Era uma vez... não, isso não é o melhor jeito de começar uma história, ou qualquer coisa. Porque todas as histórias começam assim, então começaremos de uma forma diferente...

A chuva estava forte. Ninguém poderia sair de lá, ou ficaria com um resfriado dos grandes. O barulho das gotas batendo no chão incomodava, principalmente quando se quer pensar. Para algumas pessoas, esse constante barulho dava sono. Mas infelizmente, ele estava com uma coisa martelando em sua cabeça, não sabia exatamente o que era, mas era algo importante e necessário. 

Suas palbebras fechavam e seu corpo estava ficando mole, mas ele tinha que fazer isso, não importava o quão sonolento estivesse. Arranjou um papel e uma caneta e se debruçou sobre a cama.

"Eu era um nada, ainda sou, aliás, cego, totalmente cego, mas você dá uma razão a minha existência, afinal. Será que eu conseguiria viver antes de você aparecer? Essas perguntas fazem um baita nó na minha cabeça. Essa confusão estranha, é esquisito sentir esse frio na barriga, esse nó na garganta. Sou totalmente depentende da sua existência."

Sua letra não estava legivel, por causa do sono,mas era o suficiente para ele dar um pequeno sorriso e finalmente caiu no sono, sobre sua pequena cartinha.

No dia seguinte, o sol brilhava e as nuvens não estavam no céu. Os pássaros voavam e os barulhos matinais começavam a florescer.

Platina não teve uma boa noite de sono, e é a primeira vez que isso acontecera. Deu uma longa suspirada e levantou-se de sua cama. Começou a andar pelo chão sujo e entrou num quarto, onde um pequeno garoto comilão dormia pesadamente. 

Ela deu uma risada. Aquela cena lhe causava diversas lembranças boas, diversas lembranças complicadas, lembranças de momentos que nunca se passaram.

Dentre o que a garota olhava, percebeu um pequeno papel branco e amassado embaixo do braço dele. Com delicadeza, ela retirou o papel e começou a ler. Sua letra era feia, muito feia, mas dava para ler. Conforme as linhas eram lidas, um sorriso se formou nos lábios da garota e ela começou a gargalhar, isso mesmo, gargalhar.

Colocou o papel de volta cuidadosamente, sem que ele acordasse. Sentou-se no chão e ficou olhando-o por alguns minutos. Deu uma risada e sentiu seu olhos cheios de lágrimas.

"As vezes, me pergunto que alegria é essa que eu sinto quando estou aqui"

Chegou mais perto dele ainda, sentindo sua pele, e falou:

— Dia, acorde.

E assim, seus olhos se abriram lentamente e ele viu o sorriso dela estampado. Seu coração acelerou.

"As vezes, eu acho que seu sorriso é a única coisa do que preciso para sobreviver."

Numa atitude rápida, ele pegou seu pedaço de papel amassado e colocou atrás dele. Ela deu uma gargalhada.

— Tarde demais. — disse ela, tomando o papel da mão do garoto — Sabe Diamond, você não é nada bom para esconder as coisas.

"As vezes, eu penso que você não é mentalmente saudável. Mas deve ser por isso que eu escrevi essa maldita carta, afinal. Porque minha saude mental também não é nada boa. O mundo é feito de loucos apaixonados, concerteza."