Pocky Game. escrita por envy


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI, CAMBADA! ~
É, sério, depois de um arrastão de porcos selvagens (what) eu voltei, cara, que maravilha. ;__; Eu vou tentar dar um jeito de pôr tudo em dia, prometo. /cry

Essa fic é pra Anne, minha maior (lol) e melhor amiga, oinc oinc. ♥
Tudo é dela, até o quadro vermelho da foto, chispa se tu quiser alguma coisa. U_U Barraquinha de pedidos fechada temporariamente; façam seus reviews fofos que eu respondo com amor, mas nada aqui é de vocês. /apanha all day long.



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Era uma manhã congelante, primeira quarta-feira do mês de Dezembro; E eu costumava ficar sentado no tablado do lado de fora esperando pelo Yuuki, meu melhor amigo. Yuuki Tsubasa; É um nome fofo, não é? Loirinho, um pouco menor que eu e extremamente lento. Ele não presta atenção quando alguém está dando em cima dele, é um bunda mole mesmo.

O tablado, por mais estranho que pareça, era feito de uma madeira resistente e clara que eu não me preocupei em saber o nome. Eu não sou marceneiro ou alguém preocupado com o nome da madeira, se quer saber, o problema é seu. O jardim à frente do prédio da escola era bonito e, junto com a calçada branca, fazia um contraste até agradável num dia como esse. Haviam muitas pessoas ali, mas nenhuma parecia realmente feliz por estar ali na escola, estudando. Nem eu, mas fazer o quê?

De qualquer forma... Eu estava mais preocupado com o Yuuki do que com minhas próprias vestimentas. Eu podia jurar que, durante o caminho para a escola, eu havia pedido pelo celular pra ele trazer um casaco a mais. E eu espero que ele tenha me ouvido ou eu o farei revirar a carne pra se esquentar.

Enfim... Ele estava ali, a uns dois ou três metros de distância com uma blusa de lã vermelha por debaixo do casaco azul padrão da escola. Ele sorria feito um idiota – fofo – segurando uma caixinha vermelha em uma das mãos.

Ele logo chegou a meu encontro e eu pude perceber que o que ele segurava na mão não era uma simples caixa, era Pocky. Simplesmente POCKY. Pocky é o sabor de Deus na terra. Você apanha com seus bonitos dentes o primeiro pedacinho e sente que o espírito do divino passou all way on seu corpo. Você já pensa em ALELUIA SENHOR.

E pra dúvida de vocês, rapazes e mocinhas, eu, como um legítimo don’t fuck with me seme eu gostaria, sem dúvidas, de apertar com os dentes aqueles lábios com gosto – a cada dia – de um doce diferente. Ele simplesmente amava doces, mas hoje ele meio que extrapolou.

Toda vez que ele comprava Pocky eu meio que saía do meu corpo pra me encontrar com Deus e o espírito yaoi baixava no meu corpo. Ou seja: Acabava fazendo merda. Claro que isso foi ano passado, sem comentários, por favor. Mas esse ano eu não sei se poderei me segurar. É um pedaço do néctar dos deuses naquela boquinha gostosa e doce que ele tinha. E era óbvio que ele havia comido jujubas no café da manhã ou algo do tipo. Ele sempre fazia aquilo.

Então meio que iria se tornar quase impossível eu não o beijar ali. Eu iria. Eu prometo que eu vou saborear cada canto daquela boca doce e açucarada.

Eu acho que ele tem esses olhos alaranjados que parecem doces de laranja, daqueles com bastante açúcar mascavo, de tanto comer doce. O doce era tanto que os rins e o estômago não conseguiam digerir. Não me era estranho que aquelas bolinhas alaranjadas brilhavam quando ele via doce.

- SAI DESSE TRANSE, HOMEM! – Eu senti a mão de Yuuki bater com toda a sua força bem na minha cabeça.

- AI! Sua mula! – Eu choraminguei, passando a mão na minha cabeça. – Você me machucou, puta merda, como eu te odeio! – Eu grunhi.

- Own. – Ele fez um biquinho super mordível e... Não. Concentre-se Kasuhiro. – Ok, tudo bem, tenho algo pra te fazer me adorar de novo. – Ele me mostrou a caixinha dos deuses. – Mas metadinha é minha. – Ele comprimiu o cenho. – A outra é sua.

- Tá, que seja. – Eu bufei. – Abre isso logo e...

