Alive By Blood escrita por BoseBlut


Capítulo 5
Capítulo 5 - Tom




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Alicia’s P.O.V

Bill passou por mim correndo, em direção a porta.

– Bill! O que é que há?

 Sério, quem vê esse cara magrelo não imagina que ele possa correr assim tão rápido. Ah, espere um minuto, ele bebeu do meu sangue? Ops.

– BILL, não corra. – Tarde demais, ele já estava descendo as escadas.

 Corri atrás dele, mas quando cheguei à porta, ele estava simplesmente caído no chão lá embaixo.

– Que merda, o que é que há com as minhas pernas? Dei de cara com a parede. – O nariz dele estava sangrando, senti o cheiro de longe.

– É o meu sangue, Bill, não corra, você ficou mais rápido.  Aonde você vai?

– Tenho que achar o meu irmão. Alguma coisa está acontecendo com ele. Eu sinto.

 Voltou a correr, pulando a escada de dois em dois degraus.

– Espera um minuto, dá pra parar de correr? Eu acho ele pra você, mas não posso fazer isso correndo.

 Mas ele não me ouvia, já havia descido dois lances de escada. Parei, fechei os olhos e mentalizei. Tom Kaulitz, Tom Kaulitz, onde está você? Achei!

   Corri para alcançar Bill, que tinha acabado de chegar ao térreo e o puxei pelo colarinho.

– Ele está lá embaixo.

 Bill se virou para me olhar, em pânico.

– Não, não, não, o que diabos ele foi fazer lá?

  Brincar de casinha é que não foi.  – Anda, eu sei onde ele está.

   – Onde, onde ele está Alicia? – Bill perguntou, assim que chegamos ao subsolo. Olhava para todos os lados tentando reconhecer seu irmão no meio de algum vampiro. Apontei para o Red Line e ele correu, notavelmente mais rápido do que qualquer humano, o que fez com que os vampiros da boate olhassem diretamente para mim. Não sei se eu já contei, mas não podemos dar o nosso sangue para humanos. Bom, alguém aqui vai ter problemas sérios. E quando digo alguém, estou me referindo a mim mesma. E alguém pelo amor de Drácula, segure esse garoto desesperado antes que ele faça alguma merda.

Segui- o Red Line.

 Sabem, é difícil fazer um vampiro corar, mas aquele cara ali conseguiu. Ele estava abrindo a porta de cada quarto para procurar o seu precioso irmão. Já mencionei o que acontece no Red Line, certo?  Pois é.

– No quarto 68, Bill, pelo amor de Deus, pare de abrir essas portas ou é você quem não vai sair vivo daqui.

 E ele abriu a porta do quarto 68. Assim sabe, sem bater nem nada. Acho que vou ter um pouco mais do que problemas sérios

– Que porra é essa? – Eu disse, ao entrar no quarto logo depois de Bill, que parou logo depois de dar o primeiro passo adentro, as mãos fechadas com força e a boca aberta em forma de um “o”. Tom estava de cueca, estirado em cima da cama. Não estava consciente. Parecia não haver uma única parte de seu corpo que não estivesse jorrando sangue por causa de uma mordida.

Eram as gêmeas Meg e Juliet. Não basta se envolver com um vampiro. Tom Kaulitz tinha que se envolver com duas vampiras sádicas e desobedientes. Bom, alguém aqui ia fazer elas obedecerem.  – Saiam de cima dele. Bill, pegue seu irmão e vá para o meu quarto.

 Uma das duas se levantou da cama e mostrou suas presas para mim. – Alicia, você não pode fazer isso. Nós não fizemos nada errado aqui. Caia fora. Ele é nosso.

– Eu perguntei alguma coisa? Mande a porca da sua irmã sair soltá-lo e tirar os dentes de cima dele agora.

–Como ousa? Não violamos nenhuma regra, ele ainda está vivo.

– É, e se ele estiver vivo quando vocês o chutarem no meio da rua, ainda não vão estar violando as regras. Mas eu vou estar, quando esfregar o focinho de vocês duas no asfalto. Bill, pegue o seu irmão.

– Vai ter que passar por cima de mim para tirar ele daqui. – Juliet, a que estava na cama, encarou Bill.

– Saia de cima do meu irmão, vadia. – Bill lhe deu um tapa com tanta força que, graças ao meu sangue, a fez rolar para fora da cama, pegou Tom e se dirigiu para a porta. As duas vieram na minha direção.

– Então você deu seu sangue para ele e ainda quer nos julgar? Alicia, você pode ser mais velha, mas nós ainda estamos em duas.

– Bill, feche a porta quando sair. E Corra.

 Ele saiu e as duas pularam pra cima de mim ao mesmo tempo. Chutei uma delas pra longe e agarrei o cabelo ruivo da outra e bati sua cabeça na parede enquanto ela tentava desesperadamente se soltar. A outra irmã se levantou e tentou investir um soco em mim. Desvie e agarrei o cabelo dela também, mas a primeira se soltou e me acertou um soco no rosto, enquanto a outra me mordia nos ombros.

Bom, se queriam me deixar nervosa conseguiram. Quando uma delas se aproximou, coloquei toda a força que podia num chute que a fez voar longe e bater com tanta força na parede do lado oposto do quarto. Agarrei de novo o cabelo da que me mordia e a puxei para a minha frente.

