Não mensure meu depressivo bucolismo com suas memórias.

Pois essa magia é feita de frisson.

Seus olhares viram apenas outras historias.

É um espelho trincado com o suave carinho do som.

Não sei o que há que me sinto assim.

Ainda lembro-me de você de uma forma tão irrestringível.

Só desejaria um mundo em que sejamos um do outro enfim.

Por que nossa felicidade foi tão solúvel?

Quero de Niterói as alamedas e suas verdes folhas.

Seria uma vontade vinda do pineal?

Serei sempre escravos de minhas tolas escolhas?

Como o lindo trazer da realidade de sono letal.

Não sei até hoje se o que eu escrevia você lia.

Mas eu aprendi a me arrepender e esquecer as dores.

É preciso perdoar sabia?

Existe um paradoxo quando penso em seus olhos dourados e bicolores.

Você me mantinha acorrentado á uma saliva saída de lábios com sabor tão doce.

Uma felicidade tão dependente de seu reflexo ao meu.

Pêssegos e morangos não tem esse agridoce.

Viver já não é interessante sem esses relevos rotativos que você um dia me deu.

O tudo do todo do seu pouco era tanto e não sei como não pude me controlar.

Podemos concertar o estrago com uma pagina amável?

Você também mostrou um lado frio e egoísta não me beijando e me permitindo o ar.

Parte da culpa é sua por falar com esse seu silencio inefável.

Seu ecletismo sobre mim não me diverte nada.

Vamos brunir a lembrança.

Eu apenas soube mostrar a face errada.

Mas cresci e ainda tenho esperança.

Não me deixe morrer. Meu coração é fraco e eu quase tive um enfarte.

Você ainda me inebria amor infenso será que não vê?

Esse daltonismo que me mostra no lugar da terra o escarlate planeta marte.

Estou em um mundo de Inércia Inerente apenas a você.