POV Lio
Depois de mais de 500 anos vivo tudo se torna entediante… Pode dizer o que quiser mas ser imortal é uma merda! No princípio parecia bem legal, eu pensando que poderia viver para sempre, fazer o que eu quisesse, viajar pra onde eu quisesse… Mas as coisas não são assim. A verdade, com o passar dos anos você aprende que as coisas nunca são como nós pensamos, na maior parte das vezes elas são mais complicadas e difíceis.

Eu morava na Itália e tinha 17 anos quando fui transformado em vampiro… Ardak, meu mestre, me acolheu e me fez seu “aprendiz”, eu sempre gostei do Ardak mas sempre tive um pouco de ressentimento por ele pois ele tirou a única coisa que eu ainda podia achar vantajosa para mim por ser vampiro…tirou minha liberdade! Ele me ensinou tudo o que sei e sempre foi bom pra mim mas eu nunca pude viajar e fazer o que eu quisesse, eu me tornei no seu guardião isso significa que eu tinha que protegê-lo, não podia deixá-lo só. 

Apesar de tudo Ardak foi um pai pra mim e eu daria minha vida por ele…quer dizer minha alma porque tecnicamente eu já sou morto. 

- Lio, pode chegar aqui por favor – Ardak disse do outro lado da sala

Eu saí do sofá onde eu estava e fui ter com ele, seu tom de voz parecia sério, algo não estava bem.

- Sim Ardak – eu falei assim que cheguei do lado dele

- Lio eu tenho uma coisa pra te pedir…

- Você pode me pedir tudo, você sabe – eu respondi

- Meu jovem guardião…um filho que eu nunca tive…Bom, vamos passar ao assunto pelo qual eu te chamei… O que eu tenho pra te dizer não é bem um pedido…é mais uma missão

- Missão? Como assim?

- Eu preciso que você faça isso Lio… - ele começou a falar mas eu o interrompi

- Mas fazer alguma missão significa que não estarei aqui para protegê-lo, eu não posso fazer isso, não posso deixá-lo aqui sozinho

- Me ouça rapaz, é precisamente sobre isso que se trata a sua missão…Eu nunca lhe dei liberdade eu sei… Lio, eu estou morrendo, ambos sabemos isso…

- Não diga isso Ardak – só de pensar em perdê-lo meu coração apertava…e meu coração não devia apertar porque supostamente estava morto

- Porque eu não diria? É verdade! Bom Lio, eu vou morrer e eu não tenho nenhum herdeiro, você não sabe o quanto eu queria que você ficasse no meu lugar quando eu partisse mas a lei exige que o herdeiro seja do mesmo sangue que eu, nós não podemos deixar o meu primo Phanton ser o herdeiro, isso causaria destruição, causaria o caos… - mais uma vez eu o interrompi

- Ardak eu já sei disso tudo, onde você tá querendo chegar? – sem mais rodeios, eu queria que ele falasse logo o que ele queria falar

- Tem essa menina…Ella… ela é minha sobrinha mas quando era pequena o meu irmão (já morto) achou melhor dá-la pra adoção porque o nosso mundo é cheio de perigos, ela nunca estaria a salvo aqui…ela cresceu no mundo dos humanos, tem 17 anos agora, Deus sabe como eu queria não ter que envolvê-la nesse mundo mas eu não tenho outra escolha Lio, ou é ela a herdeira ou Phanton…

- Meu Deus! Há outro herdeiro e você nunca me disse nada? Como você pôde fazer isso Ardak? – eu perguntei irado, como ele podia ter feito isso? Ele sabia que quando ele morresse o nosso povo ficaria entregue ao Primo dele, o Phanton, que é um tirano desprezível e só nos traria destruição e mesmo assim ele nunca falou de outra opção? De outro herdeiro? Nesse caso, outra herdeira?

- Lio, eu não podia falar porquê eu tinha que descobrir onde ela estava primeiro discretamente, se alguém percebesse que havia outra herdeira e contasse a Phanton ele iria persegui-la e mata-la, aí não teríamos escolha mesmo. E eu também não queria trazer Ella para o nosso mundo, tirar dela tudo o que ela conhece, sua família, seus amigos, sua vida… Mas nós não temos opção, e isso terá mesmo de ser feito…

- Ardak, você ainda não foi direto no assunto, o que eu tenho a ver com isso? Que favor é esse que você me quer pedir? – eu perguntei, já estava ficando cheio dessa história

- Lio, eu preciso que você vá procurar essa menina, convencê-la devagar dos seus poderes, do mundo a que ela pertence e do lugar que ela terá de ocupar!

