Wicked Voice escrita por Becca


Capítulo 20
Enfrentando um monstro marinho II


Notas iniciais do capítulo

Grandes verdades sendo reveladas aos poucos...



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- O que vocês desejam comigo? – Abri meus olhos e agora eu estava em pé na água, a sensação era boa, porém ao mesmo tento estranha. Vi Susanné ao meu lado perplexa sem entender nada. Então respondi:

- Precisamos que você nos ajude a parar o monstro marinho que se encontra no Rio Sena – Poseidon me encarou e fiz o mesmo.

- Por que eu pararia um monstro marinho que vive sob meus domínios?

- Errado. Ele vive sob os domínios de Pierre Dupont, um mago muito poderoso que os convenceu a ficar do seu lado, ele o enfrentou e agora três monstros vivem sob seus poderes e este é um deles – Ele olhava Susanné com atenção enquanto falava, o que a fez continuar. – Pierre nos desafiou a derrotarmos estes três monstros, o terrestre já conseguimos, mas ainda falta o marinho, que está dando um grande trabalho.

- E por que ele os desafiou a fazer isso? – Perguntou Poseidon.

- Um domador de sonhos passou a perna em Bill, digo, fez um pacto. Agora ele está no futuro e se esqueceu de todas as suas memórias e elas são a chave para voltar o passado. Porém, não conseguimos encontrar saída alguma ainda, os domadores de sonhos continuaram entrando nos sonhos de Bill durante o sono e ele já passou bastante tempo no futuro, se esqueceu de tudo. Portanto fomos atrás de Pierre para nos ajudar a fazer Bill voltar a seu verdadeiro tempo, mas Pierre é... – Susanné pareceu ter receio de falar, mas Poseidon continuava prestando bastante atenção no que dizia. – É meu pai, ele não se contentou em me ver indo procurá-lo e nos desafiou a isso. Temos que realizar estas três tarefas até o dia primeiro de Janeiro e já perdemos dois dias. Fiz um campo de proteção em volta do iate, mas não sei como derrotá-lo. Por favor, nos ajude Poseidon, eu lhe imploro.

Ele pareceu pensativo sobre o assunto e não respondeu de imediato, colocou a mão direita em seu queixo e me fitou, não desviei meu olhar uma vez sequer. Então se virou para Susanné e disse:

- Você está se sacrificando a tudo isso por qual motivo? – Ela abaixou a cabeça e não respondeu. – Eu vejo uma força muito grande dentro de você e vejo também que está força está depositada em seu coração, e que dentro dele está o motivo por querer tanto ajudar este homem.

- Sim – Respondeu. Logo, ele se virou para mim também e olhou de pés a cabeça.

- Você é muito confuso e não confia em si mesmo. Vejo que a vontade imensa de voltar a seu tempo está relacionada a seus erros cometidos. Você não quer ver a senhorita ao seu lado machucada e gostaria de protegê-la, mas acha que não é forte. Pelo contrário, vejo uma força depositada em você que ainda não foi libertada.

Um minuto de silêncio ali ficou.

- Hm. Acho que posso ajudá-los – Completou Poseidon. – Mas não sei se vocês estariam derrotando eles, não sei se isso seria uma derrota. Quais são as regras?

- Não há regras – Falou Susanné.

- Oh, não? Então não importa como vocês derrotarem os monstros, só importa que estejam vivos até primeiro de Janeiro? Pierre é esperto, se quisesse mesmo vê-los mal, colocaria regras, e os deixou livres disso. Bem, acho que terei uma conversa com este ser marinho, ele voltará para meus domínios, ah se vai.

Era completamente estranho estar conversando com Poseidon, mas bom por saber que conseguimos convencê-lo de estar ao “nosso lado”, se é que podemos dizer assim. Porém uma das coisas que ele falou me deixou intrigado, Pierre estava querendo nos ajudar, nos poupando de regras que poderiam ser feitas? Mas ele colocou sua própria filha de sangue para enfrentar três monstros que antes somente ele havia conseguido, este homem não tinha compaixão alguma, como Poseidon poderia vir me dizer isto agora?  É impossível.

Vi Susanné sumir ao meu lado e senti o desespero correr por meu corpo, mas o deus ainda estava em minha frente e fitou-me.

- Ela está bem, só se encontra onde estavam antes. Vou aliviar uma de suas duvidas, não conheço Pierre Dupont, este tão poderoso mago e acredito que tenha uma enorme força, pois vejo isso correndo nas veias de sua companheira. Mas acha que ele não empoe regras quando quer algo? Se ele quisesse realmente vê-los mal, arranjaria um jeito de que vocês conseguissem isso sozinhos, mas foi permitido minha ajuda e saiba que eu não fiquei com raiva em relação a sua conversa com o Vento, ele é muito problemático mesmo – Riu. – Em minha opinião, Pierre só queria ver até onde Susanné, sua filha, iria para te proteger e ela se deixou levar por seus sentimentos, aceitou seu desafio e por isso nenhuma regra foi imposta.

- Ele abandonou sua filha para não perder seu poder! – Falei rapidamente cortando Poseidon.

- Sim, eu entendi esta parte, para um mago seu poder é bastante importante e perdê-los é como perder sua própria vida e tenho certeza que Dupont demorou tempos para adquirir todo o poder que hoje está dentro dele. Magos são muito orgulhosos de sua “raça” e nenhum deles quer perder seu poder, não ficaria muito bem sua imagem ao saber que tinha uma filha, mas também estava protegendo Susanné do que poderia vir a acontecer com ela ao crescer, sendo assim, crescida sem muito contato com a magia e não sendo considerava por si mesma como uma bruxa. Pierre não é má pessoa, pelo menos não com sua própria família. Ter sua filha apaixonada por um humano também não é muito bom para ele, então impôs este desafio, Pierre não negaria o único pedido simples de sua filha, mas estava decidido a saber até onde ela iria. Entende?

- Sim... – Agora tudo ficava mais claro para mim. – Não acha que está sendo fácil de mais? Digo, conseguimos falar com você tão facilmente, a primeira prova não foi tão fácil e Susanné saiu machucada.

- Repito, Pierre nunca colocaria vocês em um perigo tão grande. Somente ele enfrentou esses três monstros? – Assenti. – Ninguém ousou procurá-lo? – Assenti novamente. – Com certeza foi muito bom da parte dele inventar tamanha mentira, ninguém iria procurá-lo, estava guardando isso somente para si, se fosse tão forte assim vocês nunca teriam conseguido enfrentá-lo. Um dragão não é fácil, mas ele já estava preparado, acredito. Tudo é armado pelo pai dela – Riu Poseidon. – Não está sendo fácil, isso é apenas um teste pelo que os dois fazem um pelo outro, quando vocês voltarem não haverá monstro d’água, haverá apenas Bill Kaulitz e Susanné Dupont, nada mais. Não devem parar agora, foram desafiados a cumprir este teste e tem que ir ao terceiro, sei que conseguiram, não mencione o que falei para sua companheira, isso fique entre nós. Que os deuses os protejam e que Pierre Dupont também.

Vi Poseidon sorrindo para mim e depois, me aprofundei em uma escuridão que vinha em minha direção e nada mais vi.


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Notas finais do capítulo

Na verdade, esse capítulo foi necessário muita inspiração para escrever, não sei se ficou realmente bom, acho que um tanto confuso foi o resultado. Mas espero que tenha agradado a todos vocês, mas 5 capítulos e a fic já chega ao seu fim. Antes de finalizar, queria pedir que todos vocês mandem pensamentos positivos para o Japão, por favor, #prayforjapan.



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