“Vamos no topo da cachoeira?”

Aquela simples frase levara Amanda, Laila, Amélia, Vitor, Marcos e Bruno a percorrerem toda uma trilha dentro da mata fechada da pequena cidade onde moravam para chegarem até a borda de um antigo rochedo, a queda era de nove metros de altura, mas como você morreria se caísse no lago, a queda abaixava para meros cinco metros onde o rio que fora deslocado desembocava. O algo já virara atração turística. Mas quem mais aproveitava o lugar eram os moradores.

Naquele dia especifico não havia ninguém no lago, estava muito frio.

Então os seis amigos subiram toda a trilha para sentar-se na beirada do rochedo, podiam ouvir o alto barulho da cachoeira, sentir o vento refrescantemente exagerado. E se deixar esquentar pelo chocolate quente e pela comida. Conversavam distraidamente sobre o futuro. Falavam o que pretendiam fazer ano que vem na faculdade, se passassem pelo vestibular obvio.

Alguns optavam por grandes carreiras, grandes sonhos. Todos queriam mudar o mundo. E talvez tivessem conseguido não fosse o destino achar que era a hora deles, pois lentamente a pedra gigante que todos pensavam ser parte do solo, mas na verdade era somente uma grande pedra na ponta do rochedo fincada fortemente ao chão começou a se desgastar na borda.Breve breve ela cairia. Então o primeiro deles percebeu algo, foi até a borda numa atitude estúpida, eu nem pretendo dizer quem é pois não fará diferença. Ele não vê nada.

Então eles começam a discutir a amizade, todos dizem que serão eternos amigos, eternos mesmo, dizem eles, pobres mortais que não sabem que a aura da morte esta tão visível sobre suas cabeças. Logo a gravidade faz sua parte. E todos eles morrem caindo da cachoeira. O único ser que sobrevive, por infelicidade quebrou as pedras. E morre afogando agonizando durante os últimos instantes de vida.

A morte da um sorriso, vendo como a eterna amizade durou tanto quanto uma queda.