Encontros escrita por Luh Black, Camihii, Luh Black


Capítulo 1
Garota Normal?


Notas iniciais do capítulo

A primeira vez que Kyoko e Yuki se falaram.



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Garota Normal?

“O sol tocou o horizonte sem medo, e seu brilho foi refletido nos olhos amarelados da garota. As lágrimas, aos poucos, se formaram; a tristeza, aos poucos, a dominou; a nostalgia, sua tão odiada nostalgia, aos poucos a afundou em um completo mar de lembranças. Lembranças tristes, suas mais tristes lembranças. Seus mais profundos pecados e arrependimentos.

Secou as lágrimas e virou-se lentamente, ficando de frente ao sol, encarando seu brilho, encarando sua força. Desafiando-o. Atacando-o. Defendendo-se. Indo em frente.”

- Olá! – Quem é o energúmeno que interrompe minha leitura? Se fosse algum vizinho, teria identificado pela voz, mas não era nenhum vizinho. E já tinha ouvido aquela voz antes... Na escola. Olhei para ele. Era do segundo ano, acho, mas não fazia ideia de como se chamava. O que também não importa, é melhor voltar á leitura da Aimi Katashi-sensei¹.

“Um forte vento fez com que, por um momento, olhasse para o lado, e assim...”

- Você é Nakamura Kyoko, da 1-A, certo?

Eu definitivamente não tenho sorte. Tudo bem querer saber meu nome, mas... pensando bem, nem meu nome ele deveria querer saber. De qualquer jeito, será que o animal em questão não sabe respeitar a leitura alheia? Continuei sem responder ou tirar os olhos do livro.

- Sou Miura Yuki, da 2-A.

Agora que penso um pouco, a protagonista dessa história gosta muito de curry. E Akira também gosta muito de curry, talvez eu deva fazer um pouco para o jantar de hoje.

- Se importa se eu me sentar aqui? – Não respondi, ignorei. Quem sabe assim o ser não ia embora? Ele esperou por alguns segundos a reposta, e quando finalmente se tocou de que não a receberia, se sentou. Apenas continuei a ignorá-lo. – Gosta de ler? Faço parte do Clube de literatura, que bem, na verdade só tem dois membros.

Estava no parque próximo a minha casa, que estava terrivelmente quente. Ali era um bom para lugar para se relaxar, passar o tempo, ler, e ter um pouco de paz, já que apenas crianças iam para brincar um pouco no fim da tarde.

- O dia está bonito, não está? - Continuei ignorando-o e dei um gole no meu suco de morango. Mesmo não deixando transparecer, já estava perdendo a paciência. Quando leio, gosto de ler no silencio. – Tomara que amanh-

- Miura-san, será que não percebeu que não to a fim de conversa? – Perguntei, tentando ser o mais educada possível. Estava chegando em uma parte importante da historia e queria paz para lê-la.

- Ah, certo, desculpe. Só vou ficar um pouco sentado aqui, certo? – Abaixei a cabeça e voltei a ler, ainda um pouco incomodada por ele estar ali. Mas desde que fizesse silencio, tudo bem.

- Sabe, Kyoko-san, eu tenho te observado na escola. – Foram cinco ótimos minutos, míseros cinco minutos, de paz até que ele voltasse a falar. Mantenha a calma, Kyoko, mantenha a calma!

- Bem, Miura-san, eu nunca nem liguei para sua existência dentro ou fora da escola. – Respondi fria. Só queria voltar a ler o quanto antes.

- Nossa, sério? Achava que era popular. Haha... – Olhei para ele, bem lentamente. Era definitivamente um cara estranho. O normal seria que as pessoas se ofenderem e darem alguma resposta igualmente ofensiva. E ele simplesmente havia rido. – Kyoko-san, você mora por aqui?

- Talvez.

- Eu moro naquela direção. – Ele disse, apontando para uma direção qualquer, e agradeci ao constatar que não era a direção da minha casa. – E você?

- Moro uma rua antes do inferno, virando a esquerda. Número 66.

