“Love me, love me, say that you love me
Fool me, fool me, oh, how you do me”

            – Vamos, Arthur, não é tão complicado dizer isso. – Francis falou dando um sorriso de lado. Arthur estava constrangido, e isso era um comportamento muito fofo da parte dele.

            – Never! – O inglês sobressaltou, olhando para Francis e sentindo o rosto queimar – Desde quando eu sou o tipo de pessoa de falar isso?!

            – Na cama e quando você está bêbado, mon amour, você fala até as maiores atrocidades!

            – Como viemos parar nesse assunto mesmo? – Arthur encarou Francis com uma falsa raiva. O francês encarou o rosto rubro de Arthur com ar de divertimento. Adorava deixá-lo com vergonha.

            – Tudo bem. Pode tentar me distrair agora, mas você sabe muito melhor que eu, Arthur, que você não consegue me fazer de bobo – Sorriu e roubou-lhe um beijo. E o rosto inglês ficou ainda mais vermelho, se é que tinha como.

            – For heaven’s sake, você é tão convencido, Francis! – Arthur exclamou, virando-se de costas para o mais velho. O francês riu, mais uma vez, da reação do outro e o abraçou pela cintura ao virar-se na cama.

            – Vamos ser sinceros, mon amour, você sabe que é verdade – Sussurrou no ouvido do inglês, que arrepiou com o hálito quente de Francis – E se você não falar logo, vou voltar para casa, Arthur!

            – Como se fosse fazer diferença, you idiot French. – Xingou o menor.

            – Ah, e não vai? – Francis se sentou, adorando a situação. Arthur apoiou-se com os cotovelos na cama, olhando para o outro – Sacrebleu, Arthur, como você finge bem! – Deu uma risada, o que irritou o inglês.

            – Não estou fingindo, seu sapo maníaco! – Revirou os olhos, mas sentiu o rosto queimando.

            – Ah, não está? – Francis levantou uma sobrancelha e começou a engatinhar na direção de Arthur – Porque eu posso jurar – A voz do francês, de acordo com que se aproximava do rosto do outro, estava se tornando apenas um sussurro – que você pula em cima de mim, praticamente, quando volto das minhas viagens... – E ficou por cima do inglês, os rostos pertos e as respirações se misturando – Vamos, Arthur, assuma que você sente minha falta e que...

            – Não. Fale.

            – E que me ama. Vamos, não é tão difícil.

            Arthur bufou. É, havia perdido aquela batalha.

            – Ok, você venceu, Francis – O francês sorriu, adorava quando aquela resistência de Arthur acabava – I love you.

            – Ótimo, estou muito feliz! – O seus lábios se tocaram por alguns instantes – I Love you too, Arthur. Agora eu quero que você fale na minha língua.

            – Não, já falei o que você queria ouvir e...

            – Ora, você já deu o primeiro passo, custa dar o segundo? – Francis levantou uma sobrancelha – S'il vous plaît... – O deu mais um beijo, sabendo que ele não resistiria.

            – Você é incorrigível... – Arthur falou encarando os olhos azuis-cristalinos de Francis – Je t’aime, you stupid French.

            Francis riu com o xingamento no final da frase e o encarou como provocação de seu amado.

– Je t'aime trop, mon cher Arthur. – O beijou em seguida, mas dessa vez com mais intensidade, deitando-o na cama em seguida.

E Arthur repetiu aquela frase inúmeras vezes durante a noite, juntamente o nome de Francis e vários gemidos.

“Kiss me, kiss me, say that you miss me
Tell me what I wanna hear, tell me you love me”

***

Traduções:
"Me ame, me ame, diga que você me ama
Me engane, me engane, oh, como você faz"
Never = Nunca
Mon amour = Meu amor
For heaven’s sake = Pelo amor de Deus
You idiot French = Seu francês idiota
Sacrebleu = Maldição
I love you/Je t'aime = Eu te amo
I Love you too/Je t’aime trop = Eu também te amo
S'il vous plaît = Por favor
“Me beije, me beije, diga que você sente falta de mim
Diga-me o que eu quero ouvir, diga-me que você me ama”