Kouta se aproximava da saída do hotel, o relógio de pulso dele marcava 10 horas em ponto, ele olhava surpreso por ter chegado tão cedo na cidade e nem ter percebido. Bom as horas não era motivo para ele deixar de ir para a praia, ao chegar na porta do hotel ele observa a avenida e vê uma menina de cabelo rosado, fica espantado e se aproxima um pouco para saber se era a pessoa que ele procurava.

- Nyuu?

- Oi?!

- Ahh, me desculpe lhe confundi com uma amiga.

- Oh, tudo bem.

- Até.

Nesse momento o rosto de Kouta estava com uma expressão de desânimo, por um instante ele pensou que tivesse encontrado Nyuu e que tudo voltaria a ser quase como era antes. Então ele segue rumo à praia que não estava tão distante, somente alguns metros até ele chegar até a primeira barraca, não demorou muito e ele ouviu alguns chamados:

- Kouta! Kouta!

Ele olha para o lado e percebe que era Yuka que o chamava e acenava perto de uma mesa, ele acena e pede para ela esperar um pouco enquanto ele se aproximava da entrada da barraca. Esta barraca vendia chapéus, Kouta se dirige ao vendedor dizendo:

- Bom Dia senhor!

- Bom Dia meu jovem!

- Poderia me indicar alguns modelos de chapéu feminino.

- Ah, comprando o chapéu pra ela não é mesmo?

- É. – Disse Kouta mostrando um leve sorriso no rosto.

- Pois bem, aqui eu tenho alguns de aba larga outros de curta, mas todos são feitos de palha sintética, digo isso por que alguns clientes reclamam e compram sem saber.

- Sim, entendo. Vou querer este. – Enquanto apontava para um chapéu de aba larga e cor bege.

- Ótima escolha meu rapaz, lindo chapéu!

- Quanto custa?

- 100 ienes.

- Tem algum desconto?

- Tudo bem meu jovem, deixo por 80 ienes.

- Obrigado, até logo senhor.

- Até mais.

Com o chapéu na mão e um leve sorriso Kouta vai para perto das garotas, ao chegar a mesa Yuka se levanta para falar com Kouta, ela usava uma saia branca de certa forma curta e uma blusa de seda de cor rosa, nesse momento um vento bem forte passa por eles e a saia de Yuka sobe junto com o vento, era impossível Kouta desviar o olhar pois eles estava praticamente na frente dela.

- Rosa!

Todas olharam para Kouta exceto Yuka que esbanjava um olhar “sanguinário”, mas sua expressão mudou num piscar de olhos e ela disse:

- Tudo bem, estamos na praia mesmo não é? – Disse isso esbanjando um sorriso quase que forçado.

- Eu não tive a intenção, foi o vento.

- Não é mesmo? – Repetiu.

- É sim.

Após essa breve conversa Nana e Mayu sorriram juntas e bastante o que deixou Kouta e Yuka sem jeito. E não demorou muito eles também começaram a sorrir do que aconteceu. Todos se sentaram e começaram a conversar.

- Então Mayu você já levou a Nana para se refrescar no mar?

- Não ainda não a gente estava esperando você chegar.

- Ah, entendo. E então querem ir agora?

- Sim, mas você espera a gente tomar um sorvete para depois ir?

- Claro, então vamos Nana comprar um sorvete. – Enquanto falou isso pegou a mão de Nana e correu para a barraca que vendia sorvete e afins.

- Calma Mayu eu vou cair.

Quando Mayu e Nana já não estavam na sua visão Kouta abaixou a cabeça e começou a pensar um pouco, mesmo longe era possível notar que ele estava cabisbaixo, Yuka já havia percebido mas não deu atenção até certo ponto.

- Kouta, não consigo mais, sei que a Nyuu faz falta para todos, mas eu não sou o suficiente para você? – Quando falou isso uma lágrima escorreu do seu rosto – Me diga Kouta, por favor.

