Tom Riddle estava deitado em sua cama no orfanado lendo o Livro de transfiguração. Estava cursando o quinto ano na escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Estava usando um terno simples de segunda mão. Seus cabelos negros estavam perfeitamente penteados para o lado, e seus olhos azuis como o mar estavam atentos ao livro. O quarto era apenas de Tom, mesmo depois de ter crescido muitas “Crianças” ainda tinham medo dele. Uma cama de solteiro, uma mesa de estudos, um pequeno guarda-roupa e um malão aberto ao lado. A voz de uma mulher o assusta:

–Tom já está pronto? -Perguntou a Sra. Cole

–Quase Sra. Cole. -Respondeu Tom friamente.

–Então se apresse menino. Já estamos indo -Falou ela.

–Sim Senhora. - Ele respondeu.

Tom odiava passar as férias de verão no orfanato. Apenas mais um ano pra se ver livre daquele lugar desprezível, longe daquelas crianças chorando. Em breve sairia de lá em busca do poder, em busca da sua imortalidade. Ele se levantou e colocou o livro na mesa e saiu. Desceu as escadas e viu que as crianças choronas não iriam apenas os maiores. Ficou aliviado pelas crianças menores não irem, mas também estava receoso pois não sabia onde iriam. Aquelas garotas trouxas falavam de dança, roupas coisas fúteis por assim dizer. Tom ficou mais afastado.

–Crianças. -Sra. Cole falou. -Vamos ver uma Apresentação de Ballet.

Era só o que faltava pra Tom, ir ver uma dança ridícula trouxa. Ele ouviu a Sra. Cole falar algo sobre Cisnes mas ele não estava nem um pouco interessado. Eles saíram rumando a um teatro que fica perto do orfanato. Tom distinguia apenas algumas palavras das conversas alheias.

Antes de entrar a Sra. Cole começou a dar os avisos para eles.

–Crianças se comportem. -Ela falou Sorrindo. -Depois vamos conversar com a “grande estrela” e a produtora da peça.

Tom olhou incrédulo para Sra. Cole. Ela nem ao menos lhe deu atenção, indo em direção as poltronas.

Logo quando se sentaram a “peça” começou. Na opinião de Tom aquilo era uma perda de tempo. Até ele ver a “Rainha dos Cisnes”. Ele se encantou com seus gestos, sua classe. Aquele rosto era familiar, tudo nela lhe lembrava alguém. A roupa branca dava um ar meigo e frágil.

–Mas quem é ela? -Ele se perguntou

–Tom, fique quieto. -Sra. Cole falou para ele.

Ele a olhou de uma forma ameaçadora quando ouve as meninas cochicharem.

–O Cisne negro.

Era a mesma moça, mas estava mais agressiva exalando poder e maldade. Ele ficou mais encantado com sua performance sedutora. Novamente ela volta em forma de cisne branco, linda e frágil deixando Tom encantado. Apenas o final desagrada Tom, típico de trouxas leigos. A morte do Frágil Cisne branco.

–Tom, vamos conversar com a Produtora e a “Rainha dos Cisnes”. -Sra. Cole falou despertando ele de seus devaneios

As meninas estavam eufóricas, já Tom se sentia ligeiramente curioso queria conhecer a jovem que despertou sua admiração, mas ao mesmo tempo queria ir embora.

Chegaram a um amplo salão decorado. Em cima das escadas havia uma linda moça de vestido branco, seus cabelos castanhos estavam amarrados em um coque frouxo. Tom reconheceu que ela era o cisne branco.

–Palmas para nossa querida Kenia Solo.

Ela olhou para todos os rostos que a admirava. Tom sorriu, conhecia ela porque ela estudava em Hogwarts.

Os Olhos castanhos de Kenia encontrou os olhos lápis-lazúli de Tom e essa ficou perplexa de todos os bruxos que ela podia encontrar tinha que ser o arrogante e esnobe Tom Riddle. Deu um sorriso encantador e intimador para ele, e desceu as escadas.

A Sra. Cole estava tendo uma conversa animada com uma mulher loira que Tom pode distinguir que se chamava Marta. Tom continuava a olhar para Kenia, com uma certa cobiça. Ela uma sonserina, vivia se gabando por odiar trouxas, e era uma das poucas que vivia falando que trouxas eram ralé, estava ali sendo rodeada por trouxas.

–Minha filha Sra.Cole, a Kenia. -Disse a mulher chamada Marta apontando para a bailarina.

Kenia foi apresentada para todos do orfanato, mas quando chegou a vez de apresentar ela a Tom ele resolveu humilhá-la.

–Olá Solo. -Ele falou zombeteiro.- Não sabia que fazia dancinhas para trouxas.

Ela o fuzilou ele sabia que ia conseguir irritá-la, afinal ela era a garota mais temida depois dele. Vivia azarando quem a incomoda-se ou a irritasse.