O QUÊ? O ARDAK FICOU MALUCO? Meu deus, e não podia fazer isso, eu simplesmente não falo com humanos, não sou amiguinho deles e ele me pede justo isso?

- Ardak, com todo o respeito mas você ficou maluco de vez? Eu não posso fazer isso! – eu respondi

- Lio, você não tem escolha! Eu te direi tudo o que te possa ajudar mas o resto está nas suas mãos

- Porque você não fala com a menina logo e me poupa esse sacrifício?

- Eu não posso. As coisas não são assim! Acha que eu posso chegar ao pé dela e dizer “Ella, você é minha sobrinha perdida, e eu sei que vai custar muito mas você terá que abandonar sua vida e vir governar um mundo que você nunca conheceu porque você é a única com poder suficiente para isso e também a única que não trará destruição pra ele.” Acha que eu posso dizer isso Lio? Claro que não, vai precisar de tempo para convencê-la que ela tem poder e que ela tem que aceitar ser a herdeira.

- E você quer que seja eu, logo eu, a convencê-la? 

- Está parecendo um menino mimado Lio! Você tem 506 anos, tem que ter mais responsabilidade. Eu sei que nunca lhe dei muita liberdade, mas veja isso como uma oportunidade para respirar um pouco, você vai na escola, fará amizade com a Ella, irá convencê-la de tudo o que eu falei e poderá estar um pouco longe de mim, terá um pouco de liberdade

Liberdade? Isso era só uma ilusão, na verdade eu era prisioneiro da vontade dele, estaria fazendo o favor pra ele…ele está falando como se eu tivesse escolha, eu não posso recusar esse pedido mesmo que quisesse, eu não posso deixar todo o meu povo sob o comando do Phanton e se essa menina é a única saída possível, entrei então que seja!

- Tudo bem Ardak, me convenceu, eu farei o que você me pediu

- Ótimo meu jovem, comece amanhã o seu dever… A menina se chama EllaRozen, tem 17 anos, anda em GreenSchool e – ele tira uma foto do seu bolso – ela se parece assim! 

Peguei na foto e olhei… não podia negar, ela tinha uma beleza inconfundível e seus olhos me prendiam, era como se me lançassem um feitiço que me fazia querer olhar para eles sem parar

- Ok. Amanhã…amanhã farei isso
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Cheguei na escola da menina e comecei a andar pelos corredores olhando com atenção para ver se a encontrava… até agora nada, isso é muito entediante, andar por aqui sem ter o que fazer e ter que ficar ouvindo as mentes dessas crianças idiotas para ver e alguma sabia quem era Ella. Virei na esquina e comecei a ouvir gritos vindos de uma sala e o som de um nariz sendo quebrado, sempre tem guerrinhas nas escolas, que crianças mesmo. Como eu estava pensando nessa besteira não tava tomando atenção no caminho então choquei com uma garota e caí.

- Vê por onde anda garoto – ela falou raivosa, eu ainda não tinha olhado para a sua cara, mas olhei para seu corpo… bom, corpo de criança não era com certeza! Fui erguendo o olhar e olhei sua cara, os traços do seu rosto bem definidos, era um rosto lindo, seu cabelo castanho e brilhante, e seus olhos hipnotizantes eu me fizeram querer ficar olhando sem parar… foi aí que eu percebi, era ela, EllaRozen, aqueles olhos eram a prova disso, ainda me atraiam mais na realidade do que na foto. Meu deus, eu fiz a herdeira cair O.O, eu tenho que pedir desculpa imediatamente

- Me desculpa, não foi com intenção moça, meu nome é Lio – me apresentei - e eu sou novo aqui estava procurando meu cacifo e de repente você veio contra mim… - eu tinha essa mania quando era humano, sempre que ficava nervoso ou atrapalhado não parava de falar, e continuo com essa mania mesmo depois de vampiro

“Coitado! Ele nem consegue achar palavras com medo que eu berre de novo” – eu ouvi ela pensar, medo, eu? Hahaha, não, mas eu me senti nervoso por ela ter gritado daquele jeito

