Um caso Misterioso escrita por Bou MeepH


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Não está muito bom, mas resolvi postar já que me saí bem em nota neste texto.
Espero que gostem :S



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O inspetor Arruda recebeu um telefonema misterioso. A pessoa do outro lado da linha estava desesperada:

- Por Favor, venha depressa. Uiii, acho que vou desmaiar...

E, dizendo isso, a ligação foi interrompida... O inspetor ainda escutou o barulho de alguma coisa... Pelo barulho, parecia... Algo caindo no chão? Oh sim, e risadas. Desligou o telefone e pensou se Madson não havia nada de mais interessante a fazer do que passar-lhe trotes.

Conhecera Madson quando houve um assassinato na boate dela. A pessoa morta havia telefonado a ele antes de sofrer o assassinato. As palavras ditas foram as mesmas dos constantes trotes de Mad. Fora um erro contar detalhes, mas ela tinha o ‘‘dom’’ da persuasão.

O caso estava aberto a dois meses, o que o deixava uma pilha de nervos. Podia, para facilitar o trabalho, afastar Mad, mas sabia que ela sofria tanto quanto ele tinha raiva e que os trotes eram uma maneira para descontrair ambos

A poucos dias conseguira pistas muito úteis: digitais na unha do morto que, aliás, era uma mulher, e dois suspeitos. Fazendo sua anotações, atendeu o telefone com a outra mão.

- Sim?

- Desculpa Jonab, eu estava muito tediosa, não deveria incomodar você.

- Você nunca incomoda, Mad.

- Será que isso foi sarcasmo? Jona! Eu já pedi desculpas.

- E eu ouvi, agora eu tenho trabalho a fazer...

- Tudo bem, eu te pago um jantar aqui na boate, que tal? Cozinha de primeira.

- Fechado.

Ouviu um suspiro e não conseguiu deixar de sorrir. Ela o deixava louco.

- Nos vemos a noite então. Tenha um bom trabalho, querido inspetor.

Antes que pudesse responder, Madson já havia desligado o telefone.

O tempo que estava passando com ela estava despertando sensações que a muito tempo não sentia. E que o estavam incomodando. Mas teria que deixar isso em um canto de sua mente, por que agora, teria um suspeito para investigar.

* * *

Jonab virava um copo com duas aspirinas. A dor de cabeça estava atrapalhando.

Ao chegar no endereço do primeiro suspeito ocorrera tudo bem: o cara era normal, um ex-namorado que não gostava de ser ex. Tinha um álibi, já que estava viajando no dia do assassinato. Mas isso não queria dizer que ele não podia ter mandado outra pessoa fazer o serviço.

Ao chegar no segundo endereço, o suspeito já havia se mandado. O apartamento estava revirado e telefone fora do gancho. Achara uma arma sem digitais, mas com pólvora, o que deixava óbvio que fora usada. Jeremy Mundoll era o principal suspeito e mais novo fugitivo da polícia. Conseguiu as digitais dele em um copo sujo que continha na cozinha, que batiam exatamente com as encontradas  no corpo de Gina Harley.

Enviou as provas ao laboratório criminal para serem examinadas. Seu parceiro pegara um mandato de busca e procurou o paradeiro de Mundoll.

Já eram 19h e a dor de cabeça começava a passar quando lembrou que tinha de ir a boate de Mad. Em parte isso o animou, mas não estava com o melhor humor do mundo.

Vestiu o casaco e pegando as chaves dirigiu-se à saída da delegacia. Ao entrar no carro rumou ao sul da cidade. Poucos minutos depois, já estava entrando na boate. O lugar estava bastante cheio apesar de ser quarta-feira. As mesas espalhadas pelos cantos estavam lotadas e a pista tinha um bom número de pessoas acompanhando a música ao vivo. Avistou Madson atrás do bar. Os cabelos loiros, longos e encaracolados estavam soltos. Usava jeans preto justo e uma blusa bata roxa. Os olhos tinham a cor de fumaça. Era alta e magra, bastante atrativa e sexy

Aproximou-se do bar, cumprimentando com um aceno o barman.

- Oi Mad, onde está o meu jantar?

- Calma garotão, vamos subir lá em cima. Não há espaço aqui embaixo.

Terminando de preparar o pedido, saiu de trás do bar e seguiu para os fundos, sendo seguida por Jonab. Acessou o elevador juntamente  com Jona, apertando o número do andar. A porta se abriu ao chegarem ao andar, mostrando um escritório aparentemente organizado.

- Quer algo pra beber?

- Vinho. O que preparou para minha refeição?

- Nossa, você está com fome. Tem filé, batatas fritas e salada. Tudo bem para você?

Seria a primeira refeição decente dele em semanas.

- Serve.

- Engraçadinho!

Entregou a bebida a ele e sentou em um sofá.

- Já que ofereci o jantar posso fazer perguntas, certo?

