A Bruxa-olimpiana. escrita por FuckingKirios


Capítulo 7
Capítulo 7




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 -Eu juro, mas eu juro que vou mandar uma carta pro meu pai dizendo pra ele dar um jeito nessas coisas – era a quinta vez que Malfoy dizia aquilo.

            Segurei o riso.

            Malfoy tirava um pouco da sujeira do uniforme e ficava olhando para a vassoura com repulsa.

            -Que tipo de jeito? – Nico perguntou segurando uma risada.

            -As vassouras – Draco respondeu. – A mais potente até agora é a Nimbus 2000.

            -Alguém tem? – Perguntei.

            -Sim, o santo Potter – Draco respondeu.

            Fiz uma careta, eu estava ficando com muita raiva do Potter, ele tinha tudo mesmo que não quisesse. Infelizmente tive de admitir que o Potter é melhor que muitos.

            Assenti tirando uma poeira indesejável da minha roupa.

            Peguei minha vassoura e olhei para os dois garotos que lutavam contra a poeira.

            Ri.

            -Vamos, vai sair com o vento – eu disse.

            Eles olharam para mim, assentiram de mau gosto e pegaram suas vassouras.

            Saímos do vestiário e fomos para o campo.

            Atrás de mim, Nico e Draco ainda lutavam contra a poeira.

            Revirei os olhos.

            -Estão prontos? – Flint perguntou.

            -Sim – respondi por todos, já que eles ainda lutavam contra a poeira.

            -O.k., siga minha ordens, o.k.? – Flint perguntou.

            -O.k. – respondi.

            -Monte na vassoura – Flint disse, obedeci-o. – Dê o impulso com o pé. – Impulsionei e nesse momento fiquei com medo. Pedi para que Zeus não me fizesse pagar um mico enorme. – Encaixe o pé aqui – Flint pegou meu pé e encaixou no lugar apropriado. – Agora jogue o tronco para frente. – Quando eu fiz isso, a vassoura deu um arranco e, por reflexo, eu puxei a vassoura para trás parando-a com tudo. – Bom, acelerar e frear você já sabe – ele riu bagunçando meu cabelo. Ri. – Agora vá.

            Joguei meu tronco para frente e então e fui para o meio dos jogadores. Passei um por um os cumprimentando, eles se afastavam um pouco, então eu sorria e eles sorriam também. Eu finalmente estava começando a me enturmar.

            Depois foi a vez de Nico. Lá do alto eu ainda via Draco tentando tirar a poeira.

            Nico voou até a mim segurando um bastão, como um de baseball, mas não era. Eu não vi como ele conseguiu aquilo, mas vi que, quando Draco parou ao meu lado ele também segurava um.

            Flint montou em sua vassoura e veio até mim.

            Ele esticou a mão para que ficasse bem visível para mim e abriu-a.

            Lá estava uma bolinha um pouco maior que uma bola de gude e dourada, com asas! Era linda!

            -Pomo de Ouro. Pegue-o durante o jogo e assim nós ganhamos – Flint disse sorrindo.

            -Pegarei em todos os jogos, venceremos todos – eu disse demonstrando confiança.

            Flint ergueu a sobrancelha e riu.

            Ele gostou da minha confiança.

            -Que o jogo comece – declarou Flint.

            Ele lançou o Pomo e eu fiquei atenta a cada movimento daquela bolinha, até que decidi segui-la. Às vezes entrava um maluco na minha frente, mas minha atenção estava na bolinha. Nico e Draco usavam seus bastões para rebater os balaços e estavam se dando muito bem.

            A bolinha fez um mergulho. A adrenalina passou pelas minhas veias. Entrei num mergulho atrás do Pomo, o vento ficou batendo no meu rosto, era bom. O Pomo estava e centímetros do meu rosto, então eu estiquei a mão e lá estava. O único problema é que o chão também estava a centímetros do meu rosto.

