PDV Mayumi

Eu acordei muito bem disposta com uma vontade louca de trabalhar. Tomei meu café da manhã e depois eu segui Lin e ela disse que iriamos encerar o chão. Enquanto o fazia, eu cantava a música Again, da cantora Yui.

 Yume no tsuzuki oikaketeita hazu na no ni

 (apesar de eu dever continuar a seguir os meus sonhos)

magari kunetta hosoi michi hito ni tsumazuku

(nessa estrada tortuosa e estreita eu esbarro nas pessoas)

ano koro mitai nitte modoritai wake janai no

nakushite kita sora wo sagashiteru

wakatte kuremasu youni gisei ni natta youna kanashii kao wa yamete yo

(não é que eu queira voltar para aquele tempo,

eu só estou procurando o céu que eu perdi.

Pare de fazer essa cara triste para que pensem que é a vítima)

tsumi wa saigo namida ja nai yo

zutto kurushiku seottekunda

deguchi mienai kanjou meiro ni dare wo matteruno

(nossas faltas não terminam em lágrimas

sempre teremos que carregá-las nas costas

nesse labirinto de emoçõs que não se enxerga o fim, por quem você está esperando?)

chigau note ni tsuzutta youni

motto sunao ni hakidashitai yo

nani kara nogarete iinda

genjitsutte yatsuka

(como se escrevesse num caderdo em branco,

eu queria desabafar mais honestamente.

do que exatamente eu quero fugir,

da tal de realidade?)

Enquanto eu cantava, as “pessoas” olhavam para mim com curiosidade. E, quando eu de repente, parei de cantar, elas voltaram ao trabalho delas. Apenas uma “pessoa” não voltou a fazer o que tinha que fazer: Haku.

 Ele me olhava surpreso. Quando percebeu que eu o olhava sorrindo, ele me olhou com desprezo e voltou ao que fazia. Eu fiquei triste.

 -Lin, existem dois Hakus?-Eu perguntei a ela.

 -Tomara que não, eu mal aguento um...-Ela começou a falar e então olhou para mim.-Porque você está chorando?

 Eu a olhei assustada. Eu? Chorando? Então eu passei a mão pelo meu rosto e percebi que eu estava realmente chorando. Olhei para minha mão molhada e sem olhar para Lin, respondi:

 -Não sei.

PDV Narrador:

Os dias passavam rápido para Mayumi. E todos os dias a mesma coisa: Acordar, comer, trabalhar, almoçar, trabalhar, brigar com Haku, jantar, dormir. Exatamente nessa ordem.

 Certo dia, ela já tinha acordado, comido, trabalhdo, almoçado e agora estava trabalhando. Então Haku chegou e eles começaram a brigar de novo. Lin e uma amiga olhavam a briga, achando graça dela.

 -Eles se amam muito, dá para perceber.-Lin falou.

 -Algum dia eles ainda vão namorar, tenha certeza disso.-A amiga respondeu.

 -Ei! Tenho uma ideia para juntar os dois.-Lin falou puxando a amiga para longe.

 Enquanto isso, a briga ainda rolava entre eles.

 -RETIRE O QUE DISSE!-Mayumi gritava com Haku ofendida com o que ele havia dito.

 -NÃO VOU RETIRAR, PORQUE É VERDADE. VOCÊ NUNCA DEVERIA TER NASCIDO!-Haku gritou de volta, esperando um contra ataque. Porém, ele não veio. Ele a olhou e viu os olhos dela úmido.

 -Eu sabia que eu não deveria ter vindo.-Ela disse se retirando do cômodo.

No outro dia...

 Mais um dia começava na Casa de banhos. Mayumi já tinha feito tudo rapidamente, só faltava brigar com Haku.

 Porém, essa briga não veio, pois cada um estava no seu canto. Mayumi já não estava tão alegre como antes e Haku quase não era visto

 Então, Lin e sua amiga chegavam perto de Mayumi sussurrando.

-Você tem certeza disso? Se ela realmente for, é capás de Haku matá-la por ter ido lá!-A amiga sussurrou para Lin, preocupada.

 -Claro que ele não vai fazer isso! Ele a ama, lembra?

 -É claro que lembro, mas...

-Ei, Mayumi!-Lin chamou-a ignorando a preocupação da amiga.

 -O que foi, Lin?-Ela falou com o rosto apático.

 -Eu percebi que você está precisando relaxar. Eu conheço um lugar ma-ra-vi-lho-so para você!-Ela disse com entusiasmo.

 -Qual?-Mayumi suspirou. Realmente estava precisando relaxar.

 -Atrás da Casa de banhos tem um lago com água quente. Ele é muito grande. Com certeza você vai gostar.-Ela falou com um sorriso maroto.-Mas não fale para ninguém sobre esse lugar, ele é secreto!

 -OK, eu irei. Abrigada, Lin.-Mayumi disse com um sorriso pequeno, mas sincero. Então Lin e sua amiga se afastaram, sussurrando.

-Será que nós fizemos a coisa certa?-A amiga perguntou.

-Claro! Haku que me aguarde!