Um Castigo e Uma Recompensa escrita por lBruuHxD


Capítulo 11
Mensagens são como biscoitos, todos amam receber


Notas iniciais do capítulo

Oie oie oieee *------------*!!! Gente, gostaria de me desculpar pela minha ausencia D:!!! De vdd, nossa, eu estou mt sem tempo e o tempo q eu tenho eh para gastar com outras coisas =/. Ai ai, tem tantas fics aki q eu to louca, isso msm LOUKA para ler, mas n dá T^T/, cry cry*, mas eu ainda vou ler ÒoÓ9, sim sim ù-u9.
Bom, gostaria de pedir a vcs q quando começar o flash back, vcs colocassem essa música 8D, fika estranho colocar a musica assim do nd >////<?? http://www.youtube.com/watch?v=iLi_osYNsOU , demorei um pouco para escolher a música, mas se vcs quiserem por outra com um tom triste pode colocar ;DD (a letra n tem nd a ver, ignorem xD, na vdd eu nem li a tradução ainda =/...)
Esse cap tem um dramazinho, mas eh rápido, n eh aquela coisa tensa e angustiante q se prolonga por mt tempo - eu n gosto T^T, fiko triste *-* - então... pra quem n gosta mt de drama como eu acho q esse da pra aturar *------*
Percebi q hoje está acontecendo grandes atualizações de fics super phodas 8DD, vou por a minha do lado pra vê se consigo pegar um pouco da perfeição de vcs uhashuashua xD
Esse vai ser o último cap solto da fic *--*! Tipo, os próximos vão começar a se juntar para caminhar até os mistérios principais 8DD. + a fic ainda ta mt calma para ter mistérios, vcs devem estar pensando, + eles vao aparecer no decorrer do tempo ;DD. E ainda vai ter MUITO romance pela frente, muhaahahaha ^----^. Amy e Jin ainad vão aparecer mt nessa fic ¬u¬, uh hu hu hu *pensamentos proibidos* ÙuU
Bom, tenho agradecimentos a fazer, mas vai ser lá em baixo *---*!!! Divirtão-se seus divos >u<!!! ♥ Bjos bjos o/!!



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Literatura, a arte de escrever poemas e versos. Outra aula extra-escolar que eu participava por puro prazer, mas que alguém, ao contrário de mim, era obrigado a frequentar.

Idiota, idiota, idiota, idiota, idiota. Sieghart seu baka hentai! AAAAAAh, sempre me fazendo de idiota! [CENSURADO]! Odeio quando ele me deixa com vergonha! Mas que [{CENSURADO]. Aquele [CENSURADO]... Que raiva! Como alguém pode ser tão irritante? Ele adora brincar com minha cara, só pode ser... Sempre com aquele “ruivinha”, “ruivinha”, ”ruivinha”! AH [CENSURADO]! Ele está me deixando confusa demais!

Rabisquei furiosamente o papel de meu caderno, sentindo a fúria emanar-se de mim. Meus olhos estavam transmitindo pura chama, enquanto minha boca rangia sem parar. Senti o olhar sorridente de Sieghart, no final da sala sobre mim, o que me deixou com mais raiva ainda.

Esse... Esse MALDITO da [CENSURADO]!

– Como já vimos antes, a literatura é algo que foi aperfeiçoado de tempos em tempos. Vagarosamente as técnicas de alguns grandes escritores foram passadas e misturadas a outros tipos de escritas, formando assim um novo estilo de desenvolvimento nos livros. Mas hoje, revisaremos o poema. Lire, qual foi sua inspiração em sua casa? Poderia ler o seu dever, por favor? – ela assentiu, se levantando e começando a recitar seus versos.

Trinquei os dentes. Eu sabia exatamente o que me inspirava agora. Peguei meu lápis firmemente, forçando os dedos em volta dele com força. Quando sua ponta negra triscou no papel, letras grossas e feias saíram de lá. Rabisquei raivosamente.

Maldito seja Sieghart! Com muito ódio, Elesis.