            Puxei a vassoura para cima e, quando eu estava livre de uma queda feia, ergui a mão mostrando o Pomo.

            Eles gritaram e comemoraram. Voltei para cima e dei um jeito de abraçar meu irmão e meu primo.

            -Caraca! O mergulho que você deu foi demais! – Draco me elogiou.

            -Obrigada – agradeci.

            -Tinha que ser minha irmã! – Nico se achou.

            Ri.

            -Eu vi vocês com os balaços. Foram ótimos – elogiei.

            Eles deram uma piscadela.

            -E aí, heroína! – Flint disse bagunçando meu cabelo novamente.

            Virei-me para ele e ri.

            -Com apenas um minuto de jogo! – Flint olhou seu marcador. – Se duvidar está melhor que o Potter!

            Não pude evitar alargar meu sorriso. Era bom ser melhor que o garoto que fez seu time perder.

            -Mais uma vez? – Flint perguntou.

            -Sim – eu, Draco e Nico respondemos.

            -Ótimo – Flint disse. – Preparar... vai!

            Flint lançou o Pomo e eu fui atrás. Eu fazia a vassoura ir cada vez mais rápido. Minha barriga encostava-se à madeira. O vento parecia que iria arrancar a pele do meu roto, mas eu enxergava bem e podia ver aquela bolinha dourada que iria me fazer sofrer por muuuito tempo.

            Tive uma estratégia. Persegui o Pomo até chegar perto de uma arquibancada, quando chegamos perto, prensei e o segurei. Ele era rápido, mas não tinha cérebro para pensar, a menos que o enfeitiçassem.

            Ergui a mão e eles gritaram felizes.

            Quando voltei, ao invés de só Draco, Nico e Flint cumprimentar-me, veio o time inteiro me abraçar.

            -Eu fiz uma boa troca – disse Flint bagunçando meu cabelo de novo.

            -Ei, Flint! Eu passo horas penteando meu cabelo! – eu disse fazendo todos rir.

            -Por hoje chega? Estão treinados? – Flint perguntou.

            -Estou pronta? – perguntei confusa.

            -Você acha que está pronta? – um dos jogadores, que mais tarde descobri que se chamava Montague, disse.

            -Fui mais que satisfatória? – perguntei olhando os jogadores a minha volta.

            -Você está com uma vassoura menos potente que aquele Grifinório ridículo e o mínimo de tempo que ele levou pra pegar um Pomo foi um minuto, você levou trinta segundos! – exclamou outro.

            Sorri.

            -Estão estou pronta! – eu disse.

            -Você é nossa melhor arma! – esclareceu Flint.

            Assenti.

            Todos voltaram voando para o solo onde se encontravam Bole, Derrik e Terêncio.

            -Caraca! Você foi demais! – exclamou Bole, abraçando-me, ou melhor, sufocando-me.

            -Ah, Bole, sou filha de Hades, mas fico sem ar! – eu disse empurrando-o.

            Ele riu.

            Cheguei a uma conclusão: A Sonserina é o melhor lugar que você pode estar quando se é poderoso.

            -Quero você amanhã, uma hora antes do jogo – disse Flint.

            -Para que? – perguntou Malfoy.

            -Os novos uniformes – respondeu Flint dando-nos uma piscadela.

            -Hum... isso está uma delícia! – exclamou Nico abocanhando uma coxa de frango.

            -Achei que você gostasse de Feijões – Draco disse.

            -Idem – eu disse rindo.

            -Olha lá! – exclamaram.

            Fui obrigada a olhar em direção a janela. De lá, três corujas negras com olhos vermelhos surgiram carregando algo empacotado. As três corujas passaram zunindo por cima da cabeça dos outros, mas quando chegaram a mim e a meus familiares, elas soltaram os embrulhos.

Com puro reflexo segurei o embrulho e o apoiei sobre a mesa. Nico e Draco fizeram o mesmo.

