Sobrevivendo escrita por tamiladybug


Capítulo 4
Capítulo 4 - Descobrindo um novo sentimento


Notas iniciais do capítulo

Demorei para postar né? Mil desculpas. O capitulo, assim como o anterior, está curto. Mas vou tentar fazer um maior no próximo.



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- Gosta de comida Japonesa? – perguntou ele.

- Adoro Yakisoba. – meus olhos brilharam ao se lembrar de como era bom sair com os meus pais para comer Yakisoba na praça de alimentação do shopping.

- Que bom, porque era exatamente isso que eu estava pensando em pedir.

- Hm, então pede logo, está dando água na boca.

Ele ligou para o restaurante e fez o pedido. Enquanto esperávamos resolvi conhecê-lo um pouco mais.

- Então, você já sabe bastante coisa da minha vida, mas eu não sei nada da sua. – comentei.

- É verdade. O que você quer saber?

- Sei lá. Você é filho único ou não? Mora com quem? Essas coisas.

- Não sou filho único, tenho uma irmãzinha de sete anos e um irmão de quatorze anos. Moro com os meus pais, meus irmãos, o motorista do meu pai, a Dona Maria que cuida da casa e a babá da minha irmã, que foi a minha e a do meu irmão também. Ela já é de casa.

- Bastante gente trabalha para vocês, né?

- É.

- E quantos anos você tem?

- Eu tenho vinte e dois anos.

- E que dia você faz aniversário?

- Dia vinte de Fevereiro.

- Que coincidência! Eu faço dia vinte e quatro de fevereiro. – sorri.

- Coincidência mesmo. Mais alguma pergunta?

- Claro. Por que você decidiu me ajudar?

- Que pergunta. – ele ficou sério. – Sei lá. Você é humana, eu tentaria ajudar qualquer um que estivesse passando pela mesma situação que você.

- Uau, acabou comigo agora. – sorri timidamente. Então quer dizer que ele não sente nadinha por mim? Só me ajuda pelo fato de eu ser uma humana? Nada mais? Isso não é legal, mas eu já deveria esperar por isso.

- Não é isso. É só que eu nem te conhecia quando decidi te ajudar. Mas se você me perguntar: por que você continua me ajudando? Ai eu responderia que é por você ser tão legal e linda que não merece ter essa vida que você tem. – ele disse com um sorriso bem encantador, admito.

- Agora melhorou. – sorri.

Nosso almoço chegou e quando estávamos comendo, o celular do Gui tocou.

- Alô. – ele atendeu. – Oi meu amor. – continuou. Como assim “meu amor”? – Hoje à noite? Claro. Te pego às nove horas. Pode ser? – perguntou. Eu não acredito no que estou ouvindo. – Ótimo. Beijo. Também te amo. – e então desligou.

- Hm, será que é chato se eu perguntar quem era? – perguntei. Eu estava estranhamente com medo do que iria ouvir a seguir.

- Claro que não é chato. Era só a Paula.

- Paula, ok. Mas quem é Paula? – perguntei.

- A minha namorada. – respondeu. Como assim namorada dele? Ele nunca disse que tinha uma namorada! E por que eu estava tão preocupada com isso? Ele podia namorar quem quisesse. Por que meu coração estava acelerando tanto? Que sentimento era esse que eu estava sentindo que mal sabia descrevê-lo?

- Você nunca me disse que tinha uma namorada. – comentei. Eu deveria ser mesmo uma idiota.

- Nunca disse, porque você nunca perguntou.

- É, tem razão.

- Ela é maravilhosa, a gente namora desde que estávamos no terceiro ano do ensino médio.

- Hm, que legal. – menti. Não havia nada de legal ali. Pelas minhas contas, eles estavam namorando há cinco anos e quem namora há cinco anos já têm planos para se casar. – Você não contou para ela sobre mim, não é?

- Claro que não contei. Se menos pessoas souberem, menos chance do Thomas descobrir que você está tentando fugir.

- É, tem razão.

- A comida está boa?

- Uma delicia. – sorri sem vontade.

Acabei de comer rapidamente, não agüentava mais fingir que estava tudo bem, porque não estava. Eu só queria ir pra casa, mesmo não sendo a minha casa de verdade, pelo menos lá eu poderia ficar em paz com os meus pensamentos.

- Obrigada pelo almoço, estava realmente uma delícia. Me fez lembrar um pouco de quando eu era livre. – sorri.

- Que bom que gostou.

- Eu já vou indo.

- Já? Mas está cedo ainda.

- Eu estou te atrapalhando, você tem que trabalhar, e eu ainda tenho que arrumar a casa e fazer o jantar.

- Ah, tudo bem então. – disse meio cabisbaixo. – E quando você volta? Pode ser amanhã?

- Não sei. Acho que não, é melhor eu ficar longe por alguns dias, para ele não perceber ou alguém contar para ele que estou vindo muito aqui.

- Claro. Então se cuida.

- Pode deixar. – sorri. Dei um abraço nele e sai sem olhar para trás.

Cheguei em casa e resolvi limpá-la e arrumá-la. Terminei todo o trabalho e preparei o jantar, como não estava com fome escrevi um bilhete e pendurei na geladeira: “O jantar está pronto, é só esquentar. Fui deitar mais cedo. Boa noite. Te amo”. Eu não queria dizer que o amava, mas eu ainda tinha que continuar com o meu plano. Fui tomar banho e logo me deitei.

Não parava de pensar no Guilherme, e como ele poderia nunca ter dito que estava namorando.  Tudo bem, ele era bonito e tudo, quer dizer, ele era lindo, mas, sei lá, uma parte de mim queria pensar que o que eu tinha escutado sobre a namorada dele, era mentira. Ele não tinha nada de especial, cabelos e olhos castanhos, mas tinha um corpo musculoso, era alto e tinha um sorriso encantador daqueles que chega a ser contagiante. Era estranho como eu me importava pelo simples fato de saber que ele tinha uma namorada. O que eu pensei? Que ele seria meu príncipe encantado? Ia me resgatar da prisão e seriamos felizes para sempre? Fala sério. Conto de fadas não existe. Mas mesmo sabendo que eu era uma completa idiota, fiquei pensando nele toda a noite e como poderia existir um sentimento tão forte que eu mal conhecia. Depois de tanto pensar no Guilherme e no vovô, acabei adormecendo.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews? Me digam se gostaram ou odiaram ou preciso melhorar em algo. A opinião de vocês é muito importante. Obrigada, beijinhos :*



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