– Você pode ler agora este poema em suas mãos Elesis? – o professor sorriu educadamente para mim. Meu coração se petrificou em gelo enquanto senti meu sangue parar em minhas veias. Olhei para cima, percebendo repentinamente a atenção da sala em mim.

– C-como? – dei um sorriso amarelo, sem saber o que fazer. Lire já havia terminado de ler seu poema? Como assim? E porque o professor me escolheu? Xinguei mentalmente. Eu não tinha um poema em mãos. E alguma parte de mim me dizia que se o professor ouvisse as palavras de minha “redação”, eu iria receber uma advertência consideravelmente ruim em meu histórico escolar.

– Leia para nós, querida. – repetiu o professor. Engoli em seco.

– Ela só está com vergonha, professor. Eu posso ler para Elesis se ela não quiser ler. – trinquei os dentes quando a voz de Sieghart apareceu atrás de mim. Ele já estava ao meu lado.

– N-não precisa – tentei sorrir, o que não foi exatamente um sorriso convincente, puxando meu caderno para mais perto de mim protetoramente. Mas era tarde demais. Sieghart já havia se apoiado em minha mesa, indo em direção ao caderno e pondo-o em mãos.

– Eu insisto. – ele sorriu maliciosamente. Abri a boca para argumentar, mas ele já havia ido em direção à lousa, na frente de todos os alunos. Não! NÃO! Fechei meus olhos de forma forte, desejando constantemente não ter escrito coisas tão feias naquela folha.

– Sieghart, você é um... – começou Sieghart. Ele tentou prender um sorriso. Mordi meu lábio inferior nervosamente. As próximas palavras rondavam minha cabeça loucamente: baka hentai – Gostosão.

Clap. Foi o som que saiu do lápis quando minha mão sem querer o apertou demais. Meus olhos se arregalaram quando a sala toda riu. Eu NÃO havia escrito aquilo. E foi só aí que eu percebi que a situação estava muito, mais muito pior do que eu pensei que estava. Repito: MUITO.

– Com o céu negro de seus cabelos, e com o seu sexy corpo malhadão. Você é perfeito. – Sieghart me olhou, arqueando uma sobrancelha. Meu rosto enrubesceu drasticamente. AQUELE MALDITO!!! – Você é super gato, Sieghart. Tão bonitão e desejado com seu cabelo de fazer inveja. Você é tão lindo e bombadão que ganha de infinito a zero de todos os garotos dessa escola, inclusive o Ryan que não para de olhar para seus músculos minúsculos agora. – Todos riram mais, virando o rosto para olhar Ryan, que desviava os olhos de seu braço, tentando ser rápido. Sieghart trocou olhar com ele, fazendo Ryan revirar os olhos, bufando, mas ainda sorrindo. - Você é tão lindão e tão inteligente que eu me derreto toda por você, meu gato gostoso. – meu queixo caiu. Uma veia pulsou em minha testa. Aquele exibido idiota... - Eu super te amo! Coração, coração. Quero você inteiramente para mim. Coração coração. Com amor, Elesis. – Sieghart sorriu para mim maliciosamente. Fuzilei-o com o olhar, ouvindo o barulho da folha que eu sem perceber amassava.

Você está morto. Disse a ele, somente com o movimento dos lábios. Ele piscou para mim.

– Ruivinha, que bom saber que você fez um poema para mim, porque eu também fiz um para você. – meus olhos se arregalaram mais uma vez enquanto o sorriso se Sieghart ficava maior. Ele tirou o papel dobrado de seu bolso, desdobrando-o e pondo a sua frente. Ele pôs a mão em punho à frente da boca, tossindo algumas vezes como forma de “preparar a voz”. – Ruivinha...

– NÃO! Não leia! – gritei, me levantando rapidamente e correndo em direção a Sieghart. Peguei o papel de suas mãos rapidamente, correndo em direção à porta.