Olhei para eles tentando ter uma resposta, mas eles deram de ombros.

-Vocês vão abrir ou não? – Perguntou Goyle.

Começamos a desembrulhar e quando acabamos, lá estava uma vassoura novinha.

-A nova Nimbus 2000! – Exclamou Draco.

Como fiquei sabendo, eram as novas, então, para comemorar, ergui minha nova vassoura mostrando para todos da Sonserina e Nico e Draco imitaram-me.

Os Sonserinos começaram a gritar e aplaudir, enquanto os integrantes das outras casas tinham seu inferno particular.

            Olhei as horas. Quatro da tarde. O jogo!

            Era exatamente uma hora antes do jogo começar. Pulei da cama colocando minha capa e meus sapatos. Nem liguei de pentear meu cabelo, em compensação, andei até o vestiário passando as mãos em minhas madeixas loiras.

            -Chegou, é – disse Flint sorrindo por causa do meu atraso.

            Assenti envergonhada.

            Flint esticou sua mão para mim e eu peguei o que tinha lá: o uniforme novo de Quadribol da Sonserina.

            Eu olhei bem e, falando a verdade, estava lindo.

            Nas costas tinha o meu nome, Hadia Lestrange, o meu número, 10, e então o elmo de Hades com uma serpente enrolada e com as garras a mostra. (n/a.: pra quem quiser ver: http://www.ninha.bio.br/biologia/repteis_anfibios/repteis-outubro/cobra-papagaio.jpg - finjam que ela tem garras.)

            -Legal, não é? – Flint perguntou.

            Assenti.

            -Nico di Angelo tem bom senso – Flint elogiou bagunçando o cabelo de Nico. Flint então olhou para todos. – A Grifinória vai entrar primeiro, estou pensando em fazer um showzinho.

            Então, logo pensei que Flint iria aprontar algo, afinal, o sorriso travesso estava ali.

            -E agora, os jogadores da Sonserina! – anunciou a moça.

            Todos ficaram procurando os jogadores do meu time, mas eles não sabiam que iriam ter uma surpresa.

            -Sonserina? – chamou de novo.

            Algumas pessoas da Grifinória soltaram uns risinhos debochados.

            Eu estava bem em cima do estádio, no meio das nuvens junto com os meus parceiros. Ninguém poderia ver-nos lá de baixo, mas nós conseguíamos vê-los.

            -Bom, já que o time da Sonserina não veio... – a moça ia falando, mas assim que ela falou a palvra “veio”, Flint entrou em um mergulho seguido por mim, Nico e Draco.

            Quando chegamos ao campo de visão de todos, eles soltaram uns “Oh!” e os da Sonserina aplaudiram.

            Então, só para exibir nossos uniformes novos, nós contornamos o estádio e provocamos os torcedores da Grifinória que ficaram emburrados.

            Alguns até surpresos por mim e meus parentes estarem no time, mas nem liguei.

            -Então que comece o jogo – ela disse.

            Assim o Pomo foi solto e eu não perdi tempo para ir atrás, só que não vi o balaço que foi atirado por um jogador da Grifinória e quando reparei, era tarde de mais pra desviar.

            Fechei os olhos, mas não fui atingida.

            -Hei, abra os olhos – escutei a voz de Nico.

            Abri meus olhos. Nico estava segurando o bastão e sorrindo.

            Sorri para ele.

            -Obrigada, irmão – eu disse.

            -Irmãos são para isso – Nico sorriu.

            Quando voltei minha atenção para o jogo, vi Potter perseguindo o Pomo. A raiva subiu minha espinha.

            Fiz minha vassoura ir o mais rápido o possível. Fiquei lado a lado com o Potter e fiz uma coisa que não foi legal. Coloquei minha mão em frente à Potter para pegar o Pomo, assim eu desequilibrei-me e caí.


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Notas finais do capítulo

mereço reviews?



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