Sobrevivendo escrita por tamiladybug


Capítulo 3
Capítulo 3 - Uma nova notícia


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela demora, é que eu estava doente. Este capitulo está curtinho, mas espero que gostem.



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 - Claro que sim. – disse chorando de tanta felicidade.

 Disquei o número que não saia nunca de minha mente. Começou a chamar.

 - Está chamando. – disse sorrindo.

 - Isso é bom. – ele sorriu também.

 Continuou chamando e chamando, mas ninguém atendeu. Meu choro de alegria se transformou em choro de tristeza. Por que será que não tinha ninguém em casa? Vou tentar nos celulares.

 - Ninguém atende. – desliguei o telefone. – Posso tentar no celular?

 - Claro que pode.

 Disquei o número do meu pai e caiu na caixa postal. Tentei então ligar no celular da minha mãe, começou a chamar e uma voz atendeu no outro lado da linha.

 - Alô.

 - Oi, poderia falar com a Aline?

 - Ah, não tem nenhuma Aline aqui.

 - Sério? – isso não podia ser verdade. – Faz muito tempo que esse número é seu?

 - Faz uns três meses. Já me ligaram outras vezes perguntando por essa Aline.

 - Desculpe então. – disse sentando-me no sofá. – E obrigada.

 - Não por isso. – disse ela. Desliguei.

 - O que foi? – perguntou Guilherme preocupado.

 - O celular do meu pai caiu na caixa postal e o da minha mãe foi uma mulher que atendeu dizendo que o número que eu liguei não era de nenhuma Aline. Eu acho que eu não estou com tanta sorte assim.

 - Você pode ter discado o número errado.

 - Impossível. Eu nunca iria esquecer nenhum daqueles números.

 - Tenta ligar para sua casa outro dia então. – disse ele me abraçando, eu só acenei com a cabeça e continuei chorando.

 No resto da manhã só ficamos conversando enquanto ele digitava alguma coisa em seu notebook. Foi ai que eu tive uma idéia.

 - Por que eu não me lembrei disso antes?

 - Disso o que? – me olhou confuso.

 - Ontem eu pedi para usar seu notebook, não seu telefone.

 - É mesmo. Vamos logo com isso. – disse ele virando seu notebook para mim. Entrei no meu MSN como offline e havia muitas mensagens. Fui logo procurando algum de meus primos ou amigos. Só a minha melhor amiga estava online. Então comecei:

 Bia diz: Oi Duda :’) Como você está?

 Duda diz: Bianca? É você mesma? Mentira. Só acredito vendo. Aceita a webcam agora!

 - Ela não acredita que sou eu. – sorri ansiosa.

 - Você não da noticias há mais de um ano, é normal.

 - Eu sei. Vou aceitar a webcam. Vem aqui para ela te ver também. – pedi e ele foi se sentar em uma cadeira ao meu lado. – Tem microfone?

 - Tem sim, pode falar que ela vai te ouvir.

 - Ótimo! – ela apareceu na tela do notebook da mesma maneira de sempre, linda e radiante. – Você está acreditando agora? – perguntei a ela.

 - Ai meu Deus! Onde você está? Por que não deu notícias? – perguntou ela eufórica.

 - Eu estou bem. – lágrimas escorriam de meus olhos sem parar. – Estou bem longe, Gramado, Rio Grande do Sul. Você anda falando com os meus pais? Como eles estão?

 - Todo mundo acha que você está morta. Por que não deu notícias?

 - Eu fui seqüestrada, não consegui entrar em contato com ninguém, só agora que consegui sair de casa e conheci o Guilherme. – olhei para ele que acenou.

 - Você está machucada?

 - Não. Apesar de tudo, ele é bom comigo.

 - Vem logo para a sua casa Bia. Estamos sentindo tanto a sua falta. – disse entre soluços.

 - É o que estou tentando fazer, no próximo mês nós vamos fugir. – apontei para o Guilherme e depois para mim.

 - E por que não pode ser HOJE? – perguntou aflita.

 - Por que o Thomas vai tentar ir atrás de mim.

 - Thomas é o seqüestrador dela. – informou Guilherme.

 - Por que você não foi à polícia?

 - Porque ele conhece todos os policiais daqui e ninguém iria prender ele. Eu não vou conseguir sair da cidade enquanto ele estiver aqui. Mês que vem ele vai viajar, dai eu já aproveito e vou embora. Duda, você sabe o que aconteceu com o celular da minha mãe e o do meu pai?

 - Bom, o celular do seu pai foi roubado ontem, e a sua mãe está sem celular desde que ele quebrou.

 - O número da minha casa é o mesmo ainda?

 - Claro que sim, sua mãe não deixou trocarem caso você quisesse procurá-los de alguma forma, mesmo todos já achando que você estava morta. Mas você não está!

 - Não, eu não estou.

 - Você não vai acreditar na novidade que tenho.

 - O que foi?

 - Eu estou morando com o Leonardo!

 - Sério? Seus pais deixaram?

 - Claro, eles tinham que deixar. – ela levantou para exibir sua barriga. – Estou grávida de quatro meses! E você é a madrinha.

 - Ai. Meu. Deus. – disse rindo e chorando ao mesmo tempo. – É menino ou menina?

 - Não sei. Eu não quero saber o sexo. Mas se for menina vai se chamar Bianca.

 - Ta brincando!? – a essa altura eu já estava enxergando tudo embaçado de tantas lágrimas que escorriam de meus olhos.

 - É sério!

 - Me conte mais novidades. Como estão o vovô e a vovó?

 - Ér... – ela mordeu os lábios. Isso não era bom. – O vovô teve um infarto quando soube que você desapareceu, ficou internado, mas não resistiu. Vai fazer um ano semana que vem.

 Fiquei sem reação. Não falei nada, fiquei em estado de choque.

 - Bia? Você está bem? – perguntou Guilherme.

 - Não. – finalmente voltei ao normal e comecei a chorar. – Meu avô mo-morreu por minha culpa. – disse entre soluços.

 - Não fica assim Bia. Você não tem culpa que um louco te seqüestrou. – disse Duda.

 - Tenho sim, se eu não tivesse falado “oi” a ele, nada disso teria acontecido.

 - Hei, mas ai você não teria me conhecido. – disse Guilherme tentando me consolar.

 - Você foi a única coisa boa de tudo isso. Mas eu preferia não ter te conhecido, você não sofre por perder uma pessoa que não conhece. E eu vou te perder quando voltar para casa. – continuei chorando, parecia que aquelas lágrimas não tinham fim.

 - Quem disse que você vai se livrar de mim assim tão fácil? – ele sorriu.

 - Pessoal, eu ainda estou aqui, mas já tenho que ir. O trabalho me espera. Você vai ficar bem?

 - Vou, só faz um favor para mim. Fala para os meus pais que estou bem, mas não fale onde estou, se eles te perguntarem diga que não sabe. Já tem muita gente correndo risco por minha causa. – disse olhando para o Guilherme.

 - Pode deixar que eu vou dar o recado. Fica bem. E Guilherme, cuida dela.

 - Deixa comigo. – ele sorriu.

 - Obrigada. – disse ela.

 - Eu te amo Duda. – disse chorando.

 - Eu também te amo. Volta logo.

 - Vou tentar. – disse e sai do MSN.

 - Bom, vamos almoçar? – ele olhou para a minha cara preocupada. – Relaxa, eu vou pedir o almoço.

 - Então tudo bem. – sorri.


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Notas finais do capítulo

deixem reviews *---* xoxo



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