Briga

A noite estava quente, bela e tranqüila. Uma típica noite de verão. Integra estava debruçada na sacada da biblioteca, apenas observando a lua, sendo interrompida pela pessoa mais inconveniente de mundo: Alucard, que não é exatamente uma pessoa mas você entendeu...

“É uma magnífica noite” Ele dizia com um tom suave que de maneira alguma era de seu costume.

“É sim...” Ela respondeu estranhando o humor ameno de Alucard.

“Não vejo uma noite tão bela assim há muito tempo”

“Concordo”

“Está... esperando um Príncipe Encantado, minha mestra?” Alucard voltava com sua maldita ironia.

Intera consertou a postura e disse em seu tom frio de sempre:

            “É impressionante a sua habilidade de destruir momentos de tranqüilidade”

A Hellsing ia sair da sacada quando Alucard a puxou pelo pulso trazendo-a para mais perto de si. Seus lábios estavam muito pertos e antes de Alucard iniciar um beijo...

Quando são interrompidos pelo barulho das portas duplas da biblioteca se abrindo:

            “Mestre?!” Ceras aparece na porta com uma expressão desapontada, enquanto Integra se separava dos braços de Alucard.

            “Não está vendo que eu estou ocupado Policial?” Alucard estava impressionado: sua serva conseguia ser mais inconveniente do que ele.

Ceras se aproximava de Alucard enquanto Integra tentava sair ‘à francesa’.

            “Mestre o senhor ia beijar essazinha?”

A Hellsing para com a mão na porta com seu orgulho ferido:

            “O quê disse, projeto mal feito de Nosferathus?”

            “Exatamente o que ouviu vadia!”

            “Pelo menos ele quis beijar a mim e não a você!”

Alucard estava no meio das duas, sua expressão era de espanto e estava um tanto com medo delas, mas não sabia o que fazer exatamente, não sabia se apartava a briga ou se gritava “Isso! Agora arranquem as blusas e briguem!!”.

            “Cale a boca sua puta!!” Ceras vociferava.

            “Olhe bem com quem está falando sua concubina do Diabo!”

            “Aah, gente... ah...” Alucard tentava interromper a briga.

            “O que você quer Alucard?” As duas gritaram em coro olhando nos olhos dele.

“ É que puta e concubina... bem, são tecnicamente... a mesma coisa” Alucard parecia com medo dos olhares devastadores.

            “CALADO!” As duas gritaram com ele praticamente ignorando seu absurdo poder sobrenatural.

            “Quer saber?! Vou acabar com isso agora!” Ceras ergueu a mão prestes a dar um tapa com toda sua força sobrenatural no rosto de Integra.

            “Não toque nela.” Alucard parou a mão de Ceras no ar, segurando-a pelo pulso.

Ceras olhou bem fundo nos olhos de Alucard e lhe roubou um beijo...

Neste momento Alucard deu um pulo na cama com os olhos esbanjando sangue.

            “Está tudo bem?” Integra perguntou, estando ao seu lado na cama.

            “Está... foi só um sonho, a merda de um sonho”.

Com isso ele limpou os olhos e abraçou Integra para voltar a dormir...