Anjo de Amor escrita por Queen Of Hearts


Capítulo 1
Coma


Notas iniciais do capítulo

Blá Blá Blá!

Leiam logo!

XD
Brinks



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Os olhos marejados impediam minha visão, e estes embaçavam por mais que eu piscasse, a chuva forte era outro obstáculo para enxergar.

         - Eu te odeio Edward Cullen. Odeio.

         Percebia o seu Volvo atrás de mim, mas eu não perderia essa batalha, não pararia para reatarmos... Eu tinha meu orgulho próprio.

         Um vulto em forma de gato atravessa a pista encharcada me assustando, fazendo com que eu perdesse o controle da minha picape barulhenta... Indo de encontro às arvores que cercam a estrada. Lembro-me muito bem de ter batido a cabeça contra o volante...

                                                                                                                

         Levantei não muito cuidadosamente da cama sem dor... O que me surpreendeu, já que me recordo da batida e eu não usava cinto de segurança...

         Eu deveria estar no mínimo destruída.

         Olhei ao redor, ninguém que eu conhecesse, resolvi procurá-los.

         Andei calmamente para a recepção sem encontrar nada nem ninguém que me interessasse ver.

         - Com licença, por favor, pode me dar alguma informação?

         A recepcionista agiu como se eu não existisse.

         - Oiii! – Passei as mãos na frente do seu rosto para que ela olhasse pra mim.

         Ignorou-me completamente.

         - Moça! Será que você poderia me dar atenção?

         E nada... Bufei ruidosamente e saí batendo o pé. Subi para o meu quarto, a porta estava aberta.

         - Ai. Meu. Deus. – Pronunciei cada palavra como se houvesse um “ponto final” após cada uma.

         Só podia ser um sonho, não podia ser real, eu estava ficando louca!!

         O QUE RAIOS MEU CORPO ESTAVA DEITADO NUMA MACA SE EU ESTOU DE PÉ?!

         Edward passou por DENTRO de mim com um copo de café seguido por Alice e Esme.

         - Edward, querido – Começou Esme docemente. – Sei que não quer sair de perto dela, mas você precisa se alimentar... Fazem três semanas que você sobrevive de café... Tenho certeza que Bella não quereria que você ficasse assim.

         Ah! Querida Esme... Você não sabe da missa o terço.

         - Mãe... Bella está assim por minha causa, por um erro meu... A ultima coisa que ela merecia era... Ficar nesse estado. Eu não sei mais o que fazer... Pai disse que ela tem chances quase nulas de acordar e, se por um milagre, isso acontecer terá seqüelas irreversíveis.

         Alice tomou a voz, tentando consolar o irmão... Crápula! [O Edward, não Alice].

         - Bella pode estar desse jeito e a medicina pode estar contra ela, mas temos que nos agarrar no ultimo fio de fé que temos, Edward.

         Pude ouvi-lo dizer baixinho pra Alice enquanto Esme verificava o meu soro e todos os mil e duzentos tubos que saíam de mim:
         - Preciso conversar à sós com você, daqui a pouco venha aqui.

         Ela assentiu com a cabeça.

         - Mãe, não adianta... Ele não vai sair daqui. Pelo menos vamos deixá-lo sozinho.

         Ele mexeu nos cabelos daquele jeito que eu tanto gosto, mas de alguma maneira não saiu exatamente do jeito que eu conhecia... Tinha um “Q” de... Desespero?

         Pude sentir até na minha alma quando ele segurou a minha mão ao sentar-se na cadeira ao lado da maca.

         - Bella. – Falou como se sentisse minha presença lá. – Eu juro que se você morrer eu vou logo depois... Juro!

         Aquilo me deu um aperto imenso no peito. Ele ficou horas só olhando pra mim enquanto o café o mantinha acordado.