“ – Eu fiz um poema para você, Elesis. – o garotinho de cabelos castanhos sorriu para a ruiva. Eles estavam na segunda série do ensino fundamental, ainda tão pequeninos e inocentes. Os olhos da garota brilharam enquanto um sorriso brotava de seu rosto. Nunca haviam feito nada para ela, e ela nunca esperou nada de ninguém. Foi de uma felicidade tão grande ouvir aquelas palavras que ela não conseguiu segurar a alegria dentro de si. O garotinho foi em direção ao quadro negro e pôs o papel marcado de dobras a frente do rosto. Elesis pousou as mãozinhas graciosamente em cima do coração, tentando amavelmente contê-lo. Ela estava tão alegre, tão maravilhada e tão emocionada. Tão feliz... Mesmo que aquele menino sempre a tratasse de forma malvada, ela tinha certeza que ele estava só brincando. No fundo ele era seu amigo, não é? Ele era no fundo uma pessoa legal, uma pessoa em quem Elesis podia confiar. Naquele momento a pequena menininha tinha o amor aflorado em seu coração.

De um inspiro, o garoto começou – Elesis você é tão... – ele fez uma pausa, olhando para os garotinhos ao seu lado e sorrindo - feia e pobre que todos da sala te odeiam por você ser tão chata. – de um segundo para outro a expressão de felicidade ardente no coração da menina se congelou em uma muralha, que rapidamente ficou em pedaços, caindo lenta e dolorosamente no chão duro. – Você é burra e fede...

– Simon! O que é isso? – a professora disparou para frente, tirando o papel do menino de suas mãos. – Como você pode dizer uma coisa dessas?

A expressão sorridente de cada criança naquela sala pesou mais e mais no peito da ruiva. Então era só uma brincadeira de mau-gosto de novo. Mas porque ela não se acostumava nunca? Sempre parecia pior. Todos riam dela, de seu ser abatido, de seu sofrimento. Como um arco-íris sem cor, seu mundo estava neste momento derrotado, como todas as outras vezes antes de ela ser humilhada.

– Mas ela é mesmo! Ela é muito feia! Eu não gosto da Elesis, ela é chata! – se defendeu ele, fazendo as laminas de gelo no coração de Elesis ficarem mais grossas, mais doloridas... Mais penetrantes e, muito pior que isso, abrindo mais suas cicatrizes mal curadas. Ela não chorou, mas por outro lado não conseguia falar, porque senão o sinal de tristeza em seus olhos desceria. Como uma espada caindo no chão por ter sido derrotada. O som estridente do ferro contra o chão, avisando-a mais uma vez de que ela estava sozinha naquela arena. O sangue de suas feridas sentimentais pingava constantemente. Como uma perdedora idiota.

E era o que ela era, chegou à conclusão, um segundo depois de sentir seu rosto se molhar. Ela era uma fraca. Uma derrotada.”


– Eu não... sou uma derrotada! – repeti para mim mesma, depois de bater propositalmente o ombro na madeira da porta, abrindo-a e me jogando por sua abertura. Eu tinha certeza, não podia confiar em ninguém e foi a minha própria falha que havia me ensinado isso... da pior forma. Sieghart, como Simon, iria se divertir a minhas custas. Iria se divertir com os meus sentimentos. Eu tinha certeza, mas dessa vez eu não iria deixar isso acontecer. Eu não iria ser envergonhada novamente. Não, não de novo.

Só percebi que meus pulmões precisavam de mais ar quando eu virei o corredor rapidamente, correndo pelo solo gelado da escola.

– Elesis!

Corri mais rápido.

– Elesis!

Apertei meus olhos. Eu não iria deixar as malditas lágrimas vencerem. Por meus olhos eu não as deixava mais passar.

– ELESIS!

De repente eu estava girando. Dando uma meia volta rápida e irregular, meus pés quase voaram, mas não saíram do lugar. Só percebi que Sieghart havia puxado meu pulso quando eu já estava em seus braços.

– Elesis! O que foi?

– Cale a boca! – empurrei-o, saindo de seu abraço. – Me deixe em paz! Não quero uma pessoa como você perto de mim!

Sieghart ficou sério, sem entender. Balancei minha cabeça. Não, ele não iria me enganar!

– Elesis, desculpe, você não gostou do que eu falei sobre o seu poema? Não se preocupe, todos sabiam que eu é que estava inventando.

