Hate That I Love You escrita por lola--chan


Capítulo 8
Visita ao orfanato


Notas iniciais do capítulo

Acabei de terminar o capítulo e esse ficou grande. Fiquei muito ansiosa para postar, então talvez tenha erros já que eu não conferi o mesmo.
Espero que gostem.



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Depois que lanchei fui para meu quarto e li uma parte do último livro que eu havia comprado em Nova York, antes de vim para Konoha: “Coração de tinta”. Infelizmente eu já havia assistido o filme e isso tirou um pouco a graça, mas só pelo primeiro capítulo já deu para ver que o livro era bem mais interessante. Quando deu 8 horas, desci e ajudei minha mãe com a janta. Depois de arrumar a cozinha, decidimos assistir um filme. Fui dormir lá pelas 11 horas, pensando no dia seguinte e no meu encontro com Sasuke que não era bem um “encontro”.

Acordei 10 horas da manhã já que era sábado. Tomei café e ajudei minha mãe com o almoço. Tia Tsunade almoçou lá em casa. Quando deu meio dia subi para meu quarto pra me arrumar. Coloquei um shorts jeans preto que ia até a metade da minha coxa, um camiseta roxa com uma figura de lobo na frente e meu All Star preto. Não passei maquiagem, eu nem tinha. Considerava fútil e eu odiava qualquer coisa fútil. Deixei meus cabelos soltos já que ainda estavam molhados por causa do banho.

Acho que demorei muito no banho por que quando terminei de me arrumar já era 01:20 da tarde. “Droga” Pensei comigo mesmo analisando que não ia dar tempo de almoçar.

_Mãe, eu to saindo – avisei já sabendo o que ela ia falar.

_Não vai almoçar? – ela perguntou como o previsto.

_Não vai dar tempo, mas eu não vou demorar lá, almoço na volta; tchau mãe, tchau tia Tsunade – disse já me retirando.

_Mas Sakura – minha mãe ia dizer alguma coisa, mas a essa altura eu já estava fora de casa.

Fiquei mais ou menos uma meia hora no ponto esperando a ***** do ônibus que não vinha. “Devia ter almoçado” Pensei comigo mesmo. Quando o ônibus finalmente chegou estava lotado. Entrei e fiquei lá naquele mormaço. É duro ser pobre.

Assim que desci no ponto mais próximo do orfanato sai correndo, já que estava no mínimo uns 10 minutos atrasada. Estava exausta até que finalmente vi uma placa escrita “Orfanato Bom Jesus” e assim que me aproximei mais pude ver um certo Uchiha inquieto na frente do mesmo.

_Está atrasada! Eu odeio esperar – anunciou olhando para mim como se quisesse me matar com seu olhar.

_O ônibus atrasou – disse sinceramente, mas sem pedir desculpas! Eu nunca pediria desculpa para ele. Minha respiração estava acelerada e eu estava toda suada.

_Hn, esqueci que você é pobre – atacou.

_Olha aqui Sasuke – eu ia entrar no joguinho dele, mas respirei fundo e me acalmei – vamos fazer um acordo ok? – perguntei, mas não esperei sua resposta – uma trégua. Só durante esse trabalho nós podemos esquecer que nos odiamos? Nós vamos ter que nos aturar do mesmo jeito, então o que acha de fazermos da nossa convivência um tanto menos desagradável? – ele ficou uns segundo me fitando sem responder, mas finalmente falou.

_Certo – ele disse dando um suspiro – contanto que você prometa que assim que esse trabalho terminar, você nunca mais irá encher meu saco – fiquei surpresa: pela primeira vez saia algo descente da boca daquele Uchiha.

_Será um prazer – falei dando um sorriso – se você não me provocar, não receberá nada mais do que ignorância da minha parte – disse confiante.

_Perfeito! Então vamos entrar ou ficar aqui na frente parados que nem uns idiotas ou entrar? – ele perguntou com as sobrancelhas arqueadas encerrando o assunto.

_Prefiro a segunda opção – disse adentrando no lugar e sendo seguida por ele.

Eu não sei o que aconteceu depois disso, mas de repente uma forte tontura me atingiu e eu acho que desmaiei. Senti dois braços fortes me impedirem de colidir contra o chão. Quando voltei a razão vi que estava numa salinha simples com algumas cadeiras e um balcão. Assim que recobrei a consciência pude observar uma mulher de em média 20 anos, muito bonita na minha frente.

