(narrado por Jared)

Eu não tinha forças para me levantar do chão. Como? Como isso foi acontecer? Justo com elas? Justo com ela?

Lágrimas corriam pelos meus olhos compulsivamente, creio que eu mesmo nunca tinha me visto chorar tanto em toda a minha vida. Ela foi sequestrada. Minha mente girava sempre em torno das mesmas palavras. Ela foi sequestrada. Eu me encontrava sentado, no canto do quarto da Maddie, abraçando as próprias pernas como que na tentativa de tentar amenizar a enorme dor que me consumia internamente. Uma parte de mim tentava levantar e ter forçar para ir atrás dela, não importava como, eu tinha que fazer alguma coisa para ajudá-la, mas outra parte estava completamente em crise, paralisada, minha única vontade era continuar ali, exatamente naquela posição, até que ela estivesse segura novamente em meus braços. Mas eu não podia ficar aqui sentado apenas esperando que tudo se resolva por si só. Sou um grito de dor, eu soluçava.

De repente a porta se abre, iluminando o quarto pela fresta aberta com a luz do corredor, no instante que eu ia gritar para mandar ir embora quem fosse, percebi que era o Tom. Já ia gritar com ele novamente quando percebi que ele me fitava, não com um olhar de pena ou raiva, mas como... Se sentisse da mesma forma. Ele se aproximou, parando a alguns centímetros, ainda me olhando.

– O que foi? Veio aqui para quê? Vá embora. Eu não queria que ele, justamente ele, me visse naquela situação.

– Levanta dai Jared, como você mesmo disse, em que você acha que isso vai ajudar? Ele disse, mas não no tom sarcástico como de costume, mas como se ele realmente quisesse que eu me levantasse e fizesse algo para ajudar elas.

– Eu não consigo. Eu disse, verdadeiramente, com lágrimas ainda escorrendo pelos meus olhos.

– É claro que você consegue Jared, você tem que ser forte, forte por ela. Ela precisa de você, mais do que qualquer outro momento da vida dela, ela precisa que você esteja firme. Você não pode desistir agora. Enquanto ele falava, uma lágrima caia de seus olhos, ele falava como se não estivesse apenas falando para mim, e sim como esse ele reafirmasse aquilo para si mesmo, essa foi á primeira vez que eu vi Tom Kaulitz chorar, infelizmente também não foi á última.

– Por ela? Por elas? Ele me disse, oferecendo a sua mão para que eu me levantasse. Sequei as últimas lágrimas e segurei na sua mão, me levantando.

– Nós ficaremos juntos, por elas.