Bad Boys Vs Bad Girls,inimigos?talvez Nã escrita por Nikkmoon


Capítulo 8
Cap8: Primavera – O desabrochar das cerejeiras


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demoraEspero que gostem!Boa leitura!!



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Cap8: Primavera – O desabrochar das cerejeiras e... e de um que?

O silencio ainda permanecia, só era quebrado pelo barulho do refrigerante sendo sugado. Os cinco estavam ali sentados e cabisbaixos, iriam aceitar a derrota, assim, tão facilmente? Não. Pelo menos era o que eles esperavam.

Gaara: Alguma idéia do que vamos fazer?

Naruto: Uma vez eu ouvi que devemos manter os amigos perto... e os inimigos mais perto ainda.

Sasuke: Naruto, você é um gênio. – disse sorrindo quase ao ponto de abraçar o garoto, por ter lhe indicado a luz no fim do túnel.

Shikamaru: Lá vem o emo e suas idéia mirabolantes.

Sasuke: As minhas idéias são sempre muito boas.

Shikamaru: Sim, igual quando decidimos dar um susto na tia da cantina e você colocou fogo na cozinha. Realmente, aquela foi uma idéia genial, que por muito pouco não fomos pegos.

Sasuke: Você se prende aos mínimos detalhes, não é?

Neji: Chega da briginha de comadres e fala logo a sua idéia.

Sasuke: É como o Naruto disse, mantenha os amigos perto e os inimigos mais perto ainda. Então é só infiltrar um de nós no grupo delas.

Naruto: Então você quer dizer que é pra gente usar saia e batom?

Neji: Não, Naruto. Eu entendi, o que o Sasuke quis dizer é que devemos escolher uma delas e nós aproximar, arrancar dela qualquer tipo de informação, certo?

O Uchiha assentiu com a cabeça.

Gaara: Mas que tipo de informação?

Shikamaru: Medos, fobias, alergias... Qualquer coisa do tipo. – disse indiferente logo após tomar o resto de sua coca.

Sasuke: Todo mundo de acordo? – todos assentiram, afinal, não tinham idéia melhor – Tá, então qual será nosso alvo?

Gaara: Poderia ser a Hinata. Ela me parece mais vulnerável.

Neji: E por ela ser mais vulnerável, aquelas doidas devem proteger mais ela... Precisamos de um alvo mais certo de si, do qual não precisa de proteção das outras... Que tal a sua irmã, Gaara?

Gaara: A doida da Temari? Ela nunca falaria nada com nenhum de nós.

Sasuke: Esta decidido, será a Temari. E ainda contamos com o vantagem do Gaara ser irmão dela. Mas o problema agora é: quem vai tentar esse feito?

Naruto: Só tem uma forma adulta e sensata de fazer isso – o loiro pegou os canudos das latas e os cortou em tamanhos diferentes, depois os segurou de tal forma que apenas ficava a mostra um pedaço do canudo – Vamos tirar no palitinho, são canudos mas o esquema é o mesmo, quem pegar o menor é o agente duplo.

Cada um pegou um canudo, exceto Gaara. Depois comparam os canudos, resultado bom para alguns, péssimos para um outro.

Shikamaru: Caraca, justo eu? – exclamou incrédulo, olhando para o pequeno canudo em suas mãos.

Sasuke: Sorte para uns, azar para outros... Você vai ter que ajudar o grupo.

Shikamaru: Nem fudendo.

Neji: Ta, já vi que vou ter que apelar... Se você conseguir ajudar, conseguindo informações e tudo... Cada um aqui te paga duzentos, mas caso você apenas seja um estorvo, como punição vai ter que pagar a conta do Naruto no restaurante de lamén.

Naruto: Por que vocês me colocam nessas encrenca?

Shikamaru: Que dizer que alem de me ferra eu ainda vou a falência?

Sasuke: Você vai ter que cooperar...

Shikamaru: Ta, mas quem me garante que ela vai contar tudo assim,de uma hora pra outra?

Sasuke: Claro que ela não vi falar de uma hora pra outra, isso você vai ter que conseguir extrair.

Neji: Você poderia começar com isso depois de amanhã.

Naruto: Hã? Por que não começa amanhã mesmo?

