Luce escrita por carlyluna


Capítulo 4
Revelação


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!!!!!!!!!
Meu computador havia pego virus, e eu tive de formatar...
Mas ai está o quarto e último capítulo de Luce. Espero que gostem.
Boa leitura.



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As gotas da chuva escorriam pelas folhas das árvores, o cheiro de terra molhada era agradável. Lucas andava o mais leve possível, ele estava coberto por uma nuvem de medo, mas também ele precisava encontrar Luce. Mas e se ele chegasse tarde demais?

Ele se aproximou de um lugar escondido e viu uma coisa que congelou seu sangue.

O celular de Luce.

Lucas o pegou e o apertou em sua mão. Naquele momento ele jurou a si mesmo, que se encontrasse a criatura que pegou Luce, ele mataria a coisa com suas próprias mãos.

Ele olhou em volta e viu um rastro, como aqueles que são deixados quando alguém arrasta algo e fica um relevo na terra. Ele começou a segui-lo.

O rastro o levou até um tipo de mina abandonada. A entrada estava fechada por tábuas e placas escritas: Fique longe.

Ignorando-as completamente, Lucas começou a quebrá-las com o canivete em seu bolso. Devido a muita chuva e sol exposto, a madeira já estava podre e não foi difícil quebrá-las.

Lucas entrou na mina escura, ele é um garoto da idade de Lucinda, e como todo garoto dessa idade, ele não sairia despreparado para salvar sua melhor amiga. Ele trouxera uma mochila com lanterna, canivete, celular, e todo o resto do equipamento que ele julgava necessário.

Ligando a lanterna, ele cada vez ia mais fundo pela mina. O teto pingava água e o cheiro de carne podre era inconfundível, como se houvesse algo morto naquele lugar havia dias.

Ele chegou então a uma bifurcação. Apontando a lanterna para cada um dos caminhos ele viu um vulto e em seguida a voz de Luce:

- Socorro!

Ele correu pelo caminho de onde a voz de Luce havia vindo. Ela ainda não estava morta. Mas Lucas parou ao ver uma cena aterrorizante.

O caminho dera em uma sala iluminada apenas por uma lâmpada, mas era luz suficiente para ver coisas terríveis. Luce estava amarrada com as mãos para cima pendurada por um gancho no teto. As paredes estavam pintadas de vermelho, mas não era tinta, era sangue. O chão era um tapete de corpos em vários níveis de decomposição. E em pé, de costas para Lucas estava a criatura que Luce havia mencionado. Ele destroçava um corpo morto recentemente enquanto o comia.

Lucas se aproximou lentamente da coisa, com o canivete pronto para matá-lo.

- Eu não faria isso se fosse você Lucas. – A criatura disse em sua voz arrepiante. – Eu o mataria antes que o fizesse.

Lucas não se mexeu. Estava paralisado de puro medo. A coisa apenas se levantou e encarou Lucas nos olhos.

- Como é bom quando ainda parecemos humanos! – A criatura riu. – Mas a sede pelo sangue logo aparece, e então quando bebemos pela primeira vez... apenas não conseguimos parar mais, até que nos transformamos nisto.

- Do que você está falando? – Lucas disse com a voz baixa.

- Você e Lucinda são especiais. Vocês são como eu.

Como ele?

- Nós não somos como você. – Luce gritou.

- São sim, minha querida. Quando crianças andamos pelos humanos como tais, mas quando chegamos à idade adulta, fica incontrolável.

Ele dizia isso como se ele já houvesse sido criança, como se ele nunca tivesse sido essa criatura.

- Luce – ele se virou para ela – você nunca se perguntou por que você sempre viu coisas que as pessoas que você conhecia não viam?

Luce não conseguiu responder, apenas o olhava espantada.

- Vocês já nasceram mortos, como eu. Vocês já nasceram zumbis. Precisam de sangue de outros para viver. Quando chegamos à idade adulta o nosso sangue já está totalmente seco.

- Isso não faz sentido. – Lucas disse.

- Nunca vamos nos transformar em algo como você! – Luce gritou. – Seu cabeçudo!

Luce realmente havia conseguido deixar o zumbi bravo, pois ele foi para cima dela com toda raiva que pudesse existir agarrando-lhe o pescoço. Mas na hora em que ele ia morder Luce, ele sentiu uma dor na nuca, e levou sua mão para trás. Sentiu a lamina do canivete de Lucas tirando toda a vida que ele poderia ter.

- Nós nunca seremos como você. – Lucas afundou mais o canivete.

A criatura engasgou com seu próprio sangue, caindo aos pés das duas crianças.

Lucas desamarrou Luce e a abraçou fortemente.

- Você veio! – ela disse.

- Eu disse que viria. – Ele respondeu. –Vamos embora daqui.

De mãos dadas eles saíram daquele lugar horrível, na floresta tomaram uma decisão.

- Não podemos ficar aqui. – Luce disse. – E se o que ele disse realmente for verdade? E se eu machucar minha família?

- Vamos prometer nunca machucar ninguém – Lucas olhou para Luce – vamos embora. Precisamos partir.

Eles não sabiam para onde iriam, ou o que fariam a seguir, mas ambos tinham uma certeza: eles não deixariam a parte monstro deles vencer. Eles fariam de tudo para combater a sede por sangue.


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Notas finais do capítulo

Ficou bom?
Comentem deixando sua opinião sobre como vocês acharam que ficou a história e como poderia ter sido o final na opinião de vocês...
Beijos
Carlyluna



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