Fugindo da Fama escrita por meglois


Capítulo 1
Decisão


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, feliz Ano Novo para tudo mundo, claro!

Bem, ontem, na virada do ano, eu tomei vergonha da cara, e decidi começar uma long-fic. Aêêêêh!

Então, aqui estou eu, com o 1º capítulo.
A fic é alternada entre POVs do Sasuke e da Sakura, e o nome do narrador aparece em negrito.

Espero que gostem!



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Sakura

            Certo... Eu tenho que desabafar.

Sabe, eu não aguentava mais! Estava me sentindo sufocada!

Pode perguntar para 10 pessoas, e 8 delas provavelmente vão afirmar que queriam ser famosas. Não as critico, eu também queria. E foi por isso que eu cheguei onde estou hoje. Sou uma cantora, pode-se dizer que a mais famosa de todo o país. É só virar uma esquina para ver um cartaz grudado na parede, dizendo: “Sakura Haruno”, e mais um monte de baboseiras.

No começo da minha carreira, eu cantava por realmente gostar de fazê-lo. Eu chegava ao palco, cantava uma música de corpo e alma, e demonstrava tudo o que sentia, embora eu fosse a única que percebesse isso. Depois de algum tempo, minha fama foi crescendo, mas minha privacidade diminuindo, e eu estava adorando isso! Uau, estava ficando famosa! Muita gente me conhecia! Eu ainda não me importava com toda a perseguição e diminuição de privacidade.

E mais tarde, a minha fama estava nas alturas, e minha privacidade e vida pessoal simplesmente não existiam mais.  Todos os que diziam ser meus amigos, apareciam quando eu dava festas, ou lhes dava entradas de graça para os meus shows. Mas nas minhas horas de depressão profunda, era incrível como todos eles desapareciam em um piscar de olhos. Em um momento, estavam todos sorrindo para mim, e então, eu dizia que precisava de alguma coisa e... Puf! Onde foi para todo mundo? É só olhar para a esquina, estarão todos lá, experimentando o seu carro novo. Um bando de cretinos hipócritas, isso sim.

Além disso, tem os malditos paparazzi. Já viu alguém mais filho da puta que esses caras? A vida pessoal deles é gravar e fotografar a vida pessoal dos outros. Quanto menos vida a pessoa em questão tiver, melhor! Qualquer coisa é motivo de fofoca. Se você foi à esquina comprar pão, eles dizem que você fugiu dos estúdios para se encontrar com o padeiro, e mostram a foto que tiraram na hora em que você estava pegando o troco.

E foram por essas e outras, que eu decidi tirar umas férias. Bem, não bem férias, porque seria mais parecido com uma fuga de prisão. Eu decidi simplesmente abandonar toda essa vida fútil, cheia de banalidades e gente sem vida, por uma semana como uma pessoa normal. É, como se pessoas normais passassem os dias totalmente paranóicas achando que há um paparazzi a cada esquina.

Mas foi simples! Eu coloquei um chapéu que escondesse toda aquela minha cabeleira cor-de-rosa, enfiei uma roupa bem comum, e peguei o primeiro óculos do tipo fundo de garrafa que apareceu na minha frente. Assim que me olhei no espelho, vi uma grande cidadã normal de 22 anos, fora o fato de esconder os cabelos, escondida atrás de roupas enormes, e que provavelmente teria mais vida pessoal que eu. Maravilha, estava irreconhecível.

Saí do meu apartamento na cobertura de um grande prédio um pouco afastado do centro da cidade, e felizmente, só havia um paparazzi na esquina, que estava babando por uma garota que usava uma mini-saia roxa, e nem deu atenção para mim. Um babaca a menos.

Passei os olhos em volta, e peguei a primeira bicicleta que vi estacionada na rua. Nem notei como ela era, estava mais preocupada em sair dali.

Mas então uma idéia me ocorreu. Como eu poderia passar sete dias me escondendo na grande cidade de Nova Iorque, sozinha? Bem, agora, era só achar alguém que não fosse meu fã, para ser o meu acompanhante por uma semana.

Não pode ser tão difícil, né?

Então, fui para o metrô. Com certeza, era o melhor lugar para achar a pessoa perfeita.

Sasuke

Peguei todo aquele monte de papéis em cima da minha mesa. Encarei-os. Acredite, eles são mais eficazes em deixar uma pessoa louca do que qualquer outra coisa. Talvez ganhem até do manicômio.

Bufei, o que não deveria ter feito, pois toda a minha cabeça voltou a rodar e doer. Argh. Ser um corretor de imóveis são é nada agradável. Principalmente se você faz parte do grupo de corretores que ficam só no escritório, fazendo a parte chata: mexer na papelada. A parte legal fica com aqueles caras com uma simpatia tão grande quanto o próprio ego. E eu com certeza não faço esse tipo.