Neji: Fala serio, já esqueceu? Amanhã é um dia especial, depois teremos o dia livre e ninguém vai querer passar ele aqui... Se ela sair para algum lugar, sozinha, o Shikamaru segue ela e tenta começar uma conversa.

Naruto: Ahh é ,amanhã, primavera. Finalmente.

*

Havia uma grande confusão na entrada do colégio. Os alunos se amontoavam, todos queriam sair e conseguir uma arvore para poder fazer seu piquenique. Em toda primavera era a mesma confusão, todos queriam ir no parque ou em qualquer outro lugar da cidade onde houvesse uma arvore de cerejeira, para que pudessem desfrutar de seu desabrochar. Com muita paciência os professores conseguiram fazer uma fila “organizada” para a saída dos alunos.

Quando finalmente chegaram em uma praça, boa parte das arvores já tinham sido ocupadas pelas toalhas xadrezes, mas por sorte as garotas conseguiram encontrar uma arvore, uma linda arvore, na qual boa parte dela já tinha sido coberta pelas delicadas flores de cerejeira.

Sakura: Não são lindas? – perguntou a rosada que levava o nome da flor, aquilo era o tipo de coisa que esperava durante o ano todo.

Hinata: Sem duvida. – disse sorrindo enquanto tirava fotos.

As garotas continuaram a admirar as flores,enquanto bebiam chá e comiam seus bolinhos. Mas elas não eram as únicas que faziam aquilo, os garotos, seus rivais também desfrutavam daquele dia de primavera. Descansavam e aproveitavam o dia de cem por cento trégua. Aquele era o dia que ate os piores inimigos paravam para contemplar a natureza. Aproveitavam e agradeciam pelo dia seguinte sem aulas, iriam aproveitar fazendo o que mais gostavam. Bem, quase todos...

*

No dia seguinte, Tenten mal podia acreditar um dia inteiro só para ela. Andando pelas ruas da cidade com sua moto, a morena ainda avistava ao longe as pessoas que se amontoavam em volta das cerejeiras. A lembrança da tarde anterior veio a tona, aquele tinha sido uma das melhores tardes de primavera que tinha tido, junto com suas amigas naquele dia tinha esquecido de tudo, inclusive dos garotos que as incomodavam, mas por sorte tinham diminuído suas afrontas. Mas para seu azar outra lembrança de primavera lhe tomou por completa, uma lembrança quase que esquecida de quando tinha cinco anos, fora a primeira vez que sua mãe tinha a levado para ver o desabrochar das flores, e no meio daquele mar de gente Tenten se perdeu, chorando desesperada vagou entre todas aquelas pessoas; ate que por fim encontrou sua mãe, que também chorava, desesperada por causa da filha perdida... A visão já estava quase comprometida pelas lagrimas, Tenten balançou a cabeça na tentativa de expulsar aquela lembrança, desde aquele tempo sua relação com a mãe tinha mudado, e muito.

A morena continuou a dirigir, aquele era um dia no qual não queria se preocupar, se irritar ou ficar se culpando pelo passado. Aquele era um dia para ela fazer uma das coisas que mais adorava, uma coisa para ela fazer sozinha, sem suas amigas, sem ninguém. Algo que por um momento a fazia se sentir livre, mas que no mesmo instante a lembrança que sempre havia algo que a prendia. E aquele era um ótimo dia para voltar a pular de bangjump.

Seu percurso de moto ainda era longo. Enquanto dirigia rápido sentiu uma vontade imensa de fazer algo que não tinha muito costume, tirou o capacete, com uma balançada de cabeça se livrou do elástico. O vento forte batia em seu rosto, seu cabelo parecia dançar ao vento, mas a sua esperança era que aquele mesmo vento que chicoteava seu cabelo contra seu rosto, levasse embora suas lembranças.

Após alguns quilômetros finalmente havia chegado. Estacionou a moto e prendeu o cabelo. Subiu vários lances de escada, ate finalmente chegar ao topo. Ali era o ponto que esperava tantos dias para saltar. Deu mais alguns passos e avistou seu instrutor, um garoto não tão mais velho do que ela.

Tenten: Charlei? - chamou pelo instrutor.

Charlei: Chegou na hora, hein? – disse um tanto quanto admirado, mas não deixava de sorrir.