– Não é isso! Isso é o que menos importa! – apertei o poema em minhas mãos, sentindo meu queixo tremer de leve - Não adianta disfarçar, seu idiota! – um bolo seco e irritante ficou preso em minha garganta, ameaçando-me. Eu não ia chorar! Isso é tão ridículo! Encravei meu olhar no seu, obrigando-me a encarar-lo, por todas as pessoas que eu nunca tive coragem de enfrentar. – Você não entende, não é mesmo? Eu sei o que você quer! Eu sei que eu só sou um objeto de diversão, mas eu não caio mais nessa! FIQUE LONGE DE MIM!

Pude notar sua respiração falhar enquanto seu olhar se arregalava, surpreendido. Pela primeira vez eu havia visto Sieghart engoli em seco, me olhando com insegurança. Eu quase me senti culpada, mas obriguei meu cérebro a acreditar na verdade: Isso era apenas atuação.

– Só me explique o que eu fiz para lhe magoar. – pediu, em uma voz tão fraca que não parecia ser o Sieghart que eu sempre vi nos dias normais.

– Cale-se. – meu lábio inferior tremeu e minha visão se embaçou lentamente. Odiei a mim mesma por ser tão fraca, mas fiquei satisfeita por ser forte o suficiente para não chorar como uma menininha derrotada, o que um dia eu fui. Respirei fundo, juntando as palavras dentro de meu cérebro para que, ao saírem, não causassem nenhum estrago ao meu coração. Não ferirem ainda mais o que por anos já estava ferido. Desviei o olhar, sem conseguir controlar direito o tremor de minhas mãos, e, para minha vergonha, não conseguir controlar a dor em minha voz – Nunca mais chegue perto de mim. Eu te odeio com toda a minha vida, com todas as forças que eu possuo em meu corpo, com toda ira que minha alma pode sentir. Você só não se tornou a pior pessoa que eu já conheci em minha vida porque eu estou lhe tirado dela neste momento. Suma daqui.

Mordi minha língua, segurando, ou pelo menos tentando segurar meu queixo que tremia sem minha permissão, descontrolado. Virei-me sem dó, sabendo que ele não me seguiria. Meu interior estava tão sólido como areia. Era como se pedaços lentos e perfurantes de uma faca enferrujada se esfregassem por dentro de meu estomago, subindo dolorosamente para o coração e perfurando-o como um martelo batendo no prego. Enfiando a dor cada vez mais dentro de mim. As agulhas frias de gelo furaram loucamente minha garganta, a cada passo que eu dava doendo mais e mais. Ouvi Sieghart andar também, se distanciando, fazendo eu me sentir ainda pior. Ele estava indo embora. Era tão agonizante quanto correntes me sufocando até a morte. O ar entrando cada vez menos em meus pulmões, enchendo-os de veneno, fazendo meu corpo todo arder com um fogo destrutivo, queimando e dilacerando meu ser de dentro para fora. Eu havia separado-nos, distanciado-nos... Para sempre. Ele andava rápido, mas era dolorosamente para o sentido contrário do meu...

– Sinto muito. - Ou pelo eu achei isso, até ser empurrada de costas para a parede. Ela triscou lentamente em minhas costas enquanto Sieghart colocou os braços ao lado de minha cabeça. Prendendo-me – Mas eu não posso ir embora. – seu tom era firme, seus olhos sérios, e no lugar de seu sorriso habitual uma linha reta de confiança fixava-se em seu rosto. – Pode me mandar embora. Pode dizer que me odeia. Pode fazer tudo o que quiser, mas eu não vou lhe deixar. Não sem nenhuma explicação razoável para isso. – ele sorriu pela primeira vez para mim. A única coisa que meus olhos conseguiam fazer era encará-lo com desespero, com o profundo arrependimento sobre minhas palavras passadas, mesmo não tendo certeza se esse arrependimento era o certo a sentir.

– Você está ferida – murmurou ele em uma voz aveluda, mais para si do que para outra pessoa, ao ler de alguma forma meus sentimentos. Eu sabia que ele falava de meu interior. Sieghart me fitou por um tempo, até sorrir gentilmente – Pode chorar não se preocupe que ninguém lhe verá. – ele se aproximou, escondendo-me com seu corpo.

