A Stranger In a New World escrita por Calisticcii


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bill e Tom estão meio longe. Mas calma...



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  Mamãe já está atrasada pra me buscar. Algo teria acontecido novamente. Ela costuma se atrasar, mas eu não gosto. Logo hoje, último dia de aula. Sempre é por causa de algo no trabalho. Ela é médica, cirúrgica e psiquiatra. A vida dela realmente é cheia, ainda mais com três filhos.

-Hey, Carina! –Grita minha melhor amiga.

-Stela! –Me levanto deixando a mochila no banco em frente ao colégio, e vou de encontro à ela lhe arrancando um forte abraço. –Por que não veio hoje? –Pergunto olhando pra ela.

-Eu tive que ir ao médico hoje e pedi pra mamãe me trazer aqui pra te ver. –Disse ela com um enorme sorriso no rosto.

-AAAAAAAAAAAAAH! –Abraço ela novamente, bem apertado.

-Hey, meninas! Sua mãe chegou, Carina. –Disse a mãe da Stela. Uma mulher super doce, cuidadosa e linda.

-Ah, obrigada, tia Cindy.

-De nada, linda. –Disse tia Cindy sorridente.

  É incrível como o sorriso da tia Cindy é parecido com o da ben. Sim, é assim que eu a chamo carinhosamente.

  Me separei da Stela, peguei minha mochila, me despedi delas e fui ao encontro de minha mãe, que me esperava no carro.

-Tchau! –Gritei pelo vidro do carro, enquanto minha mãe ligava o carro.

-Então... como foi a escola hoje, querida? –Perguntou mamãe atenta à rua.

-Foi bem legal. Mas a Stela faltou e ficou meio vazio. E como foi o trabalho hoje, mamãe?

-Hmm... entendo. Bem, foi como sempre. Uma correria danada... –Ela suspirou e encostou no banco do carro, esperando o sinal abrir. – gritos pra lá, gritos pra cá. O de sempre. E me desculpe por ter chegado atrasada.

-Tudo bem, mamãe. Eu entendo. –Dei o meu melhor sorriso.

  Assim que o sinal abriu, mamãe voltou sua atenção pra rua e continuamos o caminho de casa. Eu acho que mamãe devia tentar descansar um pouco, pedir férias, ou coisa assim. Ela ta sempre nesse estresse todo. E o pior: não sei o que fazer pra ela se sentir menos estressada, a não ser minhas obrigações que são arrumar o quarto, fazer os trabalhos e ficar quieta.

-Mamãe, o papai ta em casa? –Perguntei enquanto saia do carro assim que chegamos em casa.

-Sim, querida. Provavelmente em seu querido escritório.

  Sai da garagem e fui ao encontro do papai. Ele é empresário e músico. Quando não ta em seu escritório, ta na empresa, e quando não ta na empresa, ta de folga. É muito doido isso.

  Abri a porta do escritório com bastante força, pra mesma bater na parede e papai pular da cadeira.

-Querida! –Disse ele virando sua cadeira ainda meio atordoado, e abrindo os braços.

-Papai! –Corri pro abraço dele e beijei sua bochecha.

-Como vai a menina mais linda do mundo, que faz aniversário daqui a três dias?

-Ah, muito bem! –Eu não parava de sorrir, ainda mais com esse assunto.

-Que bom... E como foi na escola?

-Ah, foi legal, tirando a Stela que não foi. Mas deu pra convidar todos que eu queria. –Ao completar a frase, bati palmas de alegria e papai riu.

-Ei, ei! Chegou a alegria da casa! –Essa voz familiar vinha pelas escadas. Sim, meu irmão!

  Sai do colo do papai que ainda estava sorridente, e fui ao encontro do meu querido e lindo irmão.

-TOM! –Pulei em seus braços. Ele me levantou, deu umas duas voltar comigo e me segurou em seu colo.

-E ai, menina, preparada pro grande dia?

-Sim! –Respondi pulando.

-Hmm.. que bom! Teremos um festão. Convidei umas pessoas, tem problema?