Tenten: Estava ansiosa, não podia esperar por muito tempo para vir.

O garoto sorriu. Havia algum tempo que sua mais fiel cliente não aparecia, então não a atrasaria muito, entrou em uma sala para buscar o equipamento.

Enquanto seu instrutor procurava o equipamento, Tenten decidiu olhar a paisagem. Andou ate o parapeito e se debruçou nele. Fitou o horizonte e avistou as montanhas, imponentes, cobertas por uma manta verde cheia de vida. Olhou para baixo, um precipício, escuro e profundo. Sentiu-se perdida naquela imensidão, e às vezes pensava que a morte era aquilo: um salto no meio do nada, no meio de uma mancha negra aonde você nunca encontrava a saída. E por isso que gostava tanto daquele esporte, por que pensava que quando morresse não iria sentir a diferença, por que daqui para lá era apenas um salto. Mas a morena foi retirada de seus pensamentos, retirada deles por uma voz grave e masculina, que conhecia bem.

– Ate aqui? Fala serio.

Tenten: Ahh... Ta me seguindo é, cabeludo?

Neji: Eu não perderia o meu tempo com isso.

Charlei: Já peguei o seu equipamento, Tenten...E hã? Neji? Você esta atrasado.

Neji: Me desculpe.

Charlei: Eu vou buscar o seu equipamento também – disse um tanto quanto irritado, por ter que fazer novamente o percurso por causa de alguém atrasado.

O Hyuuga deu uma olhada na morena a sua frente, não imaginava que ela era o tipo de pessoa que gostava daquilo.

Neji: “Mas pensando bem... Vindo dessa doida nada me surpreende”.

O moreno jogou a mochila que tinha nas costa no chão, e andou ate a base aonde em breve saltaria. Olhou para baixo, depois para a morena debruçada no parapeito. Assim como Tenten, Neji queria aquele dia só pra ele e nada o estragaria, nem ela.

Neji: Então você gosta de pular de bangjump?

Tenten o fiou incrédula por causa da pergunta: NÃO! Na verdade eu tenho vertigem e tenho fobia de altura. E só vim aqui para descobrir se eu morro de medo antes ou depois de pular... Que pergunta idiota. (tolerância zero)

Neji: Deixa de ser ignorante, garota. Eu só fiz uma pergunta.

Tenten: Se não tinha nada para falar o melhor era ter ficado quieto – a morena o fitou, já que desde o inicio tinha a visão voltada para as montanhas - Vejo que o seu ombro já esta muito bom.

Neji: Estaria melhor se você não tivesse deslocado ele.

Tenten: Que isso, garoto, deixa de ser ignorante só fiz uma pergunta.

Neji: Você me odeia pra caramba...

Tenten: Eu não sou a única... – a morena fitou seria o Hyuuga, que arqueou a sobrancelha após a afirmação – Depois que você foi para a enfermaria... Os outros ficaram bem felizes com a sua desgraça.

O meio sorriso que restava no rosto pálido do Hyuuga se desfez, por essa ele não esperava, mas não deixaria que sua frustração ficasse a amostra.

Neji: Como se eu ligasse para eles...

Ligava e Tenten percebeu isso, mas não quis incomodá-lo com aquilo. Afinal aquela foi à primeira conversa que tivera com o Hyuuga, na qual não brigaram. Preferia continuar assim, pelo menos naquele dia.

Charlei: Voltei... Qual dos dois vai querer saltar primeiro?

Tenten: Eu!

A morena deu um passo à frente, depois olhou para o Hyuuga, o mesmo não disse nada. Charlei colocou o equipamento em Tenten, depois a morena seguiu para o local do salto, ali foi preso o resto do equipamento. Tenten soltou o cabelo e prendeu o elástico no pulso, com o “Já” de Charlei a morena saltou. O salto não durava muito, cinco segundos em media, mas que pareciam uma eternidade, uma eternidade que Tenten desfrutou ate o fim. Quando voltou para “terra firme”, a adrenalina ainda corria em suas veias, sua vontade agora era pular dali sem nenhum equipamento, mas seus delírios não tinham chegado aquele ponto. Após o salto da Mitsashi, foi a vez do Hyuuga. Neji se encheu da mesma adrenalina, mas não da mesma vontade de saltar livre.

