La La Land escrita por leticiaxavier


Capítulo 1
Hard to Explain


Notas iniciais do capítulo

Escrevi esse primeiro capítulo na maior euforia. Nem fiz capa nem nada porque bateu aquela inspiração e é preciso aproveitar isso. Mais pra frente, eu faço capa e tals. A fic é self-inserction, ou seja, eu( Letícia Xavier) sou a protagonista. Infelizmente, nada disso que conta na fic aconteceu comigo. Quem sabe um dia, né? Ah,e a fic não tem nada a ver com a música homônima da Demi Lovato. Aliás,eu nem gosto de Demi Lovato. Boa leitura!



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Aqui estou eu, Letícia Xavier, parada em frente ao estacionamento de uma cafeteria em Los Angeles. Tenho 17 anos e moro aqui desde que terminei o ensino fundamental( já faz uns três anos). Moro com minha tia, que se mudou para cá quando tinha mais ou menos minha idade, casou-se com um americano e teve filhos. Mudar para Los Angeles me fez abrir mão de muitas coisas. Namorado, família, amigos. Mesmo assim sinto que estou fazendo a coisa certa.

Passar um tempo em outro país sempre foi meu sonho e a oportunidade perfeita apareceu quando minha tia falou que estava precisando de alguém para cuidar das crianças. Me candidatei na hora, fiz as malas e poucos meses depois já estava aqui. Disse para minha mãe que ficaria alguns meses, um ano talvez, mas o tempo foi passando e eu não queria largar minha vida aqui. Por mais que eu sentisse saudade do resto da família, as oportunidades, o ensino e a vida aqui são muito melhores.

Não sou rica, mas minha tia banca meus estudos e sempre me presenteia com roupas, sapatos e outras coisinhas legais e me arranja uma graninha pra eu me divertir por aqui. Ela é muito grata por eu ajudá-la durante todo esse tempo.

Mas agora o ensino médio acabou. Foi uma época legal,não posso negar. Fiz amigos,aprendi bastante. Agora estou meio desnorteada quanto ao que fazer. Não sei se volto pro Brasil, se continuo aqui pra fazer faculdade, arranjo um emprego... Estou em um sério dilema! Só havia uma coisa que eu havia decidido: é hora de me reinventar!

Então eu fui ao cabeleireiro. Cortei mais o cabelo, deixei bem repicado e descolori na parte de baixo. Fiquei tentando imaginar o que meu pai falaria se me visse assim, parecendo uma aprendiz de scene queen. Depois de passar quase uma tarde inteira no salão, fui ao Starbucks que fica a algumas quadras de casa. Comprei meu capuccino e entrei no meu carro, uma Range Rover preta, que ganhei de presente do meu pai no começo do ano como presente de formatura adiantado. Coloquei o café no porta-copos entre os bancos dianteiros e a chave na ignição. Alguém bateu desesperadamente na porta do lado do carona. Gritava num idioma que eu não compreendia. Devia ser alemão. Me assustei e derrubei um pouco de café no carpete.

- Você vai amassar a porra da porta! - gritei nervosa, em inglês, ainda sem ver quem era o retardado que tinha intenção de destruir meu amado carro.

- Desculpa, só abre a porta, por favor! - respondeu a pessoa, agora em inglês também.

Fiquei em dúvida: abrir ou não abrir? Podia ser uma pessoa ferida que precisasse de socorro, mas por outro lado podia ser um ladrão!

- Abre, por favor!! - gritou de novo. A voz me parecia levemente familiar.

Então um rosto apareceu no vidro. Definitivamente, aquela voz era familiar. Era Bill Kaulitz. Logo destravei a porta e ele entrou. Não sei ao certo como eu me sentia. Queria tirar uma foto e twittar: "Bill Kaulitz invadiu meu carro!", mas antes que eu pudesse dizer uma única palavra ele ordenou:

- Acelera!Acelera!

- Ei, não fala assim comigo, tá legal? - respondi estressada.

Uma prova de que eu estou muito estressada é quando eu começo a falar estupidamente com pessoas que gosto/admiro. Bill Kaulitz estava na lista.

- Desculpa. - ele resmungou. - Mas... por favor, acelera?

Pisei fundo no acelerador e saí do estacionamento, de uma maneira bem destrambelhada. Peguei uma grande avenida. Bill resmungava algo do meu lado.

- Meu nome é Letícia. - resolvi me apresentar, estendi a mão para ele.

Ele tentava por o cinto de segurança. Me olhou com uma cara feia quando viu que eu havia tirado a mão direita do volante.

- Muito prazer,eu sou o Bill. - disse ele apressado, sem apertar minha mão. - Agora presta atenção no volante, por favor!

