Betrayed By Death (traídos pela Morte) escrita por Julia-C


Capítulo 17
Bloody Fault -Jacob




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Meu coração despedaçava-se por saber que Nessie estava lá dentro tomada de uma culpa que não era sua, tomada pela solidão e pelo desespero. Minha única ambição era entrar em seu quarto e poder consolá-la, sabia que Edward sentia o mesmo. Este encarou o pai por alguns minutos e saltou um muxoxo de impaciência, visivelmente contendo seu obvio desejo de confortar a filha com muito esforço.No instante seguinte ele rondou o canteiro de sua própria casa, estalando os nós de seus dedos, repetindo o mesmo movimento que praticara ao esperar Renesmee acordar.

            Um silêncio cortado apenas pelos soluços distantes de Nessie instaurou-se entre nós, até o instante em que, contravindo ao que Carlise o recomendara, Edward entrou pelo portal da casa decidido, seguindo pelo corredor em direção do quarto da menina. Segui pelo seu mesmo caminho ignorando o olhar de desaprovação de Rose e Carlise e tomando a atitude de Edward como a deixa para ver Nessie.

            Os seus soluços e as suas fungadas constantes tornaram-se perfeitamente audíveis ao atravessar a soleira do pequeno chalé na clareira da floresta, contudo se eu bem a conheCIA soubesse que ela estava chorando o mais silenciosamente que era capaz.

            À porta do quarto de Nessie, Edward estava estancado, hesitando. Possivelmente ponderando o que dizer à filha e esperando pelo melhor momento para abordá-la. Ele me avaliou em silêncio, retribui então, seu gesto do mesmo modo. Embora fosse completamente contra a escolha de Edward, contra a deixar Renesmee se culpar ainda mais, resolvi me manter o mais paciente fatível ao esperar ele decidir quando acabar com a mutilação da filha.

            Só havia um mero pedaço de madeira entre nós, e agora mais do que nunca seus soluços abafados, bastante altos, entrecortavam o ar. Imaginei então, à que ponto ela já teria chego. Teria chego ao ponto de desejar não ter nascido?Ou estaria ainda desejando estar indo para Volterra no lugar da mãe? Feixes de uma Renesmee Volturi perpassaram pela minha cabeça, seguidas por visão de vida sem ela, sem gravidez, sem Bella vampira. Eu ainda estaria apaixonado por ela?

            Uma pontada, relativamente forte,de culpa cortou meu coração  ao relembrar de Bella,ao relembrar da “minha” Bells humana, que escapara das minhas mãos para a imortalidade, e dela para a Itália.

            Edward expressou sua impaciência bufando, a fim de me fazer parar com os pensamentos importunes. Voltando para a realidade, e assim, lembrando do pedaçinho de Bella que ficara para trás, levantei minha mão a caminho da maçaneta ignorando quanto tempo se passara, segundos ou horas, não importava, meu anjo estava sofrendo e eu não iria esperar nem mais um minuto para acalentá-lo. No momento em que olhei,com superioridade, para Edward, um pouco antes de alcançar a porta, porém, um cheiro forte preencheu o ar. O odor inconfundível de sangue –tanto para lobos como para vampiros- foi seguido de um silvo agudo e arfatante:

            -PAAAAAI!

            Sem oscilar Edward alcançou o portal e desconsiderando a maçaneta irrompeu pelo pequenino quarto violeta após empurrar a porta, dotado de uma força surreal.Ao seguir em seus  calcanhares inalava o cheiro cada vez mais forte.

            Logo estava perto o suficiente para vê-la. Em seu rosto inchado uma mescla de medo e atordoamento, suas bochechas muito rosadas, a pele e as vetes molhadas indicavam que ela acabara de chorar, dos olhos, os quais ainda brilhavam, caiam generosas lagrimas.Segui o olhar pelo seu impecável vestido branco até fixá-lo, confuso, em uma mancha vermelha do formato exato de sua mãozinha na borda junto à renda.Procurando por mais indícios, percebi que ambas de suas mãos, cruzadas sob seu colo estavam encharcadas de sangue,e que na cama onde estava sentada, havia um envelope, e  jogada no chão,uma folha de papel do mesmo tom vermelho exuberante de sangue, cuja qual sujara o chão impecavelmente limpo.

            Um soluço único cortou a tensão que se instalara, e no mesmo segundo ela levantou seu rosto ligeiramente úmido do colo e olhou para o pai, só assim notei o sangue margeando sua boca carmim e seus olhos arregalados.

            -Eu não sei o que aconteceu. – murmurou com a voz falha e trêmula – Eu a abri – ela desviou o olhar para o que parecia uma carta, antes que começasse a olhar de mim para Edward,confusa –E...e me cortei,m-mas então sangrou,quero dizer, fora do normal papai.E-eu...eu não resisti. –ela se encolheu envergonhada, e abaixou seu rosto pálido - que pareceu ainda mais ruborizado- para as mãos.


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