Charlei: Alguém vai querer saltar novamente? – perguntou animado, fitando os dois.

Tenten: Hoje foi um dos meus melhores saltos, mas... Eu acho que na segunda vez não seria a mesma coisa.

O instrutor sorriu e se retirou em seguida. A morena olhou na o Hyuuga, que assim como ela estava debruçado no parapeito, deu um pequeno sorriso que foi retribuído. Aquele era um dia de trégua, pelo menos aquele dia.

–--

Os campos de golfe são normalmente muito prestigiados pelos mais ricos, mas admirado por muitos. Talvez o mais fantástico em uma partida de golfe seja o campo, o campo verde e bem cuidado. E era em um desses campos que Sakura estava andando. Já devidamente uniformizada para tal atividade, ela cruzava o gramado para chegar ate o pequeno prédio onde depois de um jogo os clientes ficavam. Lá a rosada pegaria seus tacos e um carrinho. O golfe era um de seus esportes favoritos, e não via melhor circunstância para praticá-lo, afinal tinha um dia livre e suas amigas tinham planejado suas próprias atividades individuais, e ela não ficaria na escola, aproveitaria aquele lindo dia de primavera. Quando finalmente cruzou o hall, se deparou com uma pessoa em particular debruçada sobre a bancada onde o recepcionista ficava, alguém que ela não queria ver tão cedo.

Sakura: Tanta gente nesse mundo e justo e emo de merda tinha que frenquentar o mesmo campo de golfe que eu.

Sasuke: Veja se não é a garota mais irritante desse mundo... Deus deve ta querendo que eu pague os meus pegados, só pode ser.

A rosada o olhou furioso, aquele era um grande motivo para dar meia volta e ir embora, mas não queria dar aquele gostinho para o Uchiha.

Sakura: Alfredo, eu quero os meus tacos e um carrinho o mais rápido possível, por favor. – disse sorrindo, bem diferente de quando tinha falado com o Uchiha.

Alfredo: Bem, senhorita Haruno era sobre isso que eu estava falando com o senhor emo... Quero dizer, o senhor Uchiha... Nós tivemos um pequeno acidente com os carrinhos, e infelizmente tenho que informar que só temos um disponível – disse sorrindo de forma falsa – Mas vejo que os dois já se conhecem, então podem muito bem dividir o carrinho. Ahh, e aqui estão seus tacos senhorita Haruno.

Os dois estavam revoltados, mas aquele era o único jeito. Pegaram o carrinho e foram para o local da primeira tacada. Os dois não gostavam da situação, mas Sakura reclamava muito mais.

Sakura: Por que você tem que dirigir? – perguntou irritada, enquanto segurava a barra da saia branca.

Sasuke: Por que mulher no volante, e principalmente se tratando de você, o perigo é constante e dobrado.

Sakura bufou. Em alguns instantes tinham chegado no local da primeira tacada.

Sasuke: Ôo coisa irritante, e se agente apostasse?

Sakura: Eu não preciso de nenhuma aposta para provar que sou melhor que você.

Uma afronta direta, o Uchiha não deixaria daquele jeito.

Sasuke: Vai sonhando... E ai, dezoito buracos?

A Haruno concordou. Os dois iriam jogar o melhor que podiam naquele enfrentamento individual. A cada buraco um deles conseguia uma pontuação melhor, mas nenhum conseguia abrir vantagem, mas no ultimo buraco Sakura acabou por deixar sua bolinha cair em um banco de areia, o que possibilitou o Uchiha de abrir vantagem e ganhar.

Sasuke: Perdeu, rosinha.

Sakura: Ora, seu...

Sem pensar duas vezes, Sakura pegou o taco o balançou e bateu na bunda de Sasuke, que se desequilibrou e por pouco não caiu no lago.

Sasuke: É assim que você me trata depois que eu venço? Então ta.

Para devolver na mesma moeda, Sasuke a empurrou fazendo com que a mesma caísse no lago sem chance de se segurar.

Sakura: Você vai ver SEU EMO DE MERDA!

Sasuke: Hoje o dia foi bom, alem de ganhar da rosinha ainda derrubei ela, um bônus... Eu sou ou não sou demais.

Sakura: ARG! – bufou enquanto s debatia na água.

