Mary, apesar de muito mais bêbada que a amiga lembrou-se de tirar a maquiagem e escovar os dentes, convidou a amiga para ir junto, mas Mary estava muito cansada e disse que a única coisa que queria naquele momento era cair na cama e desmaiar de sono. Porem, Bruna, insistente como sempre, conseguiu convencer Mary de que se não escovasse os dentes seu lindo sorriso seria atacado por bichinhos maus que comem os dentes.

     Enquanto Bruna e Mary escovavam os dentes a luz do quarto da mãe de Bruna se acendeu. As duas entraram em pânico, pensaram que tia Cris iria lhes xingar.

     -Nossa, nem vi vocês chegarem, mas pelo visto chegaram cedo...Já que já estão acordadas poderiam me ajudar com a mesa do café, certo? - Bruna lançou um olhar de descontentamento para Mary e disse:

     -Claro mãe, vamos te ajudar! Vai indo na frente. – Não podiam dizer a ela que tinham acabado de chegar. Mary estava muito animada ainda, ao contrario da outra, que parecia que poderia cair de cansaço a qualquer momento.

     -Vamos Bru, anima ai, não é tão ruim assim ajudar a sua mãe a colocar a mesa do café, aliás, apesar do meu estomago parecer que está dando cambalhotas dentro de mim eu estou louca para comer alguma coisa. – Mary sempre conseguia fazer com que as coisas mais chatas e tediantes se parecessem prazerosas e divertidas para Bruna. Mary pegou na mão de Bruna.

     -Vamos então. Você sempre me anima! Te amo!

     -Ah! Vamos parar com isso, se não eu não me controlo e posso te agarrar! – Riram. E Mary continuou:

– Também te amo muito Bru, você me faz muito bem. – Se abraçaram. Eram muito ligadas, sempre andavam juntas. Se entendiam, se apoiavam. Uma vivia para que a outra se sentisse completa. Nada estava perfeito se não estivessem juntas.

Precisavam ir ajudar a mãe de Luísa. Foram para a cozinha. Tia Cris já estava com quase tudo pronto. Mary, quando viu tudo aquilo na sua frente não se conteve:

-Nossa tia, ta querendo nos engordar mesmo hein? É hoje que eu me acabo de tanto comer! – As três riram, Mary nunca se inibia diante delas, gostava muito das duas, se sentia em casa.

-É, mãe, realmente esse café é digno de hotel cinco estrelas!

-Que isso garotas, isso é só um agradinho às filhinhas mais lindas desse mundo. – Cristina abriu os braços e as duas foram ao encontro daquele abraço caloroso. Elas realmente se gostavam. Era uma coisa inexplicável o que sentiam uma pela outra. Tomaram café. Mary, como já tinha dito, comeu até sentir que o estomago pesava como se fosse uma bola de boliche.