- Você não tem que se desculpar, fui eu que fui contra você. Me desculpa – olhei para baixo e vi que os seus livros estavam caídos no chão e então me baixei para apanhá-los mas parece que tivemos a mesma ideia e batemos com a cabeça – Ai! Essa doeu! – ela exclamou

Eu arregalei os olhos, será que eu a magoei? Não sei porquê mas não suporto o pensamento de que alguma vez possa magoá-la

- Desculpa, você está bem? – perguntei 

De repente, do nada ela começou rindo às gargalhadas, fiquei olhando pra ela achando que ela era louca, só depois é que entendi e começei a rir também. Ela tinha esbarrado em mim e eu é que pedi desculpa, e agora para ajudá-la bato com a cabeça nela e eu é que peço desculpa de novo.

- Eu to bem, desculpa é que eu hoje não estou mesmo prestando muita atenção no que estou fazendo – ela falou… aí eu vi, na sua memória o seu namorado lhe forçando a uma coisa que ela não queria, ela berrando com ele e lhe batendo… nossa ela é fogo

Deu um sorriso e falei - É eu to vendo, deixa que eu apanho os livros – nos levantamos e eu apanhei os seus livros e lhe entreguei – Prontinho aqui!

“Credo! Coitado o rapaz só tentando me ajudar e eu tratando ele como se ele tivesse doença” – eu a ouvi pensar e tive que rir um pouco com isso

- Qual é o nº do seu cacifo? – ela perguntou, queria se redimir por me ter tratado tão mal

- 251 – eu respondi

- Ah! Deixa que eu te ajudar – ela se virou apontando um pouco mais à frente e disse – Seu cacifo é naquela fila ali, deixa que eu te acompanho!

Andamos um pouco até ao cacifo e parámos.

- Aqui! – ela disse e depois andou até ao seu cacifo, que era 3 depois do meu, colocando seus livros lá dentro

- Obrigado – sorri pra ela e depois disse – Que coincidência – os nossos cacifos eram no mesmo sitio

- O que é uma coincidência - ela perguntou e eu fiquei confuso… ela tá brincando? Ela não sabe mesmo o que é?

- Eu não sei – respondi confuso

- Eu também não, que coincidência! – ela falou rindo, ahhh agora entendi a piada xD

- Essa foi boa onde você arranjou? – perguntei rindo, tinha que começar a ganhar sua confiança

- Passava num desenho que eu via em pequena “O rato Mico” acho que eu nunca esqueci

Nós rimos um pouco até que eu a ouvi pensar que ainda não me tinha dito o seu nome então perguntei

- Como é seu nome, você ainda não me disse

“Nossa ele deve ler pensamentos” a ouvi pensando e ri, ela nem imaginava que eu lia mesmo os pensamentos das pessoas

- Ella. Meu nome é Ella. – ela disse e eu estendi a mão que ela segurou mas que logo largou, será que ela sentiu o mesmo que eu? Senti um choque enorme passando por todo o meu corpo

- Vou me apresentar melhor, meu nome é Leopoldo Zachs mas eu prefiro Lio. – eu falei

- Ta bom, Lio! – ela sorriu pra mim, nossa, que sorriso lindo, até que ela olhou para trás e foi até uma sala e ficou lá olhando

Aí eu logo percebi o que era, era aquele tal namorado dela que a estava traindo

- Você é mesmo um cafajeste, meu deus como eu pude não ver isso, você me traindo o tempo todo e fingindo ser um santo ao pé de mim como você é besta – ela berrou, a garota fogo está de volta, esse cara é um babaca mesmo, como ele foi capaz de traí-la?

- Olha aqui… -ele começou mas ela o cortou quase lhe batendo, ela estava se sentindo humilhada, eu conseguia ver isso

- Você nunca mais me dirige a palavra, eu tenho nojo, nojo de você. – ela falou

Aí ela começou a xingá-lo

- Seu #$%=&#$”/)?&$”% - assim que ela falou isso ele partiu pra cima dela e ia lhe bater. Mas nem por cima do meu cadáver esse moleque encosta um dedo nela!