– Eu estava numa boa lá cima, mas. Vocês. Duas. Tinham. Que. Atrapalhar. – Cada palavra entoava uma batida de cabeça na parede. – Vocês. Tinham. Que. Pegar. O irmão. Dele.

– Meg! Alicia, pare por favor. Não íamos matá-lo. Ele pediu para ser mordido. Alicia!

– Tenho certeza de que ele pediu para ser mordido até ficar inconsciente, Juliet. – Ela começou a chorar e notei que estava com uma perna quebrada, que lentamente havia começado a se regenerar.

– Foi... Foi um acidente. Alicia pare!

– Juliet, tire essa vadia de cima de mim. – A outra irmã sussurrou embaixo da minha mão que continuava socando sua cabeça na parede.  Seu rosto estava ensopado de sangue.

– Alicia, solte-a ou terei que contar que você deu seu sangue ao humano.

– Ótimo. Mantenham suas presas longe daqueles dois garotos e eu esqueço que vocês duas tentaram assassinar alguém na minha boate.

– Nós não... Tudo bem Alicia, só solte minha irmã.

 Larguei a garota e me dirigi para a porta, suja de sangue e totalmente desarrumada por causa da briga. Sai a tempo de ouvir um “vadia do inferno, olha só para o meu nariz” e corri para o meu quarto esperando que Bill não estivesse desesperado o suficiente para levar Tom para o hospital e não para o meu quarto.  Felizmente isso não aconteceu e Tom estava sangrando em cima da minha cama. Em cima da raridade que era aquele lençol do século XVI. Tudo bem, eu consigo outro.

– Alicia, cure meu irmão! – Bill disse, mal entrei no quarto, os olhos derramando lágrimas em cima do irmão. – Com a sua saliva, por favor, ele está perdendo muito sangue.

– Henri. – Henri surgiu na minha frente, ao meu chamado – Tom precisa do seu sangue e da sua saliva.

– Não. Por que tem que ser o sangue dele e não o seu, Alicia?

– Por que meu sangue é forte demais para vocês. Olha só o que fez com você Bill. Vou ter problemas por sua causa, então é melhor que seja o de Henri. Agora saia de perto do seu irmão para Henri poder trabalhar.

 Bill se afastou da cama e veio para perto de mim, enquanto Henri subia na cama e ficava em cima de Tom.

– Então não vai precisar da saliva, se o sangue vai curá-lo, certo?

– Não, o sangue vai repor o que ele perdeu e ajudar a cicatrizar por dentro mais rápido. Mas se quiser que as feridas se curem, vai precisar da saliva.

– Esse cara vai lamber o meu irmão?

– Todinho.

– Tom não vai gostar nada disso quando descobrir.

– Ele não precisa saber.

– Mas... Ele...

– Bill, você não precisa ver um cara lambendo seu irmão, então por que não desce lá para o bar e espera? Ele vai ficar bem, sério. Quando você voltar, ele vai estar novinho em folha e sequer vai se lembrar do que aconteceu, então trate de inventar alguma desculpa enquanto isso.

– Ahn, vou esperar aqui fora então. E Alicia – Bill abriu a porta. – não deixe esse cara fazer nada de errado com meu irmão.

 Segurei uma risada. – Tudo bem, vá em frente.

 Me virei para a cama. Henri estava sentado sob a barriga de Tom. Tinha cortado seu pulso que agora derramava sangue na boca do garoto inconsciente.

– Você bem que podia me ajudar, Alicia. Esse cara tá todo mordido.

– Eu não. Divirta-se.

 E pelos próximos minutos, fiquei observando a cena, hilária, do meu mordomo lambendo o corpo de um estranho. Imagino que agora já podem me chamar de Voyer. E realmente, quase não havia partes do corpo que não precisassem ser ‘reparadas’. Henri passeou com sua língua pelo pescoço, peito e barriga (e ele se demorou um bocado nesta área, diga-se de passagem), braços e pernas enquanto Tom ocasionalmente soltava um suspiro involuntário (eu espero que tenha sido involuntário). Fui obrigada a erguer uma sobrancelha quando ele chegou incrivelmente perto da virilha.

– Sabe, Henri, você devia dar uma checada. Talvez elas tenham mordido embaixo da cueca. Precisamos nos certificar de que elas não tenham afetado a sexualidade dele...

– Você me assusta às vezes, sabia?  Não tem marca de sangue na cueca, mas sinta-se a vontade de você mesma se certificar e curá-lo.

 Fiz um biquinho. Estendi a mão para ajudá-lo a sair de cima do garoto. Abri um pequeno corte nos meus lábios com os dentes enquanto ele me puxava para um beijo.

– Obrigada por isso.

– É sempre um prazer, Ma’am – Ele disse, com sua voz rouca, logo antes de desaparecer no ar, como só um vampiro pode fazer.

  Me sentei ao lado de Tom na cama. Entrei na sua mente e forcei-o ficar consciente. Assim que abriu os olhos, fiz com que olhasse diretamente nos meus. Indefeso, encontrei suas memórias daquela noite e as apaguei até o momento em que chegou à boate. Por um momento, seus olhos me encararam, vazios. Então fiz com que ele dormisse e chamei Bill para entrar.


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