_Está tudo bem querida – ela disse assim que eu abri os olhos.

_Sim – respondi – quem é você?

_Sou Ayame Sato, trabalho aqui no orfanato – Ela disse, mas não tive tempo de falar nada já que Sasuke me interrompeu.

_Você almoçou? – perguntou Sasuke e eu me assustei quando vi que o mesmo estava sentado do meu lado.

_Sim – menti. Não queria dar mais um motivo para ele me chamar de morta de fome. Mas a ***** da minha barriga ronco me desmentindo. Sasuke arqueou as sobrancelhas na minha direção e eu abaixei a cabeça envergonhada, sentindo minhas bochechas corarem.

_Tem algum lugar aqui perto que venda algo para comer? – perguntou Sasuke para a mulher.

_Tem uma lanchonete aqui na frente– respondeu a mulher.

_Você poderia comprar algo para ela comer lá? – perguntou Sasuke para a Ayame já passando o dinheiro.

_Não, não precisa! – falei. Eu não queria nada que viesse daquele Uchiha.

A mulher fitou Sasuke que ainda estava com a mão estendida dando o dinheiro para ela, me ignorando completamente. Ela pegou e saiu comprar.

_Eu disse que não precisa! Você é surdo? – perguntei olhando para ele.

_Se você ficar desmaiando que nem uma idiota, essa visita não vai terminar hoje – ele falou me olhando.

Eu não ia discutir com ele. Ele sentou do meu lado e nós ficamos em silêncio até a mulher chegar com um x-salada. Sasuke me deu o lanche e ficou me olhando.

_Não tem nada mais para fazer? – perguntei quando vi que ele não iria parar de me fitar.

_Come! – ele mandou. Eu odeio quando ele fica mandão. Eu estava levantando para meter a boca nele quando eu senti uma tontura novamente. Sasuke me segurou e me ajudou a sentar o que me deixou muito constrangida. Abaixei a cabeça e comi o x-salada. Estava super vermelha e Sasuke não parava de me olhar. Qual o problema dele?

Enquanto comia Sasuke pegou uma agenda e anotou bastante coisa que Ayame falou para ele sobre o orfanato. Ayame estava se jogando para cima de Sasuke na maior cara de pau, mas Sasuke estava ignorando o que me surpreendeu já Ayame era muito bonita.

Assim que terminei o meu lanche perguntei para Ayame onde as crianças ficavam e fui para a salinha que ela me mostrou. Sasuke ficou lá com ela “anotando” mais informações.

Quando entrei na salinha tinha uma mulher de uns 30 anos, muito parecida com Ayame. Deveria ser irmã dela.

_Olá, posso entrar? – perguntei timidamente.

_Claro – ela disse – Prazer Hana – ela se apresentou educadamente.

_Prazer, Sakura – respondi me aproximando.

Era uma salinha simples, tinha umas 15 crianças de em média 5 à 8 anos.

_Deixou seu namorado com a minha irmã? – ela perguntou, mas não esperou minha resposta – não é uma boa idéia – continuou fazendo cara de reprovação.

_Ele não é meu namorado – falei vermelha.

_Sei – ela falou desconfiada – de todo jeito, sinta-se a vontade – ela disse olhando para as crianças.

Eu me apresentei e fiz amizade com todas. Conversei com elas sobre o tratamento que recebiam no orfanato e joguei alguns joguinhos com as mesmas.

_Sakura, tem como ir à salinha aqui do lado pegar um quebra-cabeça? – perguntou Hana depois de um tempo.

_Claro – disse saindo e indo na salinha ao lado.

Era uma sala pequena com alguns armários cheios de joguinhos. O que mais me surpreendeu nela foi um garotinho que estava lá chorando.

_Oi – disse baixinho me dirigindo para perto dele e sentando ao lado do mesmo – você não sabe falar? Vai dizer que o gato comeu sua língua – falei quando vi que ele não ia responder meu oi.

_Me deixa em paz – ele disse.

_Opa, não é assim que se trata uma dama. Por que está chorando? – perguntei.

_Eu não estou chorando, homens não choram – ele respondeu enquanto secava as lágrimas.

_É claro que choram. E se duvidar ainda mais que as mulheres – falei e ele me fitou curioso.

_Seu cabelo é rosa? – ele perguntou me olhando de forma estranha.

