as Mestiças 2 escrita por AnaTheresaC


Capítulo 3
Capítulo 3




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Capítulo 3

Corri até casa da Sel, na esperança que ela estivesse lá, sendo que depois de amanhã ela iria para NY.

Bati há porta, e a Sra. Daniels atendeu.

-Olá, Taylor! – cumprimentou ela e continuou: - A Selena está no quarto, podes ir lá ter.

-Obrigada, Sra. Daniels.

A Sra. Daniels era a mãe da Sel e ela sempre foi muito querida comigo. Aliás, quem é que não resiste ao encanto dos 2Cs? (Clearwater e Cullen).

Bati há porta cinco vezes seguidas e ela abriu-se logo. Neste momento, eu estava completo, porque ela estava ali, viva e de rica saúde, com os seus olhos castanhos escuros a observarem-me com uma curiosidade palpável.

-Quem é que morreu? – perguntou ela irónica.

-Tenho uma novidade para te contar – falei. – Mas primeiro quero o meu beijo.

Revirou os olhos e deu-me um breve beijo. Deixou-me entrar no quarto dela e eu sentei-me logo na cama, à espera que ela também se sentasse. Quando se sentou ao meu lado, comecei a falar:

-Sel, eu hoje de manhã falei com a minha família sobre a tua ida para Nova Iorque. Tu sabes que eu não consigo viver afastado de ti, por isso eu tive a ideia de ir contigo e eles aceitaram.

-Não estás a brincar, pois não?

-Não, Sel. Estou a falar a sério.

-Nem é nenhum partida ou algo que se pareça, pois não?

Peguei nas suas mãos e apertei-as firmemente. Prendi os seus olhos aos meus e afirmei:

-Sel, eu vou contigo para Nova Iorque. Eu amo-te.

Ela começou a chorar e o meu coração apertou-se. Ela estava triste? Como é que eu fui cruel ao pensar que ela quisesse que eu fosse? Afinal, ela não dependia de mim, como eu dela.

-Desculpa, Selena. Eu não queria…

-Tu o quê? Tu estás a pedir desculpas porquê?

-Porque eu pensava que tu querias que eu fosse contigo, e afinal não queres. Tu estás a chorar. Podes dizer que não me queres contigo. Eu aguento.

O meu coração doía só de pensar que ela me podia deixar. Que ela não quisesse que eu não fizesse parte da vida dela.

-Taylor…estás a ser parvo – falou ela enxugando as lágrimas. – É claro que eu quero que tu vás comigo para Nova Iorque! Eu estou a chorar, mas é de alegria e felicidade!

-A sério, Sel? – perguntei. Eu nem queria acreditar no que ela me tinha dito.

-A sério, Tay.

Beijei os seus lábios doces calmamente e então, apareceu o irmão mais novo dela, Simon.

-Podem fazer isso com a porta fechada? Eu odeio ver o amor no ar. É enjoativo!

Revirei os olhos e Sel atirou-lhe uma almofada.

-Cala-te pirralho! – gritou ela.

-É melhor ir andando.

-Já?

-Sim, é melhor. Tenho malas para arrumar!

Ela voltou a sorrir e levou-me até à porta com outro beijo rápido, porque se fosse mais do que isso, a mãe dela talvez nunca mais me deixasse pôr lá os pés.

Voltei para casa, mais feliz do que nunca. A tia Alice já andava pela casa com lençóis, juntamente com Jasper. Esme e Edward a tratar de empacotar alguns valores mais valiosos para podermos levar.

-Tia Rose – chamei-a e ela correu logo para o meu lado.

-Diz, meu sobrinho favorito – disse ela sorrindo.

Ah, como era bom saber que eu era o seu favorito! Mal posso esperar para contar à Jenny.

-Onde está a mãe?

-Na vossa casa – respondeu ela. – Está a empacotar algumas coisas.

-OK. Então, eu vou lá ajudá-la. Até já – despedi-me e dei um beijo na face da minha tia/madrinha.

Como a casa era perto do Canadá, decidi transformar-me e correr até lá. Seria mais fácil e mais rápido.

Olá Tay.

Olá tia.

Já sei da novidade.

O seu tom de voz era triste e eu vasculhei pelos seus pensamentos, encontrar a resposta. Felizmente, consegui encontrar facilmente o que queria.

Leah estava triste porque todos nós iríamos embora, e como ela estava no terceiro comando, iria assumir a posição de Alpha da alcateia do Jacob.

Tia, não precisas de ficar assim. Tu serás uma excelente líder.

Não é só isso, Taylor.

Mostrou-me como se sentia com a minha partida. Estúpida impressão natural! Esta coisa de não conseguirmos sobreviver sem a nossa impressão é uma chatice!

Porque não vens connosco?

Os seus pensamentos mostraram que ela estava surpreendida com o que tinha dito.