- Não me parece que você vai fazer isso – eu disse segurando seu braço com força, babaca, idiota, ele que não ouse mais tocar na Ella

- Obrigada Lio mas vamos embora, por favor! – eu a ouvi dizer

Fiquei ainda segurando o braço do babaca com mais força e depois larguei e fui com ela

- Você está bem? – eu perguntei preocupado

“Awn! Que simpático” eu ouvi ela pensar e não pude deixar de sorrir

- Obrigada. Mas eu acho que não vai ser preciso nada. – ela falou depois pareceu se lembrar de outra coisa - Sabe hoje vai haver uma festa na escola se você decidir vir tem um folheto em cada parede da escola provavelmente

Eu sorri e acenei com a cabeça, ela se lembrou de me avisar… foi bom da parte dela, já é um começo para amizade

- Ta eu vou pensar – eu respondi, eu só ia se ela fosse… ou se me apetecesse

- Ok! Então eu vou andando, adeus. – ela disse

- Adeus Ella! - Não sei porquê, não gostei de dizer adeus para ela, estava enfeitiçado, não queria parar de olhar para ela

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Era quase 21:00 e eu decidi ir à festa, podia ser que ela estivesse lá e eu não iria perder essa oportunidade, saí para a festa e quando lá cheguei não havia sinal dela… até que vi ela completamente bêbada falando com aquele Omer, me deu muita raiva naquele momento, ouvi ele perguntar se ela estava bêbada, moleque mais burro, não é óbvio que ela está?

De repente ela subiu no palco e anunciou que ia cantar uma canção inspirada no Omer, eu só conseguia pensar “O QUE ESSA LOUCA TÁ FAZENDO?” Essa garota era fogo mesmo. Aí ela começa a cantar, que voz tão linda e doce… mesmo estando um pouco distorcida por causa da bebedeira e eu só ria com a letra. 

- Eu espero que tenham gostado – ela falou - Omer, eu classifico as pessoas entre 4 niveis. Um nível é o normal, mas são raras as pessoas desse nível então eu só considero sempre os outros níveis, e esses níveis são os cegos, que às vezes são ingénuos, os estúpidos já nascem assim e muitas vezes não mudam e os bêbados que não fazem as coisas por mal – Aonde ela queria chegar? - Eu fazia parte da categoria dos cegos, mas isso e passado – ela sorriu - Agora eu posso estar um pouco bêbada, mas amanhã isso passa enquanto sua estupidez não.

OMG, ela realmente disse isso? HAHAHAHAHA Olha só a cara do babacaxD Já estou gostando dessa garota, ela saiu do palco completamente bebâda e foi andando aos tropeções eu fui até lá, vai ver que ela caía e se machucava?

- Olá Ella

- Olá Lio – ela respondeu rindo e tentando andar

- Ella onde você vai? – eu perguntei preocupado, ela não podia andar por aí assim

- Qual é? Eu to indo pra casa, já estou farta de chetar aqui - Como é que é? Só pode tarzuando minha cara! Ela queria ir pra casa sozinha nesse estado?

- Olha Lio você é um cala muito simpático mas eu acho que você develia ir no mediclo dos ouvidos. – Ok Lio, eu pensei, ela tá bebâda não sabe o que tá falando

- Eu te levo pra casa Ella você não está em condições de ir sozinha.

Ela primeiro pareceu brava mas depois parece que aceitou

- Ta bom, se você inchiste, tudo bem! - ela disse toda enrolada… “Como é meu nome mesmo?” – eu a ouvi pensar

- Então é melhor irmos logo Ella. – Eu disse, falando o seu nome no fim pra ela ouvir

“Ah boa! Meu nome é Ella” – ela pensou e eu ri

- Vamos – ela falou e começou a andar mas logo ia cair então eu a segurei de novo

“Coitado do cara deve tar achando que eu sou uma maluca.” Ela pensou

- Ella você não é maluca, só bebeu demais. – ela ficou me olhando como seu eu fosse maluco por ter dito aquilo do nada e de repente ouvi ela pensando “O cara é telepático.” E começou a rir de novo, não importa o que ela pensa, amanhã também não vai lembrar.

- Vamosh logo senão eu vomito meu pequeno-almoço aqui mexmo. – ela disse 

Eu arregalei os olhos, O QUÊ? VOMITAR COMIGO AQUI? Aí ela me olhou e começou a rir muito

- Vo-você tinha que – mais risadas – ter vichto sua cara.