_Sim – respondi – Estranho, não é? – Eu odeio que falem mal do meu cabelo, mas abri uma exceção.

_Achei bonito – ele falou sorrindo. Pelo jeito vamos nos dar bem.

_Prazer Sakura – falei.

_Prazer, Kenji – ele disse se apresentando.

Senti a porta se abri atrás de nós e vi que era Sasuke:

_Hana está esperando o jogo – ele falou.

_Aé, eu já levo, só vou conversar um pouquinho com Kenji – respondi.

_Hn – ele disse entrando no quarto e sentando ao lado da gente. Quem convidou?

_É o namorado da Sakura? – ele perguntou olhando para Sasuke e o mesmo não respondeu.

_Não, ele é meu – pensei um pouco – colega.

_Hum , , ,– disse Kenji desconfiado. Percebi que ele tentava amarrar o cadarço e fui tentar ajudar, mas o mesmo empurrou minha mão.

_Não, eu sei amarrar, mamãe me ensinou – ele disse voltando a chorar e fazendo meu coração doer.

_Eu também sei – disse tentando animá-lo.

_Não como a mamãe – ele disse ainda chorando.

_Quem disse – perguntei e ele me fitou curioso.

_Deixa eu ver, tem uma historinha, não é? – disse pegando o cadarço e dessa vez ele deixou – faz duas orelinhas de coelho – disse enquanto amarrava o cadarço – hum, eu não lembro bem.

_Dá uma volta na árvore – ele falou cheio de lágrimas nos olhos.

_Aé, dá uma volta na árvore e depois passa por baixo do túnel – falei olhando para ele enquanto meu coração partia ao meio. Partia ao meio pela expressão triste de seu rosto, pelas lágrimas de seus olhos. Ele devia sentir muita falta da mãe, é óbvio que sentia e eu não queria vê-lo triste, mas não sabia o que fazer – e então é só puxar – disse num fio de voz deixando uma lágrima escorrer.

_Por que está chorando Sakura-chan? Você fez certo – ele disse olhando para mim preocupado.

_Eu sei – respondi secando as lágrimas – o que acha de nós irmos lá com as outras crianças? – perguntei e ele me olhou com medo.

_Eu não sei, cheguei a pouco tempo e tenho medo delas não gostarem de mim – disse baixinho.

_É impossível alguém não gostar de você – disse dando um abraço nele – vamos? – perguntei novamente.

_Vamos! – ele disse animado enquanto saíamos da sala.

_E o jogo? – falou Sasuke. Até tinha esquecido que ele estava ali.

_Aé – disse, mas quando me virei Sasuke já estava com o quebra-cabeça na mão. Ele passou por mim e bateu o mesmo de leve da minha cabeça.

_Cabeça de vento – ele falou, mas não foi para ofender, foi de brincadeira e essa atitude fez eu ficar vermelha.

Voltamos para a sala e ficamos brincando com as crianças. Sasuke ficava meio excluído, mas mesmo assim era super paciente. Ele estava sendo extremamente educado e legal, nem parecia Sasuke.

_Desculpa, mas nós temos que fechar – disse Hana.

_O QUE? – olhei para o relógio assustada e fiquei ainda mais quando vi que já era quase 7 horas– droga, eu tinha um piquenique com as meninas 4 horas – disse preocupada.

_Agora já era – falou Sasuke – Posso só tirar umas fotos antes, eu trouxe câmera. – disse Sasuke tirando uma câmera do bolso.

_Claro – disse Hana. Nós tiramos várias fotos e depois saímos. Quando já estávamos na porta vi Kenji correr desesperado atrás da gente.

_Vocês vão voltar? – ele perguntou preocupado.

_Sempre que puder – respondi.

_Vou esperar – ele falou quase chorando e eu não resisti e o abracei.

_Se cuida – falei segurando as lágrimas.

_E eu to de olho em você Uchiha, a Sakura-chan é minha – ele disse fazendo uma cara feia para Sasuke e depois saiu correndo envergonhado. Não resisti e dei risada, mas pude observar seus olinhos curiosos na porta da sua sala antes de sairmos.

_Sasuke – agora quem falava era Ayame – aqui está meu telefone, se quiser me ligar – ela disse passando um cartãozinho para Sasuke.

_Certo – disse ele pegando o cartão, mas jogou fora assim que saímos do orfanato.