–--

Mesmo sendo de manhã tinha muita gente. Um show como aquele não passaria batido na agenda dos fãs. E Ino já estava lá, esperando há muito tempo na fila, e por esse feito era uma das primeiras que entrariam para ver o show, mal podia esperar para entrar. Já era quase de tarde, passar o dia na fila não era legal, mas valia a pena. A loira estava em puro tédio, ate que olhou para trás, ainda não tinha prestado atenção em um garoto que estava atrás de si, e era melhor ter continuado assim.

Ino: Fala serio, o palito de fósforo também gosta dessa banda? Ninguém merece.

Gaara: Cala aboca loira de farmácia será que nem aqui você pode parar de me encher o saco?

Ino: Ahh então é por isso que você usa essa maquiagem em volta dos olhos, é pra imitar o vocalista.

Gaara: Isso aqui é estilo próprio.

Ino: Ate uma mosca tem mais estilo do que você.

Gaara: Olha quem fala, a emo de meia tigela.

Ino: Emo? Emo é a senhora sua avó – gritou irritada com os punhos já serrados, prontos para o ataque.

– Da pra vocês ficarem quietos? – gritou nervoso o homem à frente de Ino.

Tanto Gaara quanto Ino, já iam protestar contra a ordem, mas quando olharam para o homem de mais de dois metros e com os braços grossos que pareciam que iriam rasgar a camisa, pensaram duas vezes e decidiram ficar quietos.

A espera era quase torturante, principalmente por estar uma do lado do outro, mas aquentaram aquela tortura de uma forma um tanto quanto infantil: não se olharam, ignoravam a presença um do outro como duas crianças mimadas que tinham brigado por um brinquedo. Mas aquela tortura diminuiria quando entrassem para ver o show, mas para o azar deles, no meio daquela multidão acabaram por ficar um do lado do outro. Ou era aturar um ao outro, ou deixar de ver a banda de perto. Gaara chegou a pensar se aquilo realmente valia a pena, mas acabou por ficar. Já Ino gritava desesperada, assim como as outras garotas cantava junto com a banda, gritava mais do que cantava mais era alguma coisa. Enquanto a loira e todos a sua volta gritavam, Gaara chegou à conclusão que teria sido melhor ter passado aquele dia na escola.

*

Tinha uma vontade imensa de ir embora. Imaginava que naquele mesmo momento os outros estariam se divertindo, enquanto ele estava ali. Shikamaru tinha seguido Temari o dia todo, enquanto pensava se aquilo valeria a pena no final, e chegou à conclusão de que não valeria. Mas não foi embora, continuou ali, ele iria tentar mesmo sabendo que o resultado não seria satisfatório.

A loira tinha levado o Nara ate um campo de beisebol, aonde a mesma rebatia bolas lançadas por uma maquina.

Shikamaru: “Cinco opções, e escolhem justo a mais problemática e que mais me odeia... Ahh complico!”

Pensou enquanto se aproximava cauteloso. Quando entrou no campo, fora recebido por uma bola que raspara em seu rosto, e que por muito pouco não lhe acertara em cheio.

Temari: O que você esta fazendo aqui? – disse já irritada, enquanto rebatia outra bola.

Shikamaru: Isso é um campo de beisebol, qualquer um pode vir aqui.

Temari: Pra sua informação, seu preguiçoso, esse lugar esta abandonado e só eu venho aqui... Então ou você é um idiota que vive procurando um canto pra sentar essa sua bunda mole, ou tava me seguindo... Então, qual das duas?

Shikamaru: “Lembrete: procurar saber o lugar a onde a doida esta indo... Lembrete numero dois: nunca aceite uma aposta feita por projeto de metaleiro” Desencana garota, eu não to a fim de discutir. – após se defender,Shikamaru desligou a maquina e pegou uma das bolas – E ai,vamos jogar?

Temari: Olha, se você não ligar isso de novo, esse bastão que estava rebatendo apenas uma bola... Em breve estará rebatendo duas...

O Nara engoliu em seco. Tinha se metido em uma bela encrenca, isso era um fato.

