Numa noite qualquer, num hospital qualquer, Sakura, que aguardava ansiosa, notícias do seu filho Konohamaru, pulou da cadeira quando viu o cirurgião chegar e perguntou:

"Como está o meu filho? Ele vai ficar bem? “

O cirurgião então disse:

"Sinto muito, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, mas não pudemos evitar. “

Então Sakura perguntou a si mesma: Por que as crianças tem Cancro ??? Será que Deus não se preocupa com elas ??? Onde estava Deus quando o meu filho precisou dele?

O cirurgião então disse:” A enfermeira sairá para a deixar uns minutos com o corpo do seu filho antes de o levarem para a Universidade. “

Mas Sakura preferiu que a enfermeira a acompanhasse enquanto se despedia do seu filho querido.

Acariciou a sua cabeça e então a enfermeira perguntou se ela gostaria de guardar alguns fios do cabelo de Konohamaru!

E Sakura aceitou.

A enfermeira cortou uma mecha, colocou em uma bolsinha de plástico e entregou a Sakura. Foi então que Sakura explicou à enfermeira:

"Foi ideia do Konohamaru doar o corpo à Universidade para ser estudado, disse que poderia ser útil a alguém. Era o que ele desejava. Ao inicio, eu neguei, mas ele disse «Mãe eu não usarei mais nada depois de morto, talvez ajude alguma criança a desfrutar mais um dia com sua mãe.»

Foi então que Sakura saiu do Hospital Infantil pela última vez, depois de ter permanecido por lá nos últimos seis meses. Colocou a bolsa com os pertences de Konohamaru no assento do carro, perto dela.

Foi difícil conduzir de volta para casa e mais difícil ainda foi entrar na casa vazia.

Sakura entrou no quarto de Konohamaru, senta-se na sua cama e começa a chorar até dormir abraçada com a almofada do filho.

Acordou por volta da meia-noite, junto dela, havia uma folha de papel dobrada. Sakura abriu e era uma carta que dizia:

“Querida Mãe,

                Sei que deve sentir a minha falta mas não pense que eu a esqueci ou que deixei de amá-la só porque não estou aí para dizer que A AMO.

Pensarei cada dia em si mãe e cada dia a amarei ainda mais, algum dia voltaremos a ver-nos.

Se quiser pode adotar um menino para que não fique tão sozinha, ele poderá ficar no meu quarto e brincar com todas as minhas coisas.

Se quiser uma menina, provavelmente ela não gostará das mesmas coisas que nós rapazes, portanto terá que comprar bonecas e outros brinquedos de meninas.

Nesse caso poderá dar as minhas coisas para outro menino.

Não fique triste quando pensar em mim, estou num lugar grandioso.

Meus avós vieram me receber quando cheguei.

Mostraram-me um pouco deste maravilhoso lugar, mas levarei muito tempo para ver tudo. Os anjos são muito amigos e me encanta vê-los voar.

Jesus não se parece com as imagens que vi dele, mas soube que era Ele assim que O vi.

Jesus me levou para ver Deus! E, acredite, mãe! Sentei-me no colo dele e falei com Ele como se eu fosse alguém importante.

Eu disse a Deus que queria lhe escrever uma carta, para me despedir e acalmá-la, mesmo sabendo que não era permitido.

Deus me deu papel e Sua caneta pessoal para que eu pudesse escrever esta carta, acho que se chama Gabriel o anjo que a deixará cair para si.

Deus me disse para responder o que você perguntou: "Onde estava Ele quando eu precisei?"

Deus disse: No mesmo lugar de quando Jesus estava na cruz. Estava aí, como Deus sempre está com todos os seus filhos.

Esta  noite  estarei  à  mesa  com Jesus  para  o jantar.

Sei que a comida será fabulosa.  Ah! Quase me esquecia de dizer...

Não sinto mais nenhuma dor, o Cancro foi embora.

Estou feliz porque eu já não conseguia mais suportar tanta dor e, como Deus não podia me ver sofrendo daquela maneira, enviou o Anjo da Misericórdia para me levar.

O Anjo me disse que eu era uma entrega especial, foi como cheguei aqui.

Assinado com Amor: Deus, Jesus e eu.”