Encontro Marcado Finalizada escrita por vivimaciel, Amy Kawaii


Capítulo 6
Capítulo 6 Continuação


Notas iniciais do capítulo

Enjoy. :)



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Ed – Manteiga de amendoim, tem? Gosto do sabor. É sabor que se fala?

Bella não pode fazer nada além de deixar um sorriso escapar de seus lábios, a situação era tão absurda, que era preciso rir para não chorar.


Ed –Eu sabia que vocês eram complicados, e que com mulheres era pior, mas mesmo assim você me chamou atenção. É a última vez que digo, Bella, viva e me ensine a fazer o mesmo que faz os humanos, enquanto nosso tempo aqui durar.


Ela engoliu a saliva, se dirigiu a geladeira pegando um vidro de manteiga de amendoim, pegou duas colheres, sentou-se no banquinho se apoiando na extensa mesa de mármore que havia no meio da cozinha, Edward fez o mesmo se desequilibrando quase caindo no chão, ela sorriu novamente, ele franziu a testa analisando o banco antes de sentar se novamente.

Bella lhe ofereceu uma colher, ele pegou uma boa quantidade do doce, levou aos lábios fechando os olhos por alguns instantes, como uma criança, que degustava um brigadeiro ainda quente, sem que sua mãe sequer pudesse desconfiar. Bella o observou por vários segundos, com seu coração batendo rápido, sentindo as velhas sensações que havia sentido quando o tinha visto pela primeira vez.

Ed– Isso é lindo!

Apontou para o doce, e Bella sorriu negando com a cabeça.


Bella – Lindo é um adjetivo que se dá ao que seus olhos apreciam. A definição perfeita para manteiga de amendoim, é deliciosa. Algo... Como posso explicar? Algo que seu paladar aprecia, que te dá água na boca e te faz chorar de desejo para ter. Ele ergueu a sobrancelha e Bella soltou uma gostosa gargalhada.

Bella– Ok, minha definição foi um pouco além, Hum... Deixa me ver... Gostoso, isso! Manteiga de amendoim é um delicioso ou gostoso doce. A flor da sala é uma linda ou maravilhosa flor.


Ele assentiu, lambendo novamente seu doce na colher. Observando a cena, Bella fechou os olhos por alguns momentos, imaginando a língua dele sobre o seu corpo, sobre na sua pele...


Ed– Sabia que, às vezes, consigo ler seus pensamentos?

Ela se ruborizou dos pés a cabeça. Ele deixou a colher em cima da mesa, lambendo os próprios lábios, que continham pequenas quantidades de doce...


Ed- Por mais que as pessoas digam que não, seus olhos expressam o que sente mais do que qualquer outra parte do seu corpo.


Bella se levantou jogando sua colher na pia, ainda em silêncio secou a água do chão...


Bella – Ficará no quarto de hóspedes do primeiro andar, é do lado contrário ao meu. - ele assentiu se levantando também.

– Você tem roupas?

Ele negou com a cabeça.

– Como tomará banho, se vestirá ou...? Esqueça, tem algumas roupas do Jacob aqui, não tem o mesmo corpo que o teu, mas te servirá.


Ed – Mesmo corpo? Como assim? – ela sorriu.


Bella – As formas do seu corpo, não são as mesmas que as do corpo de Jacob, É isso ao que me refiro. – ele assentiu.


Ed – Então se for assim, posso dizer que as formas do seu corpo são diferentes de qualquer outra que já vi.

Bella novamente se pôs vermelha.


Ed–Suas bochechas ficam rosadas constantemente, mas quando digo algo, parecem que ficam ainda mais.

Bella assentiu sem querer prolongar o assunto.


Bella – As roupas, o quarto, preciso dormir... – Edward assentiu

Ed –Também acho que preciso fazer o mesmo, necessito de descansar o corpo.

Ela sorriu da maneira como ele falou. Desligou a luz da cozinha subindo as escadas de mármore, branco como todos os pisos, chegando ao primeiro corredor, pode ver seu delicioso banheiro, logo em seguida na próxima porta seu escritório, o quarto de hóspedes, outro banheiro, a sala de exercícios, outro quarto e enfim, seu próprio quarto.

Entrou no mesmo e como sua sombra, Edward, entrou logo atrás. A cama era enorme, coberta por um edredom com desenhos de flores, como a que havia na sala, as paredes em cores mescladas e claras, um pequeno baú nos pés da cama, um sofá confortável na parede que dava para a janela, que mostrava uma vista maravilhosa do céu estrelado.

Um pouco mais afastado, a porta que dava para o banheiro seguindo o mesmo padrão dos demais do apartamento.

Bella entrou no closet, ele ouviu um barulho e logo depois ela saiu com um pijama na mão, e certamente, uma cueca no meio do mesmo, lhe entregou virando-se.

Começou a tirar os brincos, as pulseiras, e prestes a tirar as roupas se deu conta de que ele ainda estava no quarto.