-Claro que não! Quanto mais gente melhor. Quero que fique pra história. –Eu disse olhando pro horizonte e imaginando como seria.

-Quando mais cresce, mais madura fica. Cuidado pra, quando tiver 20 anos, não parecer que tem 50. –Ele e sua mania de me botar medo.

-Deixa de ser bobo. Cadê o Bill?

-Ele foi ao shopping. Sabe como é né, ocasião especial amanhã. Até eu pedi pra ele comprar algo pra mim. Mas acho que me arrependi... –Disse ele me colocando no chão e botando as mãos na cintura.

-Por que? –Perguntei arqueando a sobrancelha direita.

-Vai que ele me traz uma calça skiny! Nossa, mato ele. Eu falei bem claramente: “calça, só XXL.”–Disse ele balançando a cabeça.

-Que nada! Só se for pra ficar pra ele.

-Com certeza! –Disse ele me dando um beijinho na bochecha esquerda, e indo pra cozinha, claro. Tom na cozinha é problema na certa. Nunca vi alguém comer tanto. Nem mesmo o Bill que é maior que ele.

  Subi as escadas correndo em direção ao quarto. Tomei um bom banho, e desci pra almoçar. Eu to mais empolgada do que quem ganhou na mega sena. Não vejo a hora de fazer 15 anos.

-Ah, querida, já ia te chamar. –Disse mamãe colocando o último prato na mesa.

-Tudo bem. O que temos hoje pra... –Parei o que eu ia falar, quando avistei Bill com um pacote de presente na mão. –BIIIIIIIIIIIILL! –Corri pra abraçar ele e, claro, pegar meu presente.

-Feliz aniversário, Cary! –Disse ele me entregando o pacote.

-Que lindo! Ah, obrigada, Billzinho! –Abracei ele novamente depois de abrir o presente. Era um vestido preto com alguns brilhos discretos. MUITO LINDO!

  Me sentei na mesa com o maior sorriso do mundo, e começamos a almoçar. Ver minha família reunida assim era tão bom... Raramente isso acontece. É muito bom meu aniversário ajudar em mais uma coisa: juntar a família mais e mais. Terminamos de almoçar, ajudei a tirar a mesa e fui pro meu quarto, de encontro com meu caderno de tudo o que eu queria na festa.

  Subi a escada super feliz e saltitante, abri o quarto e sentei na escrivaninha pra conferir tudo

  “Ok, só falta a roupa... O QUE?! AAAAAAAH! É O FIM DO MUNDO! Droga! Como eu posso ter me esquecido da melhor parte? Preciso do Bill!” Corri até o quarto do Bill e bati desesperadamente.

-Entra! –Gritou ele de dentro do quarto.

-Bill, Bill, Bill! –Eu chamava ele já quase sem ar.

-Jesus, menina... o que foi? Calma, relaxa. –Disse ele me ajudando a sentar na cama e respirar.

-A roupa da festa! Eu ainda não comprei!

-Como, Carina? Vamos agora, então!

  Nem respondi, lhe dei um beijo na bochecha direita, e sai correndo pra me arrumar. Ele sabe que roupa, acessórios, maquiagem e tudo isso, são TUDO pra mim. Ainda mais porque ele estuda moda e me conta tudo. Nos arrumamos e fomos pro shopping de táxi.

  Chegando no shopping, fomos em milhares de lojas, mas, enfim, paramos em uma loja e, depois de eu experimentar uns 500 mil vestidos, compramos o certo. Saímos da loja, e fomos pra praça de alimentação. Eu me sentei em uma mesa perto do Mac Donald’s, onde o Bill foi fazer nosso pedido, e fiquei esperando por ele. “Nossa... agora que comprei o vestido, to muito mais ansiosa...

-E ai, tem certeza que gostou do vestido? –Disse Bill sentando, e colocando as bandejas na

mesa.

-Claro! É lindo. –Sorri e começamos a comer, e conversar.

