É escuro,gelado,uma névoa verde me percegue.Tento me desvincilhar ,numa tentativa frustrada,tento entrar na minha bolha feliz.Consegui.A névoa vai ficando esbranquiçada e confusa.Vejo dois pontos coloridos se aproximando gradativamente.Quando estão poucos metros longe de mim,quase não acredito.

Tento ir em suas direção para abraçar eles e alivar toda a saudade,mas sou impedida.Quando vou chegando perto ,uma barreira de energia me joga para longe.Dói.Sinto cada célula do meu corpo arder.Procuro em minhas vestes a minha varinha e não encontra.Fico sem saber ao certo o que fazer.

Eles se aprocimam.Sinto que algo está errado com eles.Uma certa hostilidade.

-No que nós erramos? –meu pai pergunta para minha mãe.

-Não sei o que fizemos para merecermos uma filha tão egoista…-minha mãe me olha com desdém e com uma certa frustração.

O que há de errado?

Sinto uma dor no peito jamais sentida antes,tirando o crúcio.O desespero me acerta em cheio,me fazendo soluçar.

-Do que vocês estam falando? – Perguntei aflita suando gelado,sem compriender o sentido daquelas palavras.

-Você só pensa em si própria!Tão focada em nos encontrar,que nem se importa com a dor dos outros.-Meu pai me olha com… nojo?

-Alguma vez tentou ser forte pelos outros?ofereceu ou ombro amigo?Mudou o foco de você?-Mamãe falava pacificamente.Mas então começou a gritar:

-NÃO!VOCÊ NÃO FEZ ISSO!VOCÊ NÃO TÊM AMOR DE NINGUËM POR CAUSA DISSO! – Ela jogou na minha cara,trêmula tento consiliar tudo isso as minhas ações.Ela fala em um tom mais baixo mas  pocesso de raiva.-Nem o homem que supostamente te ama vai te aguentar por muito tempo.Ele está sendo forte em ceder todos os seus caprichos,deixando de lado a família,e reprimindo toda a tristeza que o consome.Pra que? Pra ele aguentar suas mudanças de comportamento.De agua para o vinho.Ainda mais agora que ele precisa de você… Ou você acha que perder um irmão é normal?

-Para!-Digo exasperada passando a mão pelos cabelos.A verdade me corroendo.-Eu sei que isso é um pesadelo!E eu quero acordar!

Corro para o lado oposto que eles estão,mas prontamente eles flutuam para minha frente me barrando.

-A verdade dói,não é? – Meu pai diz sarcasticamente.

-Parem com isso!-Eu imploro. –Por favor.

-Você não tem coração!

Tudo vira uma névoa novamente.E as vozes deles ecoam em minha mente.Não consigo me contorcer algo me impede.O desespero e magoa me invadem,dominando todo o meu corpo.

-PAREM! – Grito.

-Por favor… parem… - Em um fio de voz digo.

Respiração ofegante,suada,com o corpo ardendo,e abdomen cansado de tanto chorar.Sinto meu rosto molhado e mais lagrimas e lagrimas descerem pelos meu olhos pesados.

Relaxo ao perceber o dono dos braços que me envolve protetoramente.Não abro os olhos.Apenas encosto minha cabeça na curva do seu pescoço.

-Bom dia.-Digo respirando profundamente.

-Bom dia,Mione.-Ron disse afagando meu cabelo.Por fim abro os olhos e nos fitamos.Abraço ele forte como se a qualquer momento ele fosse sumir ou me deixar.-Pesadelo?

Apenas assinto com a cabeça,mesmo achando que é meu sub-consiente me alertando da forma mais torturante possivel.

Tento manter meus olhos abertos,resisto mesmo com sono.

-Volte a dormir.- Disse Ronald com a voz baixa.-Você parce exausta.

-Não quero ter mais pesadelos! – Disse com a voz uma oitava mais alta.

-Qualquer coisa eu estou aqui…-Ronald disse,ainda afagando o meu cabelo.

Coloco minha cabeça em seu colo e seguro sua mão.fecho os olhos.

-Se eu apertar sua mão me chame,ok?

-Claro.-Ron me da uma beijo na testa.concentro-me na minha respiração e caio no sono.