- Haha, boa resposta. – Ele calou a boca e o silêncio voltou a reinar, para minha felicidade, e voltei a dar atenção ao livro. Até que ouvi um berro, ou melhor, um choro vindo do parquinho, e olhei.

Um garoto que com certeza não tinha mais que 10 anos ajudava a irmãzinha, bem mais nova que ele, que havia caído, e parecia ter ralado o joelho. Pegou uma garrafa de água e limpou o ferimento, logo depois a colocando em suas costas e indo embora. Akira já havia feito isso por mim, e não uma, várias vezes. Segundo ele, eu era um pouco agitada quando era pequena. Quando brincávamos juntos, eu me machucava com um pouco de frequência.

Bem, realmente tenho algumas cicatrizes nos joelhos e nos cotovelos, mas não acredito que seja bem por isso. Ri de leve a me lembrar de como brincávamos no orfanato. Só me lembro de ser uma criança altamente reservada.

- Tem irmãos, Kyoko-san? – Miura perguntou, provavelmente ao perceber que olhava a cena. Virei meu rosto para ele, séria.

- Por que pergunta?

- Bem, você tava olhando aquelas crianças e sorriu, então imaginei que tivesse. – Respondeu, sem jeito.

- Tenho.

- Eu moro com meus pais e um tio. – Ele começou, animado. Não deveria ter aberto uma brecha. – Na verdade, esse tio é quase como um irmão, mas fica sempre viajando, por isso fica bastante tempo fora de casa.

- ...

- E sua família, como é? – Ele era popular, e de repente começou a puxar conversa comigo, tentar me conhecer. Isso era suspeito, muito suspeito. E ainda por cima pergunta sobre minha família. Quem pergunta sobre a família de um desconhecido, e principalmente, quem fala da própria família para um desconhecido.

Dei um ultimo gole no meu suco de morango, que ainda estava pela metade, e o despejei em cima da cabeça dele, que ficou sem reação. Guardei o livro na minha bolsa e sai, ainda tinha que fazer compras para o jantar e logo começaria a anoitecer.

E para meu desespero, escureceu. E bem antes do que previa, o que era bem ruim, mas mesmo assim sai do mercado e fui para casa. Correndo, mas fui. Logo chegaria ao parque e, há essa hora, sempre era muito iluminado lá. Ou costumava ser.

Ao chegar lá, no máximo metade das lâmpadas estavam acesas, e entre elas, um grande espaço escuro. Muito escuro. É melhor arriscar um pouco, ou Akira vai ficar preocupado se demorar. E hoje é um dia cheio na faculdade, vai estar cansado quando chegar... Muito bem, coragem Kyoko, você consegue.

Comecei a correr, e me arrependi. Imagens do sonho que tenho toda noite, as poucas e vagas lembranças que tenho dos meus pais, e em especial de Kaori, reapareceram em um baque, e quando consegui chegar ao próximo poste de luz, cheguei arfando, quase às lágrimas, e tremendo.

Droga, maldita fraqueza, maldito medo. Me apoiei no poste e cai, lentamente, até que sentasse no chão. Precisava me recompor, ainda tinha um bom caminho pela frente, e não poderia incomodar ainda mais o Akira com isso.

- Kyoko-san? – Levantei a cabeça para ver quem em chamava, e gelei quando vi. Era o mesmo cara do parque de mais cedo. – Tudo bem?

- S-sim. – Me levantei ainda apoiada no poste, peguei as sacolas e respirei fundo, tentando me acalmar. Não seria nada que bom que ele descobrisse sobre isso.

- Tem certeza, você não me parece muito bem.

- É só um leve mal estar, nada serio, obrigada. – Respondi, observando o próximo poste de luz. Era praticamente a mesma distância do primeiro, e dessa vez teria que me segurar.

Passei por ele, já correndo, e fechei os olhos por boa parte do percurso, tentando impedir as imagens. Em vão. Enquanto estava de olhos fechados, apenas tinha medo do escuro em si, e por reflexo, os abri no meio do caminho, e acabei tropeçando.