As lágrimas que eu tentava tão desesperadamente segurar saíram. Não sabia dizer, mas aquilo foi de certa forma traquilizador. Por algum motivo meu eu interno gritava agradecidamente, aliviado. Sieghart não havia ido embora.

– Ás vezes chorar alivia, não é? – ele deu um leve sorriso, levando o polegar para meus olhos e limpando-os, mas foi inutilmente porque depois que eu deixei-as sair, elas não paravam mais, igualmente a uma cachoeira libertando sem preocupações as suas águas.

– P-p-por... q-q-que... – parei de falar, desistindo depois de perceber que eu ia demorar muito para fazer uma simples pergunta. Porque você não desistiu de mim?

– Desculpe, não sei o motivo por estar chorando, e também não preciso saber se não for de seu agrado. Você quer me contar?

Fiz não com a cabeça, abaixando meus olhos. Eu não conseguia falar e mesmo que conseguisse, não conseguiria contar, voltar ao tempo de minhas lembranças e sentir toda aquela dor do passado novamente. As coisas ruins que eu ouvia, os risinhos maldosos em minhas costas, as piadas de mau gosto... A morte de minha mãe. De repente todo o passado já estava dentro de meus pensamentos, mas eu só notara isso depois de perceber as imagens de mim sofrendo em cada momento de minha infância, cada lembrança levando a uma outra ainda mais dolorosa, ainda pior.

– Eu estou aqui com você, não se preocupe. – murmurou, levando a boca tentadoramente para próxima de meu ouvido, me fazendo senti o arrepio quente que sempre eriçava meus pelos, percorrendo por minha espinha.

O papel em minhas mãos foi tirado de mim, me fazendo levantar o rosto. Sieghart o pegara.

– N-N-Não...

Não o leia, por favor. Não faça com que a dor ataque ainda mais fortemente o meu corpo. Eu não iria aguentar ouvir palavras destruidoras agora.

– Ruivinha... obrigado. – fechei meus olhos intensamente, me preparando para o pior. “Obrigado por estragar minha vida, obrigado por ser um brinquedo tão divertido”. Não! Eu não queria ouvir aquilo! – Obrigado por me fazer perceber o quanto sou louco. Louco e idiota. Idiotamente louco de amor por você. – meu olhar se arregalou e o chão embasado na direção de minha vista era irregular. Engoli em seco, sentindo meu coração acelerar, mas agora me esquentando, tão quente quanto minhas bochechas neste momento. – Tudo bem, essa foi melosa, me desculpe – ele riu – Posso não ser o Brad Pitt, mas sou muito mais gato e charmoso que ele, admito. – Sieghart passou as mãos nos cabelos de forma brincalhona, fazendo uma expressão sexy, que me faria rir... Se ele não tivesse ficado tão bonito com aquele olhar sedutor. Ele voltou o olhar ao papel – Você se assustaria se eu lhe dissesse que 91% do tempo do meu dia eu passo pensando em você? É, é assustador mesmo... Mas felizmente os outros 8% dos pensamentos não são destinados a você, e sim a como conquistar você. Ah sim, o outro 1%. É, eu preciso guardar lugar aos meus planos de como te irritar todo dia, não é? Afinal... Você fica tão linda quando está zangada... – ele riu novamente – Um dia, minha querida ruivinha, eu conseguirei o seu tão difícil coração. Não se preocupe que eu não desistirei. As pessoas dizem que quando uma menina briga muito com o menino é porque ela está interessada, não é? – ele ergueu a sobrancelha desafiadoramente. Meu rosto, já rubro, se intensificou – Caramba... acabei de reler esse poema agora e ele está um lixo. Desculpe – outro riso – Eu poderia mesmo chamar isso de poema? Mas, em plena madrugada, às três da manhã eu me lembrei de meu dever de casa. Estranho? É, também acho... Mas depois de acordar do meu tão lindo sonho com seus cabelos avermelhados eu senti vontade de escrever mais uma carta para você. Sim, eu já fiz outras antes, mas se você está achando essa péssima, não queira ler as outras. Ruivinha, a cada vez que te vejo sinto como se algo invadisse meu peito. Uma brasa fervente de paixão. Sinto vontade de te abraçar e lhe tomar em meus braços, para você ter certeza de que eu sou somente seu. Meus olhos te desejam como... – Sieghart prendeu um sorriso, desviando o olhar para o lado, mas logo ele riu, balançando a cabeça negativamente e dobrando o papel – Certo, está ficando melosa demais a carta, não queira ler o resto – ele riu – Desculpe, eu estava com sono quando fiz e meio que coloquei demais meus pensamentos aqui, sem me segurar... Escrevi tudo que sentia e olhe que ainda falta muito pra acabar.