         Passei horas olhando-o pensando naquele acontecimento terrível que eu presenciara, o amor posto em prova, o acidente, e percebi eu me remoia tanto querendo que ele se explodisse,que nem tinha percebido o quando ele estava arrependido do que fizera e buscava ao máximo o meu perdão... Que tudo o que ele tinha feito tinha sido apenas um erro, então antes que pudesse ao menos me aproximar, Alice entrou.

         - Desculpe-me, mamãe está muito preocupada. – Disse acorda-lo de um pequeno cochilo que tirara.

         - Eu sei...

         - Então, Edward... O que quer falar comigo? – Devo admitir que eu também estava extremamente curiosa.

         - Eu preciso falar pra alguém que possa me bater, que possa me gritar, me xingar... Enfim, preciso desabafar pra alguém que possa me repreender.

         - Diga logo, não me mate de curiosidade.

         Edward a fulminou com o olhar.

         - Desculpe pela piadinha, Edward.

         Ele suspirou.

         - Eu traí.

         - Você o que? – Alice parecia furiosa.

         - Traí Bella com Tanya no dia do acidente. – E tudo saiu como num jorro. – Eu... Foi um erro, não foi porque eu quis... Tanya me provocou, ela me tocou... Alice... Antes de tudo eu sou homem, eu não posso ser provocado... Eu perdi o controle rápido demais... Mas... Mas eu sei que foi um erro, Bella não deveria ter pago por um erro que foi meu e apenas meu.

         Alice só o encarava até que finalmente respondeu:

         - Isso acontece. – Foi só o que disse.

         - Será que você não pode me deixar mal uma vez na vida?

         - Eu não vou deixar você entrar em depressão, Edward... Eu te amo demais pra isso.

         E saiu.

         Edward chorou, eu nunca o tinha visto chorar antes... Isso me doeu por dentro.

         Depois de uns 20 ou 30 minutos Carlisle entra:

         - Pai. – Pronunciou sem, ao menos, olhar pra trás.

         - Edward...

         - Notícias?

         - Péssimas, filho.

         - Pode mandar. – Assentiu por fim depois de alguns minutos.

         - Bem... – Carlisle suspirou. – Charlie e Renée estão quase em depressão e o que me dói mais é ter que desligar as máquinas.

         - Como assim, pai? – Esbravejou perplexo.

         - Segundo os exames que foram feitos, Bella teve morte cerebral ontem à noite.

         O que? Como?

         - Eu estou aqui!! Estou aqui!! – Gritei alto, mas, pelo visto, ninguém me escutava.

         - Charlie assinou esse papel permitindo que desligássemos os aparelhos... E eu vim aqui te dar a notícia.

         - NÃO! – Gritamos eu e Edward em uníssono. – Não pode desligar os aparelhos, eu vou voltar... Juro que vou! – Terminei enquanto Edward tentava absorver tudo isso.

         - Sou obrigado a isso, Edward... Bella não vai mais voltar, mas vai viver nas pessoas que salvar.

         Ficamos sem entender por um minuto, então Carlisle continuou:

         - O fígado, coração, córneas, pele, pulmões... Tudo vai ser doado.

         - Que droga!! – Gritei movimentando os braços o suficiente pra bater num copo com água no criado mudo.

         Todos se calaram e olharam o copo quebrado no chão no momento em que eu me perguntava como eu tinha feito aquilo... Então aconteceu a ultima coisa que faltava:

O tempo parou.

         E eu fiquei lá me movimentando enquanto Edward e Carlisle junto com toda Forks, ou, quem sabe, todo o mundo estava parado.

         - O que está tentando fazer? Destruir o equilíbrio? – Uma voz feminina ecoa no quarto.

         Quando me viro, me deparo com um ser brilhante, perfeito e lindo diante de meus olhos.

         - Meu nome é Marcella e sou o anjo da morte que vai te levar para o outro lado, querida.


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Notas finais do capítulo

Mandem reviews!

Eles me fazem uma "escritora" feliz!



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