Você roda, roda na cama, se cobre, se descobre, muda o travesseiro de lugar, até que você apaga...

Você está na sala, vendo um filme, o qual você nem sabe sobre o que é...

‘Havia uma menina, ela fazia tudo que o espelho mandava, se ele a mandava atirar, ela atirava, se ela a mandava colocar fogo, ela colocava, até que um dia ela pegou uma faca, o espelho a mostrava matando seu pai, e ela o fez, o matou, e se matou’

Então você vê quem era, vê seu rosto, era você. Você está perdido em chamas, você acorda, está do outro lado do espelho, onde tudo é diferente.

Você vê cabelos cor de fogo, você vai pedir ajuda, mas ela some, quando ouve passos, vira, e alguém toca seu ombro, vira-se novamente e vê um homem loiro, atrás dele a mulher dos cabelos de fogo, ela ia pronunciar algo, mas som nenhum sai. Então você sente uma forte pancada em sua cabeça, fecha os olhos e apaga.

Acorda, e está em frente a sua casa, junto com você sete pessoas, duas mulheres e cinco homens, uma ruiva, uma loira, um loiro, um de cabelos dourados, e outros três morenos.

-Abra o portão. –Ordena o loiro.

-Mas... –Diz.

-Prefere morrer aqui? –Propõe o ruivo.

-Chave? –Pergunta, tentando controlar seu medo.

-Em sua mão, oh lerdeza! –Diz a loira.

Então sente algo em sua mão, a chave. Você abre o portão e eles entram.

-Mas... –Diz novamente.

-Para de falar garota! Se for pra falar diga algo que preste! –Diz a ruiva expelindo ódio. ‘E meu pai?’ pensa.

Entram em sua casa, seu pai lá estava sentado em frente à TV, e não os vêem.

Se espalham pela casa, você vai para seu quarto, lá encontra um dos morenos, ele dá um sorriso assassino, e dali você sai, vai para a cozinha e vê o ruivo.

-O que faz aqui? –Pergunta mostrando sua raiva por ti.

-Eu... Eu... Eu... –Você não consegue terminar.

Ele vai, pega sal, coloca em um vidro, junta com um liquido transparente, açúcar, e mais do liquido.

-Temos que destruí-los.

-Quem? –Você pergunta.

-Os espíritos. –Informa.

-Espíritos?! –Diz ao não entender.

-Me prendem aqui! – Grita ele.

-O que fazer?

-Te matar.

-Me... Me... Me matar?! –Você pergunta sem acreditar, ‘É seu fim. ’ Pensa.

Ele então te puxa pela casa, passam por todos os cômodos, até que chegam...

-Entre! –Ordena esmurrando a porta do banheiro. –Feche a porta!

Vai até a pia...

-Pra trás.

Joga o liquido nela.

Um sopro sai.

Um voz rouca e maléfica assopra  ‘Surpresa’.

Tudo muda de cor, o chuveiro liga.

-Fechem a casa! Fechem tudo! –Manda ele. Mas escutávamos risadas maléficas, chutes, e socos. O lugar treme.

O espelho mostra seu fim, você morrendo.

-Feche o Box.

A porta estava prestes a cair.

‘Seu fim.’ Solta outro assopro a pia.

-Me corte! –Ele me ordena.

-Como? –Grito.

-Bella, faça uma cruz em mim! –Berrou.

-Mas...

-Não temos tempo!

Ele sabia seu nome, sabia quem era te conhecia.

Então você o faz, o corta, com uma cruz em seu corpo.

-O DESEJO É MEU! –Grita.

Ele começa a se desmaterializar.

-Desculpe meu amor. –Sussurra.

E some.

A parede cai.

Ao mesmo tempo o espelho quebra.

Vai para a sala e se depara com seu pai morto.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! –Grita, e acorda.

Vai até o banheiro lavar o rosto.

Olha para o espelho, e o vê, o ruivo, do outro lado do espelho, morto.

FIM