Voltei a me concentrar no volante, tentando assimilar o que estava acontecendo. Parecia um sonho muito louco um cara como Bill Kaulitz(leia-se famoso,lindo,talentoso e quase irreal) invadir meu carro e ficar me dando ordens.

- Posso te fazer uma pergunta? - me virei para ele.

- Olha, você pode perguntar o que bem entender desde que continue olhando pra avenida, ok? - ele disse.

- Uh, desculpe. - falei me voltando para o volante.O tráfego tava tranquilo. - Mas porque você invadiu meu carro?

- Fãs histéricas! - respondeu ele de uma maneira indiferente. Afinal, porque ele ficaria surpreso com fãs histéricas? Deve ser uma coisa tão comum para alguém como ele. - Hey, para onde você vai? - questionou ele quando viu que eu saí da avenida.

- Para minha casa, oras!

- Você não pode! - gritou ele. - Você tem que me levar até em casa! Como eu vou fazer para chegar inteiro em casa com essas garotas loucas me perseguindo? Como? Como? - acendeu um cigarro.

Fiquei estressada.Além daquele garoto achar que sou motorista pessoal dele ainda por cima tava fumando no meu carro.

- Primeiro: se acalma! Segundo: é terminantemente proibido fumar nesse carro! Terceiro: isso não é problema meu!

Ele respirou fundo e continuou,agora mais calmo.

- Olha,eu posso te recompensar,só preciso que você me leve até em casa. Juro que vou te recompensar! Vai, não é muito longe daqui.

Respirei fundo, como ele. Eu não devia ficar estressada, devia ficar feliz. Não foi um ladrão que invadiu meu carro, foi Bill Kaulitz. Meu ídolo. Meu ídolo invadiu meu carro, fumou um cigarrinho e gritou comigo. Não é demais?

- Tudo bem. Mas eu tenho outra coisa pra perguntar.

Ele expirou a fumaça.

- Por que raios você tem que avisar que vai perguntar? Por que não simplesmente pergunta? - lancei-lhe um olhar assassino. - Vai, pergunta!

- E o seu carro? Como chegou até o Starbucks? - questionei.

- Fui de táxi! Não conheço muito bem a cidade, me perderia se eu tentasse ir de carro.

O resto do caminho se resumiu a ele me falando a direção,mandando eu virar pra esquerda, pra direita... Enfim, chegamos a casa. E sim, era um pouco longe do ponto onde ele disse "Não é muito longe daqui". Logo que parei o carro ele disse "Obrigado" e saltou, correndo em direção a porta da casa. Desci atrás dele.

- Um momento, senhor Bill Kaulitz. - gritei autoritária, fazendo-o parar. - Estou longe da minha casa, derrubei café no meu carro, o que me fez perder boa parte da minha bebida. Então os estofados do carro estão fedendo a fumaça de Marlboro Lights e tudo isso por sua causa, pra no final não receber um mísero autógrafo?

Ele andou para perto de mim.

- Tem razão. Eu sou uma péssima pessoa! - ele passou a mão na nuca e depois colocou a mão no bolso. - Toma, acho que isso ajuda! - e me estendeu duzentos dólares. - E me dá seu telefone pra eu poder te agradecer da maneira certa!

Tá, só o fato de ele pedir meu telefone já ia ser um agradecimento e tanto, mesmo que ele não me ligasse. "Bill Kaulitz quer meu telefone!". Abri a porta do carro e peguei uma caneta e um papel no porta-luvas. Rabisquei meu telefone nas costas de um ticket de estacionamento. Minha letra saiu um garrancho. Fiquei com medo de ele não entender algum número. Escrevi meu nome em cima, para ele não esquecer de quem era o número. Sacumé, né? Entreguei-lhe o papel. Ele praticamente arrancou da minha mão e foi correndo pra porta de casa. Antes de entrar ele me olhou novamente.

- Te ligo, Letícia. - gritou ele.

Entrei no carro e fui dirigindo feliz pra casa. Liguei o rádio. A trilha sonora? Tokio Hotel, claro,em homenagem aos acontecimentos loucos de hoje. Aos poucos, fui me dando conta de que extrapolei o limite de loucuras na minha vida num único dia: descolori e cortei o cabelo, gritei com um ídolo, dei meu telefone pra ele, faturei duzentos dólares... São coisas que eu vou contar em casa e ninguém vai acreditar. Vai ser difícil de explicar!

In the cities, on the streets, around the globe
They turn everything you love into verbot'
From the cradle, to the grave part of the show

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Notas finais do capítulo

Gostaram? Reviews ,hein? O.o



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