_Por que jogou fora? – não resisti e perguntei.

_Ela é feia, metida e chata – eu até poderia concordar com o metida e chata, mas com o feia, nunca.

_Achei ela bonita – falei sinceramente.

_Pega ela você então – ele falou ironicamente.

_HA HA, Sasuke chato on, é melhor eu ir antes que me irrite mais.- falei já me retirando.

_Deixa que eu te dou uma carona – ele ofereceu para a minha surpresa.

_Não precisa mesmo– falei sem jeito. Não estava acostuma com cortesias vindo dele.

_Por que você tem ser tão chata, eim? Não vai morrer se pegar uma carona comigo. De todo jeito Kenji vai me bater se eu deixar a garota dele voltar sozinha para casa. É perigoso sabia. – ele disse e eu dei uma leve risada.

_Você não é daqueles caras loucos que andam a mais de 100 por hora, não é? – achei melhor me certificar antes.

Ele ficou um tempo quieto me olhando e eu adivinhei a resposta.

_Prometo me comportar dessa vez – ele disse parecendo sincero.

_Então ta – falei seguindo-o para o carro, um porsche preto. Fiquei olhando para o carro que nem uma idiota enquanto Sasuke já estava dentro do mesmo.

_Não vai entrar? – perguntou Sasuke me olhando como se eu fosse um retardada.

_Desculpa é que nem em sonhos eu imaginei andar num porsche – falei enquanto entrava e ele deu o seu famoso sorrisinho de canto que encantava todas as meninas.

_E ainda com a minha companhia, já imaginou. Se considere a garota mais sortuda do mundo – ele brincou.

_HA HÁ, como você consegue ser tão metido? – eu falei, brincando também.

_Faço o que posso – ele falou sorrindo novamente. Eu tinha que assumir, o sorriso dele era lindo.

O resto do caminho nós ficamos em silêncio, eu apenas expliquei para ele como chegar na minha casa. Quando chegamos na mesma me surpreendi por ele não fazer nenhuma brincadeira.

_Tchau, então! – falei saindo do carro – foi um dia divertido – falei tão baixo que fiquei em dúvida se ele escutou.

_Concordo – ele disse fazendo eu ficar vermelha.

Me direcionei para a minha casa e ele ficou me olhando até eu entrar. Assim que eu entrei fui correndo para a janela do meu quarto e pude ver de longe um lindo porsche preto se distanciar rapidamente.

Deitei na cama e fiquei olhando para o teto quem nem uma idiota.

_Você demorou Sakura – falou minha mãe e eu me levante para ver a mesma na porta do meu quarto.

_Desculpa é que eu perdi a noção do tempo – falei a verdade.

_Que cara é essa – falou minha mãe me olhando séria – está apaixonada? – ela me perguntou fazendo meu rosto ficar vermelho.

_Cla claro que não, ta ficando louca. – perguntei fitando-a envergonhada – vamos fazer a janta que eu estou com fome – ela riu da minha atitude, mas eu ignorei.

_Sei , , , – ela disse ainda desconfiada.

Depois da janta escutei o telefone tocar e não me surpreendi ao ver que era Hinata.

_Por que na foi? – perguntou ela curiosa.

_É que bem, estava tão legal lá, que eu e Sasuke perdemos a noção do tempo e – não deu tempo de terminar, pois Hinata me interrompeu.

_Hum , , ,Você e Sasuke, perderam a noção do tempo? Sei , , ,– qual é? Todo mundo deu para pegar no meu pé.

_Olha aqui, não vem pensar besteira foi só um trabalho e – tentei explicar.

_Eu não estou pensando nada, você que está falando – disse ela me interrompendo de novo com uma vez irônica

_Para com essa voz irônica Hinata – falei brava.

_Calma Sakura – ela disse rindo – Sabe, não tem problema em se apaixonar, isso é extremamente normal e – agora foi a minha vez de interrompê-la.

_Essa é a questão, eu não estou apaixonada. Eu“ NUNCA”, escutou? Eu “NUNCA” me apaixonaria pelo Uchiha e quer saber, tchau! – disse desligando na cara dela.

Depois escovei meus dentes e coloquei meu pijama. Deitei na minha cama ainda irritada e comecei a pensar sobre as probabilidades de eu me apaixonar pelo Sasuke. “Impossível” Pensei comigo mesma antes de fechar os olhos.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?? °.°