“Garota estúpida! E você também, Akira. Já não disse para não brincarem naquela areia imunda? E além de ter machucado o joelho, pude ouvir o escândalo do meu quarto!

- M-mas t-tá doendo, m-mamãe...

- Calada! Ah, onde foi que eu errei criando vocês? Foi um erro ter dado a luz a qualquer um dos dois, só me fazem passar vergonha! – a mulher se virou e saiu.

- Tá tudo bem, Kyoko. – O garotinho falou, segurando sua mão e acariciando sua cabeça – Vem, vamos lavar esse machucado, certo? Se for forte, te dou um doce!”

- Kyoko-san? Kyoko-san! – Abri os olhos. Ainda estava no meio do daquele percurso, ainda no escuro, e já começando a chorar. Miura me olhava incerto do que fazer. Ignorei-o e olhei em volta, precisava de luz, precisava sair dali o mais rápido possível.

Me levantei, cambaleante, e corri em direção ao poste de luz mais próximo. Antes que pudesse chegar lá, tropecei novamente. Estava desesperada, com medo, chorando, mas ainda assim segurava a voz. Se a vizinhança soubesse sobre isso, causaria problemas para Akira. Tentei me levantar de novo, sem sucesso, apenas me machucando. Senti um líquido viscoso descer pelo meu joelho, e o desespero tomou conta de mim.

Droga, estou com medo, preciso de ajuda. Não vou conseguir... tá tudo escuro, escuro demais! Akira... alguém...

- Kyoko-san, venha. – Senti meu corpo ser levantado, e agarrei a blusa seja lá de quem me ajudava. Quando dei por mim, estava debaixo do poste de luz, arfando, e sem soltar quem me ajudara. – Kyoko-san...

Levantei meu rosto, era o Miura. Me olhava com pena, com receio de fazer qualquer coisa, e com certo medo. Aos poucos, me acalmei. Minha respiração voltou ao normal, parei de tremer e chorar, mas meu coração ainda estava acelerado. Acelerado de medo, o mais puro medo.

- Está melhor, Kyoko-san? – Não respondi, ainda não conseguia falar bem, apenas afirmei com a cabeça, olhando para baixo. Pude vê-lo abrindo mochila e pegando algo. Uma garrafa d’água. Abriu-a, despejou um pouco em sua mão e passou no meu rosto, de leve. – Está tudo bem, fique tranquila. Você mora por aqui, certo?

- Sim. – Respondi, num sussurro.

- Pode me dizer onde? Assim a levo até lá. – Falou, reunindo minhas sacolas.

- R-rua F, número 17. – Respondi, ainda sussurrando. Levantei um pouco a cabeça e vi que ele sorria de maneira gentil, e estranhamente acolhedora. Exatamente como em uma das poucas lembranças que tenho de meu pai.

- Venha. – Ele chamou, agachando de costas na minha frente, com as sacolas nos braços. – Eu te levo até lá.

Não medi bem minhas ações, e meu corpo aceitou a oferta sem pestanejar. Apenas precisava sair dali, mas sozinha não conseguiria. Por todo percurso, que não durou mais que 10 minutos, permanecemos quietos. Ele andando, me carregando e carregando todos os pertences, meus ou dele. Eu, quieta, encolhida em suas costas, de olhos fechados, marejados de medo, tremendo um pouco. Ainda era escuro.

- É ali. – Apontei, quando nos aproximamos de minha casa. Apenas a luz da varanda estava ligada, o que significava que Akira não havia chegado. Menos mal, assim não precisaria explicar nada.

Pelo menos não nessas condições.

Miura me colocou no chão, para que pudesse abrir a porta, e o fiz mancando, pelo meu joelho machucado.

- Quer que te ajude ai dentro? – Ele perguntou, ainda do lado de fora.

- Por favor. – Era estranho como eu mudava quando ficava assim, e ele se surpreendeu. “Por favor” é algo que só digo ao Akira, e há anos não digo a qualquer outro... a não se suplicando a ele.

