Capítulo 18

Eu nem queria acreditar naquilo que estava a ver. Era impossível. O meu pior pesadelo. Jane Volturi estava ali, a cinco passos de distância.

-Selena… - comecei, mas a minha garganta ficou apertada e não consegui proferir uma palavra.

-Olá Renesmee – falou Jane para a minha mãe e fitei-a. Ela estava em choque, tal como eu, conseguia ver pelos seus olhos, mas mesmo assim manteve uma postura serena e calma.

-Olá Jane. Confesso que não esperava ver-te aqui.

-Nem eu – respondeu Jane. – Pensava que ainda vivessem em Forks.

-Mudámo-nos recentemente.

-A sério? – falou Jane, mas não mostrava surpresa. Claro que não! De certeza que já devia saber que nós estávamos aqui, nem que seja porque a Sel tinha o cheiro da minha família. Os olhos dela viraram-se para mim e eu suspendi a respiração. – Quem é ela?

A minha mãe veio para o meu lado e pegou-me no braço.

-Agora – sussurrou ela ao meu ouvido.

-Jennifer, muito prazer. Só vim falar com a Selena, mas falamos mais tarde – disse, olhando para Sel na última parte. – Até logo, Sel.

-Tchau – falou ela timidamente.

Olhei uma última vez para Jane e saí com a minha mãe. Quando fechámos a porta do dormitório, corremos escada abaixo na nossa maior velocidade. Quando chegámos ao pé do meu pai e do tio Seth, a minha mãe falou baixinho:

-É a Jane.

-O quê? – gritou o meu pai, furioso, já com tremores pelo corpo todo.

-Pai! – exclamei no mesmo tom da  minha mãe. – Ela pode ouvir-te.

-Calma, Jake – aconselhou Seth. – É melhor ela não saber que estamos todos aqui. Não podemos levantar ondas.

-Eu sei, eu sei – disse o meu pai. – Mas um Volturi aqui é sempre um problema. Ela ainda vai trazer sarilhos.

-Provavelmente, mas agora não podemos fazer nada – falei. – O que vale é que o Taylor está fora daqui.

-Também devias sair daqui e ir até La Push – disse Seth.

-Impossível – retorqui. – Ela já me viu e já deve de saber quem eu sou.

-Mais um motivo.

-Não levantar ondas, lembras-te Seth? – recordou a minha mãe. – Temos é que contar isto aos outros, para estarem mais atentos quando saem, e também seria bom dizermos ao Taylor e à Leah. Eles têm que saber.

-Vou fazer isso logo à noite – prometeu o meu pai.

-Seria mais rápido se ligasses – disse a minha mãe.

-Faço isso quando chegar a casa – falou o meu pai e continuámos a andar em passo apressado, rumo a casa.