Olor escrita por Nara


Capítulo 13
Segundo Capítulo Bônus


Notas iniciais do capítulo

Oi oi povos e povas! Como vão?
Demorou, mas eu estou muito feliz com esse capítulo. Aqui vocês vão começar a entender quem a Bella é de verdade.
Espero que gostem. Notinhas lá em baixo.
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/121592/chapter/13

*Texto em itálico: Narrativa de Olor.

Segundo Capítulo Bônus



Há muito tempo atrás, mais tempo do que qualquer um de vocês possa ter vivido, existia uma pequena tribo. Eles habitavam um espaço perto de um rio.

A tribo era composta por mulheres, crianças e homens; todos muito sábios e que tinham inúmeros conhecimentos acerca da natureza — da vida. Ambos viviam em harmonia, em perfeita paz e felicidade.

Eles veneravam o deus Cisne.

Claro, havia outras tribos próximas, mas aquela era diferente, era especial.

No entanto, um dia toda essa paz se esvaiu quando um clã de seres desconhecidos atacou um pequeno grupo que foi buscar água na beira do rio. Apenas o que se sabia era que esses seres, gélidos e sem coração, queriam somente uma coisa: O sangue daqueles inocentes.

Todos os Cullen estremeceram com essa informação. Pelo visto, havia mais do que eles pudessem ter imaginado na história de Olor. Ela prosseguiu.

Foi uma chacina. Não sobrou nada a não ser um homem. A mulher fria que estava preste a atacá-lo lhe poupara a vida, permitindo que ele fugisse. E assim ele o fez, sem que o resto do clã percebesse.

Ele foi de encontro à sua tribo. Muito nervosos contou o que havia acontecido com ele e com os seus, agora mortos. Obviamente, a tribo não podia continuar naquele lugar, correndo o risco de ser atacada novamente. Tornaram-se nômades.

Carlisle, tão entretido no assunto, achou formidável aquela explicação. Para ele, aquelas informações eram extremamente ricas.

A notícia se espalhou. As tribos vizinhas também ficaram assustadas, com medo de que o mesmo acontecesse a elas. Decidiram então fazer o mesmo que a primeira tribo. Os povos se dispersaram, sobrando apenas uma tribo. Essa tribo não tinha medo dos frios; eles sabiam enfrentá-los.

A tribo que fora atacada sofria pela falta de seus companheiros, porém os sábios sabiam que muito mais estava por vir.

Uma noite, o sobrevivente do ataque estava isolado, pensando e lembrando-se daquela que lhe poupara a vida. Ele não conseguia tirá-la da cabeça. Quando de repente, eis que lhe aparece a mesma mulher fria.

Muita coisa surge desse encontro. Muitos sentimentos.

Edward olhou fixamente para Olor, ele estava começando a entender.

Os dois se vêem apaixonados. Irrevogavelmente e irremediavelmente.

Eles passaram a se encontrar periodicamente. Amavam-se tanto...Cisne perdeu-se em pensamentos. Então, como que com um estalo, ela prosseguiu, agora triste.

... Mas eles não puderam ficar juntos. Claro que não.

Uma noite, os chefes de seu clã, já desconfiados, seguiram-na e viram o que ela estava fazendo. Chegaram à conclusão de que aquilo era uma traição à sua raça. Ela estava renegando quem ela era ao se render a um cigano.

Como punição, ela foi esquartejada e queimada diante dos olhos de seu amado. Olor e todos os Cullen estremeceram. Todos imaginavam como seria terrível assistir a morte da pessoa amada. A dor seria insuportável.

Mas se pensam que os sanguessugas mataram o cigano assim como fizeram com sua amada, estão muito enganados...Ela soltou uma risada macabra.Eles permitiram que ele continuasse existindo, com a dor de ter perdido aquela que ele amava.

“Que monstruosidade!” Esme exclamou com um nó na garganta.

Todos na tribo ficaram sabendo o que havia acontecido quando o homem regressou, com o coração partido. Tentaram ajudá-lo, mas tudo foi em vão. A dor o cortava e a insanidade tomava sua mente, cada vez mais.