- É quase justo.

- Huum. Por que Jonab? Sabe, não combina nem um pouco com Arruda.

- Meu pai tinha o sobrenome Arruda e minha mãe adorava o nome Jonab.

- Certo. Nos conhecemos a pouco mais de dois meses e nem sei sua idade.

- 31.

- Há! Tenho 27, não é tanta diferença. Que bom!

- Já te disse, você não faz meu tipo.

- Oh, mas você faz o de qualquer mulher. Alto, forte, quadris estreitos e ombros largos.

- Você esqueceu a parte de eu ser irresistível.

Ignorando ele, Mad continuou a falar.

- Pele bronzeada, cabelos negros, olhos âmbares. Quase perfeito, não acha?

- Você me convidou pra vir aqui para eu comer ou para falar de mim?

- Um pouco dos dois. Vou pegar sua comida.

Ela se levantou e desceu para a boate, deixando-o sozinho. Ufa, pensou Jonab, mais um pouco e perderia o controle. Já não sentia mais tanta fome por comida. Sentia fome por outra coisa.

Agora via como Madson era parecida com Gina. Isso o preocupava. Começou a andar pela sala, vendo que ela tinha muitos livros bons e CDs razoáveis para seu gosto. Parou ao chegar na mesa próxima da janela. Havia uma foto dela, com os pais e uma prima ou amiga. Sabia que ela não tinha irmãs, era filha única, assim como ele.

Por baixo de alguns papéis aparecia a ponta de uma foto. Pegou-a e viu: era uma foto que eles tiraram juntos a umas 3 semanas, após o festival que ocorreu na cidade. Seu estomago estava em nós ao ver o simples sorriso dela em uma foto ainda mais simples.

Suspirando, imaginou o porquê dela estar demorando tanto. Algo nada agradável passeou em sua mente. Desceu para a boate e não conseguia encontrar Mad. Foi até o bar e ela também não estava lá.

- Jorge, onde está Madson?

- Ela acabou de sair com um homem estranho.

- Como era esse homem?

- Altura mediana, loiro, roupas de marca. Não parecia muito bem e estava tremendo quando me pediu uma bebida.

- Droga! – Jonab saiu correndo e, pelo celular, chamou reforços. O desgraçado pegara a única pessoa em que nunca deveria botar as mãos na vida.

* * *

Estava começando a chover e vários carros cercavam o apartamento de Jeremy. Dois policiais ficaram na boate, caso ele voltasse para lá. Mas Jonab tinha certeza de que ele se escondia ali. Vários membros da policia tentaram fazer negociações com o cara, mas este simplesmente já estava delirando. Já não passava de um homem transtornado, louco. Talvez fosse a culpa de ter assassinado alguém sendo que tinha ficha limpa na polícia e nenhum problema psicológico aparente.

Irritado de esperar, Jonab passou a área de restrito, quase sendo barrado por alguém. Adentrou o prédio e subiu pelas escadas até o apartamento de Jeremy. O verme não deixara ninguém se comunicar com Madson. Coitado dele por ter mexido com Jonab.

Quando chutou a porta do apartamento tudo aconteceu rápido demais: Jeremy ameaçara Mad com uma faca, o que deixou Jona fora do controle, que atirara no braço do desgraçado. Quando Jeremy caiu gritando de dor no chão, a polícia começara a subir enquanto Jonab segurava Madon contra seu corpo. Nunca sentira tanta aflição e dor. Não queria admitir que precisava de Mad, que a amava.

- Você está bem?

- Estou, claro. Oh meu Deus! Você está sangrando!

- Quê? Ah não, é só o sangue no nosso amigo ali – falou apontando para Jeremy.

- Que bom! Estava tão preocupada contigo!

- Madson, acorda! Você estava correndo risco, não eu.

- É que... Droga. Eu te amo. Pronto. Falei.

- O quê? – Jonab nunca ficou tão feliz ao ouvir essas três palavras de alguém. Todos os nós tinham se desfeito.

- Repete.

- Você está bem?

- Nunca me senti melhor. Sua presença me atormenta a meses. Não queria admitir que sentia algo por você. E agora é correspondido.

- Jona... então...

- Eu te amo. Quero passar o resto da vida contigo, porque você é minha vida.

- Meu Deus. Por que demorou tanto para falar? Achei que teria que aparecer nua na sua frente.

- Não seria uma má idéia... – beliscando-o Madson chegou mais perto.

- Peça-me.

- Case comigo, Mad. Tenha uma vida ao meu lado. Filhos. Tudo. Mas por favor, apenas diga sim.

- Sim. Acho que você é a melhor pessoa para mim.

- Com certeza.

Beijaram-se e imaginaram juntos, toda a vida que teriam pela frente...

Fim.


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Notas finais do capítulo

Primeira fic apenas minha que posto do nyah então, onegaai, deixem reviews >///<:*