Por fim, tomei uma decisão. Depois de três longos anos aturando o meu chefe, que tem um mau humor dos infernos e uma paciência do mesmo tamanho de uma ervilha, eu resolvi me demitir! Aleluia! Bem, o meu objetivo inicial de carreira, era ser advogado, e não um vendedor! Então, um certificado de Advocacia tem que servir para alguma coisa. Se não servir, azar, faculdade é para isso mesmo.

E então, juntando toda a coragem que consegui encontrar, fui até a sala do chefe. Ele olhou para mim, com a mesmo cara de tédio insuportável de sempre, mas logo depois mudou para uma expressão de fúria eterna, que usava sempre que eu aparecia, e trovejou para mim:

_O que quer na minha sala, Uchiha? Não te chamei aqui! Volte ao seu trabalho! AGORA! – e eu via a cara dele cada vez mais vermelha.

_Eu preciso falar com o senhor.

O meu chefe era um homem, ou mutação de hipopótamo se preferir, lá na casa dos 50 anos, e duvido que algum dia você ache o pescoço dele, que deveria estar entre o queixo e o peito.

_Então fale, Sasuke! Fale de uma vez! Eu não tenho muito tempo para ficar dando a atenção a alguém que não vendeu nenhuma casa nos últimos anos! – gritou ele, a cara mudando de vermelho para roxo.

_Eu... – eu estava pensando no melhor modo de dizer aquilo para ele. Quero dizer, eu sei que ele não admite, mas eu sou, ou era, o melhor empregado daqui. Ah, sim, com toda a certeza.

_Fale de uma vez, homem de Deus! – berrou ele, batendo na própria mesa.

Eu só dei um sorrisinho maroto, e disse:

_Eu me demito. – falei pausadamente e fiquei olhando para ele.

Sabe quando você joga um tijolo bem no meio da cara de alguém? Foi exatamente essa a cara que ele fez. E de roxo, começou a ficar verde. Parecia estar a ponto de despencar.

Acho que nunca me diverti tanto na vida!

_C-como? – gaguejou ele.

_Eu disse: eu me demito. – repeti, cada vez mais feliz em ver a cara de pânico dele. Quantas vezes ele já me chamou para a sala dele e falou um monte de merda sem sentido?

_Não! – disse ele, quase chorando. – Você não pode!

_Ora, porque não? Você vivia se queixando de mim, lembra? Bem, agora eu não estarei mais no meio do seu caminho. – falei, guardando o meu sorriso para mim mesmo.

_Quê? Não! Você não pode se demitir!

_Por que não?

_Você é importante para a empresa! Eu pegava no seu pé para que melhorasse cada vez mais! Se eu parasse, você diminuiria a qualidade do seu trabalho! – ele quase implorava despejando as palavras em cima de mim. Como se fosse me fazer mudar de ideia. Tsc, tsc.

_Oh! Então, agora eu vou-me embora e diminuir a “qualidade do meu trabalho” em outro lugar. Seja feliz!

Fui caminhando na direção da porta. Ela nunca me pareceu tão brilhante e bonita quanto naquele momento.

_Sasuke, espere...! – e falou mais alguma coisa que não ouvi. Eu já estava do lado de fora da sala dele, e passava por todos os meus agora ex-colegas, sem olhar para nenhum deles. Todos cretinos corretores de imóveis.

Enquanto pegava o elevador e chegava ao estacionamento, só ficava pensando em como eu deveria ter feito isso há muito, muito tempo. A cara do meu ex-chefe foi impagável.

Entrei no meu carro, me sentindo leve como uma pluma, e saí dirigindo.

O único problema, é que só percebia que havia muito pouco combustível, quando o carro travou bem no meio na 5ª Avenida. Felizmente, eu consegui estacionar.

Por azar, eu estava bem longe do posto de gasolina mais próximo. Então, desisti da ideia de encher o tanque. Mas, por sorte, eu estava a apenas algumas quadras de um ponto de metrô, e com dinheiro para uma passagem do bolso.

Tudo bem. Então, já que não me resta escolha, a não ser ir a pé, o que acabaria com as minhas pernas, ou pegar um táxi, o que acabaria com todo o dinheiro que eu tinha no momento, escolhi pegar o metrô. O único problema seria aguentar todo o monte de gente que também usava o metrô, ou, se preferir, Expresso Sardinha Enlatada. Acho que o segundo combina mais, já que todos vão tão amassados quando sardinha enlatada. Bem, acho que deu para entender.

Ótimo. Agora, é só respirar fundo... E ir.


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Notas finais do capítulo

Então, povão.
Não foi nada muito grandioso, mas é porque eu tinha que dar uma pequena pré-explicação, ou alguma coisa assim, para o encontro deles, sabe?

Bem, para aqueles que chegaram até aqui e aguentaram minhas notas inúteis, eu ficaria feliz se deixassem um review.

Bjooos XD