Complicated escrita por CarrotsSupport Tomlinster, horaninmypants


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

uhules!
Aproveitem!!
Estou sem um pingo de criatividade para escrever birutamente... Então, só leiam. ~wee~~



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Depois de um banho bem gelado depois daquela conversa do corredor, eu percebo. Hoje é o aniversário do James!

Caramba! Como eu pude esquecer? Bem, todos pareciam normalmente calmos quando eu passei para entrar no banheiro. Estavam almoçando e conversando, como sempre. Nada fora do comum.

Mas era hoje, eu tinha certeza. Rose e Lily vieram falando sobre a festa há um tempo. Até as ajudei a mandar os convites para os amigos do James.

Vesti a minha roupa, escovei meus dentes, penteei meus cabelos e os prendi em um rabo de cavalo e passei meu perfume. Saí do banheiro. Assim que pisei pro lado de fora, Rose estalava os dedos impacientemente.

- Vamos subir! Vamos acordar o James! – ela começou a pular, algo típico dela.

Eu queria dizer para ela que ele já estava acordado, mas vi que Lily logo atrás, lá na cozinha, preparava uma bandeja toda decorada de café da manhã.

- Onde está todo mundo? – perguntei.

Era estranho, porque, um momento, estavam todos e depois, apenas sumiram. Lily se aproximara de nós, equilibrando a bandeja.

- Saíram. E se me derem licença, eu queria levar logo isso pra cima. É pesado. – disse a ruiva, ofegante.

- Eu explico depois, Lizzie. Agora, vamos!

E lá fomos nós três, em direção ao primeiro quarto.

Ignorando a placa, Rose escancarou a porta e correu em direção á cama, onde o aniversariante se encontrava. Ela pulou em cima dele, que levou um susto. Lily resolveu deixar a bandeja – com comida demais só para uma pessoa, na minha opinião – e se juntar a prima.

Eu apenas fiquei observando eles gargalharem de algo que eu não sei o que, sem fazer questão de ser notada. Eu gostava de observá-los. Todos naquela família eram felizes, divertidos e de bem com a vida. Desde que estivessem juntos, sempre havia festa.

Eles me lembravam a minha mãe. Ela nunca tirava aquele belo sorriso do rosto, mesmo que algo pudesse aborrecê-la, sempre fora otimista. E tudo daria certo sempre, segundo ela. Que saudades de você, mãe...

Eu me sinto culpada de ter me adequado tão facilmente com os Weasley e me esquecer momentaneamente deles. Dos dois. Meu pai e minha mãe, que tanto significavam pra mim. Eles foram tudo e mais um pouco, sempre serão.

Um sorriso involuntário se fez presente em meu rosto. Só de ver aquelas três pessoas que acabaram me cativando de vez – sem esquecer o Alvo –, eu conseguia passar o resto da minha vida em paz.

- Falta um! – só de escutar aquela voz, eu voltei à realidade.

James já estava bem próximo de mim, com os braços estendidos.       

E o vendo ali, uma lembrança me veio em mente. Ontem, estávamos sós, naquele sofá desbotado, em frente á lareira. Quando ele sorriu pra mim, era como se uma centelha ascendesse. E eu sentia que estava completamente feliz. Sem dor, nem perda. E como eu queria sentir aquilo de novo!

E então, agarrei o seu pescoço. Se o gesto parecesse desesperado, é porque era. Ele era o sinônimo de conforto, aconchego e felicidade para mim. Eu não entendia o porquê dessa sensação, só sabia.

- Feliz aniversário. – desejei sussurrando.

Eu não queria dizer nada. Só... Ficar ali. O tempo que eu pudesse. Sentindo a sua respiração no meu cabelo. Sentindo o seu cheiro, seus braços ao redor da minha cintura.

Eu notei quando bateram a porta. Rose e Lily deviam ter ido para outro lugar. Mas eu não estava com cabeça para isso no momento. Tudo que eu precisava era daquela sensação, só dela.

- Lizzie... – ele murmurou em meu ouvido. Remexi inquieta. – Embora eu adorasse ficar assim o tempo que for, eu... Tenho que descer.