– V-V-Vo... c-c-cê – amaldiçoei-me por ainda não ter conseguido parar de chorar, mas agora era por outro motivo. Eu me sentia culpada, mas ainda assim levemente desconfiada, mesmo que não quisesse. Só que agora algo bom, um sentimento aquecedor movia-se pelo meu corpo. Eu encarava seu rosto, sim, envergonhada, mas ainda com uma estranha curiosidade no olhar. Enxuguei o líquido de meu rosto e respirei fundo, tentando ajeitar minha mente – Des-descul...

– Você estava mentindo na hora que havia dito que me odiava. – baixa e serena era a sua afirmação – Eu sei, reconheço seu rosto quando mente – agora ele estava sério. – Não precisa se desculpar - Baixei meu olhar, sentindo sua mão afagar minha cabeça carinhosamente.

– Eu falei coisas feias pa-para alguém q-que não mereci-cia ouvir – sussurrei, sabendo que isso deixaria as palavras saírem mais facilmente – Desculpe... – minha pele foi novamente aquecida com o mesmo líquido que cruzava meus olhos. Senti Sieghart dar um sorriso aveludo... terno.

– Está tudo bem – ficamos em silêncio por alguns segundos. Engoli em seco. Eu já estava calma o suficiente para falar sem gaguejar. Ou pelo menos achava isso.

– Sieghart – respirei fundo, mordendo os lábios enquanto tentava achar coragem para encará-lo.

– O que foi? – respondeu. Ergui meus olhos firmemente, tão vermelha quanto o pôr-do-sol que brilhava na janela a minha frente. Meus olhos estavam franzidos determinadamente. Eu não acreditava no que eu estava tão decidida a pedir.

– M-Me dê o m-meu poema. – era para ser uma exigência, mas eu estava tão constrangida que eu não conseguia ao menos dar ordens. Droga!

– Hã? Esse? – Sieghart ergueu uma sobrancelha, mostrando o papel que ele acabara de ler. Afirmei com a cabeça, fazendo-o rir – Sinto muito ruivinha. Eu falava sério quanto ao “Não consegui me segurar ao escrever”.

– Vo-você o fez p-pra mim, não é? – tentei parecer zangada, juntando minhas sobrancelhas e fazendo um biquinho irritado, mas isso pareceu deixar Sieghart mais sorridente.

– Quer me ganhar com sua fofura, ruivinha? Sinto muito, não vai conseguir. Eu sei o que eu escrevi aqui e sei o quanto está vergonhoso para mim, então... Tchau – ele virou as costas e começou a andar, enfiando o papel no bolso. Por algum motivo eu tinha certeza que aquele papel deixaria de existir se eu o deixasse com Sieghart por hoje. Era estranho e com toda certeza constrangedor, mas eu queria tanto ler o resto que eu não me continha.

– N-não estou brincando – andei em sua direção, tentando alcançá-lo. – Eu o quero d-de verdade.

– Ah é? – Sieghart me encarou maliciosamente – Você gostou de minhas declarações, ruivinha? – seu sorriso se alargou com a cor de meu rosto.

– Não! – menti rapidamente, quase que por impulso. Sieghart me deu as costas novamente, ainda rindo. Eu sabia que ele se divertia com minha exaltação.

– Então eu não vou lhe dar. – ele continuou a andar, acenando de costas. Trinquei os dentes, novamente o seguindo. Déjà vu.

