Ah Paris... Uma cidade maravilhosamente perfeita.

Vim passar o ano novo na capital mundial do romance.

Certo, eu não tinha namorado, mas tenho que confessar uma coisa.

Eu acabei me apaixonando pelo Potter. PELO POTTER!

OK é loucura, eu sei, mas cada dia se tornava mais difícil eu dizer o “Não” que eu sempre falava quando ele me pedia para sair. Tudo nele me deixava, sei lá... Meio que com borboletas no estomago.

Não uma sensação que me incomodava... De um modo contrário. De uma forma prazerosa.

E diante desse fator estou eu aqui, em Paris, em frente à famosa Torre Eiffel, pensando no Potter, faltando apenas cinco minutos para o final do ano.

Eu – inutilmente – tentei pensar em outra coisa que não fosse o ser de cabelos espetados que rondava a minha mente, e finalmente consegui quando eu senti duas mãos me abraçando por trás.

O toque me fez arrepiar e sentir um calor em meio ao frio – igual eu me sentia quando o James me tocava (o que acontecia quase todo o dia).

Eu perdi minha consciência (Na verdade acho que eu a havia deixado em casa antes de ir para Hogwarts esse ano). Não importava quem era, a única questão era que ele mexia muito comigo, deixando minhas pernas bambas, ativando as borboletas do meu estomago, passando uma corrente elétrica pelo meu corpo e deixando os lugares onde ele tocava amortecidos.

Foi então que eu ouvi sua voz encantadora sussurrando em meu ouvido.

- O que faz uma bela moça tão linda estar sozinha em Paris nessa bela noite de final de ano, Lily?

O modo como ele disse meu nome, acariciando-o de todas as formas possíveis me fez reconhecer aquela voz melodiosa.

- Uh... Eu é que pergunto. O que faz um Maroto sozinho em Paris nessa bela noite de final de ano?

- Ah... – ele me soltou, indo para o meu lado e me abraçando pelo o ombro, enquanto eu passava o meu braço pela cintura dele – Sirius está por aí com umas garotas, Remus está dando uma volta por aí, Peter está no buffet do hotel. Mas e você? Ainda não respondeu minha pergunta.

Suspirei. Agora eu teria que contar. Encostei minha cabeça no ombro de James e comecei.

- Meus pais estão dando uma volta de barco pela cidade, afinal, foi por lá que eles se conheceram há exatamente 25 anos atrás. E me deixaram aqui para ver se eu encontrava alguém.

Senti que ele ficou meio tenso, então tirei minha cabeça do ombro dele e o fitei nos olhos.

- Então... Já achou?

- Ah... Já achei sim, eu só espero que ele tenha achado também.

Eu vi no fundo de seus olhos castanho-esverdeados que ele esperava que eu não tivesse achado.

Vi uma lágrima cair de seus olhos, então com muita dor e sofrimento na voz, ele disse:

- Espero que ele seja gente boa e que não te machuque.

Eu vi o que ele sentia, então voltei minha cabeça no ombro dele, e enquanto ele a cariciava eu resolvi “abrir o jogo”.

- Ele é gente boa sim, e tenho certeza que ele não vai me machucar... A não ser que ele fique triste que nem agora. – eu disse, enquanto limpava as lágrimas de seus olhos.

Ele abriu um sorriso, e quando ele ia falar alguma coisa, começaram a contagem de ano novo. 59, 58, 57, 56...

Começamos a contar também, e quando chegaram no 16, eu olhei para James e mandei uma indireta muito direta.

- Uh... Jay... Sabia que beijo a meia noite dá sorte?

Ele me olhou como estava me olhando antes do pessoal nos interromper com a contagem. Naquele mesmo momento, eu o abracei de frente, e quando o pessoal chegou no 1, unimos nossos lábios com todo o amor contido e escondido de minha parte.

E esse era o ano novo. Novas chances, nova vida, um novo dia.

Separamos nossos lábios para observar os fogos.

-Eu te amo – Murmurei a ele quando nos separamos.

Ele me olhos com ternura e amor.

- Você não sabe quanto tempo eu esperei para dizer esse eu também.

Eu o abracei e fiquei observando o céu enquanto ele beijava meus cabelos ruivos.

Aquele havia sido o melhor primeiro beijo que um casal poderia ter. Afinal, Paris é a capital do romance, certo?