Shikamaru: Deixa de ser ignorante garota... Tudo que eu quero é treinar uns lançamentos... “Hoje é um ótimo dia para dormir, sem ninguém no quarto, sem o Naruto principalmente, mas não eu estou aqui... Será que vale a pena tirar dinheiro daqueles idiotas tendo que me submeter a situações tão devastadoras? Sim!”.

Temari: Se você não chispar daqui, o que eu vou treinar é lançamento de pedra nessa tua cabeça vazia.

Shikamaru: Relaxa, gata você...

Temari: Do que você me chamou? Quem você pensa que é pra me chamar de gata?

A loira já estava parada na frente de Shikamaru, estava realmente irritada, não tinha boas lembranças de tal elogio. Levantou o taco o deixando rente ao pescoço, não hesitaria em acertá-lo, agitou o taco e o levou com força na direção da cabeça dele,mas antes do mesmo chegar próximo de seu alvo,Shikamaru o deteve com a mão.

Shikamaru: Eu sou um cara calmo, não sei se você percebeu... Vim aqui sem, mas intenções... E não estou a fim de me estressar... Então...

Temari largou o taco no chão e foi na direção de sua bolsa, iria embora, não queria a presença de ninguém. Mas quando estava prestes a sair o comentário do Nara a fez voltar.

Shikamaru: Sabe... Eu acho que toda essa sua ignorância e raiva são causadas por algo no seu passado, que a fez ficar desse jeito, certo?

Temari: Agora você me irritou – largou a mochila no chão e pegou o taco, se colocou no mesmo lugar que estava antes – Vamos fazer o seguinte... Três lançamentos, se eu acertar todos você vai embora, se eu errar penas um... Eu fico, já que você faz tanta questão.

O moreno não esperou, lançou a primeira bola que foi rebatida para longe, assim como a segunda. A terceira bola era sua ultima chance, se errasse estava tudo acabado, e a sua primeira chance de aproximação iria ser a primeira e ultima. Concentrou-se e lançou, a bola tinha passado tão rápido que Temari nem tinha visto.

Shikamaru: Você errou, eu ganhei. Vai ter que ficar.

Temari: Por que? Fala serio, agente se odeia desde o primeiro dia de aula... Pra que você quer que eu fique?

Shikamaru: Eu já disse, quero treinar lançamentos – disse com um meio sorriso.

A loira balançou a cabeça e se ajeitou na base. Shikamaru tinha passado pelo primeiro nível em sua busca por informações, e como ele tinha previsto não seria fácil conseguir se aproximar da problemática.

–--

Hinata: Eu trouxe pra você.

Se abaixou e colocou o delicado buquê sobre a lapide. Já fazia algum tempo que não vinha ali, e se sentia mal por isso. Desde que sua mãe morreu, Hinata vinha visita-la constantemente, mas nós últimos meses não fazia a visita com tanta freqüência.

Sentou-se na grama verde, bonita e bem cuidada do cemitério. Pessoas de famílias tão importantes como as de Hinata tinham no cemitério um lugar destinado apenas para elas, mas a mãe de Hinata preferiu não ser enterrada em um mausoléu,e sim no ponto mais alto do cemitério para chegar mais rápido aos braços de Deus,pelo menos isso era o que dizia em seu testamento.

Hinata: “Sinto sua falta”

Pensou tristemente, enquanto fitava a foto da mãe, uma mulher jovem que tinha sido tirada desse mundo grosseiramente. Sentia muito a sua falta, mesmo depois de tantos anos. Hinata era criança, tinha cinco anos, quando sua mãe morreu deixando para trás ela e sua irmã, Hanabi, que ainda era um bebê, e seu pai, que desde de a morte da esposa tinha se tornado um homem ainda mais frio.

Hinata: Espero que você esteja bem... – fitou novamente a foto, e começou a cantarolar bem baixinho – Cedo ou tarde, agente vai se encontrar... Tenho certeza, em uma bem melhor... E se que quando canto você pode me escutar...

As lagrimas lhe comprometiam a visão, muitos anos tinham se passado mais Hinata ainda não tinha conseguido aceitar. Levantou-se e enxugou as lagrimas, o melhor era ir embora. Pegou o casaco e o vestiu, mesmo sendo primavera ainda fazia frio.

