Cinco anos se passaram, Isabella se tornara uma mulher linda e forte, sua alegria mudou a vida de seus tios no pacato sitio onde vivia com seus filhos Jacob e Léa, o início foi difícil mais logo ela se viu familiarizada com o lugar, sua vida era simples mais cheia de amor, seus tios trabalhavam muito, tinham uma vida sofrida cheia de sacrifícios, por isso se viu obrigada a trabalhar para ajudar no sustento da casa, no dia 03 de setembro, dia de seu aniversário de 21 anos selou um cavalo e galopou até a fazenda vizinha, estava animada, pois estava a caminho de uma nova vida, iria trabalhar como governanta na propriedade dos Cullens, ficou encantada com o tamanho da fazenda, havia muitos animais, principalmente cavalos, a casa era enorme, porém triste, o jardim estava mal cuidado, as flores estavam murchas, um arrepio percorreu seu corpo quando entrou na grande casa.

- Boa Dia! Você deve ser a Isabella.

- Sim. – Ela respondeu timidamente.

- Sou Esme, muito prazer.

Isabella ficou encantada com a Beleza de Esme.

- O prazer é todo meu.

- Você tem quantos anos Isabella?

- Estou fazendo vinte e um hoje.

- Meus parabéns então. – Esme disse surpreendendo Isabella com um abraço. Por um momento ela não sabia o que fazer desde que seu pai morreu nunca havia recebido um abraço de felicitação, seus tios nunca foram de demonstrar afeto.

- Obrigado. – Isabella disse com os olhos cheios de lágrimas.

- O que foi? Eu fiz alguma coisa errada? – Esme perguntou.

- Não senhora, é que desde que meu pai morreu, nunca mais recebi um abraço de felicitação.

Esme ficou parada por um momento observando-a, seus olhos também lacrimejaram.

- Sinto muito querida.

        Esme explicou todo o funcionamento da casa para Isabella, cada cômodo que ela entrava ficava mais encantada, era tudo muito grande e agradável, seu trabalho ali seria tomar conta de Elisabeth filha de Edward o dono da casa e cuidar para que a casa esteja sempre em ordem, só não entrou em um cômodo da casa, o quarto do patrão, segundo Esme ela só podia entrar lá quando ele me pedisse. Esme explicou que seu filho gosta de ficar a maior parte do tempo sozinho, que fica quase sempre no quarto quando está em casa, só sai para almoçar e jantar com sua filha. Alertou-a que ele é muito rabugento que nos últimos cinco anos quase dez governantas havia passado por ali.

- Te espero amanhã! – Esme disse abraçando Isabella mais uma vez.

         A garota saiu parando no jardim, fascinada, tudo era muito bonito, só estava mal cuidado, Edward ouviu as vozes vindo do lado de fora, afastou a cortina de seu quarto escuro vendo a moça, seus olhos estavam fechados, ela sentia o vento tocar sua pele, seus longos cabelos estavam presos em um rabo de cavalo no alto da cabeça com pequenos fios caindo em sua nuca e rosto, vestia calça jeans e uma blusa longa justa deixando a mostra seu corpo, calçava botas que vinha até abaixo de seus joelhos, Edward ficou fascinado com o que via, abriu um pouco mais a cortina para vê-la melhor, o reflexo do vidro da janela do seu quarto chamou a atenção de Isabella que levantou seus olhos percebendo de alguém a observava, a cortina voltou ao seu lugar, ela montou seu cavalo e voltou ao sitio de seus tios galopando devagar sentindo o ar, não havia nada que a agradasse mais como andar a cavalo e sentindo o vento tocar sua pele. Chegou à casa de seus tios indo fazer suas malas, Jacob a levaria na manha seguinte para o Raio de Sol (nome da fazenda de Edward), a noite foi longa, não conseguia dormir, uma ansiedade tomava conta de sua alma. Edward desceu para jantar aquela noite curioso, queria saber quem era a jovem que visitara sua casa de manhã, sua mãe logo lhe informou que havia contratado uma nova governanta, que ela era muito jovem, porém muito responsável e de bom coração, informou que tinha certeza que todos iriam gostar muito dela, Elisabeth fez um monte de pergunta seu pai como sempre não falou nada.

- Como é o nome dela vovó?

- Isabella.

        O nome de Isabella fez a imagem da garota se instalar na mente de Edward, ele a via parada no jardim, com os olhos fechados, parecia tão serena e satisfeita, se viu intrigado com isso, adormeceu com ela vagando pela sua cabeça isto foi bom, diminuiu um pouco o vazio que ele sentia, de madrugada acordou ofegante seus olhos banhados em lágrimas, o vazio havia voltado. Desde a morte de Júlia nunca teve uma noite tranqüila, dormia muito pouco, passava quase todas as madrugadas lendo, sua família nunca mais viu um sorriso sair de seus lábios, seu violão nunca mais foi tocado, sua vida é trabalhar, quase não conversa, quando a família esta reunida seu corpo sempre esta lá, mas sua mente parece vagar, seus pais e irmãos nunca desistiram de tentar trazê-lo de volta a vida, eles ainda têm esperança de um dia ver de novo um brilho de felicidade em seus olhos.

          Isabella levantou bem cedo tinha que esta na fazenda dos Cullens às oito da manhã, despediu de seus tios e logo partiu. Edward também saiu de casa cedo, selou seu cavalo e saiu pela fazenda como sempre faz aos sábados, o sol depois de muitos dias apareceu no horizonte anunciado à chegada do verão, ele olhou para o céu por um momento sentindo uma emoção nova, algo dentro dele gritava esperança, não entendia o porquê, pois a única que poderia devolver sua felicidade não pode mais voltar, antes das lágrimas começarem a descer ele começou a correr pelo campo com seu cavalo, Isabella que descansava sua cabeça na janela da caminhonete pode ver o cavalo passando disparado pelo campo, seus olhos o seguiram até se tornar só um borrão por causa da distancia, sabia que era a mesma pessoa que estava na janela observando-a, pois sentiu o mesmo arrepio, Esme já a esperava na porta recebendo-a com muito carinho.