assassinato Ás Três Horas -o Batom Preto escrita por Lilli


Capítulo 7
Capítulo VII - A minha esposa


Notas iniciais do capítulo

Capítulo VII
A minha esposa
— Eu falei que algo terrível poderia te acontecer.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/120389/chapter/7

Listing havia contado tudo a Schäfer.
- Tudo bem, sangue no sotão. Sabe o que isso significa?
- Esta pensando o mesmo que eu? - Pergunta Listing
- Ligaremos os fatos. Ele estava no local do assasinato, e agora você encontra o sotão dele coberto por sangue, não temos certeza mas ele é o principal suspeito. - Schäfer acende um charuto.
- Acha que devemos prende-lo?
- Não exatamente prende-lo, mas vou fazer um convite a ele hoje a noite ...
- Convite? - Listing percebe que Schäfer tinha um plano.

Era 22:00h da noite, Tom estava comendo quando alguém bate em sua porta.
Cada vez que isso acontecia, ele temia.
- Tom, é o delegado Schäfer. Podemos conversar?
Claro, ele estava ali para falar sobre o sangue no sotão. O sangue que Tom havia passado a tarde inteira limpando, não porque precisasse esconder algo mas, porque aquele cheiro o incomodava, o fazia se sentir mal, o fazia lembrar coisas que ele preferia esquecer.
- Tom, por favor, é um assunto sério.
- Entre ... - Diz Tom, sem se mover de onde estava, de frente para a pia.
- Desculpe incomodar, mas é um assunto policial e ...
- Eu sei, - Tom interrompe o delegado - Veio falar sobre o sangue no sotão né? Listing deve ter fofocado, claro ...
- Não é questão de fofoca Tom, você sabe, somos da policia, é o nosso dever, e, infelizmente, você se tornou o principal suspeito dos crimes.
- Vai me prender? - A tranquilidade de Tom confundia Schäfer.
- Não, porém, estará sendo vigiado esta madrugada.
- Ah, claro, então, se nenhum crime acontecer de madrugada, eu vou preso? - Diz Tom, ironicamente.
- Não posso prende-lo se eu não tiver como provar por B mais C que você é a assassina do batom preto.
- Eu sou A assassina?
- Você entendeu. - Diz Schäfer.
Tom não tinha nada a temer. Não por ele. Então, aceitou, sem problemas, que fosse vigiado a noite.

Schäfer preferiu passar a madrugada toda na delegacia, preocupado com o caso. O relógio marcava 03:58 am. Tom estava em sua casa com toda uma força policial cercando o local, e tinha homens até dentro da casa.
Listing resolverá passar a noite em claro com Schäfer na delegacia.
- O que acha? São três horas agora.
- Estou temendo uma nova morte.
- Então acha que Tom não é o assassino? - Diz Listing, se sentando na cadeira.
- Sinceramente, acredito que não.
Listing não diz nada, porém, ele achava o mesmo.

O tempo parecia que não passava, Listing encara novamente o relógio. 03:15 am.
De repente, o telefone toca. Detetive e delegado se encaram.
- Alô? - Schäfer atende.
Listing vê o numero na bina e gela. Era o numero de sua casa.
Schäfer então, desliga o telefone, sua expressão não era a das melhores.
- O que aconteceu?! - Pergunta Listing
- Não sei, a única coisa que falaram foi ... " esta morta ... " , era a voz de uma mulher.
Listing então, sai correndo.

Em poucos minutos uma mercedes preta parava em frente a casa dos Listing. O detetive sai correndo do carro e entra em casa, a porta não estava trancada como sempre, ao chegar na cozinha se depara com a pior cena de sua vida, no corredor estava o corpo de sua mulher, Joanna.
Listing pega o corpo de sua mulher, todo banhado em sangue e já sem vida.
- Joanna, não! Joanna ...
Schäfer vê, chocado.
Então, Tom não era o assassino. Porém, com aquele assassinato, o assassino quis ferir apenas uma pessoa: Listing.

Joanna estava pior do que as outras vitímas, Listing apenas a reconheceu pelo cabelo, e por estar em sua própria casa. A camisola estava banhada por sangue, mais da metade do corpo se encontrava em carne viva, havia sangue por todo o corredor e pelas paredes, o corte na garganta fora tão profundo que ela estava quase decapitada, os braços foram decepados e os ossos das pernas quebrados em quatro lugares. Não havia marca de batom, afinal, não havia local para deixar a marca, o corpo ficara destruido, porém, o batom preto estava jogado ao lado, quebrado.
Listing, antes de se virar para Schäfer, enxuga as lágrimas.
- Vou mata-la com as minhas próprias mãos ... - Qualquer um via o ódio em sua voz.
Se ouve as sirenes, os homens que estavam na casa de Tom haviam sido chamados, e a ambulancia estava a caminho.
Um dos guardas entra na casa.
- Tom Kaulitz ... - Diz Schäfer, vendo que o garoto havia vindo junto.
- Senhor delegado, o garoto não saiu de sua casa, fiquei de olhos nele todo o tempo.
Tom olhava o corpo, embora estivesse, no fundo, se acostumando com aquilo, sabia que aquele assassinato fora o pior. Não só pelo estado do corpo, mais pelo estado em que se encontrava Listing. Ele estava emocionalmente acabado.
Sentado no chão, Listing estava sem reação alguma, encarava o nada.

Após recolherem o cadáver, Schäfer acompanha Listing até a cozinha e lhe prepara um copo de água com açucar. O delegado havia posto o batom em um saco plástico e entregado para um homem mandar analisar marcas digitais.
Tom estava na porta.
- Eu falei que algo terrível poderia te acontecer. - Diz Tom.
- Ei garoto, acha que esse é o momento de falar sobre isso? - Diz Schäfer, bravo - Dá pra, pelo menos, respeitar? A esposa dele acabou de ser assassinada do pior modo e você me vem com essa?
Listing encarava Tom.
- Você pode não ser o assassino ... - Listing se levanta e caminha até Tom - Mas você tem algo haver com os assassinatos ... e disso eu tenho certeza.
Nisso, ouve-se um barulho vindo do quarto, os três correm até lá.
Havia alguém no quarto, estava de costas, usava uma bota de salto alto, calça skinny preta, blusa preta, longos cabelos pretos, luvas de renda na mão, as unhas com esmalte preto.
Tom estava paralisado, ele sussurra algo, porém, ninguém fora capaz de ouvir.
A pessoa se virava aos poucos, já havia notado que não estava mais sozinha.
Tinha uma faca em sua mão, e nela estava espetado um cadavér de um passaro. O passaro de estimação de Joanna.
- Você é ... - Começa Listing
A pessoa se vira. Talvez, Listing e Schäfer não esperavam por aquilo.
- Bill Kaulitz. - Continua o detetive.
Ódio, era o que ele e o delegado sentiam naquele momento.
Tom estava sem reação alguma.
E Bill ... ele apenas ria.

~


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AAEE, Bill apareceu (:
Vaah-chan, que tbm ta acompanhando (:
e a Nicole que falou lá na cmm Tokio Hotel que ta lendo tbm, e a Marcela que me falou pelo msn que ta lendo tbm *-* ♥