Desceu a pequena colina devagar, desviando dos túmulos, lapides e pequenas arvores. Quando passava por uma enorme arvore ouviu um sussurro, não sabia de quem era ou do que se tratava, se ainda fosse uma criança imaginaria que se tratava de almas penadas que não tinham encontrado seu caminho para o descanso eterno. Mas não era uma criança e não se assustaria com qual coisa, mas não pode evitar sentir um calafrio. Escondeu-se atrás da arvore e devagar esticou o pescoço, o que viu a surpreendeu: Naruto estava sentado à frente de duas lapides, colocadas uma ao lado da outra, e sussurrava. Hinata voltou a se esconder, e ficou imóvel queria ouvir o que o garoto falava.

Naruto: Eu sei que faz tempo que não venho, me desculpem. Estou bem, a não ser por um pequeno problema na escola... O que é? Sabe, entraram umas garotas esquisitas lá, que vivem enchendo o meu e o saco dos meus amigos... Por culpa de uma delas eu sai de cueca no meio do corredor na escola, e na troca de aulas... Paguei um mico daqueles... E o que? Isso é pra mim e os outros aprendermos? Acho que agora eu saquei o que quer dizer provar de seu próprio remédio... Mas isso não tem nada a ver, eu sei que elas estão tramando algo, mas nós temos um plano...

O Uzumaki falava cada vez mais baixo. Hinata não podia acreditar, o garoto mais hiperativo e que gritava mais alto, justo naquele momento tinha que sussurrar? Iria ouvir o resto da conversa que Naruto tinha com alguém, que ela não sabia quem era. Esticou-se mais, tentou se aproximar mais, mas a única coisa que conseguiu foi se enroscar na raiz da arvore e cair de encontro ao chão.

Hinata: Ai, essa doeu. – murmurou enquanto tentava se levantar.

Naruto: O que você faz aqui? – perguntou assustado, como quem tivesse visto um fantasma.

A morena se levantou rápido e bateu as mãos nas pernas para tirar a poeira.

Hinata: E-e-eu...t... Tava passando.

Naruto: Ta e eu sou o bozo.(não falta muito)

Hinata: Desculpa, e-e-eu não queria ouvir a sua conversa com...com... – a morena fitava espantada o Uzumaki que estava sozinho – Com quem você estava falando?

Naruto: Eu não caiu nessa. Você vem toda delicadinha e educada, e ai bang! Cai alguma coisa na minha cabeça, ou você me acerta com algo. E ai o que vai ser?

Hinata: Por que eu faria isso?

Naruto: Não se faça de quem não sabe, você e suas amigas vem arrumando muitos motivos para fazer isso.

Hinata: E... Eu não vou fazer nada, juro... Estamos em um cemitério... Devemos respeitar certos lugares, e... Eu só fiz uma pergunta.

Naruto: Você tem razão, não devemos discutir em um lugar como esse... Eu não costumo contar isso, na verdade ninguém sabe... Eu estava conversando com os meus pais. – apontou para as duas lapides a sua frente.

A morena olhou atentamente as lapides. Em uma havia a foto de uma ruiva e na outra de um loiro sorridente.

Hinata: Você se parece muito com ele. – aponto para a lapide do lado direito, aonde havia a foto do loiro.

Naruto: Se eu me tornar metade do homem que ele era, pra mim ta bom – disse sorrindo alegremente, enquanto as bochechas de Hinata coravam – Mas e você, o que venho fazer aqui?

Hinata: V-v-vim trazer flores para m-minha mãe.

Naruto: Eu sinto muito.

Hinata: Você já sentiu bastante... Mas quando aconteceu?

Naruto: Eles morreram em um acidente de carro, eu ainda era um bebê, não sofri muito... Mas o que aconteceu com a sua mãe?

Hinata: Leucemia. Ela morreu já faz doze anos.

Naruto: É, parece que nós dois não tivemos muita sorte. – o loiro se levantou, deu mais uma olhada nas fotos de seus pais, depois olhou diretamente para Hinata – He, he, foi legal essa nossa primeira conversa sem brigas – ele sorriu abertamente, enquanto a morena deu um pequeno sorriso tímido – Foi bom enquanto durou, mas ta ficando tarde e eu vou vazar, você vem?

