Você sabe que jogou barato demais.
Eu esperava bem mais. 
Estava cego.
Enganado pelo seu ego.

Obrigado por me renascer.
Por ir e me deixar viver.

Você que sempre me amou não amando.
Já te gosto não gostando.

Você foi parte importante.
Foi meu diamante.
Minha libertação conflitante.

Te amei dando e retendo. 
No fim sai perdendo.

Ainda te amo.
Ainda sem falar te chamo.
Desolado por dentro te clamo.

Por você abracei meu lado mal.
Sou o vermelho de tom carnal.

Sou sono,energia e tédio.
És vírus,praga e remédio.

Para não doer mais.
Para sangrar diferente.
Para ser cegueira entorpecente.

Sua frieza me enganou e me encantou. 
Mas não fui o seu bastante.
Não soube me encaixar na sua constante.

Por amar te apago.
Insonias frequentes te trago.

Continue para mim como uma porta.
Me mostre sua aquarela morta.

Seja feliz e não me veja sofrer.
Esse é meu caminho curto para te esquecer.

Me pergunto se é verdadeiramente isso que quero.
Ainda és o que espero?

Queria concertar essa barreira.
Queria ser mais que o nada para tu.
Queria ser livre e nu.

A eternidade é passageira sabia?
Te tenho aqui em crises de nostalgia.

Podíamos nos ter permitido o céu. 
Mas preferimos o dom de Picasso e o fel.

A quem vou enganar?
Sua lembrança é um oceano que estou sempre a mergulhar.

É dor,raiva e canção.
É magia, demência e paixão.

Te mar é idiota e ingenuo que não pendura.
É câncer, pandemônio, esquizofrenia que não se cura.
São sentimentos que minha psicose murmura.


By: Rhoger Chagas