- Tudo bem. – me afastei rapidamente. – Desculpe.

Quem eu penso que eu sou? Merlin, estou ficando louca. Eu não posso agarrá-lo e achar que está tudo bem! Ele pode entender errado, tirar uma conclusão precipitada.

Ou só me achar estranha.

- Desculpe. – acho que minha expressão denunciou toda a confusão que havia dentro de mim. 

- Não precisa se desculpar não. – ele passou a mão nos cabelos bagunçados. E isto remexeu no meu estomago.

Que estranho. Eu não me lembro de sentir isso desde que eu falei com James pela primeira vez. Ok, isto está ficando cada vez mais confuso. A única coisa que eu sei até agora é que eu não sei de nada.

Depois de sorrir envergonhada para ele, saí. Corri até o meu quarto, disposta a só sair quando a festa começar. Assim que bati a porta, joguei-me na cama, de cara com o travesseiro.

O que está acontecendo comigo? Porque eu estou reagindo assim? Porque eu estou agindo assim? Essas perguntas não saem da minha cabeça. Mas elas não se contentam mais apenas com isso. Agora elas fazem meu cérebro latejar!

- Lizzie, você está bem? – eu escutei a voz da ruiva. E ela soava preocupada.

- Estou.

A minha voz saía esganiçada e isso irritou ainda mais a minha cabeça, chegando á um ponto em que eu tive que colocar as minhas duas mãos nela para ver se parava de latejar, pelo menos um pouco.

- Não parece. – ela passou a mão delicadamente pelo os meus cabelos.

- Mas eu estou, Lilian. – uma súbita raiva apareceu, e tirei sua mão da minha cabeça.

Ela me olhou assustada, mas logo se levantou. Seu olhar agora mostrava solidariedade. O problema é que eu não a queria.

- O que está acontecendo com você? – sua voz se elevou algumas oitavas.

- Nada, Lily. Eu só estou um pouco indisposta.

E me sentei novamente na cama.

Eu não sabia lidar com aquilo, muito menos saberia explicar para a Lily o que estava acontecendo. O porquê de James me chamar tanto atenção, o porquê de sentir aquela sensação desesperadora de que só ele poderia me trazer algum conforto, o motivo do meu estomago reagir de um modo grotesco quando James apenas mexe naquele cabelo...

Eu queria saber o motivo de toda a minha confusão estar ligada particularmente a ele!

- Você não considera a hipótese de estar apaixonada, Lizzie?

O que? A Lily falou o que?

Ela deve estar louca! Como assim apaixonada? Eu não posso estar apaixonada por James Potter. Não posso, não devo... Não quero.

- O que? – perguntei espantada.

- Você não acredita que tudo o que está acontecendo aí – ela apontou para o local exato de onde eu sentia meu coração bater – pode estar relacionado ao fato de que você está apaixonada pelo meu irmão? – ela sorria. Um sorriso que chegava a ser beatifico!

Não. Eu não acredito. Nem considero a possibilidade.

Eu não estou mesmo apaixonada pelo James! Isso é tão improvável quanto o Alvo virar um frango, bater as pequenas asas e voar por toda Inglaterra.

- Não, Lily. Eu não acredito. Esquece essa historia. – revirei os olhos para ela.

E acredite ou não, ela fez o mesmo pra mim.

- Vocês dois são ambos teimosos demais. Quando vocês tiverem um filho, vai ser uma pena. Ele vai ser uma mula quadrada. – ela gesticulou dramática.

- Não terei filhos com ele! Está doida?!

Ela começou a rir, de uma forma que eu arriscaria dizer, lunática. Tive vontade de tacar a minha varinha naquela cabeça ruiva. Isso mesmo, eu ajeitaria aquela mente sem magia. A pauladas mesmo.

- Sei, sei...  - Lily se dirigiu ao seu guarda roupa e pegou uma cruzeta com um vestido preto, justo, que ia até o meio das pernas. – O que você acha? – ela perguntou ansiosa, com os olhos brilhando.