Hinata balançou a cabeça de forma afirmativa. O Uzumaki saiu na frente, a Hyuuga o seguiria se não tivesse sentido uma forte dor no tornozelo, o que a fez cair sentada e dando um gemido de dor.

Naruto: Você tá legal?

Hinata: Eu queria d-dizer que sim, mas não. Acho que machuquei o tornozelo quando cai.

Naruto: Também depois daquele tombo, HAHA!

Hinata: N-não teve gra-graça.

Naruto: Teve sim, agora me deixe ver isso. – o loiro se aproximou e se abaixou perto da morena,e com a ajuda da mesmo dirou e abriu as inúmeras fivelas e zíperes – Eu não entendo nada disso,mas eu acho que torceu. Eu te ajudo a chegar ate a escola.

O loiro colocou o braço de Hinata em volta de seu pescoço, ajudando Hinata a se equilibrar e andar.

Naruto: Você veio a pé?

Hinata: Vim sim.

Naruto: Mas do jeito que você ta, o melhor é agente pegar um ônibus ou um táxi, por que se não vai demorar ate chegar na escola.

Sorrindo, Naruto ajudou Hinata a andar ate saírem do cemitério, mas para a falta de sorte deles nenhum táxi passava, e não havia nenhum orelhão por perto e eles não tinham celulares. O jeito era andar ate o ponto de táxi. Quando finalmente chegaram, já era quase noite, pegaram um táxi e foram de volta para a escola, durante o percurso tiveram uma breve conversa, agradável e divertida. Ao chegar na escola, Naruto após pagar o táxi, levou Hinata ate a enfermaria, lá a velha enfermeira imobilizou o pé de Hinata e pediu que a mesma não pisasse no chão durante uma semana, pelo menos. Novamente Hinata necessitou da ajuda de Naruto, para chegar ate seu dormitório. Após uma longa subida pelas escadas, finalmente tinham chegado.

Naruto: Pronto, esta entregue.

Hinata: Obrigada por me ajudar, Naruto.

Naruto: Que isso, mas agora você deve se cuidar, vai estar nas mãos dessas loucas.

Hinata: N-não teve graça, de novo.

Naruto: Ta, parei. Mas eu acho que você é bem diferente dessas garotas ai, acho que eu fiz uma imagem ruim de você.

Hinata: Elas podem parecer meio esquisitas, mas quando as conhecer melhor saberá que são ótimas. Mas eu tenho que confessar que... Que também fiz uma leitura errada de você, e-eu achava que você era egoísta, metido, chato, meio burro... Na verdade bem burro, muito burro e...

Naruto: Ta já entendi, burro.

Hinata: É, mas eu acho que me enganei... E... E espero estar certa no meu engano, se isso faz sentido eu não sei. – disse tímida.

Naruto: Eu acho que tudo foi um grande engano, talvez ate possamos nós tornar amigos, um dia.

Hinata: C-c-claro. Mas agora eu t-tenho que entrar. Boa noite, e obrigada.

Naruto: Boa noite, e de nada... E vê se para de gagueja. – saiu rindo enquanto Hinata entrava no quarto.

A morena entrou calmamente pulando em um pé só, nenhuma de suas amigas tinha chegado, exceto por uma que estava tomando banho, mas Hinata não sabia quem era. Ao se sentar na beira da cama, sentiu uma sensação estranha, teve um dia diferente, não imaginava ter uma conversa tão agradável com Naruto. Se deitou cuidadosamente, se cobriu e pensou, pensou que talvez poderia ter encontrado um amigo, pensou também que deveria ir mais vezes visitar o tumulo de sua mãe, pois não esperava que uma lembrança tão triste como aquela pudesse se transformar em uma sensação tão estranha, mas agradável.


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Notas finais do capítulo

No próximo capitulo de: Bad boy’s vs bad girl’s,inimigos? Talvez não.. Após uma semana,acontece a abertura do campeonato de futebol entre as escolas. E esse era o motivo que Tenten tanto aguardava para poder colocar seu plano em pratica. Eles voltam a brigar,e esse jogo não vai ser lá muito bom para os garotos. E as meninas acabam por achar estranho o comportamento de Hinata. Isso e muitas coisas a mais,só no nono capitulo: “Manual de sobrevivência,regra numero um: Não mexa com uma garota,pois elas são vingativas”Bjos e ate!



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