Fiquei olhando sem expressao, essa garota é doida 

- Vamos logo

Fomos andando, eu a carregando porque ela não conseguia andar e eu ficava repetindo eu o que ela fez foi muito estúpido, e pra não fazer de novo, mas eu sabia que ela não devia seqer estar ouvindo

- Lio, você sabe que eu não tou te ouvindo não sabe? – ela confirmou o meu pensamento

- Sei… provavelmente você já nem se vai lembrar disso amanhã – suspirei

De repente, ela tropeçou de novo e eu fui segurá-la, mas dessa vez foi diferente minha mão estava na bochecha dela e a outra estava nas suas costas, e tava muito difícil resistir àqueles lábios que parecem chamar por mim, nossa ela é linda… ahh não dá pra resistir acariciei sua bochecha me inclinei e a beijei

Huuum…que humana deliciosa, que beijo delicioso… sentia o sabor de morangos e chocolate nela, o que é esquesito, nossos lábios se moveram no mesmo ritmo e o beijo estava cada vez mais saboroso… o meu desejo estava subindo e aí que eu senti o cheiro do seu sangue também, ela era deliciosa em todos os sentidos, me afastei antes que fosse tarde de mais e enconstei minha testa na dela fechando os olhos

- Tu sei bella e gustosa troppo per il suo bene.* - eu disse

* Você é linda e saborosa de mais para o seu próprio bem

Pouco depois me afastei, e continuei a carrega-la pela rua até chegarmos a sua casa.

Eu nem queria acreditar mas ela olhou pra mim rindo e disse que queria um beijo de boa noite… essa garota não tem noção do perigo, ela é muito tentadora, como é que eu iria recusar um beijo a ela? Isso seria crueldade tanto pra mim quanto pra ela, então sorri largo e peguei nela firme a encostando à parede enquanto a beijava com desejo deixando minha línguadeslizar contra a dela, a sentindo. Que delícia, ela ia dar comigo em doido, afastei-me antes que fosse longe de mais e dei-lhe um selinho.

- Que tal o beijo de boa noite? – perguntei com um meio sorriso

“Awn, tão lindo!” ela pensou, podia haver garota mais adorável e ao mesmo tempo doida que ela?

- Óptimo – ela falou – Muito obrigada – ela deu um grande sorrio – Boa noite Lio

- Boa noite Ella - me inclinei e lhe dei outro selinho antes de ir embora na minha velocidade vampiro… O que estava acontecendo comigo? Eu não andava por aí beijando humanas, ou divididas* nesse caso… e elas não me faziam sentir dessa maneira…tão… desejoso de voltar a vê-las e de estar com elas…ela me fazia isso

Fui para casa e avisei Ardak que estava fazendo progressos

- Passou-se alguma coisa que você não me está contando?

- Não – respondi, depressa demais

- Lio, acho que nunca o vi assim feliz e confuso ao mesmo tempo…

- Não se passou nada eu estou conseguindo a confiança da garota mais nada 

Fui para o meu quarto e como vampiros não dormiam fiquei a noite inteira acorado pensando em Ella, aqueles olhos que me enfeitiçavam e aqueça boca que me prendia… Ai o que está acontecendo comigo?

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Finalmente era manhã, hora de ir ara a escola, hora de rever Ella, já estava contente de pensar nisso então fui em velocidade de vampiro para a escola, estava andando para o cacifo quando esbarro de novo com alguém… Alguém = Ella

- Bom dia! Não cansa de esbarrar em mim – perguntei rindo, por mim podiamos esbarrar quantas vezes ela quisesse

Ela sorriu 

- Não, eu gosto de esbarrar nas pessoas – rimos os dois

- Qual e sua próxima aula? – perguntei

- Ciências e a sua? 

- Também. Que coincidência – eu disse, aí acho que ambos nos lembrámos da piada dela e começamos a rir

- Legal – ela disse rindo– Vamos juntos!

Sorri para ela, mas no fundo estava triste… Quer dizer que ela não lembra dos nossos beijos? Não lembra mesmo de nada? AH como eu sou idiota, pensar que ela ia lembrar quando ela estava tão bebâda, eu não devia tê-la beijado!... E ao mesmo tempo só quero beijá-la mais… será que ela vai lembrar? Por favor que sim, porque eu não consigo esquecer!