Kouta faz um sinal de negação com sua cabeça ainda baixa e diz:

- O problema não é você. Ah, eu não sei, não sei nem o que estou dizendo eu sinto tanta falta da Nyuu assim como sentiria de você se tivesse partido e me deixado deste jeito. Eu não sei o que faço para esquecer, talvez eu não consiga esquecer a Nyuu talvez eu a ame demais para esquecer.

Muitas lágrimas saiam do rosto de Kouta pois seu amor por Nyuu era imenso. Depois de falar isso Kouta se levanta e começa a caminhar rumo ao hotel.

- Kouta! Kouta! Aonde você vai?

- Eu vou dar uma volta, não se preocupe não vou demorar muito.

- Está bem. – Disse Yuka enquanto secava suas lágrimas.

Quanto mais Kouta caminhava mais a tristeza e a solidão penetravam em seus pensamentos. Logo quando ele saiu não demorou muito e Mayu e Nana retornaram a mesa e perguntaram para Yuka:

- Cadê o Kouta?

- É mesmo ele estava aqui ainda agora. – Completou Nana.

- Ele foi dar uma volta, mas não demora muito, mas se vocês quiserem eu posso acompanhar vocês, eu até já estou de biquíni.

- Acho que o Kouta não vai ficar chateado se formos na frente não é?

- Não se preocupem com isso tenho certeza que ele não ficará bravo.

- Nossa esse sorvete está tão bom. – Disse nana colocando a mão em sua testa pois estava comendo o sorvete muito rápido.

Nessa hora Yuka e Mayu abrem um sorriso, e Yuka não demora muito a dizer:

- Então termine logo este sorvete para irmos nos refrescar certo?

- Sim. – Disseram Nana e Mayu.

Um pouco distante dali Kouta andava pela calçada da avenida sem rumo algum simplesmente pensando na Nyuu e ao mesmo tempo tentando esquecê-la. Talvez fosse realmente impossível ele fazer isso, mas não deixava de tentar. Estava quase na hora do almoço e ele ainda estava andando pelas ruas até que chega numa praça com algumas árvores, um lugar bem refrescante na verdade. Então ele decide se sentar nos bancos e colocar as ideias no lugar. Em seus pensamentos ele dizia:

- Por quê? Por que eu não consigo tirar você dos meus pensamentos, por que eu senti aquilo naquele momento?

O momento a que ele se refere é no momento em que chega uma visita em sua casa e ele vê sua sombra e quando vira de costas já não havia ninguém lá.

- Não sei o que fazer, não sei o que dizer para Yuka sobre isso, droga por que, por que? – Pensou isso colocando as mãos em sua cabeça. – Queria poder te ver ao menos mais uma vez Nyuu queria poder lhe dizer tudo que sinto por você, o quanto você faz falta.

Nesse momento ele olha para o céu e uma brisa leve e suave paira pelo local, era reconfortante aquela brisa. Depois de pensar bastante ele resolve voltar para o hotel, ele tinha demorado, mas do que esperava, que susto ele levou ao olhar o relógio, já eram duas horas da tarde.

No caminho de volta ele passa por uma lanchonete e resolve comer algo, mas muda de ideia rapidamente ao ver uma menina com cabelos rosados, ele a vê dobrando na esquina, era em uma direção contrária a do hotel mas ele não se importou, porém quando ele dobra a esquina não a vê mais. Ele segue essa rua até o fim olhando atentamente cada loja que havia por ali. Kouta entrou em uma rua mal-iluminada e com pouco movimento, havia um poste que funcionava bem, Kouta para perto dele e acha que já é hora de desistir. Depois de alguns momentos parado próximo ao poste, Kouta sente uma mão tocar suas costas de maneira suave e gentil, ele não pensava em ninguém a não ser Nyuu, ele podia sentir sua respiração próximo a sua nuca, quando esta pessoa sussura:

- K-Kouta...

Não tinha mais dúvidas era realmente Nyuu, seu rosto que antes estava triste, agora estava demasiado alegre e cheio de lágrimas. Sua felicidade era tão grande que ele chorava de ansiedade para olhar no seu rosto novamente.