Foram suas palavras. Palavras frias que me despedaçavam lentamente. Na época eu até pensei que era uma brincadeira de mal gosto, mas eu mal sabia da dura realidade que enfrentaria nos meses seguintes.

Como se não pudesse piorar toda a situação, eu me jogouei, literalmente, aos sues pés e implorei para que ficasse, mas fora em vão. E a pior parte disso tudo foi que quando eu procuro uma razão para nosso rompimento só existia uma, a que Edward fez o favor de falar em alto e bom som, a verdade que eu nunca quis encarar e assombrou nosso relacionamento.

Minhas mãos foram direto para o meu peito tentando segurar o espasmo de dor que me assolou ao lembrar das suas palavras.

Agora podia entender quando diziam que a verdade doi. Diferente de uma mentira, sabemos que ela é real, não uma mera ilusão que se pode superar com o tempo e tudo voltar a ser como antes. A verdade, que é tão preciosa para alguns, pode acabar com a vida e sanidade de outros.

Um bom exeplo pode ser eu mesma. Preferiria viver uma vida de mentiras, do que encarar a dolorosa verdade. Porém, pude aprender algumas coisas com essa maldita experiencia. Nada vem de mão beijada, precisamos batalhar por o que queremos, porque as coisas que ganhamos sem ser com nosso proprio esforço não duram.

Foi por causa disso que tomei minha decisão. A única coisa que me arrependo dela foi ter percebido muito tarde o que via agora. Uma luz no fim do túnel, um bote salva-vidas ou como quiser chamar. A única coisa que me importava era que poderia ter minha vida de volta, poderia voltar a viver meu conto de fadas particular junto ao meu príncipe, Edward.

Agora, três meses depois do meu desastroso aniversário, iria recuperar o que era meu, não seria uma humana fraca e imponente, teria a qualquer custo meu amor de volta aos meus braços. O único impesilho no meu plano era ir embora sem deixar rastros, dar as costas a minha familia e amigos, mas estava decidida, não poderia fraquejar ou deixa-los descobrir meus planos. É claro que faria uma carta de despedida com alguma mentira para meu sumiço, mas quando a lerem estaria longe demais para me alcançarem.

Então seria isso, desistiria de tudo e todos e voltaira para quem eu me importo mais no mundo, quando ele me visse deixaria nossa despedida para trás e depois viveriamos felizes. Ok, que parece um pouco insano, maluquice e que eu estivesse começando a ficar louca depois dos meses de depressão que passei, mas era minha ultima chance, um plano que tinha que ser a prova de falhas, por isso que no quarto mês depois da partida dele, me dediquei inteiramente a minha ídeia, planejando tudo nos minimos detalhes. Já sabia, aonde, como e quando, tudo o que faltava era executar tudo precisamente então teria meu final feliz de conto de fadas.

Sorri não aguentando de felicidade, ao visualizar meu futuro com Edward. Perfeito, tudo seria...

-Perfeito!- Jacob grunhiu furioso, chutando a roda do seu carro.

-O que foi agora?- Perguntei um pouco sem paciencia, por ele ter me interrompido no meu ''sonho''.

-Ouo, que bicho te mordeu?- Indagou sarcastico, vindo se encostar na bancada da oficina comigo.

Suspirei cruzando os braços no peito.

-Não é nada...- Tentei parecer despreocupada mas queria desesperadamente desabafar com alguém -É que estou me sentindo um pouco ansiosa esses dias- Por fim confessei sorrindo.

-Hum....sei. Vai me contar?- Indagou levantando uma sobrancelha. Neguei com a cabeça -Ok, eu nem queria saber mesmo- Fez cara de esnobe. Tive que rir um pouco. Era uma das razões por gostar de Jacob, ele me fazia rir, me ajudou muito na minha fase morta viva e foi por causa dele que pude dar a volta por cima e arquitetar meu plano.

Sentiria sua falta também. Mas meus sentimentos por Jake não conseguiam ofuscar o meu amor por Edward, por isso iria também abandona-lo.

Olhei pro chão não querendo encarar meu amigo. Partir seria dificil, mas não impossivel.

-Bella....- Delicadamente levantou meu queixo com a ponta do dedo -Você está bem mesmo?- Perguntou reçoso. Fiquei mais mal ainda, Jacob se importava comigo, ficaria triste quando fosse embora.

-Não.... mas vou ficar- Afirmei convicta. Ele franziu o cenho confuso, mas não insistiu no assunto