Bella – O que foi? – franziu a testa

– Ah foi mal, seu quarto fica aqui.

Caminhou até o quarto arrumado de hóspedes,

– Boa noite, Edward!


Ed – Boa noite, Bella!

Encararam-se por alguns segundos.


Bella – No banheiro tem toalhas, escova e pasta de dente, ou qualquer coisa de higiene que possa precisar. - ele assentiu.

– Se sentir frio tem edredom no armário...Bom, é isso!


Ed – Para onde vamos amanhã?


Bella – Não sei, é quinta feira, estou de fér... Licença só até domingo, quero acordar tarde, não sair de casa, assistir filmes, mas se quiser explorar o mundo, fique à vontade.

Ele negou com a cabeça.


Edward – Tenho tempo para que você me mostre tudo o que quero ver, irei acordar tarde, não sair de casa, assistir filmes...

Ela negou com a cabeça.



Bella – Não precisa ficar só por...


Ed– Boa noite, Bella.

Ela sabia que o assunto estava encerrado, engoliu a vontade de gritar, saiu deixando o quarto.

Mais tarde quando se deitava, sentiu a confusão na qual seu corpo e alma se encontravam. Jacob logo voltaria e não iria apreciar a idéia de ela ter hospedado o cara do hotel de Londres que tinha os flagrado no maior amasso, instalado dentro de sua casa, no quarto de hóspedes ao lado do seu.


Um estranho estupidamente bonito, um estranho que bebia de seus sentimentos e lhe roubava a alma, um estranho que viera para buscá-la, lhe roubar a vida e tudo o que nela possuía.

Fechou os olhos se sentindo inquieta, seu corpo estava tão cansado. Então, porque não conseguia dormir?

Talvez fosse a preocupação com o que Jacob faria. Um escarcéu... Uma cena de ciúmes da pior espécie.

Talvez fosse algo em seu interior que queimava como jamais havia queimado antes.


Enfim, se levantou tão alheia que mal percebeu seus trajes, abriu a porta, descendo as escadas, caminhou até a cozinha abrindo a geladeira, pegou a garrafa de água gelada, levando aos lábios.

Como de costume roçou os pés um no outro, terminando de beber a água e levando a garrafa de volta a geladeira. Fechou os olhos sentindo um par de olhos sobre si, seu coração bateu rápido...

Ed – Insônia?

Maldito, ele tinha o dom de assustá-la!


Bella virou- se, ainda na quase total escuridão.


Ed– Não pode dizer que é a minha presença, pois nos últimos dias também não tem dormido, algo te perturba, Bella?


Bella – Talvez...


Ed –Ótimo, porque algo também está me perturbando, mas eu não sei que nome dar, nem como descrever... Aliás, mudei de idéia. Amanhã vamos sair, caminhar pela cidade, ver pessoas, observar costumes. Então durma!


Bella – Estive pensando que meu noivo não gostará de vê-lo aqui.


Ed – Ele não é mais seu noivo.


Bella – E quando foi que eu te disse isso?


Ed – Eu estou dizendo.


Bella – Você é maluco? Não pode decidir o que fazer do resto que sobra da minha vida.


Ed – O resto que sobra da sua vida é minha, Bella. Sua vida agora é minha, por mais que seja você quem a viva.

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Alicia Keys - If I Ain't Got You

Bella - Quem é você? – ele baixou a cabeça por alguns instantes...

Qual é o seu nome, de onde veio, para onde vamos?

Ed–Tudo tem seu tempo Bella, me ensine a viver enquanto você termina de viver... Não entende a chance que está tendo, ainda mais quando a minha curiosidade sobre você e os sentimentos que julgo ser tão passionais aumentam a cada minuto?



Ele olhou em seus olhos, se aproximando, Bella fechou os olhos respirando com dificuldade, era pecado se sentir assim, quando seu noivo a pedira em casamento a menos de uma semana?


Ed – Posso te contar uma coisa? – ela assentiu.

– Às vezes, as minhas pernas tremem quando você passa. É estranho, e eu me sinto confuso...


Bella ouviu o silêncio por vários instantes, queria lhe dizer que o que acontecia era uma atração violenta desde do primeiro dia em que tinham se visto. Mas como poderia dizer para si mesma, que a morte era a coisa mais linda que tinha surgido em sua vida?

Como poderia dizer ao seu próprio corpo, que o estranho que estava no mesmo cômodo escuro tão próximo dela, não tinha tanto calor?


Ed – Me mostre o sentimento que faz com que as pessoas peçam para morrer...

Ele sussurrou bem próximo e ela franziu a testa pela intensidade da onda elétrica que percorreu seu corpo.


Ed- O que vocês fazem para tornar esse inferno de mundo tão atrativo? Defina LUXÚRIA, PRAZER, SEXO, AMOR... E antes que volte a me perguntar, responda primeiro, Bella, a si mesma, Quem realmente é você!