- Eu acho que o Alvo e o James vão ter muito trabalho com você esta noite.

Sorri de forma maliciosa para a ruiva, que fez o mesmo.

- É esta a intenção. Ou você acha que os convites extras eram para quem? – ela piscou para mim. E entrou no closet que tínhamos.

Sentei na cama e encostei-me à parede ao lado dela. O silêncio, naquele momento, caía bem. Mas pouco durou, pois Rose entrara toda espalhafatosa e com os longos cabelos molhados e desarrumados. Ela já havia tomado banho, isso era obvio.

- Acabei. Está tudo pronto lá em baixo. – e fez o mesmo procedimento que a Lily.

O vestido de Rose era muito lindo; rosa-chock, de um ombro só e com uma faixa branca que demarcava a sua cintura. Eu apenas fiz um sinal de aprovação e ela foi ao closet se trocar também.

Depois de – finalmente – prontas, Lily e Rose me obrigaram a usar um vestido azul marinho. Ele era deslumbrante. Não que eu fosse fã de vestidos mais ousados, com este, mas admito que caiu bem. Sabe aqueles vestidos antigos de guerreiras gregas? Em que o vestido era estilo engana-mamãe e ia até o meio das pernas?  Pois é, este era o meu.

Elas prenderam meu cabelo numa trança lateral, com uns fios soltos caindo. E meu cabelo pender até a minha cintura ajudou bastante. No fim, eu as deixei irritadas por não permitir mais do que lápis e rímel no meu rosto.

- Lizzie! Hoje você tem que estar linda! – Lily cruzou os braços, frustrada. Rose apenas deu de ombros e foi retocar a maquiagem.

- Mas eu sou Lily! Perfeita e um pouco mais!

Meu sorriso sínico e arrogante a fez revirar os olhos. Mas que mania irritante! Será que é de família?

- Pelo visto o ego dos Black merece a fama que tem. - retrucou Rose, que ainda estava se olhando mo espelho.

- O que? Eu não tenho e não preciso de um alter-ego. – respondi á altura, sabiamente.

- Sei, sei... Continue pensando assim.

Rose se sentou na minha cama e ficou a nos esperar, já pronta. Lily retocou sua maquiagem e soltou os cabelos. E eu... Já estava mais que arrumada, por meu gosto.

Saímos do quarto e no corredor encontramos Alvo e Hugo parados á, pelo visto, nossa espera.

- Uau, vocês estão... – Hugo nem completou, pois Lily interrompeu.

- Lindas? Perfeitas? É, eu sei.

Pode ser até impressão minha, mas eu vi o queixo do ruivinho cair uns dois centímetros ao ver a Lily. Algo me diz que aí tem coisa. Lily piscou pra mim e aceitou o braço oferecido pelo primo.

Já Alvo apenas sorria. Com as mãos no bolso, como sempre. Ele se aproximou e beijou meu rosto. Mas por fim, ofereceu seu braço a Rose, que me olhou misteriosamente.

- Espere um pouco, eu vou ficar mofando aqui? – eu perguntei um pouco ofendida.

Não que eu fiquei irritada por Alvo levar Rose a festa, não. Mas sim porque eu não tinha ninguém pra me levar, e não conhecia ninguém lá embaixo. Então eu faria o que exatamente?!

Eu já estava quase certa de que não querer ir a festa era a melhor opção.

- Claro que não! – os dois trocaram olhares, cúmplices. – A ultima coisa que você vai fazer hoje é ficar mofando num corredor, Lizzie.

- Ah, é mesmo? E eu farei o que? Virar copos a noite inteira? Perfeito! – retruquei ironicamente.

Os dois apenas seguravam o riso, enquanto eu ficava cada vez mais propensa á voltar para o quarto e sair pela janela. O que uma festa poderia me propor? Bebida? Não, valeu. Não que eu seja fraca com bebidas. Nenhum um pouco, mas é melhor não comentar a festa de Natal no Alasca com minhas amigas. Pegar algumas garrafas de vodca e um som estéreo para uma festa de pijama não foi uma das minhas melhores idéias...

