Lost In The Memories escrita por Mari Romano


Capítulo 6
Capitulo 6 - "Segredos"




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Sai do quarto e fui andando por um corredor escuro, tentando ir ao encontro de Sophia. Ouvi vozes alteradas vindas do fim do corredor. Andei até lá silenciosamente e fiquei escondido atrás da cortina que lá havia. Fiquei assustado com a cena que vi. Não, não era possível. 

- Eu mandei você não se aproximar dele – Sophia falava. Ela estava de pé na frente de Marx que estava ajoelhado na frente dela. Ela então deu-lhe uma bofetada na cara. – Será que é tão difícil compreender? 

- My Lady, mas não aconteceu nada – Marx falava, enquanto Sophia lhe dava outra bofetada 

- Não aconteceu, pois Anne chegou antes. Marx. Eu lhe aviso pela ultima vez. Não chegue perto dele. Ele é muito importante pra mim, ou melhor, para todos nós. 

Nisso ele se levantou e aumentou o tom de sua voz – Sophia, eu não acredito você esta... – Ele não conseguiu nem acabar de falar, pois três homens haviam saltado para junto de Marx o agarrando 

- Como ousas levantar a voz à Senhora? – disse um dos homens que usava uma capa preta e tinha longos cabelos negros. 

- Afastem-se – disse Sophia e no mesmo instante os homens se afastaram.  

Sophia então agarrou Marx pelo pescoço e o ergueu. Como ela havia feito isso? Fiquei pensando, já que ele era no mínimo duas vezes maior que Sophia. Foi quando eu vi. Olhei Sophia e vi que seus olhos estavam vermelhos, e em sua boca haviam caninos. GOD. Ela é um vampiro 

- Sabes o porquê da minha liderança, não é mesmo? – Ela disse isso jogando Marx longe. 

- Ele precisa refletir. Tranquem-no em seu quarto, até ele aprender com seus erros – Nisso dois dos três homens levou Marx, e o homem de cabelo comprido falou a Sophia 

- My Lady, e o humano? Anne disse que ele não se encontra em seu quarto – Sophia levantou-se imediatamente 

- Achem-no... – Merda, me descobriram – Agora!!! – ao dizer isso o homem saiu da sala.  

Eu fiquei olhando pra ela que tinha uma expressão seria e ao mesmo tempo cansada em seu rosto. 

- Você viu não é mesmo? Venha aqui, agora. Não precisa se esconder de mim, Gerard, eu não o machucarei. 

Eu sai de trás da cortina e fui ao encontro dela. Eu estava sem palavras. Nada que eu dissesse neste momento faria a menor diferença. Eu tinha receio. Receio do que ocorreria comigo de agora em diante. E mais uma vez a expressão de Sophia se tornou serena. Ela se sentou. 

- Acho que você tem o direito de saber não é mesmo? – ela disse olhando fixamente meus olhos. Eu estava paralisado, não falava, não me mexia, apenas escutava - Você viu tudo não é mesmo? – eu continuava imóvel - Eu sei que é difícil de se compreender essas coisas, mas eu preciso de sua ajuda.- agora sua expressão havia mudado, ela tinha uma certa preocupação em seus olhos – Gerard, me escute com atenção.  

Escutar? No momento era tudo o que eu conseguia fazer. Eu mal conseguia raciocinar. Andar então, era uma tarefa quase impossível nesse momento. 

- Gerard, me desculpe. Fiz coisas em toda minha vida das quais não me orgulho. Fiz coisas das quais os outros também não se orgulham, porem eu fiz algumas coisas que, mesmo sem a aprovação dos outros eu me orgulho, e muito. – Ela parou e respirou fundo, como se estivesse tomando coragem para falar o que viria a seguir – Primeiramente, eu gostaria de saber. O que você sabe sobre vampiros? 

Vampiros? Vampiros? Vampiros? O que eles eram mesmo? 

- An... bem... vampiros são criaturas da noite. Matam humanos e tomam seu sangue . Não gostam de alho e morrem com estacas? 

Então Sophia fez algo que eu não esperava que ela fizesse neste momento. Ela riu. 

- Claro, hahaha, vampiros são considerados assassinos. – Ela sorria calmamente – Me desculpe, eu havia esquecido que vens de uma sociedade cristã, que prega que os vampiros são assassinos sem alma. Bem, realmente, vampiros são criaturas da noite e que morrem com estacas no coração, porem não penses tu, que nos alimentamos de sangue por vontade própria. Nós o fazemos por falta de opção, pelo menos por enquanto. 

- An? O que quer dizer com por enquanto? – eu disse já não me preocupando em parar para pensar. Tudo estava muito confuso em minha mente.

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