P.O.V. Emmett

Hoje é um dia tão mágico, Natal. Já falei que eu amo o Natal? Depois da minha fracassada aventura natalina do ano passado, onde eu tentei trazer o Papai Noel para nos fazer uma visita e ele era um Papai Noel falso, decidi que teria uma aventura mais light dessa vez. Um bolo! O que pode acontecer demais? Vamos esquecer aquele primeiro bolo que hospitalizou o Jacob, viu? Ele não conta!

Para evitar fracasso, decidi procurar uma receita na internet. Eu sei que receita é para os fracos, mas é Natal, e ninguém é muito forte no Natal.

Fiz um bolo de baunilha, fácil, e ele parecia bom, para um vampiro. Não tinha explodido dentro do forno nem nada, e eu tenho certeza que pus açúcar. Só faltava decorar!

Fiz o glacê e espalhei pelo bolo, e ficou bonitinho até! Só tinha um problema, bem pequeno: como eu faria para escrever o “Feliz Natal” em cima? Foi quando eu tive um clic, e a lâmpada da ideia se acendeu na minha mente.

O que as pessoas usam para escrever, além de lápis e canetas? Exatamente, máquinas de escrever! Mas como sou moderno, vou usar um computador e uma impressora mesmo. Era simples, imprimir e colocar o papel no bolo. Até usei uma fonte estilizada! Meu bolo ficou o máximo!

Mais tarde... P.O.V. Renesmee

Eu, papai e mamãe havíamos acabado de voltar da casa do vovô Charlie, onde passamos para desejar um feliz Natal. Como ele era um vovô muito legal, ele até me deu um presente, um livrinho com umas imagens coloridas muito legais!

Voltando ao assunto, mal entramos em casa quando o tio Emmett veio quase saltitante falar conosco.

 - Nessie! Eu tenho uma surpresa para você!

 - O que já conversamos sobre cozinhar? – Papai rosnou para tio Emmett

 - Lembra da mosca, Ed? – Ele falou num tom inocente, e papai logo fechou a cara

 - Mosca? – Mamãe perguntou confusa – Que mosca? Do que estão falando?

 - De nada, amor... – Papai perguntou para mamãe – Outro dia ele achava que era uma ervilha, você vai mesmo acreditar nele?

 - É, pensando bem... – Ela ponderou – Você tem razão.

Alguém me explica?

 - E qual é a surpresa, tio? – Perguntei, tentando mudar de assunto. A curiosidade matou o gato, mas eu sou imortal mesmo...

 - Espere um instantinho! – Ele saltitou até a cozinha, parecendo mais a tia Alice – Pronto! – Ele voltou carregando um bolo. E isso mesmo, Deus? Outro bolo?

 - Outro bolo, tio? – Fiz uma carinha desanimada – Você colocou açúcar, né?

 - Claro! Esse aqui está divo, Nessie. Até “Feliz Natal” eu escrevi, e com caligrafia estilizada!

 - Essa é a sua caligrafia estilizada? – Papai pegou um pedaço de papel coberto de glacê de cima do bolo

 - Me devolve isso! – Ele tomou o papel da mão do papai, devolvendo-o ao bolo – É o “Feliz Natal”!

 - Não se escreve em bolos colocando um pedaço de papel! – Mamãe falou, dando uma risadinha – É com glacê, bobinho!

 - Ah, é? Então escreve você, senhora Eu-passo-muito-tempo-com-o-Edward-e-agora-sei-de-tudo!

Mamãe ignorou o comentário do tio Emmett, indo até a cozinha e começando a preparar o glacê. Depois, ela pegou um daqueles sacos de confeiteiros, encheu de glacê que ela tinha colorido com um corante vermelho bonito e começou a escrever em cima, “Feliz Natal”

 - Que letra horrível, Bella! – Tio Emmett fez careta

 - Melhor que a sua! – Ele retrucou – Pelo menos eu soube escrever no bolo, ao contrário de você, que imprimiu. – Ele deu língua para ela. Ela se virou para mim – Quer um pedaço?

 - Não sei... Tenho medo, experiências ruins...

 - Garanto que esse está bom! – Tio Emmett se animou novamente

 - Ok... – Suspirei, e mamãe cortou um pedaço para mim

Ainda meio temerosa, mordi um pedaçinho, e, surpreendentemente, estava muito bom. Gostosinho, até. Quer dizer, uma delícia para uma comida humana.

 - E aí? – Ele perguntou

 - Você pode ter uma letra horrível e não saber confeitar bolos. – Falei – Mas ele está bem gostoso! – Então ele abriu um sorriso imenso

 - Viva! Sabia que esse saia direito! – Ele comemorou

Devia ser o Natal. Acho que nada poderia sair muito ruim no Natal. Só a letra da mamãe e a do tio Emmett.