Um dia ele sucumbiu. Encontraram-no enforcado na mata.

Todos estavam boquiabertos. Os olhos de Olor começaram a lacrimejar.

Desde aquele dia, os ciganos tomaram para si a idéia de que o amor fazia Mal as pessoas. Sendo assim, todos estavam proibidos de amar, para o próprio bem e para o bem se seus entes.

Todos sentiram pena de Olor quando ela proferiu essas palavras com lágrimas escorrendo por seus olhos. Como seria ruim não poder amar.

Todos viveram felizes por muito tempo. Até pensou-se que viveriam em paz para sempre. Mas receberam a confirmação de que um raio pode sim cair duas vezes no mesmo lugar. Como um dejavu, a história se repetiu.

Uma garota, daquela mesma tribo, um dia se deparou com um homem frio. Ele era o homem mais lindo, mais encantador que ela já havia visto.Disse isso olhando nos olhos de Edward.Ela tentou fugir, mas não pode. Foi “amor à primeira vista”, como dizem. Amor...Pronunciou com repulsa.

Os sábios desconfiaram, tentaram alertá-la, e até mesmo ameaças de punição ela recebera, mas nada adiantou. Era tarde demais.

Não querendo que acontecesse o mesmo que havia acontecido na geração passada, os ciganos foram severos. Se ela não desistisse daquele sentimento proibido, ela seria expulsa da tribo.

Ela encontrou-se uma última vez com o homem frio, para despedir-se dele, contando-lhe uma novidade. A jovem carregava um filho em seu ventre.

Ninguém sabia o que dizer, principalmente Carlisle.

“É mentira! Ela está mentindo novamente, não acreditem no que ela diz. Todos sabem que vampiros não podem ter filhos!” Rosalie disse exaltada e triste ao mesmo tempo.

“Vamos apenas ouvi-la”, Alice pediu. Emmett fez com que sua esposa se sentasse para ouvir o resto da história.

Olor prosseguiu, irritada pela interrupção.A jovem não conseguiu manter aquele ultimo encontro em sigilo. Ao regressar, os demais integrantes da tribo a abordaram. Julgaram-na por não ter obedecido às regras.

Ela pediu que tivessem misericórdia, que pensassem no filho que carregava em seu ventre.

Revoltados com a notícia, não tiveram compaixão. Expulsaram-na da tribo, mas não sem antes lhe rogar uma maldição. O deus Cisne iria amaldiçoar a ela e aquele bebê que ela carregava.

Agora, as lágrimas fluíam por sua face como cascatas incontroláveis. Aquela parte da história era a que mais lhe tocava. Edward sentiu vontade de abraçá-la, mas não o fez. Não sem antes saber a verdade, compreender o que se passava.

Ela vagou sozinha, sem saber para onde ir. A cada minuto, ficava mais e mais fraca. Aquela gestação fora mais do que difícil. Ela não tinha uma pousada, não tinha quem a ajudasse — nada. Temia por não conseguir dar a luz ao bebê e, caso conseguisse, não ser forte o suficiente para vê-lo crescer. E ela nunca pôde, ela nunca viu o bebê crescer...

Nesse momento todos entenderam o que se passava. Olor era o bebê.

Edward abraçou-a pelos ombros. Ela já não controlava as lágrimas, que agora escorriam com ainda mais força, ao lembrar-se de sua mãe.

Ela chegou à beira de um rio. Só havia uma tribo ali perto. Não se sabe se ela havia se dado conta, mas aquele lugar era o mesmo do qual sua tribo havia fugido anos atrás e aquela tribo era a única que não havia fugido.

Ela sentia que já havia chegado a hora. A hora de dar à luz ao bebê que havia carregado e amado. Não sabia como fazer aquilo sozinha, mas sabia que não podia desistir, em nome do amor que sentia por aquele ser.

Como que por um milagre, uma mulher apareceu. Assustou-se ao ver o estado da jovem. Tão fraca. Esta chamava-se Maria.