- Com licença. – Ele pediu, entrando e colocando as sacolas e sua mochila no chão.

- Eu... vou fazer um chá. Pode se sentar aqui, por favor. – Ele se sentou, e pouco depois voltei, já com o chá pronto e recuperando um pouco meu normal.

- Obrigado. Kyoko-san muda muito quando fica com me-... fica sensível, certo?

- Miura-san, eu-

- Yuki. Me chame de Yuki, não gosto de formalidades demais.

- Yuki-san... obrigada por me ajudar hoje, e peço desculpas por tudo. – Ele me olhou enquanto tomava seu chá. Riu um pouco e colocou a xícara na mesinha.

- Kyoko-san, lembra que lhe disse que te observava na escola? – Afirmei com a cabeça, estranhando um pouco a mudança de assunto – Sabe por quê?

- ...

- Vi tristeza no seu olhar. – Respondeu – Vi arrependimento, vi medo, vi um pedido desesperado, mas silenciado de socorro.

- Do que voc-

- Aconteceu alguma coisa no seu passado que a fez ficar complexada, por isso não se aproxima das pessoas, por isso é esforçada.

- Yuki-san, por que acha qu-

- Kyoko-san. – Me interrompeu, se levantando e sorrindo – Só quero que saiba que pretendo ser seu amigo, mesmo que você não queira. Não sou bem como os outros do colégio, por isso acho que podemos nos dar bem. Bem, preciso ir, antes que meus pais fiquem desesperados achando que fui sequestrado.

Ele se virou e foi até a porta, pegou sua mochila que estava no chão e saiu. Como ele... por que ele... Ele disse coisas totalmente sem sentido! Com certeza foi apenas um chute, não tem sentido, não tem como ele saber tanto se... se nem Akira sabe.

Olhei o relógio, logo Akira chegaria. Era melhor começar o jantar e tomar um banho, para tenta esquecer o episodio de hoje e o... o metido a guru.

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Quem sabe se eu colocar de vermelho? Hum... não, talvez um vinho seria melhor... Ah, perfeito! Agora só falta os sapatos e a cor do corpete. Olhei em volta, vagamente, esperando que uma ideia viesse a mente, sempre vinha. Mas os acontecimentos de ontem ainda me rondavam a cabeça.

Maldito filhinho de papai, acha que é psicólogo? Vidente, talvez? Com certeza tem o obentô feito pela empregada de alguma patricinha diferente todos os dias. Deve sofrer com o assedio das garotas, oh, quanta dó! Preciso de um balde de lixo por perto para vomitar quando ouvir a voz dele novamente.

Aah, estou arruinada. Ele com certeza já espalhou pra sala inteira dele sobre ontem, e com certeza a escola inteira já está sabendo... Ou deveria estar sabendo. Já estamos no almoço e ninguém veio tirar uma com a minha cara ou fez alguma brincadeirinha ofensiva. Não baixe a guarda, Kyoko, logo alguém vem atacar!

- Ohayo, Kyoko-chan! – Dito e feito, preciso controlar melhor meus pensamentos. Era o Miura novamente, provavelmente para fazer chantagem. Ignore-o, finja que nunca o viu e que existe outra Kyoko perto de você. Além disso, desde quando é “Kyoko-chan”? Nem o Akira me chama assim! Olhei para ele por um breve instante e voltei para o meu desenho. – Kyoko-chan, vai mesmo me ignorar depois de ontem?

Ele era traiçoeiro, e sabia usar as armas certas para jogar.

- O que quer?

- Posso almoçar com você, Kyoko-chan? – Olhei bem para ele, mas bem mesmo. Estava segurando a bandeja com comida vendida pela escola, e sorria de maneira estridente.

- Não.

- Obrigado, Kyoko-chan. – Ele disse, se sentando. Talvez fosse surdo.