Ele me lançou um olhar repreendedor e eu entendi.

Eu sorri com amor.

- Quero dizer, awn, neném... Vamos, se não quiser abrir isso, tá tudo bem, a gente pode conversar sobre a nossa terra dos brócolis. – Eu disse alegremente, enquanto ele se sentava ao meu lado.

Ah, cara, eu lhes contei sobre a nossa Terra dos Brócolis? Tudo começou num dia frio – como sempre – quando ele disse que o papai dele merece comida quentinha na janta, porque o velho almoçava fora, a mamãe dele faz arroz com brócolis. Agora como entender uma pessoa que é viciada por doces e amar brócolis ao mesmo tempo? Nada contra a plantinha verde... Mas, é estranho.

- Não quero falar de brócolis. – Ele fez uma careta, mas voltou a sorrir. – Eu comi jujubas no café da manhã. – Não disse? - Sabe que eu adoro café com leite bem adoçado, né? – Ele indagou com um sorriso bobinho brincando nos lábios.

- A montanha de açúcar derretido parece um iceberg no final. – Eu comentei.

Ele me olhou com um risinho brincalhão no rosto.

- De qualquer forma, hey, eu estou tão doce que eu poderia beijar uma menina e ela só sentiria um gosto de açúcar. – Ele riu colocando as pernas sobre as minha, agora, virando para mim. Sua mochila estava em seu colo e as mãos seguravam com amor a caixinha vermelha enquanto ele retirava uns palitinhos.

- Ah, sério? – Eu levantei a sobrancelha com um sorriso levemente malicioso. E a anta loira não percebeu não.

Ele mastigou o palitinho açucarado com tanto gosto que eu desejei ser o palitinho. Oh, Deus, como eu queria morder aquela boca e–

Maldito Pocky! Olha o transe acontecendo de novo.

- Sério, Jun-chan, minha boca está extremamente doce. – Ele riu graciosamente. – Será que a Yoona vai querer me beijar? – Não, mas eu vou.

- Eu sei de alguém que vai... – Eu sorri maliciosamente, dessa vez olhando direto para ele. Era impossível ele não notar.

Mas, então, novamente ele vence o impossível me olhando com cara de banana.

- Quem? – Perguntou, com outro palitinho quase inteiro na boca.

Antes que ele pudesse dizer alguma coisa, eu me aproximei dele e mordi a ponta do biscoito. Ele me olhou mais confuso ainda e, antes que pudesse se afastar, eu coloquei mais do biscoito na boca, me empurrando para mais perto. Minhas mãos seguravam seus pulsos para que, pelo menos com aquilo, ele ficasse parado.

- O que você vai–

- Nada. É só um jogo, Yuuki – Eu sorri com o cantinho da boca. Ele ficava mais vermelho a cada segundo. - , alguns chamam de Pocky Game.

- É, eu sei de que jogo se trata. – Ele falou sem soltar-se do chocolate. – É meio que um visgo no natal, mas você tem a escolha de ir até o fim ou não.

- É quase isso mesmo, eu também não entendo bem. – Eu sorri, chegando tão perto que ele começou a se esquivar a cada centímetro que eu vencia. - Mas parece que você não quer soltar, né?

Ele sorriu de canto.

- Não sei. – Ele disse, por fim, parando de se esquivar. – É só um selinho, não dói.

É, era só um selinho no final das contas. Mas ele não conseguia disfarçar a vermelhidão no rosto nem o fato de estar tremendo visivelmente.

Quando minha boca chegou no limite eu senti seus lábios macios e por dois ou três segundos ele fechou os olhos com força. Eu achei tão fofo! Ele parou de tremer e relaxou um pouco; Eu me afastei só para engolir a minha metade do doce. Ele fez o mesmo, só que não olhava para mim de jeito nenhum.

- J-Jun? – Ele me chamou baixinho e eu o olhei.

- Hm?

- Po-Por que fez isso?

Eu o olhei sério.

- Não era isso que eu queria. – Eu falei, por fim. – Você sabe o que eu quero? – Eu me inclinei mais sobre ele, que ficou com o rostinho tão corado quanto a caixa que possuía em mãos. Eu ri.

O que saiu de sua boca foi algo tão agradável que eu tive de piscar duas vezes pra ter certeza de que ele havia falado. Não foi um simples “o quê?” como qualquer outro, ele possuía um sorriso malicioso que me arrepiou a espinha por completo.