Lamento, mas não posso. Já disse ao Jacob que aceitava e tudo. Não dá.

Prometes que me vais visitar?

Prometo.

Os seus pensamentos mais uma vez me mostraram que ela estava triste.

Comecei a avistar a casa e despedi-me da minha tia Leah. Transformei-me e entrei em casa. A minha mãe estava lá a arrumar algumas fotografias.

-Olá mãe.

-Olá filho. Já falaste com a Selena?

-Já sim. Ela ficou felicíssima.

A minha olhou-me e sorriu carinhosamente.

-Queres ajudar-me?

-Seria uma honra. Por onde posso começar?

-Pelo teu quarto.

-Já estou a caminho – falei e subi os degraus das escadas em menos de um segundo. É o que dá também ter algumas coisas de vampiro. Por exemplo, sou mais rápido do que a tia Leah e ela era a mais rápida do grupo até eu nascer.

Comecei pelo princípio de tudo: arrumar o meu quarto. Depois, escolhi algumas das minhas roupas favoritas, como por exemplo o meu casaco de pele e a minha camisa azul xadrez, que a Selena adorava vesti-la. Isso fez-me ir para o primeiro dia que tinha conhecido a Selena. Eu estava com aquela camisa e foi por causa daquela mesma que nos conhecemos.

Flashback ON

-Vá lá, Paul, tu és uma máquina, hein? Já no segundo?! – falou Jared, rindo.

O dia estava solarengo em La Push e decidimos ir até ao bar da praia para divertirmo-nos um pouco.

-Tenham lá calma! Já fiz a Rachel prometer que não teríamos mais filhos.

Rimo-nos todos e a rapariga que atendia os pedidos apareceu.

-Olá! O que vão querer?

Olhei para a rapariga que tinha voz de anjo e o meu mundo deixou de fazer sentido. Não sei o que estava a acontecer, mas eu sentia-me atraído por ela. E não era apenas por ela ser linda.

Jared falou qualquer coisa e ela voltou a fitar-me.

-E o que você vai querer?

Os seus lábios eram lindos, maravilhosos, com um pouco de gloss (influência da tia Alice, mas não sou gay)

-Pode ser um sumo de ananás – disse pestanejando, esperando que aquilo não fosse o que eu esperava ser.

O meu pai contou-me como foi quando ficou com a impressão natural pela minha mãe. Foi tão instantâneo que nem teve tempo de pensar. Será que o mesmo está a acontecer a mim?

-Meu, a rapariga chama-se Selena, tem dezasseis anos e é uma das melhores alunas do 11º ano, aqui em La Push. É pena não andares aqui na reserva – falou Paul.

-Tenho que ir – falei e levantei-me rapidamente, mas não tinha pensado que alguém podia estar a vir para aqui e em quem esbarrei? Exactamente, na Selena.

Foi uma explosão de sumos, copos, tudo ao mesmo tempo, e a minha camisa ficou encharcada e ela também. Cabelo, cara, camisola, calças, tudo. Ficámos os dois dois pintainhos encharcados com várias cores.

-Peço imensa desculpa – falei e ajudei-a a levantar-se.

-O meu Deus!  - exclamou ela, olhando para a minha camisa. – Ficou todo sujo!

Olhei para a minha camisa e realmente, ela estava toda manchada. Amarela dos sumos de manga e ananás e laranja dos sumos de laranja.

-Não há problema, eu vou já para casa – disse. Não seria a primeira vez que a minha roupa chegaria toda suja a casa.

-Não, de maneira nenhuma!  - exclamou ela preocupadíssima. Desejei tirar aquela preocupação dos ombros dela, dizer-lhe que não precisava de se preocupar tanto, porque não havia motivo. Bolas, precisava mesmo de ir para casa!

-A sério, não faz mal!

-Nem pensar! – exclamou ela, parecendo um pouco irritada. – Não tente fazer-me de vítima! Dê-me a sua camisa e amanhã, quando cá vir, há mesma hora, ela estará limpa e seca.

-Não posso aceitar.

-Não é uma questão de aceitar – disse ela e esticou a mão, esperando a minha camisa.

Suspirei e tirei-a. Tentei não sorrir, ao ouvir o seu coração a acelerar fortemente. Olhei-a e ela desviou o olhar. As suas bochechas coraram de uma maneira impressionante, que se notava à distância.

Entreguei-lhe a camisola e disse:

-Vou andando. Tenho que ir a casa.

-OK – disse ela rapidamente e fingindo estar a tirar qualquer coisa da sua camisola. – Amanhã, ela cá estará.

-Fico à espera – disse num tom mais baixo e virei-me para os rapazes. – Até logo.

-Tchau, Taylor!

Flashback OFF

Acordei dos meus pensamentos com a voz da minha mãe a chamar-me.

-Filho, está tudo bem?

Virei-me para a encarar, ainda com a camisa nas minhas mãos.

