The Best Gift Ever - Poseithena escrita por bellafurtado


Capítulo 1
Capítulo Único - O melhor presente de todos.




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Era dia 24, onze e meia da noite e os meios-sangues estavam numa festa. Eu sei, eu sei; meios-sangues não deviam comemorar o natal. Mas se for para comer melhor e ganhar presentes, sempre se dá um jeito, né?

Enfim, isso não importa. Eles passaram semanas organizando tudo: os chalés de Deméter e Dioniso cuidaram das comidas, o chalé de Athena cuidou da arquitetura – sim, porque precisamos ter algo organizado e tal – e da organização, o chalé meu chalé cuidou das fontes, o chalé de Zeus cuidou do tempo – para que o céu parecesse bem bonito -, o de Apolo cuidou da música, o de Afrodite da decoração,  Hades e Ares tiraram todos os monstros dos arredores, o chalé de Hermes roubou todo o tipo de bebida e Hefesto arrumou um telão para passar vídeos. As caçadoras de Ártemis chegaram para a festa, e cuidaram da iluminação com luzes e espelhos para refletir a luz da lua.

Até nós, deuses, estávamos ali, comemorando junto com nossos filhos e distribuindo presentes. Eu só tive que dar 3 presentes, por sorte: Percy, Tyson e Lily, uma filha minha que foi reconhecida recentemente.

Olhei em volta, procurando Atena. Já era a 2ª vez que ela terminava comigo... e eu não me lembro de ter dado motivo. Só que dessa vez ela não estava fazendo doce que nem da última vez. Era sério agora.

Eu sei que eu não devia correr atrás dela. Mas eu não agüentava mais. Eu já sofri muito tempo por não tê-la por perto, e sofri muito tentando odiá-la.

Avistei ao longe meu filho Percy abraçado com minha nora/enteada Annabeth, conversando com Grover, Lily, Júniper e Nico. Fui até lá e dei um sorriso quando Annabeth se ajeitou toda e me deu um sorriso tímido, dizendo:

-Feliz natal, senhor.

Sorri e a abracei-a, dizendo:

-Eu sou seu sogro e... bem, eu não sou mais seu padrasto, mas eu já fui. Me chame só de poseidon, ok?

Ela corou e sorriu.

-Oi pai – disse Percy, me abraçando e dando tapinhas nas costas.

-Oi, meu filho. Nico, Grover, Júniper.

Eles me deram um cumprimento de cabeça.

-Papai! – Lily gritou e pulou em mim. Ela me abraçou com força e eu gargalhei, retribuindo o abraço.

Mesmo que ela já tenha 14 anos, ela ainda é o meu bebê.

-Oi, meu amorzinho.

-Não use diminutivos comigo, pai!

Rolei os olhos.

-Ahn... Annabeth? – perguntei. – Sabe aonde está a sua mãe?

Ela pareceu desconfortável.

-Poseidon, ela... ela... ela não queria te ver. Não sei porque, mas ela também me esconde isso.

-Annabeth, por favor. Eu não consigo viver sem Atena. Por favor, aonde ela está?

Annabeth respirou fundo e fechou os olhos.

-Talvez eu me arrependa disso um dia – ela disse, e aí abriu os olhos. – Mas ela está na praia. Na margem do mar.

-Obrigado.

Então ela termina comigo e depois vai pros meus domínios? Isso não faz sentido. Fui até lá, com a minha bermuda, a minha camisa de mangas curtas e de botões e meus chinelos costumeiros. Olhei em volta, avistando alguns meios-sangues se beijando, até que, perto do mar, mas sem tocar nele, avistei uma cabeleira loira.

Corri até lá e simplesmente me sentei ao lado dela. Ficamos os dois quietos, olhando para as estrelas. Ou pelo menos eu olhava para elas. Eu não ousei lançar nenhum olhar para ela. Não queria estragar tudo ainda mais. Até que eu a ouvi xingar. Olhei para ela e percebi as lágrimas em seus olhos cinzentos.

-O que houve? – perguntei a ela.

-Por que você não está na festa? – Atena perguntou, secando as lágrimas rapidamente. – Não quero que você fique aqui por minha causa.

-Eu não estou lá porque a minha festa está aqui – ela me lançou um olhar de dúvida. – Você é a minha festa. Tudo o que eu preciso é você. E agora eu não te tenho mais.

Do nada, ela começou a chorar. Sem saber o que fazer, eu a abracei, com força. Ela soluçou e chorou na minha camisa.

-Eu fiquei com medo de que você fosse me deixar – ela murmurou, entre soluços. Apertou meus braços, que estavam em torno dela, e deu uma fungada na minha camisa. – Você sabe como eu sou orgulhosa. Eu não queria sofrer, então terminei com você, mas eu ainda sofro e eu não posso fazer isso sozinha...

Ela se desesperou e voltou a chorar no meu ombro. E acariciei suas costas e murmurei:

-Eu nunca te deixaria. NUNCA. Você e os meus filhos são tudo o que eu tenho na minha vida. TUDO, entendeu? Pode acontecer qualquer coisa, qualquer coisa, mas eu sempre vou estar com você. Porque eu te amo.

Ela abriu um sorriso imenso.

-Você ama todos os seus filhos? – ela perguntou, erguendo uma sobrancelha.

-TODOS.

Seu sorriso, se possível, cresceu ainda mais.

-Tenho algo para te contar – ela disse, e inconscientemente, sua mão foi para a barriga. Arregalei os olhos e dei um sorriso pequeno, esperançoso.

-Você quer dizer que...

-Eu estou grávida – ela disse por fim, me encarando, um sorriso imenso nos lábios. – de você. De verdade, não por pensamentos. Você vai ser o primeiro a ter um filho comigo.

Abri um enorme sorriso e a ergui, nós dois giramos e caímos no mar, rindo.

-Fiquei com medo de você não querer ficar com nós dois. E eu amo os dois do mesmo jeito,mas ela precisa mais de mim.

-Eu nuca te deixaria. Eu amo você e eu amo meus filhos – sussurrei, olhando nos olhos dela. - Eu vou ser pai! – gritei. – De novo!

Ela riu e nós nos beijamos.

-Eu te amo – falei.

-Eu te amo – ela disse.

-Mas então... – eu disse, depois de um tempo de silêncio. – menino ou menina?

-Menina – ela disse. – Pensei em Sophia River. Sabe, Sophia, parece comigo... por causa de sabedoria. E River parece com você, porque é bonito e lembra água.

Sorri ainda mais.

-Sophia River é lindo... eu escolheria Sophia Sea, já que River é rio e Sea é mar, mas acho estranho...

Ela sorriu, os olhos brilhando. Nos beijamos novamente. E então, olhamos para a barriga dela e falamos juntos:

-Eu te amo, Sophia River.


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