– Sieghart, pare agora e me dê essa folha. – minha voz dessa vez estava mais ameaçadora, mas ainda não o suficiente para fazê-lo se intimidar, apesar dele nunca fazer isso.

– Só se você prometer cuidar bem do meu casaco... Que você ainda não devolveu. – sua observação provocante foi seguida de um sorriso de lado junto ao levantar de sobrancelha. Olhei para meus braços e vi o pano negro sobre mim. Corei intensamente. Eu estava o usando desde o recreio e só percebera AGORA? NÓS JÁ ESTÁVAMOS NO HORÁRIO DE SAÍDA! Xinguei-me mentalmente e comecei a tirá-lo de forma rápida – Tudo bem, não precisa tirar. Gosto de vê-la assim.

– Mal-maldito... – seu sorriso travesso era quase sarcástico, como se ele estivesse satisfeito. Voltei a tirar o casaco, indo em sua direção novamente. – Tome. Agora me dê o papel.

– Não.

– Ora seu... – a raiva voltara a mim, fazendo uma veia pulsar em minha testa – Se você não me der agora eu vou tirá-lo a força de você.

– Então tente – ele piscou para mim, me desafiando. Juntei as sobrancelhas. Aquele...

Era até estranho dizer isso, mas eu tive a impressão que o que Sieghart fazia - me irritar - era proposital, quase que como se ele soubesse que aquilo de alguma forma me ajudaria. Eu havia esquecido minha tristeza de poucos segundos atrás, pela primeira vez de forma tão rápida. Seria isso só uma coincidência? Sieghart estava mesmo me ajudando? Ficando ao meu lado...?

Eu gostaria de acreditar que sim, do fundo do coração eu queria, mas eu já havia confiado em tantas pessoas em minha vida, colocado realmente toda a minha confiança... Só para receber uma facada pelas costas depois. Eu possuía histórias ruins demais para simplesmente esquecer de uma vez, ou ignorá-las com facilidade. Infelizmente eu não confiava 100% ainda em Sieghart, mas... Tenho que admitir que minha guarda estava muito, excessivamente muito baixa em relação a ele.


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Notas finais do capítulo

O final eu acabei de fazer, n sei se tá mt bom, desculpe >////<!!
Bom, mas eu gostaria primeiramente de agradecer a Kadu-kun *0*!!!! Nyaaaaaaaaaaaaaahh, obrigada por recomendar a ficcc *--------------------------------------------------*!!! OMGGGGGGGGGGGGGGGGG, EU FIQUEI TÃO FELIZ Q VC NÃO TEM IDEIAAAA 8DDDDDDDD!!! Obrigadaaaaaa, nyaaaaaaaaaaaaahhh *começa a abraçar o teclado loukamente de emoção* >u<!!! Vc eh tão lecaaaaalll *---------------*!!! OBRIGADAAAAAAA >u<!!!!!! 8DDDDDDDDDDDDDDDDDD!!! q emoção cry cry* TuT, até hoje eu ainda piro *------------*!!! Fiko feliz em ter mudado sua ideia para lolicon *0*!!! Nyaaaaaaaaahh, fiko msm >u<!! Abrigada por ler minha fic, e obrigada por seus erviews tão phodásticos *--------------*!!!
Sério, as pessoas do Nyah! são as + fofas e divas de todas ♥ TuT!!! Adoro todos vcs minnaaaaa o/
Bom, o proximo agradecimento vai para o Kevin-kun *0*!!! O nome desse cap foi em homenagem a ele uashashuhuashasuhu xD. Obrigada por ser sempre tao fofo e legal *---------*!!! E obrigada pela fic em minha homenagem >////<!! Owwwwwwnn ♥ isso eh mtttt fofooooooo *------------------*!!!! Nyaaaaaaaaaaaaaaahh arigatoooouu >u<!!! https://www.fanfiction.com.br/historia/209560/Uma_Sala_De_Aula_um_tanto_Diferente , leiam a fic dele gente, eh mt massaaaaa *------------*!!! Ainda ta no começo, mas ela realmente promete ser perfaaa 8DD!!
Um grande abraço a todos vcs ^-^!! Bjos bjos o/!!!