–Olá Riddle. -Ela respondeu com azedume.- Não sabia que você era tão amável com trouxas. Ir em ballet? Que meigo. - Ela falou debochadamente

–Retire já o que disse sua trouxa imunda. -Ele falou com uma aura de poder surpreendente.

As pessoas ao redor deles, estavam absortas em conversas sem nexo, e com comida. Ninguém prestava atenção em Tom ou Kenia.

–Retire você seu mestiço metido. -Ela falou com os olhos estreitos.- Meus pais são bruxos. E você me desrespeitou primeiro.

Ele a olhou com interesse, ninguém era tolo o bastante para enfrentar Tom Riddle. Ou Kenia era tola ou extremamente poderosa e arrogante para se humilhar a tanto. Tom não se desculpou muito menos Kenia. Eles ficaram se olhando até Marta interromper eles da conversa muda que se seguia.

–Filha porque você não vai dançar. Ela falou apontando um salão onde diversos casais dançavam.

–Mamãe esse é Tom Riddle. Falou Kenia interrompendo sua mãe. Ele estuda comigo em Hogwarts.

–Prazer Sra. Solo. - Ele falou sorrindo encantadoramente.

–Olá Tom querido. -Ela olhou para a filha.- Você não me contou que Tom era tão gentil. Na verdade você não me contou nada de bom dele. O que vejo que é um engano. -Marta concluiu.

–Achei que não precisava fingir. -Ela sussurrou.

–Tom porque você e Kenia não dançam? -Ela sorriu

– Não. -Ela falou olhando para a mãe como se essa fosse louca. Tom deu um sorriso malicioso se divertindo com o receio dela.

–Pare de ser fresca Kenia, seu namorado não está aqui. - Tom sentiu seu rosto murchar. Ele não acreditava que Kenia tinha um namorado. -Claro se Tom quiser.

–É claro. - Ele concluiu. Então você fala de mim para sua mãe?

–Claro, você é o mais temido em Hogwarts. Afinal você é o “chefe dos Comensais’’

Ele puxou ela para o salão mas antes de chegar lá ela puxou a mão dele e perguntou:

–O que você pretende Riddle?

–Nada Solo, apenas dançar. -Ele falou tentando parecer sincero.

–Não acredito e não confio em você. Ela falou o analisando.

–Mais eu confio em você. -Ele falou sem pensar deixando ela perplexa.- Olha Solo se eu fosse você aproveitaria a minha incrível presença. Porque além de ser mais bonito que seu namorado, sou um ótimo pé de valsa.

–Nossa como você é modesto. -Ela falou sarcasticamente. -Tom sorriu.

–Solo, com certeza você não terá outra oportunidade de dançar comigo outra vez.

–Riddle fique avisado eu estou de olho em você. -Ela falou com uma superioridade que não intimidou Tom.

–Eu sei Solo, mais como sempre digo “Não tenho medo de palavras”

–Riddle você sabe tão bem que não sou uma garota de palavras e sim uma garota de atitudes.

–Isso Solo eu já percebi a muito tempo.

Tom Guiou ela para a pista de dança. Ele colocou sua mão fria na cintura de Kenia, está com o toque das frias mãos se arrepiou. A melodia era calma, Kenia batia no tórax de Tom, o perfume que vinha dela era convidativo inebriante. Ela suspirava com o toque dele em sua cintura. Foi quando ela ouve a voz rouca dele lhe perguntando.

–Solo, Kenia, se seus pais são bruxos porque vir ao mundo trouxa se rebaixar a tanto?

–Tom, quando eu era pequena, quase morri e minha mãe fez uma promessa a Merlin. Que se tudo corresse bem comigo ela comessaria a gostar dos trouxas. Foi por isso que ela criou esse lugar.

–Entendo. Você é o maior bem da sua família.

Ela notou que os olhos de Tom estavam vazios e inexpressivos. Ela botou a mão em seu rosto, ele fechou os olhos apreciando o toque das mãos quentes de Kenia.

–Tom qual é o problema? -Naquele momento Tom pode acreditar que Kenia se importava com ele.

–Eu não sei.- Ele suspirou. -Eu sou uma pessoa ruim.

–Riddle. Não existe mau nem bem.

–Sim existe. -Ele falou

–Tom existe apenas os nobres e o poder. Ele a olhou interrogativo. Os nobres são capazes de tudo para salvar quem eles amam. E o poder, é algo que todos nós desejamos mais apenas os corajosos conseguem sem temer o que está por vir.

Naquele momento, ela parecia muito mais velha e um tanto cansada. Mais Tom se surpreendeu com o sorriso que ela deu. A melodia mudou estava mais rápida.

–Sabe eu amo essa música.

Nisso eles começaram a dançar alegremente como um casal de namorados normais e felizes. Mas isso jamais aconteceria pois não eram um casal muito menos pessoas normais.