-Sim, está. Só me estava a recordar de uma coisa.

Ela olhou imediatamente para a minha camisa e começou a rir-se.

-Oh, eu sei muito bem o que estavas a pensar! A cara do teu pai naquele dia ainda me corre na mente todos os dias!

Também me ri com ela. Naquele dia, em que eu expliquei tudo ao meu pai sobre o que tinha acontecido ele ficou com a visão turva, como se estivesse a ter uma visão como a tia Alice. Ficou assim durante 24 horas e só depois é que foi capaz de me explicar o que era a impressão natural.

-Foi realmente uma cena cómica – concordei e continuei a arrumar as minhas coisas. Ela ficou sentada no pequeno sofá azul-escuro que eu tinha no quarto, observando-me. Quando acabei de arrumar tudo olhei-a e sorri. Ela também sorriu e levantou-se para me dar um abraço.

-Eu amo-te muito – falou ela.

-Eu também mãe – respondi e abracei-a ainda mais.

Notei a presença da tia Alice na minha casa e falei para a minha mãe:

-A tia Alice chegou.

-Eu sei – disse ela e desfizemos o abraço. – Estás mesmo preparado para isto?

Fitei-a seriamente. Selena era a minha impressão natural. Eu não podia viver longe dela.

-Sim, estou – falei e desci as escadas para ir de encontro há tia Alice.

-Taylor! – exclamou ela, subindo um pouco mais na escala de agudos do que era costume. – Já tens tudo preparado?

-Sim, já.

-Óptimo! O Carlisle vai há frente com maior parte das nossas coisas. Por isso, traz as tuas malas cá para baixo.

Respirei fundo e senti a minha garganta queimar. Algum humano estava a rondar por ali.

-Tia, viste alguma coisa suspeita a rondar por aqui?

-Não, mas porquê?

-Nada – menti. Jacob entrou dentro da sala, seguido de Jenny que vinha com uma cara emburrada.

-O que viste? – perguntou Jacob. Bem, eu não podia mentir-lhe, mas a verdade é que eu não tinha visto nada, mas sim sentido, o que era totalmente diferente. Mesmo assim, mesmo que omitisse aquilo, se Jenny apanhasse algum dos meus pensamentos, ela iria contar ao papá dela, por isso, decidi dizer a verdade.

-Senti um humano. Agora mesmo. A minha garganta ardeu quando respirava há uns segundos atrás.

Jenny bufou e eu fitei-a. Ela que ousasse desmentir-me!

-Estás mas é com fome. Sabes, talvez um dia devesses tentar algo mais do que apenas coelhos.

-Vê lá com quem estás a falar! – gritei-lhe.

Jacob olhou-me ameaçadoramente, mas eu ignorei-o.

-Estou a falar contigo! E o que digo é verdade! – gritou ela em resposta. – Tu nem consegues lutar contra um leão da montanha!

-Cala-te! – mandei eu.

-Calem-se!

Olhei para a porta e vi o meu tio Edward.

-Taylor, vai fazer o que a tua tia te mandou.

Assenti, porque afinal, só se fosse muito estúpido é que iria contradizer a palavra do Edward.

Subi as escadas, mas fiquei a ouvir a conversa lá em baixo.

-Jenny, é a última vez que falas com o Taylor desta maneira. Ele já perdeu o controle uma vez, e a não ser que queiras morrer, aconselhava-te muito cuidado com as palavras – falou o tio Edward.

Ahah, eu até estava a imaginar a Jenny a fazer olhar de coitadinha.

-Mas avô, eu…

-A última vez, Jenny – interrompeu o tio Ed. – Promete.

-Prometo – falou ela.

-Promete segundo o juramento dos lobos – mandou Jacob.

-Prometo.

-Óptimo – falou Edward e eu senti que já era seguro descer as escadas, por isso, assim fiz. Levei as malas com a tia Alice pela floresta e quando chegámos há casa grande, o jipe do tio Emmett, o conversível da tia Rosalie e o Porshe da tia Alice já estavam a postos.

-Vão todos?

-Não – respondeu o meu tio Emmett enquanto metia uma mala de viagem gigante rosa choque na bagageira. – Só os carros da Esme, do Carlisle e da Alice é que vão agora. E mais algumas malas, claro.

Só então percebi que o que eu lhes estava a pedir, talvez fosse demasiado. Eu estava a pedir-lhes que se mudassem para um lugar cheio de humanos, onde só poderiam sair há noite ou então durante o pôr-do-sol e durante os dias nublados e chuvosos. Eles aceitaram o meu pedido sem piscar os olhos, e no segundo a seguir já estavam a tratar de tudo. Até que ponto eu poderia contar com a minha família? Eu poderia contar com ela para tudo, e só naquele momento é que percebi, sendo que alguns deles não poderiam mais sair durante o dia.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e quero comentários, OK? Pelo menos, 2, pleasseeeeeeeeee!



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