  Depois que lanchamos e decidimos passar em um mercado pra comprar algo pra comer quando chegássemos em casa. Depois pegamos um táxi que nos deixou na porta de casa, e entramos. Mal entramos, já demos de cara com o Tom e uma garota no sofá da sala, vendo um filme que eu não identifiquei, na Tv.

-Tom, posso falar com você rapidinho? –Disse o Bill colocando as coisas na mesa da copa.

-Ta. Só um minuto, Larissa. –Disse o Tom se levantando e indo em direção à copa.

  Eu fui guardando as coisas em seus devidos lugares na cozinha, e deixando tudo pronto pra mim e o Bill fazermos nosso maçarão, enquanto eles dois conversavam na copa. Eu, como não sou boba, fiquei escutando tudo. Mas, ah... a copa é em frete à cozinha.

-Tom, o que a mãe já falou? Temos uma adolescente em casa. Não podemos ficar dando esse tipo de exemplo. A mãe e o pai raramente podem nos dar atenção. Então temos que dar uma boa base pra ela. –Disse Bill.

  “Mas do que ele ta falando? Eu já sou bem grandinha pra saber de tudo que preciso. Bill e sua Mania de querer que eu seja uma eterna criança.

-Bill, calma! Eu não vou fazer nada com ela. Eu já falei com a mãe. Ela é uma garota legal. –Disse Tom se explicando.

-Tudo bem, então. Vão querer macarrão? –Disse Bill se dirigindo à cozinha.

-Aham. –Respondeu Tom, voltando à sala.

  Eu ainda tava com os olhos apertados, indignada com o Bill, quando percebi que ele tava vindo. Tentei disfarçar e continuei tirando as coisas das sacolas.

-O que foi, Cary? –Perguntou Bill com a sobrancelha direita arqueada.

-N-Nada. –Respondi sem olha-lo e continuei tirando as coisas.

  Bill se fez de desentendido, e foi me ajudar. “Será que eles tão evitando de falar ou fazer certas coisas, por minha causa? Mas eu não sou mais nenhuma criança pra eles fazerem isso. Talvez, eu deva mostrar isso. Sim, realmente eu, ás vezes, aparento ser uma criancinha... AH! Quem eu to querendo enganar? Eu vou parar com isso! Não sou mais uma criancinha mimada pela família, além de eu nunca ter sido mimada.” Quando terminamos de fazer nosso famoso macarrão, fomos pra sala pra nos juntar com o Tom e a Tal Larissa.

-Opa! Comida. –Disse Tom se ajeitando no sofá.

-Mas nem com uma garota do lado você esquece de comida em, coisa. –Disse Bill e todos rimos.

-Cary, a Larissa é uma das pessoas que eu convidei pra festa. –Disse Tom dando garfadas no macarrão.

-Ah, que legal. Seja bem vinda, Larissa. –Sorri e voltei meu rosto pra Tv, e continuei comendo.

   Comemos, lavamos a louça e vimos o resto do filme junto com eles. Dessa vez, eu identifiquei o filme, era o “Premonição 4”. Super demais, esse filme. Depois não tínhamos nada pra fazer, e a Larissa sugeriu jogos. E todos concordamos. O Tom concordou, dizendo que é uma comemoração de nós juntos, pra comemorar o fim dos meus 14 anos, e o Bill completou dizendo que não adianta o quanto eu cresça, ele sempre vai grudar no meu pé. Isso eu já sabia. Haja saco, né?

  Jogamos até as 03:00 da manhã. Mas paramos pra nos prepararmos pro dia seguinte que seria bem cansativo. A Larissa dormiu aqui em casa, no quarto de hóspedes. Meu pai proibiu o Tom de chegar perto dela. Além do Tom já ter 18 anos e ela aparentar o mesmo, papai não queria esse tipo de coisa. Palhaçada. Mas eu vi o Tom fugindo do quarto ás vezes, e indo lá no quarto onde ela tava. O que o Bill disse entrou por um ouvido e saiu pelo outro.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler ;D



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