POV DUAM.

- Entrem aí mocinhos. - O policial praticamente nos jogou no banco de trás da viatura, eu, Percy e Nico irimaos para a delegacia nesse carro. Nicole, Anita e Isabel iam em outro carro. Colocaram algemas em nós e nos mandaram calar a boca.

- Oh, deuses! Duam , porque você fez isso com a gente cara? - Me perguntou Percy.

- Eu não sabia que Isabel ainda estava envolvida com drogas!

- Como você a conheceu? - Perguntou Nico.

- Em uma festa, estava em uma boate a acabei ficando com ela, a uns 3 anos trás, ela era uma drogada, começei a ajudá-la. Mas então descobri que era uma meio-sangue e fui me distanciando dela, ate que perdi contato.

- Triste. - Disse Percy.

          Me lembrei de que não estávamos sozinhos naquele carro. Pelo espelhinho do carro eu podia ver dois olhos escuros nos encarando como se fóssemos loucos, com certeza era o que pensavam da gente.

 - Isso vai atrasar nossa missão! - reclamou Percy.

- Relaxa. - Disse eu.

- Rexala? - Retrucou ele, irritado. - Atena vai me matar! 

- Não se preocupe, você vai voltar. O pior é a gente, que o máximo que podemos fazer é tentar a Ilha dos Abençoados! - Falou Nico, concordei sacudindo a cabeça.

      Um tempo de silêncio, ate que:

- Hum... alguem coça aqui pra mim? - Perguntei Percy, se retorcendo.

- Se você não percebeu, todos nós estamos com as mãos amarradas! 

- Tudo bem. - Disse mau humorado, virou-se para o lado e disse:

- Nico? - O filho de Hades fez uma careta.

- Ok.

Foi uma esfrega ali, esfrega aqui que ate  me deu coçeira também. Não tinhamos muito o que conversar, pelo menos não na presença dos policiais. Olhei novamente o espelhinho, o policial no banco do carona não tirava os olhos de nós, eles.... faíscavam... mudavam de vermelho para o preto. E agora? o que fazer? não tinhamos como pegar nossas armas! esperávamos atacar? eu deveria contar para os outros? não, era melhor esperar para ver o que aconteceria.

30 minutos depois...

A delegacia era pequena, pintada de azul, branco e cinza. Vi os policiais levando primeiro as meninas para dentro, ela pareciam bem mais tranquilas do que eu, principalmente isabel, mas ela ja devia esta acostumada a essa rotina. Depois fomos nós, dois balcões  estavam amontoados de papéis, policiais gordinhos tomavam café e comia rosquinhas, foi muita movimentação quando chegamos. As celas eram de frente para os balcões, talvez para os policiais poderem nos observar.

    Talvez fosse provisório nossa estadia aqui, acho que ficariamos aqui ates eles deciderem o que fazer conosco. Colocara-nos em uma mesma cela, a única. 

- Então... - chegou um cara gordo, com o canto da boca suja de farelos - Os nomes.

    Nos entreolhamos, contar ou não a verdade?

- Vamos! falem o nome! - disse irritado o policial, eu começei a rir, gordos irritados são tão legais! porque você acha que eu adoro atormentar meu velho?

- Isabel Williams. - Disse Isabel.

- Ahn... Duam Lewis. - Disse eu.

- Nico do Ângelo.

- Percy... - Agora eu quero ver ele arrumar um sobrenome! - Ahn... Percy... Percy... 

- Anda logo criança, não tenho a noite toda!

- Percy Jackson. - Disse Percy sorrindo.

- Nicole Brendon. - O policial olhou para ela e disse:

- Você me lembra alguem....  Mas deixa para lá, próximos. - Ele olhou para Anita, que estava vermelha feito um tomate.

- Não acredito! Anita, o que você esta fazendo aqui?!

- Ahn... 

- Você conhece esse cara? - Sussurrou Nicole.

- Sim, é amigo do meu pai. 

- Me passem o número de suas casa. Ligarei para os seus pais virem buscar vocês...

- E se meu pai não quiser vir me buscar? - Perguntei.

- Você passa a noite aqui.

- É acho que vou ficar, porque se você for esperar meu pai ou minha mãe vir aqui... - Disse Nicole, a irônia em pessoa.

- Ja você Anita... vou ligar para o seu pai! - ameaçou o policial.