- Eu quero beijar você, sentir esse gostinho doce da sua boca. – Eu aproximei mais ainda o meu rosto do seu, causando-lhe um arrepio involuntário. - Cada centímetro, Yuuki. – Minhas mãos foram de encontro a sua nuca só pra ter certeza de que dali ele não iria fugir, uma delas se arriscou um pouco mais para dentro de seus cabelos e ele soltou um suspiro de aprovação.

Yuuki jogou a caixinha de Pocky de lado e suas mãos foram ao encontro da minha nuca carinhosamente. Ele era tão cuidadoso com as mãos que a cada centímetro que elas me tocavam parecia que eu chegava mais próximo do paraíso.

Naquela proximidade eu conseguia sentir o cheiro do seu hálito doce e do seu perfume também doce, mas, com um toque exótico. Não soube distinguir bem o que era, mas eu podia notar uma leve fragrância daquele perfume... Da Natura que eu não consigo me lembrar o nome. Mas era delicioso.

Senti seus lábios tocarem os meus pela primeira vez após quase um ano desejando por aquilo. Foi perfeito. A sua boca naturalmente macia que possuía por fora um resquício do chocolate me causou um êxtase inicial de que eu deveria beijá-lo com mais violência; No momento em que eu me investi com um pouco mais de força quando pedi passagem com a língua, eu o ouvi gemer sonoramente. O gosto doce da sua boca era algo melhor que tudo naquele mundo. A cada centímetro que minha língua explorava em sua boca era mais doce e quando ela tocou sua língua eu, novamente, senti um arrepio – o melhor de todos – no momento. Era tão gostosa. Era doce e se movimentava tão bem com a minha numa dança frenética e ao mesmo tempo harmoniosa.

Nós nos separamos ofegantes para buscar ar.

Quando eu o olhei, ele possuía um sorriso doce e infantil no rosto, sem falar que a vermelhidão nas bochechas o deixava mais adorável.

- Você é doce. – Eu falei com um sorriso divertido.

- Eu sabia. – Ele seguiu o meu sorriso. – Você pode ter isso quando quiser Jun-chan.

Eu acariciei seus cabelos entre meus dedos e ele involuntariamente suspirou quase soltando um gemido baixo.

- Sério? Tipo assim... Então é meio que uma promessa da sua parte. – Eu ri divertidamente e ele ficou meio irritado. – Você quer ser meu, tipo assim, pra sempre?

Ele me olhou com confusão estampada no rosto.

- S-Sério? – Ele pareceu não acreditar. Eu assenti. – E-Eu aceito, então.

- Mas só se você continuar com esse gosto maravilhoso. – Eu sorri, dando-lhe um selinho demorado.

- Você nem precisa pedir. – Ele riu. – Gostou do meu perfume? – Ele indagou.

- Eu notei, tem um cheiro gostoso mesmo. O que é?

- Minha irmã derramou um frasco daquela coisa da Natura. Um tal Amó vermelho. O perfume é dela. – Ele pareceu corar absurdamente.

- Sério? – Eu ri. – Nossa, Yuuki, sua irmã... É muito foda. – Eu falei. Ele se irritou tanto que nem queria mais olhar na minha cara. - Aw, calma aí, isso é ciúmes? Owwwn. – Eu o apertei em meus braços. – Você é fofinho demais, meu Yuuki. – Eu beijei sua bochecha umas três vezes. Ele riu, parece que fez cócegas.

- Ela derramou em mim, não é como se eu quisesse.

- Mas eu gostei. – Eu sorri. – Continue assim. – Ri.

Ele riu também.

Eu o apertei um pouco mais em meus braços e ele tirou uma mão de mim para procurar a caixinha esquecida do Pocky. Ele me deu um de imediato e atacou a outra ponta, eu ri com aquilo, me dispersando; Ele havia mordido tudo e seus lindos e doces lábios tocavam os meus novamente.

É, eu nunca iria me cansar dos seus lábios doces, nem do perfume feminino. Muito menos dos olhos alaranjados e profundos.


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Notas finais do capítulo

Prontinho, fim. ~ Eu sei, ficou um lixo, a sinopse nem tem nada a ver. /facepalm.
Desculpem pela tentativa. ;___; Desculpe Anne. /cry
Enfim, reviews? ♥