Já estava tudo pronto, quando ouço a campainha. É ele. Eu estava ansiosa, afinal era a primeira vez que eu viajava com o meu namorado. Ele disse que me levaria pra um lugar lindo, mas não quis me contar onde. Então eu separei todos os tipos de roupa, afinal eu não sabia pra onde eu iria.

Corri para atender. Abri a porta com um sorriso no rosto. Ele mantinha uma expressão serena em seu rosto, e seus lábios levavam um sorriso terno. Aquele sorriso que só me fazia ficar mais apixonada por ele.

-Oi Tom. – coloquei meus braços em volta de seu pescoço e em seguida selando nossos lábios em um beijo calmo e doce. Seus braços envolviam minha cintura. Separamos nossos lábios, mas não saímos do lugar. Ele levou uma de suas mãos até o meu rosto, o acariciando.

-Está pronta Katy? – ele mantinha seus olhos em mim, com um sorriso maroto no lábios.

-Sim, estou pronta. – nos beijamos novamente e finalmente ele entrou em minha casa.

-Vou levar a sua mala pro carro. – Tom pegou a minha mala (que estava pesada) com facilidade e foi levando-a para fora. Eu pegeui apenas a minha bolsa de mão e tranquei a porta.

Eu ainda morava com os meus pais, mas eles estavam viajando a negócios da empresa deles, porém eles sabiam que eu iria viajar com o Tom. E pra minha sorte, meus pais confiavam nele.

Tom já me esperava dentro do seu carro. Já era de noite. Ele dizia que não gostava de dirigir quando estava claro. Vai entender...

Entrei no carro e ficamo nos encarando por alguns segundos.

-Você não vai mesmo me contar pra onde está me levando? – eu disse isso com um olhar quase de súplica.

-Não mesmo. – ele balançou a cabeça em sinal negativo e me deu aquele sorriso de sempre, que eu adorava. Então ele finalmente ligou o carro e saímos.

Era tão bom saber que eu ia para um lugar onde a gente pudesse ficar a sós, apenas nós dois. Eu o amava demais. Tom já era um nome indispensável em minha vida. Eu não conseguia me imaginar sem ele ao meu lado.

Eu adorava observa-lo dirigindo. Os seus olhos fixados na estrada, seu jeito relaxado de sentar no banco, suas mãos segurando firme o volante, o jeito que ele estreitava os olhos quando via algo na estrada, o seu maxilar cerrado... tudo me encantava de uma maneira quase inexplicável.

-Eu sou tão bonito assim? – ele disse daquele seu jeito convencido, porém ele parecia estar um pouco sem-graça também.

-Você sabe que é... mas é que eu gosto de te ver dirigir... – dei de ombros e ele virou o rosto rapidamente em minha direção, sorriu e depois voltou a prestar atenção na estrada.

-Ta né, já que você diz... – ele também deu de ombros e deu um sorriso torto. Olhei para a estrada e estava totalmente escura. Eu apenas enxergava algumas placas de relance.

-Posso colocar uma música? – eu disse parando de olhar para estrada e fitando-o.

-Claro. O porta-CD está no porta-luvas. – então eu peguei o porta-CD e comcei a procurar um CD que eu gostasse, mas estava impossível, pois só tinha CD de rap. Típico do Tom. Eu esqueci de trazer os meus CD’s. Não sou muito fã de rap.

-Ah, eu peguei uns CD’s emprestados do Bill pra você poder ouvir alguma coisa. – ele disse isso com um sorrisinho fofo e depois começou uma curta risada.

-Jura? Obrigada! Eu esqueci os meus... – fiquei surpresa e muito feliz pelo que ele fez. Por isso que eu o amava cada vez mais.

-Sim – ele voltou a rir – Na verdade eu meio que roubei os CD’s do Bill e ele nem sabe. Se ele souber, ele me mata, é. – nós rimos juntos. Então fui procurando e achei um CD do In This Moment, que eu adorava. Coloquei no rádio do carro. Era o CD “A Star-Crossed Wasteland”, que era o que eu mais gostava. Pulei logo pra minha música preferida: Just Drive.

“Tonight is the night let's get ready to go,
Leave your bags behind and let's hit the road.
Tonight is the night, there's no time to loose, let's get going.
Tonight is the night let's follow the moon.
You can take the wheel and I'll breathe the wind.
With my head back and hands in the air I am flying,
Just drive...”