Disse o nome com carinho, respeito e veneração.

Maria ajudou-a a trazer ao mundo a criança, uma menina, que todos diziam ser a mais bela. A mãe da garota pediu que Maria cuidasse de sua filha, a filha que ela não teria a oportunidade de conhecer. E assim, a jovem mulher faleceu, dizendo sua ultima palavra: “Olor”

Todos se arrepiaram quando receberam a confirmação daquilo que já sabiam. Olor estava contando sua própria história, falando de sua própria mãe e do destino triste que ela teve.

“Sinto muito...” Jasper sussurrou, meio que só para ele, não agüentando sentir toda aquela tristeza que emanava de Cisne e de sua própria família.

Ela riu sarcástica. “Bem, não sei se preciso dizer, mas a menina sou eu...” Debochou, escondendo seus reais sentimentos. Ela sorria, enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto.

Essa garota era diferente de qualquer outra. Não pela beleza, mas porque ela era mais forte, mais ágil e mais inteligente do que as outras crianças de sua idade. Ela também não adoecia. Mas era tão amável.

Ela teve sorte que a tribo não a rejeitou quando Maria a levou até eles. Todos a tratavam como uma filha. Ela cresceu feliz. Aprendeu tudo o que podia. Seus conhecimentos se igualavam aos de um ancião sábio.

Mas não era só isso que a diferenciava das demais crianças. Ela tinha duas faces.

“Como assim duas faces?” Edward perguntou, olhando diretamente para sua Cisne.

“O que você acabou de ver?”...Ninguém é completamente bom. Todos têm seu lado ruim também. Mas sempre há o lado que prevalece. É um trabalho duro fazer com que a parte boa prevaleça, mas não podemos deixar que o mal nos tome, simplesmente. Temos que lutar, dia após dia, para que não deixemos que o mal se apodere de nós. Isso se torna mais fácil quando temos alguém com quem contar.

“Vê o que você disse, Cisne? Ninguém é completamente bom, da mesma forma que ninguém é completamente ruim. E podemos fazer com que a parte boa prevalece, mesmo que isso vá contra a nossa natureza”, Edward falou, erguendo a cabeça de Olor pelo queixo, fazendo-a encará-lo. Os lábios de ambos ficaram muito próximos. Edward não se importou e implantou um selinho nos lábios vermelhos de Olor. Ela viu uma possibilidade remota de ter o que mais queria naquele momento.

“Mas o que acontece quando não podemos controlar a parte ruim, mesmo quando não queremos?” Ela indagou, olhando no fundo dos olhos dourados de Edward.

“Você mesma disse. Tudo fica mais fácil quando temos alguém com quem contar” Aquilo queria dizer que Olor podia contar com ele.

E eu pude contar com a minha família, mas... Mas não por muito tempo.

Eu cresci e me criei, mas eles vieram atrás de mim, pela primeira vez.

“Você quer dizer os vampiros?” Esme perguntou. Olor apenas concordou com a cabeça. “Mas por quê? Depois de tanto tempo... O que eles queriam?”

Eles queriam o que eles achavam que lhes pertencia por direito: eu.

Aí estava o motivo de ela estar sempre fugindo. Todos compreenderam isso.

Aqueles desgraçados...Começou, com seus olhos ficando cada vez mais negros...Acabaram com a minha vida.

“Conte-nos o que aconteceu.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/B: Heeeeeey! Estava com saudade. Como vocêS estão?
Que linda a história da Olor. Triste, é verdade, mas linda. Até mesmo surpreendente; eu não esperava por isso.
Bjus.
N/A: Ei pessoinhas! O que acharam do caítulo?
Gente, é sério, eu perdi uma leitora pq ela achava a Olor muito má e eu ficava pensando, será que eu estou exagerando? Mas era necessário, né? Eu disse que um dia vcs iam compreender. A Bella já sofreu tanto, e ainda vai sofrer mais nos próximos.
Bem, muito obrigada pelos comentários, espero que continuem comentando.
Beijão... Nara.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Olor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.