- Creio que hoje, Lizzie, você será a estrela da noite. – Alvo sorriu pra mim. O que me deixou ainda mais frustrada. E um pouco irritada.

- Ahn? Como se o aniversário nem é meu?!

Eu acho que preciso avisar seriamente aos pais dos dois que eles têm seriíssimos problemas mentais. Então eu matarei dois coelhos com uma tacada só.

- Mas todos vão querer conhecer a companhia do aniversariante. Uma loira misteriosa, sabe... – Rose me olhou marota.

Ah, não. Não, não, não, não! Merlin, por favor, não! Eu juro que me faço de antena parabólica se você me ajudar nessa situação!

Eu não precisava mesmo de mais isso pra prejudicar a minha sanidade. Calma, é só virar 180º graus, entrar no quarto, pegar a minha varinha e sair pela janela, em direção á Reykjavík. Ótimo plano.  

- Vocês não...

- Você comprou presente para ele? Não. Então faça disso o seu presente. – a garota disse calmamente.

Como se ela fosse uma mãe, induzindo o seu filho de no máximo três anos – no caso, eu – a ir tomar banho.

Os dois não me deram tempo para retrucar. Viraram e desceram as escadas. Para uma festa que eu estava decidida de não ir.

Certo, voltando ao plano. Respirar fundo, me equilibrar no salto alto e virar.

Eu teria executado o plano facilmente, mas ao virar deparei com algo que transformou meu plano numa tentativa falha.

- Rose, pode me ajudar aqui? Eu não nasci para fazer isso. Então se você não quiser ver seu primo enforcado, é melhor... – James levantara a cabeça e me olhou.

Quando eu digo que um carma me persegue, ninguém acredita. Nota: Nunca mais pisar naquele corredor.

James estava na soleira da porta, com a blusa desabotoada e uma gravata nas mãos. Sério, eu preciso de uma ajuda celestial. Onde está Merlin que não me acha?

- Oi Lizzie. Achei que eu iria te buscar lá no quarto. – ele passou a mão no cabelo despenteado. Eu preciso de um remédio, meu estomago entrou em estado de completa insanidade.

- Parece que eu sei disso. Agora. – cocei atrás da minha orelha. Eu não devo explicações do porquê disso, devo?

- Deixa pra lá. Pode me ajudar aqui? – ele me indicou a gravata que segurava.

Lembre-se, Lizzie: Respirar, abrir a boca e... Falar.

- C-Claro. – eu gaguejei terrivelmente.

Quando eu cheguei perto, fiz de tudo para não olhá-lo. Meu objetivo era ignorar seu rosto e não ficar vermelha. Eu acho que posso fazer isso.

- Eu teria mais cuidado se fosse você. Lily disse que a festa está cheia de “amiguinhas” suas... – brinquei.

- Isso te incomoda? – pelo seu tom de voz, ele devia estar sorrindo. Revirei os olhos, ainda sem levantar a cabeça.

- Não vou me dar ao trabalho de responder essa.

Era a reposta mais segura que eu podia dar, já que nem eu tinha certeza se me incomodava ou não. Peguei sua camisa branca, e abotoei até o ultimo botão.

- Assim eu morro sufocado. Não precisa fechar todos, deixe pelo menos eu respirar! – exclamou dramaticamente falso. Revirei os olhos novamente – a mania da Lily pega! – e desabotoei dois. – Obrigado.

- Gravata.

- Grossa. – e levantou a mão, atendendo ao meu pedido.

Amarrei-a e deixei folgada. James estava indescritível. E este é o meu jeito pretensioso de dizer que ele estava... Muito gato.

- Como estou? – perguntou, dando uma volta. Afastei-me para averiguar.

- Não vou mentir. Houve melhoras... – eu sorri e fiz cara de entediada.

Ele revirou os olhos e ofereceu o braço. Mesmo relutante, eu aceitei. O percurso não era tão longo e logo estávamos na beira da escada. Descemos e saímos porta afora.

Gelei.


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Notas finais do capítulo

Merece Reviews?! *--*
Eu espero que sim...xD



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