Eu cantava a música e jogava os braços pro ar, assim como dizia a música. Eu adorava aquela música. Percebi que Tom me olhava de canto de olho e às vezes dava umas risadas e eu olhava pra ele rindo também e continuava cantando a música.

“Take me away tonight, just me with you tonight.

Down the winding road, we will not let go.

We will drive no matter how far.

Yes we will drive until the ending of it all...”

-Nossa, essa música é bem do momento mesmo né? Até parece que foi feita pra gente. – Tom disse me supreendendo com as suas palavras.

-Vai  ver que foi.  – eu disse sorrindo pra ele. Me estendi em sua direção e o beijei. Mas logo o soltei, afinal ele tinha que prestar atenção na estrada. Então deixei o CD inteiro tocar. Teve uma hora que acho que eu acabei dormindo no banco, afinal já era de noite. Quando acordei com a voz de Tom me chamando.

-Katy, acorda amor, acorda. – ele sacudia minha perna de leve. Eu fui abrindo os olhos devagar.

-Oi Tom... – eu ainda estava sonolenta. Mas fui acordando aos poucos.

-Olha lá o céu! O sol está nascendo! – ele disse apontando pro céu. Percebi que seus olhos brilhavam de uma forma maravilhosa. Achei tão lindo ele me acordando pra eu poder ver o sol nascer com ele. Então tratei de acordar de vez e apreciar aquela imagem linda que homem nenhum poderia interferir.

-Nossa, isso é lindo Tom! – eu disse sorrindo pra ele e olhando maravilhada para o céu.

-Sim, é maravilhoso! Eu nunca vi um nascer do sol tão lindo como esse! – ele sorria pra mim.

-Nem eu. – então eu o beijei rapidamente. Porém foi um beijo doce e demorou um pouco, até qu eu resolvi o soltar para ele continuar prestando atenção na estrada. Eu estava completamente feliz por estar ali com ele.

O dia foi clareando cada vez mais, até que entramos em uma cidade. E quando ele foi avançando eu pude ouvir o barulho do mar. Não acredito que ele me trouxe pra praia!

-Tom... a gente ta no litoral? – eu perguntei só pra ter certeza.

-Sim. Você gosta? – ele sorriu pra mim.

-Claro que sim! – minha vontade era de pular nele, mas me contive, dando apenas um beijo nele. Andamos um bom tempo de carro. Percebi que ele se afastava cada vez mais do centro da cidade. E percebi conforme a gente se afastava o do centro, o mar parecia ficar mais limpo, sei lá. Eu estava adorando tudo aquilo. Até que finalmente chegamos em uma casa, que parecia aquelas casas de campo. Totalmente linda!

-Pronto! Chegamos. – então descemos do carro, nos espreguiçamos. Então fui até ele, o beijei ternamente. Ficamos abraçados observando o mar, que ficava de frente com a casa. –Espera um pouco aí fora, eu já volto. – ele me deu um selinho e praticamente correu pra abrir a porta da casa. Percebi que ele travou o carro, depois voltou rápido e trancou a porta da casa veio meio que correndo em minha direção.

-O que foi Tom? – eu disse rindo da euforia dele.

-Venha comigo. – ele segurou a minha mão e foi me puxando até a areia da praia. Ele parou e tirou os tênis e as meias. –Tira os seus também! – ele disse rindo. Então fiz o que ele disse rindo também. Ele tirou a camiseta, a largou ali na areia e saiu correndo em direção a agua. Eu comecei a rir.

-Seu louco! – gritei pra ele que já estava na água. Detalhe: ele ainda estava com aquelas calças jeans enormes que ele usa.

-Venha aqui comigo! – ele gritou também.

-Eu não! Eu to de roupa! – eu vestia um shorts jeans e uma camiseta branca.

-Então tira! – ele disse rindo e com aquela cara de safado que eu reconhecia de longe.

-Cala a boca Tom! Eu não vou!

-Então eu vou aí te pegar. – no começo eu duvidei, mas vi ele correndo em minha direção. Eu comecei a correr dele, até que ele conseguiu me pegar. Ele me agarrou, me pegou no colo. Eu me debatia e ria ao mesmo tempo. A situação era engraçada demais. Ele chegou na água comigo e praticamente me jogou ali. Rimos juntos da situação. Passamos praticamente o dia inteiro ali, um jogando água no outro, correndo. Foi algo totalmente incrível.

Por mim, esse dia poderia ser eterno. Não precisava mudar nada. Apenas eu ele. Só nós dois juntos. Pra mim, isso já bastava.