- Por favor, Sr. Smith, não faça isso! - Pediu ela.

         O cara tirou o celular do bolso e começou a discar.

- Eu lhe dou sementes de graça! - Disse ela, o policial fechou o celular, interessado.

   Eu não estava entendendo nada, que negócio é esse de sementes?

- De graça?

- É, aposto que a sua esposa vai ficar muito feliz! a horta dela estava linda da última vez que eu a vi, como estão suas abóboras? 

O homem sorriu, e começou a tagarelar.

- Sabe, eu viajei para o interior um dia desses e minhas madioica ganhoui o título de melhor da cidade! realmente as sementes da loja do seu pai são milagrosas! o que vocês fazem com elas?

- So um toque pessoal meu. -Disse Anita sorrindo, toque pessoal. Imagino.

- Então, voltando ao negócios.

- Eu lhe dou as melhores sementes de graça por dois meses se o senhor ficar calado e prometer não contar nada para o meu pai. 

      O homem pensou um pouco.

- 3 meses.

- 3 meses?

- Sim, ou então nada!

  O rosto alvo de Anita ficou vermelho de raiva.

-ok, Sr.Smith, mas bico calado hein.

             Depois dessa cena estranha, fiquei de olhos no policial, cujo olhos faíscavam. Ele nos olhavam, e eu não estava gostando nada disso.

POV ANITA.

Ufa! escapei por pouco. Me sentei no chão, Nicole se sentou ao meu lado.

- Que papo estranho foi aquele? - Perguntou.

- Meu pai é dono de uma franquia de lojas que vendem sementes. O policial Smith e a família são obcecados por frutas e legumes.

- Mas ele é gordo... 

- É. E porque você quer tanto ir para a sua casa?

    Nicole olhou a volta e fixou os olhos em um policial que nos vigiavam, seus olhos eram estranhos....

- Vocês devem estar pensando que é mais um capricho meu, mas não é. É algo sério, Anfitrite não esta apenas usando Montros e deuses, mortais também estão envolvidos nisso...

- Mas acho que ela esta levando isso longe demais, foi so mais um traição dentre as milhões que Poseidon ja cometeu... - Disse eu.

- É, mas mortais também estão envolvidos, e assim que acharmos os filhos de Atena... a situação vai ficar preta.

- Mas o que isso tem a ver com ir a sua casa?

- Não posso explicar  agora, não se lembra da profecia... quando o verdadeiro traidor se revelar a guerra vai começar... algo assim! sobre a verdadeira guerra! interprete os versos. O que esta acontecendo ainda não é a guerra!

- Como você sabe de tanto? - Perguntei de modo acusador. - Há um traidor entre nós! Você não...

- E você acha que sou eu? Porque eu iria traí-los?! - Interrompeu-me.

Fiquei calada, pensando bem, Nicole poderia ser sim a traidora. Talvez ela quissesse nos levar para uma emboscada em sua casa... faz bastante sentido!

- Não sei, mas como você sabe de tudo isso?! não pode simplesmente ter brotado essas ideias da sua cabeça!

- Quando chegarmos na minha casa...

- EU NÃO QUERO IR PARA A SUA CASA! - gritei.

    Todos se viraram para nós, o que eu faria agora? Ninguem iria acreditar em mim caso eu contasse o que pensava.

- De novo Anita? - Perguntou Nico.- Nós ja não combinamos que iriamos a casa de Nicole?

- Confie em mim. - Pediu Nicole. Um surto de desconfiança tomou conta de de mim. Eu era a líder dessa misssão, havia um triador entre nós e eu precisava descobrir quem é antes que seja tarde demais.

   Me sentei novamente no chão, agora Nicole se afastou de mim, provavelmente muito magoada comigo, mas tudo se encaixava absolutamente bem, tudo indicava que a traidora era a Inocente irmã de Nico.

Mais movimentação na delegacia, agora os policiais arrastavam uma garota de calças e blusas largas, o cabelos castanho estava solto, os policias tiraram as algemas dela e a colocaram dentro da cela.

     Ela andou ate um canto e se sentou lá, quita. Ficamos quietos, mas Nicole se aproximou da garota e perguntou:

- Como é seu nome?

A menina ergeu a cabeça e falou com orgulho:

- Clarisse La Rue.