as pontas dos dedos de Luiz que já estavam quase se encontrando com o cabo da faca.

- Ahhh !!!!! - Grita Luiz de dor recuando sua mão imediatamente por reflexo.

Enquanto Luiz terminava de recuar sua mão, Daniel pegou a faca sobre a mesa e colocou o assassino na parede, o segurando pelo colarinho com a outra mão.

                                                              ***

Luiz ainda sentia seus dedos latejarem, enquanto estava sendo colocado contra a parede novamente.

- Vim aqui para saber como você se sentia, o que te motivava a fazer isso, e como você fazia... – Daniel falava com firmeza e com o mesmo olhar enigmático que incomodara Luiz mais cedo.

- Aprendi muito nessa nossa “entrevista”. - Luiz começava a sentir a ponta da faca sobre seu peito.

- No inicio estava nervoso, ansioso, você não sabe o quanto eu fumei; mas ao longo do nosso encontro comecei a controlar meus sentimentos e a usá-los como me convém. Não e assim que tem que ser?-  Luiz se lembrava quando garoto começou a sentir medo antes de ele tentar retirar a fita do gravador. Será que era tudo fingimento?

- Agora só falta uma coisa pra eu descobrir o que quero. – Luiz podia sentir que a ponta da faca pressionava com mais intensidade o seu tórax.

- Você terá coragem garoto de matar? As maiorias das pessoas não estão preparadas pra esse tipo de prazer. - Luiz falava duvidando que o garoto pudesse se tornar um assassino.

- Eu quero muito experimentar. – Disse Daniel sem nenhum pingo de emoção.

Após Daniel terminar sua frase Luiz podia sentir a faca entrando bem fundo em seu peito, dilacerando sua carne a medida que os centímetros da lâmina ia entrando em seu corpo, a passo que seu sangue ia o deixando pode olhar surpreso a cara do rapaz, rapaz que ele duvidava de que fosse capaz de matá-lo, agora sorria se deleitando da sua expressão de surpresa e dor, por um instante Luiz pode se ver como se o garoto fosse um espelho, sabia o prazer que o garoto estava sentindo e antes de perder os sentidos sabia também que o jovem rapaz finalmente havia se encontrado.   


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