- Não me chame assim. Pra você, como para todos os outros, sou Nakamura. – Avisei, enquanto guardava meu desenho e pegava meu obentô. Preferia não deixar que ele visse meus desenhos, não era seguro, e já estava correndo risco o bastante.

- Okay, então te chamo de Kyoko. E você me chama só de Yuki. Pronto, todos ficam felizes!

- Não somos e nem seremos íntimos o bastante para isso. Gostaria que me deixasse em paz o quanto antes.

- Kyoko-chan... ou melhor, Kyoko. Não seja tão má. Somos amigos.

- Meus amigos estão em casa, esperando que eu chegue da escola.

- Mora com seus amigos? – Olhei para ele, tentando descobrir que espécie de imbecil ele seria. Admito que o Imbecil Mor seria muito para ele... quem sabe o braço direito do Imbecil Mor.

O ignorei e ficamos em silêncio alguns minutos. Estava tensa, tinha certeza que logo ele tocaria naquele assunto, e se isso se espalhar pela escola, provavelmente mandariam chamar o Akira, o que não seria legal.

- Kyoko, não fique tensa por ontem. Desculpa pelo que disse, provavelmente estava errado.

- Que bom que sabe disso. – Respondi, encarando meu obentô, que já estava ela metade.

- Kyoko, não fique na defensiva. Vamos esquecer o que aconteceu ontem, certo?

- Adorei a ideia. Vou esquecer que um dia conversei com você.

- Não! Não vamos esquecer totalmente então. Bem... er... – Queria saber quando ele ia embora, estava estragando meu almoço. – O que eu quero dizer é que não farei nada nem contarei pra ninguém! Tipo... er... só quero ser seu amigo!

- Então, amigo, olhe em volta. – Leigo como era, provavelmente não tinha percebido, mas o refeitório inteiro olhava e cochichava, sempre apontando na nossa direção. Quando ele olhou, imediatamente todos pararam. – Não quero chamar mais atenção ainda, agradeço pela oferta.

Ele ficou em silêncio por alguns minutos, vendo finalmente que eu estava certa. Como um imbecil de baixo nível até entendeu rápido o que eu estava dizendo

- Kyoko... Isso combina com você. – Olhei para ele, sem entender o que queria dizer. – Seu obentô.

- O que tem meu obentô?

- Combina com você. É bem melhor que essa pose de garota má. É bem mais a sua cara. Te reflete, sabe? – Olho para meu obentô e depois volto a olhar para ele.

- Então... eu pareço um porco?

- N-não, não é iss-

- Bem, porque eu com certeza não pareço um pedaço de carne... só poderia parecer com o meu porquinho.

- N-não, Kyoko, não é isso.

- Diz que quer ser meu amigo e fala que sou parecida com um porco. Uau, estou desatualizada dos tipos de amizades existentes.

- Então aceitar ser minha amiga?

- Não mude de assunto.

- Ah, claro. Não te chamei de porca, só quis dizer que isso combina mais com você.

- Então... eu combino com um porco. Sou gorda como ele, também?

- Kyoko, não ponha palavras na minha boca! O que quis dizer é que mostra mais a sua essência. – Abri a boca para falar, estava divertido confundi-lo – E não pense em falar nada sobre você parecer um porco! O que quis dizer é que você é fofa.

- Fofa? Onde? Que parte?

- Na parte que se preocupa com seu irmão e tenta deixar ao mínimo sua casa boa o bastante pra ele! Além de claro, ser esforçada. – Ele parou por um momento, e depois voltou a falar. – O que quis dizer é que no fim das contas, você ainda é uma garota como todas as outras. Ou melhor, melhor que a maioria delas. É uma garota normal!

Uma “garota normal”? Essa foi ótima. Bem... vamos ver onde essa historia vai dar.


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Notas finais do capítulo

¹ Aimi Katashi é um nome inventado, que duvido que exista, e o termo sensei não se refere a professor, mas a alguém cuja experiência em determinado assunto é maior. Mangakas(autores de mangas) constantemente referem-se uns aos outros usando o sufixo -sensei



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