Bella abriu os olhos de uma vez só, se afastando como se o olhar dele a estivesse queimando, deu dois passos para trás controlando as batidas de seu coração.

Voltou a dizer mentalmente que era loucura, que tudo o que estava vivendo nas últimas 12 horas, era puro fruto da sua imaginação, de sua mente tão cansada. Olhou o estranho em sua frente, com o olhar tranqüilo e o semblante calmo, como sempre o vira.


Bella – Escolheu a pessoa errada para mostrar-lhe esses sentimentos do mundo e o que há neles.

Ed – Mentirosa...


Bella – Não posso lhe mostrar esses sentimentos que fazem com que as pessoas peçam para morrer, porque eu nunca os senti.

Seus olhos se encheram de lágrimas...


Bella– Ninguém lhe avisou que sou uma mulher fria e sem vida? Que vivi pela minha profissão, e que quando decidi viver minha vida, já é à hora de minha morte?


Ed – Eu sei exatamente as escolhas que fiz, Bella, sei exatamente o que você é, e o que pode ser. Eu não sei de mim, desse corpo ou de algo relacionado a sensação que cada sentimento pode transmitir... Entenda de uma vez que estamos fazendo uma troca. Eu estou te dando tempo para fazer o que julgar melhor, viver o que não viveu no tempo em que durou sua jornada aqui em baixo. Eu não uso capa preta, não monto acidentes maléficos, não venho puxar pés assim que anoitece.

Ela deu outro passo para trás.


Ed- Tempo... Imagine o quanto é precioso o tempo. Você tem tempo, eu tenho tempo...


Bella – Qual é o seu nome?


Sentiu seu interior revigorado, respirou fundo encontrando a calma e o controle dentro de si, observou aqueles olhos por mais alguns instantes e seus medos pareceram evaporar-se


Ed – Eu não tenho nome.


Bella – Qual é o seu nome?


Ele baixou a cabeça por alguns segundos, para logo levantar novamente tirando uma mexa de cabelo que caia sobre seus olhos.


Ed– Edward Cullen. – ela assentiu.

– Aceite seu destino, Bella.

Bella – Só quando você aceitar o seu e se ele fosse tão bom, não se submeteria a aprender a sentir CALOR, LUXÚRIA, SEXO, AMOR com humanos. Não é mesmo, senhor... Cullen?


Bella deu mais alguns passos para frente saindo da cozinha.


Bella– Boa noite!

Subiu as escadas entrando direto em seu quarto, fechou a porta com a chave, trancando-a. Debaixo da cama pegou uma grande caixa marrom repleta de álbuns de fotografias de sua infância, abriu uma por uma, chorando e sorrindo com a imagem de seu pai e Alice, a imagem de sua linda mãe e ela, com cabelos tão pretos e lisos...

Apertou os olhos, abrindo sua primeira gaveta que continha apólices de seguros, todos os que poderiam existir, trabalhando em hospital e sendo médica, Bella sabia que pessoas morriam a qualquer hora, só não desconfiava que isso aconteceria tão rápido com ela.

Em uma hora, escreveu em duas folhas de papel uma grande carta a seu pai e a Alice, dizendo o que queria que fizessem com suas coisas, seu corpo e tudo o que possuía em vida.

Havia lhes dito o quanto os amava, que sentissem apenas saudades e não dor. Dobrou as folhas, colocando-as dentro de um envelope junto com os documentos organizados do seguro, e com uma chave, trancou a gaveta a deixando, a mesma, debaixo do abajur. Alice se lembraria do esconderijo que ambas dividiam quando habitavam o mesmo quarto.

Levantou olhando-se no espelho.
Olhou no fundo de seus próprios olhos e não permitiu que uma lágrima escorresse. Mordeu os lábios, abriu seu guarda-roupa tirando todas as peças de roupa que julgava não gostar, todas que havia usado quando quis cores reservadas, pretas, marrons, cinzas, bolsas caras, sapatos usados uma única vez para determinado evento...

Em 10 minutos sua cama estava repleta de roupas, uma pilha enorme de bolsas, sapatos, acessórios e jóias que não gostava, ou que não mais usaria.


Colocou tudo no chão de seu quarto, abriu o armário de roupas brancas, passou os dedos pelas blusas, casacos e jalecos.
Fechando os olhos, decidiu que amaria e honraria sua profissão até o último dia de sua vida, que não estava tão distante...


A morte tinha lhe dado tempo, bastava saber se era tempo o suficiente para fazer tudo o que deveria ter feito durante tantos anos de sua vida.
Enfim, se deitou, não estava tão longe de amanhecer, apenas precisava fechar os olhos e cochilar por alguns instantes. O sono e o cansaço a pegou em cheio, não ouviu, e nem sentiu mais nada.


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Notas finais do capítulo

Hum... deu uma esquentadinha?O que realmente me fascina no killer, é a pureza dos sentimentos e a sinceridade.O que acharam, moças? Deixem reviews,oks?bjokassss



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