Leve-me daqui, pois vivo dias mentirosos.

Esperando do céu a libertação dos impulsos teimosos.

Uma vontade que me toma de me afastar de pensamentos dolorosos.

Seus sentimentos estão sempre a cabalar contra os meus.

Ainda vejo mais vontade de ti e dos teus.

No entanto não é meu o que são seus.

Isso não é cabotinismo.

Apenas meu sorriso elevado ao cinismo.

Abrace-me cama e me de uma vida de louco surrealismo.

Eu sou tão vadio quanto um príncipe e tal trato não é caturrismo.

Você não me ama e sabe que eu sei.

Esse teatro não fui eu que inventei.

Desculpa-me doce mascara transparente se eu não te perdoei. 

Meu futuro esta nas mãos apena de Deus, eu bem disso sei.

A transformação brusca é minha neural realidade.

Vou caiar minha vida e inverte a cacofonia de minha incolor felicidade.

Estou mais que pronto para aceitar uma nova verdade.

Senhora agora o meu amor próprio é vivo e é o cêntuplo da sua indiferença.

Eu não me importo mais sabe, pois já não me agrada a sua presença.

Fico morbo como mesmo os iguais tem diferença.

Vou reptar a esse mundo com a nova arte.

Não reproche as mudanças que da eternidade fazem parte.

Se for apenas tudo um jogo saia do pause e aperte o Start

Essa concisão de emoções me leva para o norte.

Se agora é a hora aumente o som do réquiem que eu encaro a morte.

Mas é preciso secularizar vontades para lidar com a lentidão da dor e da falta de sorte.

Queimo estranho como santelmo por causa dessa afetação de virtude.

 Mesmo preso num sarcófago me sinto tão sátiro e livre em minha isolada plenitude.

Guerreira eu juro que não vou chorar mais embora a cor de meus olhos necrosados nunca mude.

Eu também sou o meu dono e demasiadamente tão capaz mesmo que isso soe infame.

Mostre o seu eu de vitorias em águas livres e se afame.

Viva por e para si e pela eternidade enquanto for parte da existência sempre se ame.